![Janeiro](_derived/01_janeiro.htm_cmp_network000_vbtn.gif)
![Fevereiro](_derived/02_fevereiro.htm_cmp_network000_vbtn.gif)
![Março](_derived/03_marco.htm_cmp_network000_vbtn.gif)
![Abril](_derived/04_abril.htm_cmp_network000_vbtn.gif)
![Maio](_derived/05_maio.htm_cmp_network000_vbtn.gif)
![Junho](_derived/06_junho.htm_cmp_network000_vbtn.gif)
![Julho](_derived/07_julho.htm_cmp_network000_vbtn.gif)
![Agosto](_derived/08_agosto.htm_cmp_network000_vbtn.gif)
![Setembro](_derived/09_setembro.htm_cmp_network000_vbtn.gif)
![Outubro](_derived/10_outubro.htm_cmp_network000_vbtn.gif)
![Novembro](_derived/11_novembro.htm_cmp_network000_vbtn.gif)
![Dezembro](_derived/12_dezembro.htm_cmp_network000_vbtn_p.gif) |
1 de Dezembro |
Topo |
Mais do que um Exemplo
"Ora, ao Deus de toda graça, que em Cristo
vos chamou à Sua eterna glória, depois de
terdes sofrido por um pouco, Ele mesmo vos
há de aperfeiçoar, firmar fortificar e
fundamentar." I Pedro. 5:10.
Sou um músico ávido. Infelizmente, o único
instrumento musical que aprendi a tocar é o
fonógrafo. E assim, tenho de contentar-me em
ser um ouvinte apreciador enquanto minha
esposa faz com que Debussy flua através da
ponta dos seus dedos em nosso piano. Escuto
extasiado em meu aparelho estéreo enquanto
grandes orquestras tocam Vaughan Williams,
Chopin, Rachmaninoff e Copland. Tenho
alimentado a fantasia de ser capaz de
assentar-me diante do teclado de um
imponente órgão e fazer as paredes vibrarem
e a audiência chorar.
Daria resultado se eu simplesmente ficasse
por trás de E. Power Biggs (ou outro grande
organista semelhante) e o observasse por uma
vez tocando um órgão e então apenas
"seguisse seu exemplo"? Se ele toca
perfeitamente uma cantata de Bach e eu
observo cuidadosamente, seria eu também
capaz de tocá-la perfeitamente? É claro que
a idéia é absurda - ainda mais quando você
sabe quão inábil sou com os meus dedos!
O apóstolo Pedro nos afirma que Jesus é um
exemplo para nós, para que sigamos os Seus
passos (I Ped. 2:21). Mas estou tão contente
porque ele não parou por aí. De outro modo,
posso imaginar pessoas simplesmente olhando
para a vida de Cristo, observando
cuidadosamente como Ele se comportava de
maneira tão impecável, com perfeito ânimo e
tato, e então dizendo: "Tudo bem, agora vou
fazer o mesmo." O resultado é quase tão
promissor quanto minha imitação de Biggs
tocando Bach.
Ainda mais do que ser um músico, ser
semelhante a Cristo requer um movimento
dentro da alma. Posso, a compasso, copiar
uma escala C no piano mecanicamente de
memória e prática. Mas eu só posso amar uma
pessoa antipática depois que o meu coração
tiver sido restaurado pelo amor divino de
Cristo. Posso preocupar-me com as
necessidades dos outros, mesmo a minha
própria custa e inconveniência, somente
depois que eu estiver assegurado de que
Jesus satisfará as minhas necessidades.
Embora eu seja capaz de dizer boas palavras
a outra pessoa, posso ter sucesso em
partilhar a força genuína com outra alma em
luta somente quando estou em consolidada
união com Aquele que é verdadeiramente
forte. Nosso Pai nos fará sãos, seguros e
fortes, não agitando alguma vara mágica
sobre nós, mas atraindo-nos à união vital
com Ele. |
A Reconciliação é Real
"Se, pois, ao trazeres ao altar a tua
oferta, ali te lembrares de que teu irmão
tem alguma coisa contra ti, deixa perante o
altar a tua oferta, vai primeiro
reconciliar-te com teu irmão; e, então,
voltando, faze a tua oferta." S. Mat. 5:23 e
24
Nós pais temos visto freqüentemente nossos
filhos irem à igreja, cantando "Jesus me
ama", orarem nominalmente pelos membros de
sua família, então voltarem para casa e
brigarem uns com os outros até correrem
lágrimas. Perguntamos como podemos levá-los
a cruzar o abismo entre palavras e atos
religiosos que desempenham na igreja e os
problemas de sua vida prática. Existem
poucas coisas mais mortais para a verdadeira
espiritualidade do que tornar-se a religião
uma rotina de mero formalismo e ritual,
separada da ligação consciente com o mundo
real.
Uma das maiores verdades na história da
salvação é que Deus percorre extensões
assombrosas a fim de recuperar-nos para Ele,
para reconciliar a nós filhos inconstantes
com o nosso Pai. Enviou Seu Filho em forma
humana para dizer-nos que nossa luta havia
terminado, que as hostilidades que sentíamos
em relação a Ele e percebíamos nEle poderiam
ser postas de lado. Na cruz, toda a raça
humana poderia ver as profundezas do amor
divino e a integridade com que Deus havia
lidado com o pecado.
Milhares de anos antes, Deus havia dado ao
povo uma parábola representativa da cruz e
seu sacrifício através do sistema de
sacrifícios animais. Era desígnio de Deus
que isto trouxesse as realidades espirituais
para mais perto do povo, sendo que eles
realmente participariam ao trazer os
animais. Ao contemplarem o sangue inocente
fluindo por causa dos seus pecados, isto
haveria de chamar a sua atenção para o
grande ato reconciliador de Cristo na cruz.
Infelizmente, porém a maioria perdeu de
vista a mensagem contida nos sacrifícios. No
próximo passo fatal, chegaram a acreditar
que era o sacrifício animal em si o que Deus
exigia - por amor de Si próprio! Não
compreenderam que o sacrifício visava mudar
a ELES, não a Deus.
Jesus atraiu seu pensamento para muito além
do ritual; levou-o para sua própria vida
real. Disse, em essência: "Não venhais
celebrar o ato reconciliador de Deus até que
o significado da reconciliação tenha tocado
o vosso próprio coração. Quando tiverdes
feito as pazes com o vosso irmão malquisto,
alienado, compreendereis mais da realidade
do que Deus tem feito para VOS recuperar." |
3 de Dezembro |
Topo |
Respeitando Nossa Liberdade
“Todo aquele que Me confessar diante dos
homens, também Eu o confessarei diante de
Meu Pai que está nos Céus; mas aquele que Me
negar diante dos homens, também eu o negarei
diante de Meu Pai que está nos Céus”
Mat. 10:32 e 33.
Seus olhos estavam arregalados e a voz
tensa. “Pergunto”, disse ela, “qual será o
meu destino quando meu nome aparecer no
juízo celestial? Declarar-me-á Deus salva ou
perdida?”
Essa jovem partilhava de um temor amplamente
mantido do juízo, baseada na pressuposição
de que os problemas centralizam-se em torno
do que Deus pensa de nós. Em sua mente,
imaginava cenas de Deus folheando os livros
de registro, como se estivesse fazendo sua
memória relembrar os seus padrões de vida.
Talvez Ele até mesmo marcasse os pontos em
um pequeno caderno de apontamentos. Em algum
momento, temia, Deus faria a contagem dos
pontos e tomaria uma decisão sobre ela. Seu
destino eterno basear-se-ia em que lado Ele
votasse: vida, ou morte.
Mas as palavras de Jesus sugerem uma
abordagem nitidamente diferente. Converge
para o foco, não em torno da decisão de Deus
sobre nós, mas em torno de nossa decisão
sobre Deus em Jesus Cristo. Porque o Céu
está fundamentado na realidade, isto pode
somente reconhecer o que de fato temos
decidido aqui na Terra. Jesus simplesmente
declara que terá prazer em reclamar alguém
que O reclamou. Diante do Pai e de todos os
anjos atentos (veja S. Luc. 12:8 e 9), Jesus
anunciará que há amizade mútua! Por outro
lado, porque Ele não força nossas livres
escolhas, quando alguém O rejeita diante do
mundo, Ele com tristeza terá de relatar que
não existe nenhum relacionamento entre Ele e
aquela pessoa.
É verdade que livros de registros são
conservados nas corte celestiais; mas seu
propósito não é habilitar Deus a decidir-Se
acerca do Seu povo, porque “o Senhor conhece
os que Lhe pertencem” (II Tim. 2:19). Esses
registros são conservados para comprovar que
Deus não tem nada a esconder. Ele está
disposto a abrir perante todo o Universo os
registros da vida de qualquer pessoa, salva
ou perdida. Não necessita de apagar o
registro dos fracassos dentre aqueles que
são salvos, porque aqueles mesmos registros
documentam seu arrependimento e sua fé. Os
livros de registro provam que, quando Deus
anuncia que determinadas pessoas estão
preparadas para a vida eterna, isto pode ser
apoiado pela evidência.
Em vez de ficarmos diante de Deus em
perplexa ansiedade, Deus está olhando para
nós com ansiosa antecipação, dizendo: “Você
irá Me escolher?” |
4 de Dezembro |
Topo |
O Oposto de Legalismo
“E é evidente que pela lei ninguém é
justificado diante de Deus, porque o justo
viverá pela fé.” Gál. 3:11.
Pergunte a qualquer primeiro-anista
especializado da faculdade de teologia qual
é o oposto de legalismo e ele quase
certamente responderá: “Fé”. Quando
pressionado um pouco mais acerca do que
poderia isso significar, ele talvez
explique: “Legalismo significa depender dos
méritos das obras humanas; o oposto é
depender dos méritos perfeitos de Jesus
Cristo.”
Perece uma boa resposta; é uma resposta que
seria aceita por muitos cristãos da maioria
das denominações. Dada a escolha, qual
dentre nós não dependeríamos antes dos
perfeitos e abundantes méritos de Jesus
Cristo em vez dos ‘méritos” insignificantes
e manchados pelo pecado das imperfeitas
tentativas humanas para guardar a lei?
Certamente Paulo não escolheria a última!
Mas isto suscita outra pergunta. Onde
encontramos nas Escrituras que o Pai exige
mérito de qualquer espécie – de nós ou de
Cristo? Onde lemos que Ele está
impressionado com o mérito? Temos qualquer
evidência de que o problema do pecado humano
procede de uma ausência de mérito, para ser
suprida de alguma outra fonte?
Quando nos volvemos para a epístola de Paulo
aos Gálatas, o lugar clássico nas Escrituras
onde a confiança nas obras humanas é mais
vigorosamente escarnecido, encontramos uma
alternativa surpreendente . Paulo não sugere
que devemos sair à procura de uma melhor
fonte de mérito. Na mente de Paulo, o oposto
de legalismo é relacionamento. A alternativa
para o frustrado desempenho humano que tenta
agradar a Deus é entrar em comunhão com um
Deus que já está satisfeito conosco.
O segundo e o terceiro capítulos de Gálatas
são muitos claros: aqueles que têm FÉ estão
em contato com a vida eterna. Fé não é
simplesmente estender a mão para reserva
maior de mérito; é a união da alma com
Cristo que é tão vital e real que Paulo pode
falar de Cristo vivendo EM nós (capítulo
2:20). Isto harmonizou a vida que é vivida
“pela fé” – isto é, por uma contínua amizade
com o nosso Divino Senhor.
A fé envolve ter confiança em Deus. E isto
significa confiar em um Deus que está
interessado em assuntos mais vitais do que o
acúmulo de mérito. Significa corresponder
Àquele que está extremamente interessado em
nosso amor e lealdade, porque Ele sabe que,
quando Ele Se torna o centro de nossa vida,
todas as boas coisas vêm como resultado. |
5 de Dezembro |
Topo |
Ele não Está em Silêncio
“Porque o Senhor Deus não faz nada sem dar
aos Seus servos os profetas o conhecimento
de Seus planos.” Amós 3:7, NEB.
Desenvolveu-se na antiga Grécia uma
interessante forma de religião geralmente
conhecida como religião de mistério.
Centralizando-se em torno de ritos secretos
e frases esotéricas, somente aos iniciados
era dado acesso ao núcleo central do culto e
suposto benefício. Salvaguardas estritas
eram impostas para impedir que os poucos
privilegiados transmitissem as doutrinas
ocultas para as massas gerais. Talvez o que
mais apelava para os devotos era a procurada
emoção de serem finalmente considerados como
parte do círculo íntimo privilegiado.
Mesmo nos dias atuais, muitos pertencem a
ordens secretas, lojas maçônicas e
organizações fraternais baseadas em uma
mística semelhante. Mas a religião de Jesus
Cristo não tem nada disto! Em contraste com
as supostas divindades das religiões de
mistério, nosso Deus está intensamente
ansioso de transmitir toda a informação
acurada que Lhe seja possível para a mente
do Seu povo. Deveras, é a ausência da
verdade, a escassez da compreensão clara
acerca do Seu caráter e do Seu reino a causa
primária de todos os problemas. Ele não é
avarento em passar adiante ou transmitir
esta preciosa verdade.
Em vez de comunicar-Se conosco de um modo
acidental, Deus tem seguido freqüentemente o
plano de operar através de pessoas devotas e
dóceis que estão dispostas a levar Suas
mensagens. A Bíblia se refere a eles como
profetas, palavra que significa alguém que
fala em nome de Deus, da parte de Deus. Uma
vez tenham sido estabelecidas suas
credenciais e a comunidade de crentes saiba
que eles são canais confiáveis da verdade,
Deus pode operar através deles de maneiras
cada vez mais eficientes para revelar Seus
planos.
Através da história da salvação, cada ponto
decisivo no trato de Deus com o Seu povo tem
sido assinalado pelo ministério de um
profeta. Moisés dirigiu o Êxodo. Noé
advertiu quanto ao grande Dilúvio e
sobreviveu a ele. Jeremias confortou e guiou
durante o grande cativeiro da Babilônia. E
João Batista preparou o caminho para vinda
de Cristo. Não é característica do nosso
Deus, não deixar Seu povo às escuras em
ocasiões tão decisivas?
Quão gratos devemos ser porque, como afirma
Paulo em Efé. 4:11-13, o dom profético ainda
está em atividade, revelando as magníficas
verdades do caráter de Deus. Ele não pôs
termo, no tempo de João Revelador, a todas
as comunicações ulteriores, mas tem
outorgado ao Seu povo dos últimos dias um
rico canal de verdade confiável. Nestas
horas escuras, apoderemos-nos de toda a luz
que possamos descobrir! |
6 de Dezembro |
Topo |
O que Aperfeiçoa o Nosso Amor?
“Deus é amor, e aquele que permanece no amor
permanece em Deus, e Deus, nele. Nisto é
aperfeiçoado o amor, para que no dia do
juízo mantenhamos confiança; pois segundo
Ele é, também nós somos neste mundo.”
I João 4:16 e 17
Há uma progressão que ocorre quando um
crente a princípio acha perdão, depois
novidade de vida e um crescente
relacionamento com o Pai. De início, a coisa
mais importante a experimentar é o amor
incondicional de Deus e o perdão para mim,
como pecador. Quando aprendo que Ele me
aceita inteiramente, torno-me bastante
seguro para dar as boas-vindas ao Seu plano
de fazer maiores ajustamentos em minha
perspectiva e estilo de vida. No processo,
torno-me cada vez mais apreciativo do que
Ele é – Sua sabedoria é tão perfeita, Seus
caminhos tão apropriados, e os Seus planos
para mim tão emocionantes. Sou atraído para
a comunhão com Ele, por amor dEle, porque é
totalmente desejável. Há algo mais?
Diz I João 4:16 e 17: “Deus é amor, e aquele
que permanece no amor permanece em Deus, e
Deus, nele. Nisto é em nós aperfeiçoado o
amor, para que no dia do juízo mantenhamos
confiança; pois, segundo Ele é, também nós
somos neste mundo.” O que imediatamente
chama a sua atenção ao ler esta passagem? Se
você ainda está preocupado com sua situação
no dia do juízo, provavelmente sentiu uma
onda de desejo de ter a confiança aqui
mencionada. Contudo, se você está confiante
de que Deus o ama e aceita, pode sentir-se
confirmado em sua fé.
Realmente, o apóstolo João está descrevendo
o relacionamento entre Deus e Seus amigos, a
liberdade de viver o Seu amor. Vimos a
conhecer que estamos totalmente seguros no
Pai, que é a personificação do amor. ELE é a
nossa confiança no dia do juízo. Todavia
existe algo mais: “Nisto é em nós
aperfeiçoado o amor... pois, segundo Ele é,
também nós somos neste mundo.” Ora, isto é
muito emocionante! Nosso amor partilhado com
o Pai é aperfeiçoado ao interagirmos com
outros neste mundo. Nossa amizade com Deus é
refletida em nossas associações terrestres.
Não somente isto dá aos incrédulos uma
oportunidade de conhecer a Deus, nós também
experimentamos de um modo palpável a
validade de tudo o que temos aprendido
concernente a Ele. Somos semelhantes a Ele
porque provamos tudo o que sabemos sobre
Ele.
E assim o nosso amor é aperfeiçoado. |
7 de Dezembro |
Topo |
Esta é a Vida Eterna
“E a vida eterna é esta: que Te conheçam a
Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus
Cristo, a quem enviaste. Eu Te glorifiquei
na Terra, consumando a obra que Me confiaste
para fazer.” João 17:3 e 4.
Uma popular série de comerciais de televisão
pinta um respeitado comerciante conversando
calmamente com um amigo em uma sala ocupada
e apinhada. Começa a citar a opinião do seu
corretor de valores. Um silêncio cai
subitamente sobre a multidão enquanto cada
ouvido se esforça para escutar o conselho
daquela respeitada firma. Com importantes
interesses financeiros em risco, ninguém
quer perder informação tão essencial.
Coloque-se em um cenário com várias pessoas
de mentalidade séria, discutindo o que é
essencial à salvação. Alguns sugerem que a
vida eterna é encontrada através de uma vida
de sacrifício e abnegação. Outros estão
certos de que a vida eterna é concedida
àqueles que aceitam determinadas provisões
legais em seu favor. Você está ciente de que
o especialista supremo em vida eterna, o
próprio Jesus Cristo, acaba de entrar no
aposento. Embora pareça estar em oração ao
Pai, Ele está falando para que outros possam
ouví-Lo.
“A vida eterna”, diz Ele, “é esta.”
Subitamente cessam todas as outras
conversações. Todos os olhos se voltam para
o Seu rosto; todos os ouvidos se esforçam
para apanhar cada palavra. Muitos esperam
uma fórmula prolixa e complicada. Estão
estupefatos de que ela possa ser sumarizada
em apenas três palavras. A vida eterna é
esta: “Que te conheçam.” Conhecer o Pai como
Ele verdadeiramente é, como foi revelado por
meio de Jesus Cristo – isto é a vida eterna.
Alguns poderiam objetivar que isto é
demasiado simples, que a Bíblia insiste que
ninguém é salvo sem prática de obras justas.
Mas as únicas obras de justiça genuínas são
aquelas que fluem livremente de um coração
amoroso, e o coração de alguém só se torna
amoroso quando está ligado ao grande coração
de amor do Pai.
Outros insistiriam sobre a necessidade da fé
como o fundamento da salvação. Contudo, a fé
é precisamente isto. É uma amizade
esclarecida com Deus, que conduz ao amor e à
confiança. Conquanto a fé possa
ocasionalmente expressar-se em fazer ou crer
em algo que não seja inteiramente
compreendido, este não é o seu foco
primário. A fé é construída sobre o que
conhecemos e compreendemos – a clara
revelação do Pai em Jesus Cristo.
Jesus recapitulou a missão de Sua vida e foi
capaz de relatar confiantemente: “Missão
cumprida!” E qual foi esta missão? “Eu Te
glorifiquei na Terra.” |
8 de Dezembro |
Topo |
Deus é por Nós
“Que
diremos, pois, à vista destas coisas? Se
Deus é por nós, quem será contra nós?”
Rom.
8:31.
Ela viera
para aconselhamento, como fazem muitos
estudantes nos seus últimos anos da
adolescência, por causa dos perturbadores
problemas domésticos. Perguntei-lhe acerca
dos seus sentimentos para com o pai. “Oh, eu
o amo!” respondeu prontamente. Entretanto,
ao continuar a nossa conversação, percebi
que a palavra “amor” não era adequada para
descrever o confuso fardo de sentimentos que
ela mantinha em relação ao seu pai.
Juntamente com o amor, havia fortes
sentimentos de temor, de extrema apreensão
de que deixasse de viver à altura de suas
expectativas e tivesse de enfrentar suas
rudes repreensões. Ela pensava que, sendo
ele seu pai, tinha o direito de agir com ela
deste modo. Tudo isto era parte do fardo.
Com uma
disposição semelhante, há homens que
prontamente confessam que amam a Deus. Quem
poderia falar de outro modo, em vista de
tudo que Ele tem feito por nós? Muitos de
nós temos entoado cânticos acerca do amor a
Deus (ou no mínimo a Jesus) desde que
começamos a falar pela primeira vez.
Contudo, há freqüentemente, oculta abaixo da
superfície do coração, uma forte mistura de
sentimentos para com Deus. Os sentimentos de
temor na presença de tão santa autoridade;
os sentimentos de sermos excessivamente
dominados por Alguém a quem não ousamos
questionar; o temor sutil de sermos
manipulados pelo preço que Ele pagou por nós
– com freqüência aprendemos a aconchegar
todos estes sentimentos nos recessos de
nossa mente. Afinal, concluímos, tudo isto é
parte do fardo.
Foi para
pessoas muito semelhantes a nós mesmos que
Paulo estava escrevendo quando chegou à
retumbante conclusão, depois de algumas
dezenas de parágrafos de argumentação: “Que
diremos, pois, à vista destas coisas? Se
Deus é por nós, quem será contra nós?” Com
grande diligência, Paulo quer que saibamos
que Deus está completamente ao nosso lado.
Cada ato Seu visa atrair e curar o Seu povo
ferido.
Ouvimos
as palavras e sorrimos entusiasticamente
ante Seu intento, mas ainda há aquele temor
obsessivo de que nossas faltas provoquem Sua
indiferença, Seu desinteresse. Estamos
habituados a “criar Deus à imagem humana”.
Lembramo-nos muito intensamente das ocasiões
em que as pessoas a quem amamos têm usado
sua rejeição de nós para levar-nos a fazer o
que desejavam. Mas em vez de controlar-nos
com rejeição, nosso Pai cura-nos com Seu
amor! |
9 de Dezembro |
Topo |
“Eu Nunca Desobedeci”
“Ele
respondeu a seu pai: Há tantos anos que te
sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua,
e nunca me deste um cabrito sequer para
alegrar-me com os meus amigos.”
Luc. 15:29
Que cena
comovente! Com suor escorrendo do rosto de
tanto andar atrás dos bois através de um
extenso campo no calor do sol, um homem de
meia-idade relata a seu pai que tem feito
isto virtualmente cada dia durante uma
existência a fim de ganhar algumas
recompensas de seu pai – somente para ouvir
seu pai dizer: “Filho, tudo que eu tenho já
é teu!”
Em face
disto, alguém poderia dizer: “Pensai em todo
aquele esforço desperdiçado – os anos de
aração, plantio e colheita no sol quente e
relutante solo – sem necessidade. Ele já
possuía os bens!”
Mas a
verdadeira tragédia vai ainda mais longe.
Pensai naquele filho vivendo na propriedade
de seu pai todos aqueles anos e ainda
pensando que seu pai partilhava as bênçãos
somente com aqueles que as mereciam! Nossa
mente retrata aquele irmão mais velho
zelosamente marcando o cartão de ponto,
murmurando à meia-voz quase cada momento
sobre as horas extras, taciturnamente
desejando que o “velho batesse as botas”
para que ele pudesse legitimamente herdar a
propriedade. Vemo-lo chamejante de furor
enquanto relembra o pai dando metade da
propriedade àquele irmão salafrário que não
tinha se comportado de acordo com as regras.
Ressente-se do churrasco de celebração do
seu regresso ao lar, sendo que isto
diminuirá sua herança em um cabrito.
Os
motivos do irmão mais velho são tão
completamente egocêntricos e fúteis que
Jesus não precisa salientar este detalhe. Em
vez disto, Ele se volta (como sempre) para
retratar o Pai. Embora tivesse todo direito
de fazer uma severa exposição da mesquinhez
do seu filho, o pai apenas profere
gentilmente palavras de reafirmação. Não
regateia a ira de seu filho.
Surpreendentemente, reafirma-lhe que a
riqueza da propriedade já é sua!
Confesso
francamente que isto me traz um grande
conforto. Quando me lembro quão
freqüentemente tenho ficado ressentido com
Deus por não levar em conta todo o meu
trabalho pesado para permitir que Sua graça
flua sobre alguém que eu considero indigno,
apesar do meu embaraço ao ouvir a voz do
Pai. Ele não discorda de minha pretensão de
nunca ter desobedecido, embora possa. Não me
permite puxar briga por causa das horas em
meu cartão de ponto, embora saiba que isto é
irrelevante. Diz simplesmente: “Une-te ao
teu irmão mais moço e volta para casa, para
o seio do teu Pai.” |
10 de Dezembro |
Topo |
O Temor Motiva, mas...
“Os
pecadores em Sião se assombram, o tremor se
apodera dos ímpios.”
Isaías
33:14
Foi no
ano em que a América descobriu que os russos
estavam instalando mísseis nucleares em
Cuba. Como aluno de faculdade, eu era membro
de uma grande igreja de instituição onde uma
percentagem diminuta de membros comparecia
às reuniões de oração de quarta-feira à
noite. O Presidente Kennedy ordenara aos
russos que levassem os mísseis de volta para
o seu país, “ou senão...” Todos nós
parecíamos saber o que significava aquele
“ou senão”, e sentíamos que estávamos
oscilando à beira daquela final agonia
nuclear que poderia reduzir o mundo a um
montão de cinzas tóxicas em cerca de
quarenta minutos.
A reunião
de oração experimentou um aumento de 600 por
cento. Grupos voluntários de oração se
formavam por todo o campus, de manhã e à
noite. A conversação nas mesas do refeitório
tornou-se séria e muito espiritual. O mais
excelente evangelista não poderia ter
operado um mais completo reavivamento.
Então os
russos retiraram seus mísseis. Todos
respiraram aliviados e a vida voltou ao
normal. A atarefada rotina excluiu os grupos
de oração. As marcações de futebol
tornaram-se a conversa relevante à mesa, e a
reunião de oração voltou a ser freqüentada
pelos poucos fiéis.
A
religião sempre parece prosperar em tempos
de crise. Mas o fato de que sua prosperidade
é de tão breve duração suscita dúvida quanto
à sua genuinidade. É verdade que o temor é
um grande motivador, mas é um ensinador
muito deficiente. Move as pessoas à ação
mas deixa de prover significado profundo e
direção para esta ação. O temor conduz
muitos a Cristo, tanto quanto um incêndio
leva as pessoas a uma escada de incêndio;
mas deixa de prover motivos duradouros para
que as pessoas permaneçam com Cristo.
Os judeus
exilados, que voltaram com Esdras para
reconstruir Jerusalém, eram um grupo
assustado. Com um olho na desprezível
população local, apressaram-se a construir
seu altar de sacrifício para que pudessem
rogar a Deus por segurança. De manhã e à
tarde traziam seus sacrifícios, relembrando
os muitos anos em que negligenciaram esses
serviços antes de serem levados em
cativeiro. A situação tinha todos os sinais
distintivos de um genuíno reavivamento
religioso.
Mas os
anos que se seguiram revelaram que o povo
não tinha sido ensinado pelos seus temores.
Embora continuassem com grande diligência a
praticar suas formalidades religiosas, estas
se tornaram rituais vazios, não revelando
nenhum conhecimento do caráter de Deus a
quem estavam adorando. A verdadeira fé
baseia-se, não no escape das setas ou bombas
do inimigo, mas numa reverência a Deus por
causa do que Ele é. |
11 de Dezembro |
Topo |
Você Ama o Próximo?
“O
segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu
próximo como a ti mesmo.”
Mat. 22:39
Que
imagina você aconteceria se todos no mundo
realmente amassem o seu próximo tanto
quanto, e do mesmo modo, como se amam a si
mesmos? Como agiríamos uns para com os
outros? Cuidaríamos realmente de satisfazer
as necessidades uns dos outros?
Talvez
seja útil considerar como muitos de nós se
amam a si mesmos. Às vezes parece que
atingimos o limite de uma epidemia nacional
de autodestruição, a maneira como nos
afligimos a nós mesmos com álcool e drogas,
excesso de comida, falta de exercício,
tensão, perda de sono e um ambiente poluído.
Tomamos pílula para dor de cabeça,
tranqüilizantes, pílulas para dormir, e
estimulantes literalmente às toneladas.
Entorpecemos a mente com música ruidosa,
vídeos obscenos e jogos escapistas.
Embora
sejamos cuidadosos em nos defendermos, nos
protegermos e mesmo atacar violentamente a
outros que poderiam achar defeito em nós, há
bastante evidência de que realmente não
somos muito amigos de nós mesmos. Muitos de
nós não estamos fascinados com o nosso peso,
a cor do cabelo ou o formato do nariz.
Estamos insatisfeitos com a nossa
personalidade, nosso estilo e nossa história
pessoal passada. A nossa conversação revela
insegurança e auto-afrontas.
Quão
sábio foi que Jesus registrasse o amor ao
próximo como a nós mesmos como o segundo
grande mandamento em vez de ser o primeiro.
É um fato que não podemos amar-nos a nós
mesmos antes de entrarmos primeiro em um
relacionamento de amor com o nosso Pai. Até
que comecemos a absorver a verdade de como
Deus nos vê, continuaremos a manter uma
opinião muito confusa de nós mesmos. À luz
da cruz, vemos a consideração preciosamente
elevada que Ele tem por nós. E a menos que
queiramos argumentar que a nossa opinião de
nós mesmos é mais exata do que a do Criador,
temos de aceitar esta graciosa mensagem.
Ver-nos a
nós mesmos como seres criados à imagem de
Deus, destinados à comunhão com Ele através
da eternidade, é precisamente o que Jesus
disse que devemos ver em nosso próximo. Amar
e preocupar-se com toda a raça humana
significa incluir a nós mesmos nesta classe.
Quando Jesus disse que devemos perdoar aos
nossos inimigos, devemos considerar se
estamos nutrindo qualquer ressentimento
contra nós mesmos. Então seremos libertados
da auto-absorção, do ensimesmamento para
realmente nos preocuparmos com os outros. E
isto é o que reflete mais poderosamente a
espécie de amor que Jesus expressa em
relação a nós. |
|
12 de Dezembro |
Topo |
Um Saquitel Furado
“E o
que recebe salário, recebe-o para pô-lo num
saquitel furado.”
Ageu 1:6
“Para
onde vai todo o dinheiro? Você pensou que
havia buracos nos meus bolsos!” queixou-se o
jovem esposo para sua desesperada esposa.
“Temos de aprender a administrar melhor as
nossas finanças.”
Esta é
uma área em que muitos de nós poderíamos
fazer melhor. Todavia, sem as bênçãos de
Deus todas as técnicas do mundo não trarão
sucesso orçamentário. Israel, nos dias do
Rei Dario, estava tendo problemas
monetários. Deus lhes falou através do
profeta Ageu: “Considerai o vosso passado.
Tendes semeado muito e recolhido pouco;
comeis, mas não chega para fartar-vos;
bebeis, mas não dá para saciar-vos,
vesti-vos mas ninguém se aquece; e o que
recebe salário, recebe-o para pô-lo num
saquitel furado.”
A casa do
Senhor estava em ruínas, mas o povo de Deus
estava ocupado em construir belas casas para
si mesmos e em busca de ganho financeiro.
Continuavam dizendo: “Não veio ainda o
tempo, o tempo em que a casa do Senhor deve
ser edificada.” Verso 2. O que eles
realmente estavam dizendo é que não queriam
participar com qualquer dos seus lucros.
Queriam prosperar a si mesmos, ainda que
isto significasse deixar o seu lugar de
culto em ruínas. Seu egoísmo revelava sua
falta de consagração a Deus. Deixando o
templo em ruínas, sendo que a restauração
era possível, estavam revelando seu
contentamento íntimo com um relacionamento
rompido com o Todo-poderoso.
Quando
estamos fora do relacionamento com Deus,
estamos em desarmonia com a realidade. Nossa
vida não pode colher os resultados do
pensamento correto porque o ser humano,
abandonado a si mesmo, é limitado em sua
capacidade de tomar decisões válidas.
Conseqüentemente, os resultados naturais do
pensamento reto são frustrados. Na linguagem
bíblica, Deus “retém” Suas bênçãos. Na
realidade, Deus está empenhado em
ensinar-nos a viver responsavelmente dentro
dos limites de causa e efeito. Isto O leva a
permitir que experimentemos a insuficiência
e a necessidade, em vez de interferir como
desejaríamos que Ele fizesse. Contudo,
ouvimos do Céu a Sua terna e sincera voz:
“Considerai o vosso passado. Não sejais
irracionais em vossa análise do que
realmente está acontecendo.”
Quando
fazemos de Deus o centro de nossa vida,
temos acesso à Sua vasta sabedoria. Ele nos
fala pessoalmente dos Seus mistérios. Ele
nos “abençoa”; experimentamos os benefícios
inerentes que circundam uma realidade
expandida, dilatada; uma realidade de
amizade com o Pai. |
13 de Dezembro |
Topo |
Há Vida Após o Nascimento
“Mas
Deus, sendo rico em misericórdia, por causa
do grande amor com que nos amou, e estando
nós mortos em nossos delitos, nos deu vida
juntamente com Cristo.”
Efés. 2:4
e 5.
Ao
dirigir-se ao caixa de muitos supermercados,
sua atenção é atraída pelas manchetes das
revistas populares que anunciam as mais
recentes trivialidades sensacionais. A
intervalos regulares, você vê variações
menores sobre o tema: “Cientista Descobre
Nova e Chocante Evidência de Vida Após a
Morte!” Se você aventurar-se a ler as
narrativas exageradas, descobrirá relatos de
terceira mão de “experiências fora do corpo”
ou outras supostas sensações daqueles que
estão às portas da morte.
É
interessante que tantos cristãos sejam
apanhados nesta preocupação acerca da vida
após a MORTE, sendo que muitos deles ainda
não descobriram se há realmente vida após o
NASCIMENTO! Em outras palavras, que importa
o que acontece quando alguém morre a não ser
que ele esteja certo de que conforme Cristo
prometeu, a vida eterna se iniciou
definitivamente por ocasião do novo
nascimento? Se a vida eterna não é genuína
enquanto estamos vivos, isto não oferece
muita esperança para além da sepultura.
Jesus,
Paulo e João, todos falaram repetidamente do
novo nascimento. De que outra forma pode
você descrever uma mudança de valores, de
estilo de vida e de atitudes que seja tão
radical a ponto de parecer que a vida
começou tudo de novo? Separado de Jesus
Cristo, pode-se afirmar que alguém está
“vivo” somente no sentido mais elementar e
primitivo. Isto não é muito mais do que uma
existência biológica, isolada de todos os
grandes temas e propósitos da vida. É uma
evasiva mesquinha, egocêntrica, dominada
pelo temor desde o ventre até à tumba.
Mas a
união com Cristo muda tudo! Recebemos novas
potencialidades para conhecer e compreender
as verdades espirituais. Em vez de lutar
para proteger-nos a nós mesmos, estendemos a
mão a fim de nos preocuparmos com os outros.
Os prazeres vulgares e temporários e os
tesouros deste mundo são vistos pela
simulação, pela impostura que eles
representam. Temas mais elevados e mais
altos objetivos ocupam a mente. Mesmo nossa
personalidade, talvez insípida ou rudemente
mordaz fora de Cristo, começa a refletir as
qualidades cristãs da ternura e do
equilíbrio.
“Nova
vida” significa mais do que simplesmente bom
procedimento, porque o problema do pecado é
muito maior do que apenas mau comportamento.
Sendo que o problema do pecado centraliza-se
em torno da alienação de Cristo, então a
nova vida é, fundamentalmente, uma
espontânea e absorvente devoção a Cristo
como o centro natural de nossa vida. |
14 de Dezembro |
Topo |
A Espada Como Solução de Problemas
“Então
Jesus lhe disse: Embainha a tua espada; pois
todos os que lançam mão da espada, à espada
perecerão.” Mat. 26:52
Era uma
caminhoneta com suspensão especial, tração
nas quatro rodas, equipada com fuzil e
espingarda colocados na janela traseira. O
motorista parecia quase tão duro como o
veículo que ele dirigia. O adesivo no
resistente pára-choque traseiro parecia
particularmente apropriado: “Segurado por
Smith & Wesson.” Em vez de esperar que o
roubo fosse reembolsado pelo seu agente de
seguros, esse motorista queria que o povo
soubesse que ele confiava nas armas desse
bem-conhecido fabricante de armas de fogo
para dar retribuição imediata a qualquer
ladrão.
Enquanto
seguia a caminhoneta descendo a
auto-estrada, minha mente começou a imaginar
diversos cenários. Que aconteceria se um
provável ladrão simplesmente carregasse uma
Smith & Wesson maior, ou fosse mais rápido
em seu uso? Então o motorista seria obrigado
a pedir aos seus amigos armados de revólver
que o ajudassem a proteger o seu veículo.
Mas se o ladrão também tivesse amigos
armados...
Seguindo
a esta absurda conclusão – através de
quadrilhas armadas, hostilidades contínuas,
escaramuças de fronteiras e conflito de
vulto – não é tudo isto diferente da fatal
corrida armamentista que ameaça a própria
existência da humanidade. Cada partido
deseja simplesmente proteger o que é seu,
sendo capaz de ferir ou destruir seus
opositores. Não é de admirar que Jesus
advertisse a Pedro de que nem mesmo
começasse a palmilhar este caminho, porque o
mesmo não tem nenhum término racional. Os
filhos de Isaque e os filhos de Ismael têm
procurado acertar suas divergências pelo uso
da espada durante quase 4.000 anos. Todavia,
o Oriente Médio está ainda em chamas, sem
nenhuma paz razoável à vista.
Jesus
sabia que nenhum problema é resolvido por
ser uma pessoa intimidada pela força. Embora
seja necessário reprimir energicamente os
criminosos, e o temor do revólver do
policial leve alguns a uma aquiescência
exterior, sabemos que tal força não
transforma as atitudes íntimas do coração.
Em muitos casos, até mesmo aprofunda o
espírito íntimo de ira e hostilidade.
Podemos
ter certeza de que Jesus não estabelece um
padrão mais baixo para Si mesmo do que para
Suas criaturas. Se o proprietário da
caminhoneta não está, em última análise,
seguro com o seu Smith & Wesson, estaria a
bem-aventurança eterna assegurada pela
ameaça de furiosa destruição? Tendo ordenado
a Pedro que guardasse a espada, Jesus mesmo
não a usará. Os ímpios morrerão somente
porque resolutamente escolheram permanecer
separados do Doador da vida. |
15 de Dezembro |
Topo |
Discutindo com Deus
“E
tende por salvação a longanimidade de nosso
Senhor.” II Ped. 3:15
O diabo é
um grande oscilador do pêndulo. Ele se
vangloria de ser capaz de seduzir as pessoas
para o fogo por um lado e para o gelo do
outro. Alguns cristãos são demasiado
indulgentes, pouco se importando com o seu
crescimento espiritual e com os detalhes do
seu estilo de vida. Alguns oscilam para o
outro extremo, constantemente preocupados e
tocando as raias do desalento porque não
podem crescer muito rápido.
A
mensagem de Pedro no texto de hoje
destina-se ao segundo grupo. Para ser justo,
sua enfermidade é compreensível. Apanharam
um vislumbre da beleza do caráter de Cristo
e então a contrastam com o seu registro
pouco promissor. Podemos compreender o seu
desejo de avançarem para a integridade e
regozijo e afastarem-se firmemente de cada
falha. São feridos pela tristeza quando seus
fracassos ferem a outros, representam mal a
Deus e embotam sua própria paz de espírito.
Detestam ter de lidar outra vez com os
mesmos problemas íntimos e anseiam atingir
uma base mais elevada.
O
problema, porém, é que Satanás tira proveito
deste mesmo desejo de santidade
transformando-o em uma causa de
desencorajamento. Leva os filhos de Deus a
se tornarem inspetores de frutos em vez de
árvores frutíferas. Isto é, ficamos mais
absorvidos com os frutos da justiça do que
com a raiz da justiça. Medimos o nosso
desempenho, comparando-o com o desempenho do
dia anterior (ou pior ainda, com o
desempenho de outrem), então nos curvamos em
desalento. Tudo isto desvia a atenção do
verdadeiro tema: formar uma amizade com
Cristo pela contemplação do Seu caráter.
O
desânimo é a anestesia que o diabo usa antes
de cortar o seu coração. Porque o cristão
perplexo, que fracassa em ser semelhante a
Cristo parece ter tão legítima razão para
estar desencorajado! Todavia Pedro nos
afirma que, quando o Senhor olha para nós,
Ele não está desanimado. Sabendo ainda
melhor do que nós o longo caminho que temos
a percorrer, Ele ainda nos considera com
paciência. Sabe que crescemos melhor com
atrativos do que com pressões.
Deus Se
lembra tão bem quanto nós quão perplexos e
perturbados ficávamos quando nossos pais nos
disciplinavam, expressando sua impaciência
conosco. E Ele recusa fazer isto. Se estamos
sendo impacientes conosco, teremos de
discutir com Deus! Teremos de insistir que a
nossa opinião sobre nós mesmos é mais exata
do que a de Deus. Felizmente, nossa opinião
do Pai é o que importa! |
16 de Dezembro |
Topo |
Quem Feriu Jesus
“Todavia, ao Senhor agradou moê-lo,
fazendo-O enfermar.” Isaías 53:10
Algum
dia, quando o ambiente for apropriado, abra
uma versão da Bíblia na linguagem moderna em
Isaías e leia em voz alta a passagem do
Servo Sofredor. Comece em Isaías 52:13 e
leia atenciosamente e com ênfase todo o
capítulo 53. Ao ler esta assombrosamente
completa profecia da vida e ministério de
Jesus Cristo, note especialmente o papel que
o Pai desempenhou no drama da salvação.
Observe,
e esteja surpreso, que foi o Pai quem “fez
cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos”
(verso 6). O arranjo infinitamente gracioso
pelo qual as conseqüências do nosso desvio
deveriam ser postas sobre Jesus foi um plano
que o próprio Pai sancionou e ajudou a pôr
em execução. Isto precisa ser enfatizado,
esclarecido e repetido novamente, por causa
da crença tão difundida de que Jesus Se
ofereceu como um meio para apaziguar o Pai.
O grande
erudito da Reforma, João Calvino, afirmava
que o perfeito sacrifício de Cristo resultou
em termos “no Céu um Pai propício em vez de
um Juiz”. Isto é, o ministério de Cristo
visava levar o Pai a mudar em relação a nós,
tornando-O amoroso em vez de condenador.
Calvino também ensinava que o Pai “não
encontra nada no ser humano que O possa
estimular a abençoá-lo”. Mas a vida perfeita
de Jesus merece tal benção; e Jesus
transfere este mérito para nós, para que o
Pai seja levado a abençoar-nos. Mais uma
vez, o Pai está sendo persuadido, ou
autorizado, a expressar uma atitude
redentora para conosco por causa de Jesus. O
resultado, sem dúvida, é que somos levados a
ver a Jesus como um refúgio DO Pai, em vez
de um caminho PARA o Pai. Embora eu aplauda
muito da obra desse grande reformador, estou
consternado por ter essa opinião do nosso
Pai celestial obtido tão ampla aceitação.
Na cruz,
o Pai juntou-se a Jesus em um esforço unido
para atingir a mente humana, para que
pudéssemos mudar em relação a ELE. Igual à
dor da separação que Jesus sofreu, o Pai
suportou a dor da separação de Seu Filho, a
render Jesus o espírito e deslizar para a
segunda morte. Juntos, Eles revelaram ao
Universo quão fatal é rebelar-se contra a
Fonte de toda vida. Juntos, Eles derramaram
sobre a raça humana a maior expressão de
amor que já foi conhecida. Juntos, revelaram
que Deus sempre tem sido um Pai de amor!
Amamos a Jesus, não para aplacar a Deus, mas
para revelá-Lo. |
17 de Dezembro |
Topo |
Nosso Deus é Sensato
“Quem
é sábio que entenda estas coisas, quem é
prudente que as saiba, porque os caminhos do
Senhor são retos.” Oséias 14:9.
Nunca é
muito satisfatório quando os editores de
dicionários fazem afirmações teológicas.
Tome, por exemplo, esta definição da palavra
fé: “Crença inquestionável que não requer
prova ou evidência.”
Minha
preocupação, é claro, não é com os editores
de dicionários, porque eles simplesmente
refletem como uma palavra está sendo usada
entre o público em geral. Minha perplexidade
é que tantas pessoas, inclusive pastores e
eruditos da Bíblia, insistam em usar esta
mesma definição de fé quando ela é aplicada
à experiência cristã. Acreditam que,
procurar evidência, para a compreensão
inteligente, é solapar a fé. Estão
satisfeitos com um cristianismo que não é
necessário ter sentido, e imaginam que é um
sinal de devoção a Deus crer naquilo que
realmente não apela para a inteligência.
Isto tem levado alguns a desconfiar dos
princípios religiosos que exigem muita
reflexão.
Mas Jesus
não estaria satisfeito com tal definição de
fé. Aquele que foi tão longe para dar às
pessoas abundante evidência sobre que basear
sua fé, não desejaria que pusessem tudo isto
de lado. Jesus mantinha a sua fé como uma
atitude de amor, de confiança e de admiração
para com Deus. O único meio pelo qual alguém
pode chegar a ver a Deus deste modo é
procurar conhecê-Lo. O ministério de Jesus,
portanto, visa prover evidência do que o Pai
realmente é. E foi esta evidência que apela
para a capacidade de pensar e raciocinar que
Deus colocou dentro de nós.
Se Deus
nos convida a ir e arrazoar com Ele (Isa.
1:18), então não deveríamos esperar que o
estilo de vida que Ele nos oferece fosse
também razoável? Uma vez tenha sido a mente
de uma pessoa iluminada pelo Espírito Santo,
expandida para incluir as realidades
espirituais em um processo de raciocínio, o
Cristianismo tem um sentido incrivelmente
bom. Por exemplo, amar os inimigos (conforme
Jesus exigiu de nós), não teria
absolutamente nenhum sentido para uma pessoa
egoísta encerrada em obter tudo que pode
para si mesma. Mas para aquele que busca o
bem de toda a raça humana, amar o inimigo é
o mais inovador e conciliatório gesto que
alguém poderia demonstrar.
Oséias
convida os sábios e prudentes a reconhecerem
que os caminhos de Deus são retos – que eles
têm um sentido incrivelmente bom. Não
deveríamos confiar em um Deus tão sensato e
razoável? |
18 de Dezembro |
Topo |
As Misericordiosas Mãos de Deus
“Estou em grande angústia; caia eu, pois,
nas mãos do Senhor, porque são muitíssimas
as Suas misericórdias: mas nas mãos dos
homens não caia eu”. I Crôn. 21:13
Davi
tinha ido contra a explícita palavra de
Deus; tinha feito um recenseamento em
Israel. Inseguro por causa da força militar
das vizinhas nações pagãs, contou os homens
de guerra de sua própria nação como para
assegurar-se de que o seu exército poderia
resistir a um ataque do inimigo. Joabe,
general do exército, procurou dissuadi-lo de
tomar esta decisão. “Multiplique o Senhor
teu Deus a este povo cem vezes mais;
porventura, ó rei meu senhor, não são todos
servos de meu senhor? Por que requer isso o
meu senhor? Por que trazer assim culpa sobre
Israel? Porém a palavra do rei prevaleceu
contra Joabe”. I Crôn 21:3 e 4.
Davi
conhecia a Deus. Estivera por muitos anos
confiando nEle em busca de sabedoria e
força. Quando percebeu que havia procedido
impiamente em olhar para exércitos humanos à
procura de segurança em vez de olhar para o
Senhor, imediatamente se arrependeu.
“Procedi mui loucamente”, disse ele a Deus
(verso 8). Talvez posteriormente, tendo
reminiscência dessa mesma ocasião, escreveu:
“Diz o insensato no seu coração: Não há
Deus... Tomam-se de grande pavor, onde não
há quem temer; porque Deus dispersa os ossos
daquele que te sitia”. Sal.53:1 e 5.
Deus
sabia que Davi necessitava de uma
oportunidade para tornar a expressar sua fé
nEle. Mandou dizer a Davi: “Três coisas te
ofereço; escolhe uma delas, para que ta
faça.... Escolhe o que queres: ou três anos
de fome, ou que por três meses sejas
consumido diante dos teus adversários, e a
espada de teus inimigos te alcance, ou que
por três dias a espada do Senhor”. I
Crôn.21:10-12. Porque Davi conhecia a Deus -
que Sua justiça é sempre temperada com
imparcialidade e misericórdia - ele
respondeu: “Caia eu, pois, nas mãos do
Senhor, porque são muitíssimas as Suas
misericórdias; nas mãos dos homens não caia
eu”. Verso 13.
Setenta
mil homens de Davi morreram de uma praga que
varreu o país, contudo Deus interveio e
deteve a sua mortal investida. Estivessem os
guerreiros pagãos chacinando Israel,
poderiam ter continuado até que a nação não
mais existisse. Davi escolheu sabiamente
cair nas mãos de Deus, nas mãos que ele
sabia tão bem que estavam repletas de
misericórdia. |
19 de Dezembro |
Topo |
Que Faz Você com a Verdade?
“Se
Eu não viera, nem lhes houvera falado,
pecado não teriam; mas agora não têm
desculpa do seu pecado”. S. João 15:22.
“Não
freqüento reunião de oração”, admitiu ela
estupidamente, “porque não quero ouvir mais
verdade pela qual serei considerada
responsável. Se eu não sei o que sou
obrigada a fazer, não serei julgada como
culpada por não fazê-lo”.
Embora a
honestidade de sua franca confissão fosse
louvável, sua teologia era tragicamente
falha. Mantinha tão lamentavelmente
obscurecida visão de Deus que não desejava
ouvir o que Ele tinha a dizer acerca da
formosa vida que Ele oferece. Via-a como
pesados deveres e obrigações. Tivesse ela
visto o estilo de vida de Jesus como ele é,
cheio de altos privilégios e oportunidades,
teria procurado cada possibilidade para
aprender mais.
As
pessoas sobre as quais Jesus está falando no
texto de hoje eram muito semelhantes a essa
mulher. Criadas em um ambiente
exageradamente religioso, pensavam que
conheciam tudo sobre os requisitos divinos.
Conforme toda evidência, também não gostavam
disto. Fariam o mínimo a fim de
“escapulir”para o reino, porém não tinham
nenhum interesse em aprender mais. De fato,
estavam tão fechados para tudo isto que
prefeririam empurrar Jesus de cima de um
penhasco, expulsá-Lo da cidade ou pregá-Lo
numa cruz em vez de ouvirem o que Ele lhes
falava.
De um
modo interessante, Jesus não os censurou.
Sabia quão obscurecido estava o seu
entendimento quanto às coisas religiosas.
Sabia que seus líderes religiosos tinham
simplesmente sobrecarregado sua cabeça com
fardos impossíveis de suportar, ameaçando-os
com terríveis conseqüências se eles não
cumprissem, então se afastavam, não
oferecendo nenhum auxílio para que
carregasse o seu fardo. Jesus não censurava
as pessoas por rejeitarem a falsa religião.
Não as consideraria culpadas por suas
atitudes não tivessem elas conhecido de
outro modo.
Mas o
povo tinha ouvido Jesus. Não O tinham ouvido
amontoando grandes fardos sobre os seus
ombros cansados. Em vez disto, tinham-nO
ouvido revelando graciosas verdades acerca
de um Pai sábio e amoroso, a quem conhecer é
amar. Muitos tinham escutado durante horas
enquanto Jesus explanava uma religião
elevada e orientada do coração, que não
poderia ser censurada.
Pilatos
fez a pergunta decisiva: “Que farei então de
Jesus?” S. Mateus 27:22. Rejeitar a falsa
religião não constitui nenhum motivo de
culpa, mas rejeitar a graciosa Pessoa de
Jesus Cristo é o pecado máximo.
|
20 de Dezembro |
Topo |
Leva Satanás os Nossos Pecados?
“Arão
porá ambas as mãos sobre a cabeça do bode
vivo, e sobre ele confessará todas as
iniqüidades dos filhos de Israel... e
enviá-lo-á ao deserto, pela mão dum homem à
disposição para isso.” Lev. 16:21
Escondido
no meio deste importante livro do Antigo
Testamento está um capítulo que, se fosse
devidamente compreendido, colocaria o mundo
cristão em desequilíbrio. O Senhor estivera
ensinando o Seu povo acerca do plano da
salvação através do símbolo direto dos
serviços do santuário. E lhes tinha dado
muitas formas de sacrifícios animais, todos
apontando para a futura morte sacrificial de
Cristo na cruz.
Mas no
décimo sexto capítulo de Levítico, um novo
elemento surpreendente é introduzido. O
cenário é a cerimônia do Dia da Expiação que
vindo no final do calendário dos eventos
religiosos, simboliza fatos relacionados com
o término do grande conflito. O
elemento-surpresa é o uso de DOIS animais em
vez de UM. Sortes são lançadas e um dos
bodes é designado como o bode do Senhor.
Como tinha sido feito antes, esse bode é
oferecido sobre o altar como um tipo de
Cristo.
Mas o
outro bode é designado como pertencendo a
Azazel, que o povo compreendia claramente
ser um nome para Satanás. Esse bode é
amarrado a uma estaca enquanto o sumo
sacerdote entra no lugar santíssimo do
santuário. Ali ele figurativamente reúne
todos os pecados que tinham sido
transferidos para aquele lugar durante o ano
anterior pelos pecadores arrependidos. O
sacerdote então leva todos aqueles pecados
para o bode Azazel e, por assim dizer, os
despeja sobre sua cabeça e o envia para o
deserto, onde ele certamente morrerá.
A
perspectiva expandidora da mente que esta
cerimônia vital nos ensina é que, na solução
do problema cósmico do pecado, Deus está
lidando com muito mais do que conseqüências
fatais que os pecadores individuais
enfrentam. Quando Israel via o sacerdote (um
tipo de Cristo) pondo as mãos sobre a cabeça
do bode Azazel, estavam contemplando a
promessa divina de que, um dia, todos
conheceriam que Satanás era essencialmente
responsável pelo pecado.
Outrossim, quando o povo via o bode sendo
conduzido para morrer no deserto, separado
de toda a fonte de vida, finalmente, Satanás
e todos os seus seguidores sofrerão a morte
da separação de Deus. Nem mesmo o inimigo
será morto pelas mãos de um Deus irado. |
21 de Dezembro |
Topo |
Um Milagre Enigmático
“Havia
em Jope uma discípula, por nome Tabita, nome
este que traduzido quer dizer Dorcas; era
ela notável pelas boas obras e esmolas que
fazia.” Atos 9:36
Dizem que
custa entre 250.000 e 500.000 dólares
substituir um administrador executivo chave
que se aposentou ou ficou doente. Isto
explica por que grandes empresas estão dando
tanta ênfase à conservação da saúde dos seus
homens que ocupam os cargos mais altos. Isto
tem bom sentido financeiro.
Por
motivos muito maiores do que financeiros, a
igreja primitiva mantinha suas pessoas de
importância trabalhando para o Senhor o mais
longo tempo possível. Como poderia você
substituir o apóstolo Paulo, ou João, o
discípulo amado, mesmo que tivesse grandes
somas de dinheiro? Sua sabedoria, sua
maturidade espiritual, eram insubstituíveis.
Sob esta
luz, parece que Pedro surgiu com uma
abordagem um tanto singular para o problema
de desgaste de liderança. Quando uma pessoa
importante n igreja de Jope ficou doente e
faleceu, ele dirigiu-se à sua casa, orou
sobre ela e a trouxe de volta à vida! Tão
emocionante como foi esse milagre, fico
muitas vezes perplexo porque aconteceu a
essa senhora relativamente desconhecida,
contudo ninguém retribuiu o favor ao próprio
Pedro. Por que Pedro não trouxe de volta à
vida algum importante pregador ou escritor
do evangelho para prolongar o seu serviço?
Mas Pedro
não estava trabalhando sozinho. Estava
recebendo suas instruções de Deus. E Deus vê
coisas que muitas vezes omitimos. Talvez os
crentes de Jope necessitassem de alguma
poderosa evidência da solícita atividade de
Deus em seu meio, mas suspeito que possa ter
existido outro motivo por que Tabita foi
ressuscitada. Este motivo é encontrado na
descrição da maneira como ela vivia a vida –
uma vida repleta de atos de amor e obras de
atenção, de solicitude.
É quando
a vida das pessoas transborda de amor em
ação que elas se tornam mais eficientes em
retratar o caráter de Deus. Mais do que as
palavras pronunciadas, o mundo aprendeu a
confiar no que as pessoas fazem ao natural,
exemplos representativos do viver diário.
Tabita estava exercendo um poderoso impacto
a favor da reputação de Deus por toda a
cidade. Restituir-lhe a vida para que seu
testemunho pudesse continuar a favorecer
aquela primitiva igreja, era a maneira de
Deis de dizer quão vital era o seu dom para
Sua causa. Isto deveria comunicar a todos
nós uma nova apreciação daqueles bondosos e
muitas vezes desconhecidos santos cujo
falecimento talvez nunca se constitua
manchetes de jornais, mas que levaria os
pobres e necessitados a chorar. Estão
ensinando verdades essenciais acerca de
Deus. |
22 de Dezembro |
Topo |
Quem é o acusador?
“Então
ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora
veio a salvação, o poder, o reino do nosso
Deus e a autoridade do Seu Cristo, pois foi
expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo
que os acusa de dia, e de noite, diante do
nosso Deus.” Apoc.12:10.
Imagine
que você tivesse conhecido dois homens. Um
deles é obviamente um homem de elevados
princípios que vive acima de qualquer
repreensão. Você sabe que ele nunca se
rebaixaria para fazer alguma coisa errada,
nem conscientemente toleraria o erro de
outra pessoa. O outro homem poderia ser
melhor descrito como um caráter de reputação
duvidosa. Um homem de formação questionável
e de intentos suspeitos, de quem se poderia
esperar estar em dificuldades com a lei.
À parte
de sua avaliação dos seus valores, seria
interessante considerar esta pergunta: Em
qual presença você mais provavelmente se
sentiria acusado ou condenado? Qual deles
mais provavelmente projetaria em você a
impressão de que você deixou de viver à
altura das suas expectativas? Tivesse você
mesmo vivido um passado falho e embaraçoso,
em que presença você provavelmente
encontraria mais aceitação e compreensão?
Para nós
é difícil sacudir a imagem de pessoas justas
como sendo muito condenadoras e de pessoas
injustas como estando à procura de companhia
em sua miséria. Muitos de nós, quando
pensamos nos dois adversários no grande
conflito tiramos as mesmas conclusões.
Suspeitamos que o nosso Deus santo seria
muito intolerante e acusador para com seres
pecaminosos. Contrastando, sendo que Satanás
não defende nada de bom, nossos fracos
esforços na direção da justiça não lhe
permitiriam agir conosco de igual para
igual. O próprio fato de que não gostamos de
sentir-nos acusados de transgressões que já
nos têm afligido, afasta muitos de Deus e os
aproxima de Satanás.
Satanás
tem tido um deplorável sucesso em persuadir
alguns a formarem uma teologia que coloca
Deus no papel de acusador; tem olhado com
satisfação enquanto as pessoas têm-se
afastado de Deus e vão na direção de si
mesmo. Entrementes, tem continuado a fazer a
obra funesta de esmagar pecadores feridos
com acusações. O dedo esquelético da
condenação e rejeição está ligado à mão do
inimigo, mas o Senhor tem planos muito
melhores para a restauração do Seu povo.
Tendo-os persuadido de que estão fora do
relacionamento consigo (S João 16:9), Ele
prontamente oferece à todos os que retornam
a certeza de que nunca os condenará
(Rom.8:1) nem os lançará fora (S.João 6:37).
É esta a espécie de boas novas que derrubará
o reino de Satanás. |
23 de Dezembro |
Topo |
Cansado de Fazer o Bem
“E não
nos cansemos de fazer o bem, porque a seu
tempo ceifaremos, se não desfalecermos.”
Gal.6:9.
Para
surpresa de muitos dos seus colegas de
classe, um jovem que possuía um caráter
cristão positivo começou a andar com uma
moça rebelde e enganadora. Em breve estavam
se envolvendo em atividades que violavam a
confiança de seus pais e sua própria
integridade. Isto parecia tão inadequado
para ele, em vista dos seus compromissos
espirituais!
Várias
semanas depois, quando ele mais uma vez
estava em terreno sólido, explicou o que
havia acontecido. “Apenas me cansei de ser
alguém com princípios, enquanto tantos
outros estavam gozando um confortável
escorregamento morro abaixo. Cansei-me de
dizer ‘Não’ quando todos os demais estavam
dizendo ‘Sim’. Cansei-me de ficar na
expectativa de viver de acordo com elevados
ideais, sendo que isto é tão custoso, tão
exigente do ponto de vista emocional. Apenas
quis estar com alguém que não esperasse nada
de mim.”
A Bíblia
afirma que “o caminho dos prevaricadores é
áspero” (Prov.13:15), mas que a “vereda dos
justos é como a luz da aurora” (Prov.4:18).
Sendo que isto é verdade, por que é tão
exaustivo palmilhar os caminhos do bom
procedimento? Por que foi necessário que
Paulo advertisse contra o cansaço? Por que
tantos dentre nós podem identificar-se com o
jovem que simplesmente alegava estar muito
cansado para prosseguir? Cairíamos em um
acesso de autodesconfiança, indagando se
estamos realmente convertidos?
Temos de
lembrar-nos de que Paulo era um realista.
Embora conhecesse a sublimidade de palmilhar
os caminhos elevados, também sabia que
muitos não se aclimatam imediatamente ao ar
rarefeito. Sabia que, embora o cristão tenha
tomado o rumo de um país novo e eterno, ele
ainda caminha em contato regular com
arraigados terráqueos. É necessário tempo
para aprender os valores do novo reino e nos
desligarmos do ponto de referência da
aprovação de velhos amigos.
Algumas
das verdadeiras alegrias da obediência não
são um tanto rápidas em surgir como as
alegrias temporárias da condescendência.
Nossa mente deve aprender a fazer referência
a um quadro mais amplo. Foi o próprio Jesus
quem nos lembrou de que a planta cresce em
estágios, começando primeiro com apenas uma
folha minúscula. Deveras ceifaremos, disse
Paulo, se não desfalecermos. Nosso Deus não
é o tipo de amigo que conduz o Seu povo por
veredas de cansaço e becos sem saída.
|
|
24 de Dezembro |
Topo |
É Errado Pedir um Sinal?
“Jesus, porém, arrancou do íntimo do Seu
espírito um gemido, e disse: Por que pede
esta geração um sinal? Em verdade vos digo
que esta geração não lhe dará sinal algum.”
Mar.
8:12.
A mocinha
estava cheia de veemência. Falava do seu
iminente noivado com um jovem que havia
encontrado na faculdade.”Estivemos orando
por um sinal de Deus que nos permitisse
saber se devemos ou não devemos casar”.
Enquanto ponderava o significado de sua
petição, algo que Jesus disse veio à minha
mente:”...nenhum sinal será dado.”
Uma
grande multidão tinha ouvido o Mestre falar
durante três dias. Muitos tinham vindo de
longas distâncias. Olhando para eles, Jesus
foi movido de compaixão. Sabia que alguns
desfaleceriam se fossem mandados para casa
com fome. Tomou alguns pães e peixes e
alimentou vários milhares de pessoas. Não
muito tempo depois disto, os fariseus vieram
interrogá-Lo.”Tentando-O, pediram-Lhe um
sinal do Céu. Jesus, porém, arrancou do
íntimo do Seu espírito um gemido, e disse:
Por que pede esta geração de um sinal? Em
verdade vos digo que esta geração não lhe
dará sinal algum.” Mar. 8:11 e 12.
Por
quê? É errado pedir um sinal? Gideão o fez,
duas vezes, e Deus lhe concedeu exatamente o
que desejava. Josué e Ezequias receberam os
sinais que pediram. Quando Acaz era rei de
Judá, Deus falou com ele. “Pede ao Senhor
teu Deus um sinal, quer seja embaixo nas
profundezas ou em cima nas alturas”. Tendo
Acaz recusado, Deus apresentou
espontaneamente o sinal profético do
nascimento virginal que anunciaria o Messias
vindouro (Isa. 7:14).
Posso
sugerir que pedir sinais pode ser um esforço
para atalhar o processo de raciocínio que
Deus tão sabiamente deseja que
desenvolvamos. “Visto que temos a rodear-nos
tão grande nuvem de testemunhas” (Heb12:1),
há hoje menos necessidade de buscar
manifestações sobrenaturais da vontade de
Deus. Seu desejo é que tenhamos as nossas
“faculdades exercitadas para discernir não
somente o bem, mas também o mal.” Heb.5:14.
Os casais que projetam matrimônio precisam
considerar cuidadosamente sua
compatibilidade, seus antecedentes
familiares, temperamentos individuais e
estilos de vida, bem como os objetivos
declarados para a vida – não procurar uma
ocorrência de algum estranho evento rotulado
como evidência da opinião de Deus sobre o
assunto.
Não é
errado pedir um sinal – mas Deus prefere que
venhamos a conhecê-Lo tão inteiramente que
não mais sintamos a necessidade de pedir um
sinal. |
|
25 de Dezembro |
Topo |
Como Arruinar uma Amizade
“De
Cristo vos desligastes vós que procurais
justificar-vos na lei, da graça decaístes”
Gal.5:4.
Você
recebeu uma solicitação de um famoso chefe
de Estado para que ele partilhe uma refeição
consigo. Mas ele quer vir a sua casa. Sua
emoção se transforma rapidamente em pavor ao
pensar em seu humilde vestuário, suas
maneiras inexperientes, seu limitado
vocabulário e o estreito escopo de
interesses relativos à conversação. Você
duvida que seria um companheiro de jantar ou
um comensal muito satisfatório. Imaginando
que o seu anfitrião estaria mais satisfeito
com a sua presença se você pudesse
convencê-lo de sua aptidão, você solicita um
adiamento e inicia um apressado programa de
auto-aperfeiçoamento.
Os meses
se transformam em anos enquanto, como em uma
tarefa monótona e árdua, você duvida que
tenha merecido suficientemente aceitar o
convite. Sua atenção se desvia inteiramente
em direção do seu desempenho até que perde
de vista a comunhão antecipada que o seu
anfitrião queria gozar consigo. Tornando-se
convencido de que amizade somente pode
ocorrer quando você estiver preparado para a
mesma, você arruína a amizade que, por si
mesma, FARIA de você uma companhia adequada.
A Bíblia
fala muito pouco acerca do que leva a
perpetrar o “divórcio espiritual”. Jesus tem
procurado nossa afeição com tanta diligência
e nos tem oferecido tal segurança em união
com Ele, que vê pouco mérito em dar muita
atenção à maneira como o relacionamento
poderia fracassar. Poderíamos tropeçar em
nossa caminhada cristã,mas Sua resposta é eu
Ele os perdoará “setenta vezes sete” – para
começar! Mas Ele não requererá divórcio de
nós.
Em sua
Carta aos Gálatas, Paulo escreve: se você
propõe amizade com Cristo a base dos seus
próprios méritos, o relacionamento é
arruinado, não porque Jesus Se volte contra
você, mas porque você nunca abrirá a porta à
Sua presença. Pensando que Jesus é Alguém
que exige mérito em vez de Alguém que cura
as pessoas através do amor, não temos
nenhuma base comum com Ele. Permanecemos
perpetuamente nos encolhendo atrás da porta,
temendo Sua perscrutadora e julgadora
chegada.
Mas Jesus
permanece do lado de fora da porta, batendo
gentilmente. Se escutarmos com o coração,
podemos ouvi-Lo dizendo-nos que deseja
comunhão, não mérito. Anseia pela união da
alma, não nossa lista de crédito. Em vez de
tentarmos preparar-nos PARA a Sua presença,
Ele quer que nos preparemos POR Sua
presença. Quem poderia fechar a porta a tão
atraente convite? |
26 de Dezembro |
Topo |
Os Jogos que Deus não Pratica
“Acaso
farei Eu abrir a madre, e não farei nascer?”
Isa.66:9.
“Ele
jamais quis casar comigo! Queria apenas ver
quão longe eu iria!” A moça conversava
tristemente com sua amiga. Todavia ela mesma
tinha “logrado” sua irmã mais nova para
fazer-lhe uma tarefa, prometendo levá-la á
cidade quando ela a concluísse – promessa
que nunca tencionava cumprir.
Vivemos em um mundo de esperanças
desapontadas e promessas quebradas. O “jogo
da vida” parece repleto de trapaças e
ilusões. Muitos se tornam cínicos, outros
desesperançados, ainda outros obstinadamente
astutos. Esta tragédia de corações
despedaçados e insensíveis, causa
inexprimível tristeza ao coração do nosso
fiel Pai celestial. Ele quer assegurar-nos
de Suas boas intenções concernentes a nós,
mas temos adquirido através de nossas
relações com outros uma precaução que pode
transformar-nos em mutilados na fé.
Você
já indagou secretamente se Deus irá “levar a
cabo” tudo o que prometeu? Está Ele
interessado em uma experiência isolada que
chamamos de “fé inabalável”, separada dos
benefícios concretos de estar em um
relacionamento contínuo com Ele? Quando
chegamos a conhecê-Lo, começamos a
compreender que Ele é totalmente confiável.
Ele não entra em nenhum jogo enganoso
conosco. Suas promessas são tão boas como
Ele mesmo, porque, em essência, em cada
promessa Ele está propondo dar-nos a Si
mesmo.
Um dos
meus textos favoritos fala diretamente deste
assunto. Encontra-se em Isaías 66:9. “Acaso
farei Eu abrir a madre, e não farei nascer?”
Nosso Pai é bondoso demais para firmar
nossas esperanças apenas com o fim de
despedaçá-las para ver se ainda cremos nEle!
Embora as situações da vida às vezes pareçam
apoiar a idéia de que Ele faz precisamente
isto, podemos confiantemente saber que não é
este o caso. Vivemos em um mundo distorcido
pela separação dEle. Devido à Sua
consideração pela liberdade de cada ser
humano, as coisas acontecem freqüentemente
como resultado das escolhas de outra pessoa,
não sendo nem Sua vontade nem a nossa.
Podemos estar certos, quando vier o
desapontamento, que o último capítulo da
história deste mundo ainda não foi escrito.
Podemos permanecer destemidos em nossas
aspirações, não contrariados enquanto
avançamos em direção dos nossos objetivos. É
nosso privilégio saber que um dia todas as
limitações desta vida, todos os jogos
enganosos, passarão. Pessoalmente, penso que
Deus está simplesmente emocionado com as
perspectivas! |
27 de Dezembro |
Topo |
De Servo a Amigo
“Já
não vos chamo servos, porque o servo não
sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos
chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de
Meu Pai vos tenho dado a conhecer.”
João 15:15.
Um servo
está encerrado em um relacionamento muito
distinto com seu senhor. E isto não é nada
invejável! O Senhor exerce autoridade
decisiva sobre a vida do servo, controlando
todas as suas ações. O Senhor tem poder para
recompensar a obediência e punir a
desobediência.
O servo,
portanto, vê o seu senhor primariamente com
temor e servil intimidação. Ele não espera
partilhar da vida íntima do senhor –
conhecer seus pensamentos ou objetivos. Está
certo de que o Senhor não se preocupa nem um
pouquinho em partilhar seus mais profundos
pensamentos com alguém tão insignificante
como um servo.
O
relacionamento senhor/servo existe
inteiramente para o benefício do senhor. Não
se espera que o servo progrida ou se
beneficie disto. É uma situação
desumanamente humilhante para o servo.
Dificilmente alguém poderia respeitar um
senhor que a impusesse sobre outro ser
humano.
E
contudo, quase sem exceção, as pessoas para
quem Jesus estava falando viam a Deus como
um Senhor severo e a si mesmos como
insignificantes servos. Viam-se a si mesmos,
pela própria ordem das coisas, como
encerrados no relacionamento senhor/servo,
não ousando nem mesmo questioná-la pelo
temor da desaprovação do senhor.
Assim
Jesus ousou desafiá-los a quebrar o domínio
deste relacionamento mal compreendido.
Embora na ocasião eles pouco pudessem
compreender o significado, convidou-os a
entrar em um relacionamento amigo/amigo.
Como prova de Suas sinceras intenções,
lembrou—lhes quão íntimo e vulnerável tinha
sido em partilhar com eles os mais ricos
tesouros do Seu coração - algo que jamais
aconteceria em um relacionamento
senhor/servo!
Amigos
olham uns para os outros em mútua
consideração, cada um desejando o melhor
para outro. Lembre-se, é o Criador do
Universo falando as Suas criaturas
arruinadas pelo pecado, dizendo em
verdade:”Recuso agir de igual para igual
convosco. Não vos quero rastejando sobre Mim
como servos assustados. Quero que nos
apreciamos mutuamente como amigos, para que
Eu possa continuar ensinando-vos coisas
maravilhosas acerca do nosso Pai”.
Prezado
leitor, você ouve nosso Pai neste dia o
chamando da opressão da servidão para as
alegrias da amizade? |
28 de Dezembro |
Topo |
Doando-se uns aos Outros
“Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como
nós perdoamos aos nossos devedores”
S. Mateus 6:12.
“Você me
perdoa?” Vezes incontáveis em uma existência
ouvimos estas palavras e nós mesmos as
repetimos. São proferidas com a intenção
aparente de restaurar um relacionamento,
contudo poucas vezes produzem os resultados
esperados. Há um número sempre crescente de
lares desfeitos e relacionamentos rompidos.
Por quê?
Poderia
ser que a maioria quisesse escapara da dor
do julgamento de outro, sem lidar
diretamente, de um modo restaurador, com os
problemas que causaram a dor ou alienação?
“Perdão” significa corretamente “doar-se” ao
outro, para curar a ferida e cuidar das
necessidades do outro. Quando o perdão é
procurado somente como um método de
inocentar da culpa a parte responsável pela
ofensa, isto realmente bloqueia a cura. É a
esta altura que existe muita aflição humana,
capturada em uma espécie de “terra de
ninguém” de problemas tornados intocáveis –
“Pedi-lhe que me perdoe, portanto não traga
à baila o assunto outra vez!”
Conseqüentemente, muitas vezes a culpa é
transferida para aquele que sofreu a ofensa
porque não podem responder prontamente ao
ofensor que tem “feito sua parte”. Ouça:
perdão não é algo que cerramos os dentes e
concedemos. É produto de um coração curado,
restaurado. E não existe nenhum coração
curado por si mesmo batendo, no planeta
Terra! Somente o amor restaurador de Deus
pode curar-nos o suficiente para perdoarmos
aos outros, mesmo que tenham infligido dor
sobre nós.
Sabendo
que Deus não espera que reunamos alguma
espécie de pias “aprovações”, nos deixa
livres para levarmos a Ele nossa
incapacidade de perdoar aos nossos
ofensores. Comprimida entre as duas classes
que estão preocupadas com o perdão na Oração
do Senhor encontra-se a súplica: “Salva-nos
do maligno!”
Deus quer
que reconheçamos nosso dilema – e a saída!
Precisamos ser salvos dos efeitos
devastadores do pecado em nossa vida – da
nossa separação do amor restaurador do Pai.
Assim, Deus dá a nós para que possamos ser
habilitados a dar a outro. Se rejeitarmos o
processo restaurador que Ele pôs à nossa
disposição, nunca seremos capazes de dar aos
outros. O dar vem depois de termos recebido
“o pão nosso de cada dia” – as provisões do
nosso solícito e amoroso Pai para as nossas
próprias necessidades.
Dar a
outro pode ser um intensamente agradável
exercício de fé no que é Deus, quer
estejamos pedindo perdão, quer estejamos
perdoando. E enquanto nos ajudamos
mutuamente nos processos de cura, nós mesmos
encontramos cura mais profunda. |
|
29 de Dezembro |
Topo |
Conformistas “Cristãos”
“E não
vos conformeis com este século, mas
transformai-vos pela renovação da vossa
mente”
Rom. 12:2.
A
admoestação de Paulo para que não nos
conformemos com este mundo é excelente
material de sermão. Mais pregadores do que
posso relembrar têm formado suas homílias
para o serviço divino de sua igreja em torno
desta advertência contra as seduções
malignas deste mundo.
Mas
recentemente, porém, tenho percebido que
Paulo está preocupado com algo mais profundo
do que um contraste entre os valores do
mundo e os valores do reino de Cristo. Algo
ainda mais insidioso vem à superfície ao
contrastar ele estas duas palavras
“CONformados” e “TRANSformados”, porque aqui
ele não está tratando apenas dos valores que
alguém defende, mas COMO os defende.
A pessoa
que está “conformada” é aquela que não tem
nenhuma força de convicção interior ou
propósito, mas que deseja acima de tudo ser
aceita por outros. Em vez de arriscar sua
rejeição, simplesmente adota seus valores ou
procedimentos. Conforma-se com os valores do
grupo que promete a mais indiscriminada
aceitação.
Mas este
não é o método divino para levar as pessoas
a se tornarem cristãs. Desvia completamente
os processos mais profundos do coração – a
transformação dos valores e atitudes mais
fundamentais através da união com Cristo
Jesus. Omite de que um verdadeiro cristão é
alguém que se tornou seguro interiormente
através da comunhão com seu divino Amigo. O
conformista, por contraste, é o retrato da
insegurança.
Devemos
admitir honestamente que todos nós estamos
sujeitos à tendência de ser cristãos
conformados. Nossas inseguranças
remanescentes, nosso ávido desejo de
pertencer, nossos temores de rejeição, nos
animam a abraçar os procedimentos e atitudes
“aceitáveis” de nossos amigos relacionados
com a igreja. Se aprendemos com habilidade
adequada os jogos da qualidade de membro da
igreja, podemos acalmar a nós mesmos com o
pensamento de que o verdadeiro crescimento
cristão tem ocorrido.
Tanto
quanto valoriza Ele o comportamento correto,
nosso Pai não deseja que o aceitemos pelo
temor de Sua rejeição. Por este motivo, Sua
primeira mensagem a nós assegura-nos do Seu
amor e aceitação incondicionais. Quer
libertar-nos da necessidade de nos
conformarmos para que possamos adotar os
valores do Seu reino por razões inteiramente
corretas.
Somente
aqueles que são cristãos TRANSformados
“serão capazes de discernir a vontade de
Deus, e conhecer o que é bom, aceitável e
perfeito” (verso 2, NEB). E o nosso Pai é
Aquele que deseja aquela altamente
inteligente, interiormente livre,
pacificamente harmoniosa abordagem à
obediência! |
30 de Dezembro |
Topo |
O Fim da Nossa Confusão
“Caiu, caiu a grande Babilônia...
Retirai-vos dela, povo Meu, para não serdes
cúmplices em seus pegados, e para não
participardes dos seus flagelo”
Apoc. 18:2 e 4.
A multidão é grande e a rua desconhecida.
Você separou-se do seu amigo. Resolve tentar
voltar ao lugar onde estiveram juntos pela
última vez. “Perdoe-me”, diz você ao para
alguém que parece saber para onde ele está
indo, poderia ensinar-me a achar o caminho?”
“Certo!” responde ele. Mas ao seguir suas
instruções você descobre que ainda está
perdido. Perguntando a outro, você fica
ainda mais confuso. Subitamente você ouve
uma voz bem conhecida chamando o seu nome.
“Aqui!” Mais uma vez junto com o seu amigo,
você abre caminho através da multidão e vai
para casa.
Neste mundo, a multidão é grande e o caminho
pela vida é incerto. Ouvimos relatos
contraditórios a respeito de como chegar ao
lugar onde queremos ir. Não somente temos
perdido de vista o nosso melhor Amigo, nem
mesmo temos certeza de que Ele é nosso
Amigo! As coisas que ouvimos sobre Ele
intensificam grandemente a nossa ansiedade.
Quando Ele nos chama: “Aqui!” estamos
precavidos e desconfiados. Afinal, é a nossa
própria Babilônia pessoal – confusão – que
nos mantém separados dEle. E enquanto
permanecermos afastados dEle, nossa passagem
por esta vida permanece arriscada e incerta.
Acaso cruza Deus os braços em desgosto,
dizendo: “Ora, se eles não vêm quando chamo,
estão perdidos por sua própria culpa!”?
Não! Ele não esta ofendido pela nossa
confusão. Não nos condena por nossos
conceitos errôneos sobre Ele. Simplesmente
se aproxima, misturando-Se conosco no meio
da multidão, andando no nosso passo,
descendo conosco uma passagem escura após
outra. Jamais tenta forçar-nos a seguir o
Seu caminho, mas calmamente conversa conosco
quando damos um passo em falso. Pouco a
pouco, começamos a perceber que o Seu
Compromisso conosco é genuíno, Seu amor
inabalável. Sentimos que Ele está
interessado em nós – não somente nos tirando
do nosso apuro.
Nosso bom Pai nos convida a sair de nossa
confusão babilônica para a compreensão do
que Ele é. Não necessitamos de permanecer
separados dEle. Não precisamos experimentar
os deploráveis efeitos desta separação –
trevas espirituais, inanição emocional,
potencialidades atrofiadas. Não precisamos
ser atormentados pela culpa e o remorso.
Bem poderíamos bradar com regozijo: “Caiu,
caiu a grande Babilônia!” |
31 de Dezembro |
Topo |
A Palavra Final
“E entoavam o cântico de Moisés, servo de
Deus, e o cântico do Cordeiro,
dizendo: Grandes e admiráveis são as Tuas
obras , Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e
verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei das
nações!”
Apoc.15:3.
Quando vier aquele grande dia em que os
santos receberão o reino, haverá muito a
cantar sobre isto! A reunião com amigos; a
satisfação de corpos perfeitos; o fim de
toda tensão; a harmonia perfeita de toda a
Natureza. Quão fácil será cantar mesmo sobre
nossa própria alegria de estar lá – nossa
ditosa paz e nossas recém – descobertas
potencialidades.
Mas as Escrituras relatam que um cântico
absorverá todos os outros. Não é um cântico
escrito por algum anjo bem-dotado
musicalmente, publicado em grande quantidade
e distribuído aos redimidos para que eles o
memorizem e ensaiem. É um cântico que brota
livremente, nascendo da experiência dos
próprios redimidos. De fato, há estrofes no
cântico que somente os redimidos podem
apreciar completamente.
É um cântico dirigido totalmente a Deus,
inspirado por Ele e dedicado Áquele que será
conhecido como único digno d nosso louvor. É
denominado o cântico de Moisés e o do
Cordeiro, porque Jesus e Moisés foram os
únicos na História que estiveram prontos a
pôr sua vida eterna em jogo para a salvação
do homem e a honra de Deus. (Veja Êxo.
32:32) E é cantado por pessoas que
prefeririam morrer a trazer conscientemente
desonra sobre Aquele que aprenderam a amar,
em quem aprenderam a confiar.
Eu estava recentemente conversando com um
homem que se apega firmemente à crença na
predestinação – que Deus simplesmente
seleciona certas pessoas para ser objetos de
Sua graça e outras para ser condenadas às
penas eternas. “É apenas um dos muitos
retratos sombrios de Deus”, suspirou ele, “é
nós simplesmente temos de aprender a
aceita-lo. Se Deus quer assim, é isto
“justo” por este motivo. Quem somos nós para
questionar?”
Quão grato sou em adorar um Deus que um dia
não muito distante exporá para inspeção
diante do Universo cada ato, cada decisão
que Ele tomou em Seu esforço de 6.000 anos
para recuperar o Seu povo. E a resposta
universal será: Quem não temerá e não
glorificará o Teu nome, ó Senhor? Pois só Tu
és santo; por isso todas as nações virão e
adorarão diante de Ti, porque os Teus atos
de justiça se fizeram manifestos.” Apoc.
15:4. |
Título
Original em Inglês:
HIS HEALING LOVE
Título em
Português:
O AMOR QUE RESTAURA
Autor:
DICK WINN
Primeira
Edição Publicada em 1987:
CASA PUBLICADORA BRASILEIRA |
|
|
|
|