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Sendo Livres
em Jesus
“Ora
o Senhor é Espírito, e onde está o
Espírito do Senhor aí há liberdade”
II Cor. 3:17, Almeida Antiga
Durante trinta e cinco anos Júlio
tinha sido muito cuidadoso em
viver de acordo com os mínimos
requisitos de um conservador estilo
de vida cristão. Estava convencido
de que deveria fazer isto para obter
salvação. Todavia, repentinamente
virou as costas para toda religião.
“Preciso ser livre a fim de
tornar-me eu mesmo”, queixou-se.
Talvez Júlio jamais tivesse estudado
o texto de hoje. Provavelmente
sentia, como muitos cristãos, que a
presença do espírito do Espírito e a
liberdade não parecem andar juntas.
Tais pessoas vêem a Deus como se Ele
necessitasse de impor-lhes um pesado
senso de dever, de obrigação moral:
“Você não deve fazer isto”, “você
não deve fazer aquilo.” A liberdade
parece um jugo cruel, mas admiti-lo
seria rebelião e eles “não devem ser
rebeldes”.
Mas se na existência religiosa de
alguém existe tal sentimento de
opressão, de pesadas exigências de
submissão ao poder, então podemos
ter certeza de que o Espírito do
Senhor não está ali. Ele não está
envolvido em tal religião. Porque o
Espírito do Senhor não opera pela
força.
Devemos lembrar-nos de que há mais
de um tipo de força. Muito mais
sutil do que a força física (e,
portanto, mais eficaz) é a força
emocional. E esta se apresenta de
inumeráveis formas: a ameaça de
suspender o amor, usando falhas do
passado para irritar os nervos e
ferir a auto-estima, censuras e
repreensões verbais, para citar
apenas algumas.
Nosso Deus opera, não pela força,
mas comunicando os princípios da
verdade e iluminando o entendimento
para a compreensão desta verdade,
tornando-a vital para a nossa vida.
Deus não necessita de usar a força
para apoiar Suas verdades porque
elas são muito capazes de permanecer
por seus próprios méritos.
Nas estruturas humanas, sempre que
os líderes se tornam deficientes na
verdade, eles procuram compensar
isto com uma exibição de poder. Tais
líderes ou não tem a verdade por
trás de seus esquemas ou não confiam
na capacidade de seus subordinados
para compreender que eles possam ter
a verdade.
Mas com Deus não há qualquer
problema. Não somente está o Seu
governo fundamentado na verdade
sensível e coerente, mas também Ele
deposita grande confiança na
capacidade que têm Suas criaturas de
perceber esta verdade! O emprego da
força é a negação destes princípios.
Em uma atmosfera de liberdade quão
rapidamente nosso entendimento
mostra-se sensível para compreender
os princípios da verdade, sobre os
quais Deus edifica Seu gracioso
governo. Você é livre em Jesus?
Então dê graças ao Seu Espírito por
mostrar-lhe como! |
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2 de Janeiro |
Topo |
Liberdade por
Meio da Confiança
“NEle
temos acesso a Deus com liberdade na
confiança nascida da fé nEle”
Efés. 3:12, NEB.
Um menino aleijado de um pé era
advertido por sua mãe para que não
corresse. Conquanto fosse ensinado
que não podia correr, na realidade
era capaz de ultrapassar sua irmã
mais nova. Baseado na informação a
ele dada por alguém em quem mais
confiava, cessou esta atividade e
pouco a pouco perdeu toda capacidade
que possuía e acabou sendo um
recluso. Isto parecia confirmar a
avaliação de sua mãe.
Que tragédia! E isto acontece com
qualquer um de nós quando damos
ouvidos às inferências do maligno.
De certo modo, somos aleijados do pé
esquerdo e o diabo nos diz que não
podemos correr para o Pai! Todas as
suas razões são mentiras.
Primeiramente, Satanás nos afirma
que o Pai está zangado. Raramente
você corre em direção de alguém que
está zangado com você! Adão e Eva
certamente não o fizeram. A esta
falsidade ele acrescenta uma sutil
insinuação: para começar, Deus não
gosta de mutilados. Ele tolera sua
aproximação somente depois que
fizerem algo para aplacá-Lo.
Deus lida diretamente com esta
informação ilusória,
desencaminhadora. Dá-nos melhores
fatos, sobre nós e sobre Si mesmo. E
Ele pode ser a mais confiável fonte
de informação em nossa vida. Viveu a
verdade a respeito de Si mesmo na
pessoa de Seu Filho. Ao
contemplarmos a Deus em Cristo,
começamos a confiar nEle. Enquanto
cresce a nossa confiança,
tornamo-nos mais confiantes em nossa
aproximação dEle até que,
finalmente, sabemos que temos
liberdade total em nosso acesso a
Ele. Alguns até mesmo começam a
correr em direção a Ele!
Se tão somente pudéssemos
compreender uma verdade ainda mais
importante: não precisamos
permanecer mutilados, aleijados ou
estropiados! Deus é o grande
Restaurador. Ao fugirmos para a Sua
presença descobrimos que Ele “é
poderoso para fazer infinitamente
mais do que tudo que pedimos, ou
pensamos” (Efés. 3:20). Porque Deus
não somente deseja que sejamos
capazes de correr, mas de correr sem
ficarmos cansados. Planejou que
renovemos as forças, subindo com
asas como de águias (Isa. 40:31).
Nosso Deus é o único em que devemos
depositar toda confiança. Tem a mais
fidedigna informação. Tem em mente
apenas os nossos melhores
interesses, nossas mais altas
realizações. E está ansioso e pronto
para fazer-nos correr à Sua
presença. Para lá podemos até mesmo
correr apressadamente como se
tivéssemos asas! |
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3 de Janeiro |
Topo |
|
Que Opinião
Carece de Mudança?
“Deus estava em Cristo,
reconciliando consigo o mundo, não
imputando aos homens as suas
transgressões, e nos confiou a
palavra da reconciliação.”
II Cor. 5:19
O
problema do pecado não se centraliza
na opinião de Deus sobre o homem,
mas na opinião que o homem tem de
Deus. Não foi Deus quem Se afastou
do homem, mas este se desviou de
Deus. O centro de toda a verdadeira
religião se encontra nos esforços de
Deus para levar o homem a mudar sua
opinião acerca de Deus. Por outro
lado, o centro de toda a falsa
religião é encontrado nas tentativas
do homem para levar Deus a mudar Sua
opinião sobre ele.
Cristo veio para mudar nossa
compreensão sobre o Pai. Morreu na
cruz para que pudéssemos conhecer
algo muito importante sobre Seu amor
e veracidade, de sorte que,
conhecendo-O, mudássemos nossa
opinião quanto ao Pai. Satanás tem
distorcido até mesmo a morte de
Cristo na cruz, como se o ato de
Cristo tivesse em vista apaziguar o
Pai em nosso favor. Muitos cristãos
crêem na que a crucifixão de Cristo
permitiu ao Pai mudar em relação a
nós, para mostrar misericórdia onde
previamente podia mostrar somente
ira.
Pecado é o rompimento da relação com
Deus, mas somos nós os seres humanos
quem nos afastamos. Contristou a
Deus nossa fuga “para o país
distante”. E Jesus revelou que o Pai
caminha para a porta, olhando para a
estrada em busca dos primeiros
vislumbres de qualquer filho que
retorna. Lembre-se, contudo, de que
o filho errante voltou para casa
quando começou a compreender quem o
Pai realmente era.
Mas qual será o sentimento do Pai
acerca de nós, vagueantes, quando
voltamos para casa ainda com o mau
cheiro dos porcos e com a roupa
suja? Repreender-nos-á pela nossa
estupidez? Assegurar-nos-á de que
não seremos restaurados à condição
de membro da família até que
tenhamos efetuado o pagamento total
por nossos crimes? Paulo respondeu
explicitamente a esta pergunta: a
atitude de Deus é a de alguém que
“não imputa contra nós as nossas
transgressões”. Nenhuma retribuição,
nenhuma humilhação em troca de
condescendente perdão. Vemos que é
preciso voltar para o Pai; isto é
suficiente.
Ainda mais, o Pai não nos põem na
lista provisória de membros a fim de
ressaltar nosso delito.
Imediatamente confia-nos a mais
importante missão que um ser humano
pode conduzir. Envia-nos para ajudar
a mudar a opinião de outros sobre o
Pai. Deixa claro que não guarda
nenhum rancor. Espera grandes coisas
de nós. Incrível! Seria você incapaz
de amar um Deus como este? |
4 de Janeiro |
Topo |
É a nós Mesmos
que Prejudicamos
“Mas o que peca contra Mim violenta
a sua própria alma...”
Prov. 8:36
Outra tradução diz: “Aquele que não
Me encontra, prejudica-se a si
mesmo” (NEB). Se você descobre que
está acometido de uma doença fatal,
procura um médico. Se, em vez disto,
conclui que não necessita de um,
deixa o tempo correr e não mais
precisará de um médico. Muitas
viúvas aflitas têm exclamado
pesarosamente que o esposo não quis
admitir que necessitava de auxílio
médico – para a sua própria
destruição.
Nossa alienação de Deus está nos
causando incalculável sofrimento.
Estamos sedentos, Ele é a Água da
Vida. Estamos famintos, Ele é o Pão.
Estamos enfermos, Ele é O Grande
Médico. Entretanto, um mentiroso
muito convincente, Satanás, nos tem
levado a desconfiar do nosso
maravilhoso Deus, fazendo afirmações
sobre Ele que são muito ilusórias e
completamente equivocadas. Diz que
quando pecamos, Deus fica irado. Que
se não nos corrigirmos, Deus nos
eliminará. (E que também nos virará
as costas!)
Se Deus devesse ser vingativo com
alguém, certamente o seria com o
perpetrador de falsidades. Em vez
disto, Deus age com suma
integridade. Nenhum opróbrio
artificial é lançado sobre este
arquiinimigo. Nenhuma disciplina
arbitrária é extorquida.
Considerando, podemos até mesmo
descobrir uma definida cortesia
sendo manifestada por parte de Deus
para com este mui repugnante
adversário.
Deus nunca muda. Descobrimos ter
nascido no campo do inimigo.
“Condenados!” grita Satanás com
acuidade infernal. Mas com ternura
infinita e cuidadosa linguagem Deus
conta-nos a história completa.
Conta-nos como nascemos em um
relacionamento rompido com Ele, mas
que Seus sentimentos com respeito a
nós sempre têm sido pensamentos de
paz e restauração. “Eu é que sei que
pensamentos tenho a vosso respeito,
diz o Senhor; pensamentos de paz, e
não de mal, para vos dar o fim que
desejais.” Jer. 29:11.
Ele diz-nos a verdade acerca de
nossa condição. Nossa separação dEle
nos prejudica. Deus não nos pune
infligindo ferimento. Somos
prejudicados como uma conseqüência
natural de nossa separação dAquele
que é a mais amável, cuidadosa,
veraz, leal, estimulante,
renovadora, encorajadora fonte de
energia em nossa vida. Isto faz
apenas bom sentido concordar que Ele
é absolutamente correto e confessar
nossa condição. Voltando ao
relacionamento correto com Ele
(justificação), começamos a
experimentar a cura completa que
Deus tanto deseja para nós. |
|
5 de Janeiro |
Topo |
|
Jesus Veio
Anunciando o Perdão
“Tomai, pois, irmãos, conhecimento
de que se vos anuncia remissão de
pecados por intermédio dEste, e por
meio dEle todo o que crê é
justificado de todas as coisas das
quais vós não pudestes ser
justificados pela lei de Moisés.”
Atos 13:38 e 39.
Jesus não veio negociando com o
perdão; veio anunciando-o. Jesus não
disse: “Eu vos perdoarei se
crerdes em Mim.” Ele disse: “EU SOU
um perdoador – não vos apraz crer em
Mim?” Jesus veio a este mundo para
proclamar “boa nova de grande
alegria, que o será para todo o
povo”. Luc. 2:10. A boa nova não é
que Eu estou perdoando, mas que Deus
é um Perdoador!
Os anjos não afirmaram que as boas
novas eram somente para os crentes,
mas para todo o povo. Infelizmente,
nem todos eles se tornariam crentes
naquelas boas novas. Mas as novas
permanecem constantes, creiamos
nelas ou não. Em Cristo, Deus
anunciou perdão para todos os povos.
Os perdidos estarão realmente
perdidos, não porque Deus deixou de
oferecer-lhes perdão, mas porque não
aceitaram o Perdoador.
Não podemos confiar naquilo que é
condicional se devemos produzir as
condições. Tivesse Deus dito: “Eu
vos perdoarei SE crerdes em Mim”,
começaríamos a medir a quantidade de
nossa fé e então duvidaríamos se
havíamos produzido o suficiente.
Contrastando, se Deus dissesse: “EU
SOU, por Minha própria natureza, um
perdoador; não posso ser
irreconciliável , implacável mais do
que posso ser desamorável”, teríamos
alguma coisa sobre a qual repousar
nossa confiança. Então, crendo nEle,
confiando naquele perdão
incondicional, seríamos curados da
necessidade ulterior de rebelião.
Quando Jesus bradou da cruz ainda
estendida: “Pai, perdoa-lhes, porque
não sabem o que fazem”, não
implorava por algo que o Pai não
estivesse indisposto a fazer. Pelo
contrário, anunciava para que todos
ouvissem que o Pai é perdoador. E
esperava que aqueles cruéis soldados
que no momento estavam pregando
cravos em Seus pulsos ouvissem
aquela mensagem porque um dia viriam
a conhecer muito bem o que haviam
feito. E ao ficarem perturbados,
desconcertados sob a consciência de
que haviam perfurado o Criador, Ele
queria que já tivessem ouvido a
nova: “Estais perdoados.”
O
que poderia estar mais isento de
preocupações egocêntricas do que a
certeza de que nossa maior
necessidade, a libertação da pena de
morte, já foi assegurada na cruz de
Cristo? |
6 de Janeiro |
Topo |
|
Deixando de
Conhecer a Deus
“Pois todos pecaram e carecem da
glória de Deus”
Rom 3:23
Juliana sentia uma profunda
alienação de sua mãe que sempre
parecia encontrar defeito em tudo o
que Juliana dizia. Finalmente, ela
começou a compreender as razões que
estavam por trás do pensamento de
sua mãe e a apreciar seu evidente
amor por ela. No devido tempo
Juliana e sua mãe tornaram-se amigas
íntimas.
Em nossa crescente compreensão do
problema do pecado vemos mais e mais
que é nossa falta de conhecimento do
próprio Deus que sempre tem impedido
nosso relacionamento com Ele.
Sabendo disto, Ele procura por todos
os meios concebíveis ganhar nossa
confiança.
No monte com Moisés, Deus passou
diante de Seu servo oculto e
proclamou o Seu nome declarando a
qualidade do Seu trato com a raça
humana, que é a Sua glória. Em Jesus
Ele viveu diante de nós com tão
atraente sinceridade que nosso
coração ficou impressionado.
Todavia, mesmo para os crentes, Deus
de algum modo tem parecido um pouco
remoto e inatingível. Falhamos em
nossa compreensão dELe e finalmente
isto perpetua nossa incapacidade de
nos relacionarmos total e
positivamente com Ele. Isto resulta
no que tipicamente chamamos de
pecado.
Deus compreende nossa necessidade de
conhecê-Lo! Da maneira mais amável e
completa tomou providências para
revelar-Se a nós. Esta revelação tem
tomado tempo, como acontece em todas
as amizades duradouras. Mas esta
necessidade não nos dissuade. Não é
uma declaração de qualquer falta de
desejo da Sua parte de levar-nos a
viver eternamente com Ele. Pelo
contrário, é prova concreta de que
Ele está muito ansioso de
estabelecer uma união conosco que
durará pelas eras imensuráveis da
eternidade.
Simplesmente saber que Deus se
preocupa tanto com a qualidade do
meu relacionamento com Ele, leva o
meu coração a dilatar-se. Significa
que Ele crê em minha capacidade de
ser aquela espécie de amigo.
Significa que Sua opinião de mim é
favorável, que Ele não medirá
esforços a fim de assegurar-me para
Si. Posso manter a cabeça erguida! O
grande Deus do Universo valoriza-me
e está ousadamente procurando
estabelecer minha amizade!
Ao vê-Lo como Ele é, confio nEle com
minha própria vida e futuro. Amo-O
de todo o coração. E sei que a
ruptura em meu relacionamento com
Ele será restaurada para sempre.
Busquemo-LO com renovada confiança,
sabendo que Sua ansiedade de ser um
conosco excede em muito a tudo o que
temos imaginado. |
7 de Janeiro |
Topo |
|
Primeiro
Relacionamento, Depois Obras.
“E a vós outros também que outrora
éreis estranhos e inimigos no
entendimento pelas vossas obras
malignas, agora, porém, vos
reconciliou... mediante a Sua morte”
Col. 1: 21 e 22.
Neste texto há uma seqüência vital.
Raramente falou Paulo com tanta
clareza sobre a verdadeira natureza
do problema do pecado. Observe como
ele ocorre: (1) éreis estranhos e
inimigos de Deus; (2) éreis inimigos
no entendimento; e finalmente (3)
vossas obras eram malignas.
Dificilmente podemos dizer demais: O
pecado é uma questão de
relacionamento. Não podemos falar a
respeito do pecado sem falar sobre
Deus – sobre o relacionamento
alienado entre mim e Deus. Tendo
escolhido uma vida separada dEle,
todos os meus valores se tornaram
distorcidos. Estando afastados do
Amante de nossas almas, nos tornamos
inseguros e defensivos. E esta
insegurança muito prontamente
encontra sua expressão na
hostilidade.
O
que, então, pode resultar a não ser
más obras? Tendo sido criado para a
comunhão com um Deus amoroso e
atraente, a ausência desta amizade é
devastadora. É justo dizer que
virtualmente tudo o que fazemos é
grosseiro, imoral, imaturo e também
pecaminoso, o fazemos em uma
desvairada tentativa para preencher
o repulsivo vazio resultante.
É
claro que nosso Deus sabe que isto é
exatamente o que acontece. Ele sabe
que, como o pecado é uma questão de
relacionamento, a salvação é também
uma questão de relacionamento. Se
perpetrarmos atos pecaminosos porque
estamos separados dEle, segue-se que
Seu primeiro passo é ganhar-nos de
volta para aquela restauradora
amizade com Ele.
Satanás também está muito
interessado em indicar-nos um
caminho para a amizade de Deus. Ele
diz que se praticarmos muitas boas
obras Deus nos recompensará com Sua
amizade. Todavia, Deus oferece Sua
amizade, não como retribuição por
nossas boas obras, mas partindo da
firme convicção de que este é o
único meio que pode produzir boas
obras. Somente aqueles que são
amados podem verdadeiramente ser
amáveis.
Quanto necessitamos de lembrar-nos
de que não devemos tentar
reconciliar Deus conosco, mas que
Deus está nos reconciliando com Ele.
Em primeiro lugar, as hostilidades
nunca foram Suas; eles não Lhe
pertencem para deixá-los. Nós somos
os alienados. A cruz de Cristo é o
ato de Deus para atrair-nos, não o
ato de Cristo para aplacar a Deus.
E
Deus está confiante de que,
tendo-nos ganho para Si mesmo, pode
fazer grandes coisas em nós, até
mesmo removendo cada mancha que o
relacionamento interrompido tem
causado. |
8 de Janeiro |
Topo |
|
Quando Somos
Esquecidos
“Acaso pode uma mulher esquecer-se
do filho que ainda mama, de sorte
que não se compadeça do filho do seu
ventre? Mas ainda que esta viesse a
se esquecer dele, Eu, todavia, não
Me esquecerei de ti”
Isa. 49:15.
As mais íntimas relações a nós
disponíveis nesta vida tem por
obrigação ensinar-nos acerca do
relacionamento que Deus quer ter
conosco. Quando deixam de fazer
isto, ou nos ensinam exatamente o
contrário, bem podemos indagar se há
alguma esperança.
Uma das mais agonizantes tragédias
da vida é quando alguém que deveria
ter-nos amado, não importa quem,
deixa de fazê-lo. É quase o
suficiente para destruir-nos. A
amargura freqüentemente permeia toda
a vida, levando todas as boas coisas
a serem depreciadas, cada menosprezo
a expandir-se como uma montanha.
“Isto não é justo!” exclamamos. Mas,
isto não é o fim do assunto.
Deus vê profundamente dentro do
nosso coração ferido. Com máxima
sensibilidade, ergue-nos em Seus
grandes braços de amor e lembra-nos
de que embora tais coisas
inconcebíveis possam acontecer neste
planeta desequilibrado, jamais
poderá acontecer com Ele. Usando uma
analogia cuidadosamente escolhida,
ajuda-nos a perceber que Ele não
pode Se esquecer de nós porque
identificou-Se tanto conosco a ponto
de fazer de nós uma parte do Seu
próprio ser. (Veja o verso 16.)
Todos nós somos prejudicados em
nossa passagem por esta vida. Alguns
são devastados. Somente as mui
tangíveis evidências do amor de Deus
podem recuperar do desespero essas
almas feridas. Mas Deus tem um plano
para fazer exatamente isto. Inclui a
todos dentre nós que O temos
conhecido e confiado nEle.
Jesus mostrou-nos como. Viveu a vida
de Deus de maneira muito real e
acessível, precisamente no meio de
um povo bastante prejudicado.
Preocupava-Se com eles, ouvia-os e
lhes tocava. Ele chorou e, creio,
riu – o sorriso caloroso e genuíno
de alguém que gosta de outra pessoa
e deleita-se nela. Era honesto e
franco acerca dos problemas da vida.
As pessoas eram sempre mais
importantes que do que as suas
decisões presentes.
Corações eram aquecidos, esperanças
renovadas. Alguns ousavam mesmo crer
que sua vida passada não precisava
estorvá-los em seu futuro sucesso e
aceitação. E não é este o mais
excelente privilégio de uma mãe –
fazer chegar ao destino sua prole
segura em seu potencial e valor
inato? Talvez possamos exclamar com
o próprio Mestre: “Quem é Minha mãe
e que são Meus irmãos?” E,
estendendo a mão para os discípulos
disse: “Eis Minha mãe e Meus
irmãos.” |
9 de Janeiro |
Topo |
|
É a Rejeição
Proveitosa?
“Todo aquele que o Pai Me dá, esse
virá a Mim; e o que vem a Mim, de
modo nenhum o lançarei fora.”
João 6:37
Talvez tenhamos obtido uns dos
outros esta idéia de que Deus nos
rejeita quando caímos. Quando
desapontamos uns aos outros sabemos
quão rapidamente surge aquela fria
distância. Quase intuitivamente
suspeitamos que, com Seus mui
elevados padrões, Deus tem ainda
mais razões para rejeitar-nos quando
não estamos à altura.
De fato, alguns estão certos de que
a aceitação ou rejeição de Deus é a
influência que Ele usa para
levar-nos a proceder bem. Quando nos
comportamos devidamente, Ele
recompensa-nos com Seu sorriso.
Quando agimos egoisticamente, somos
punidos por Sua carranca julgadora.
(De algum modo esquecemo-nos do fato
de que isto nunca funciona nas
relações humanas.)
Mas nosso Deus sabe que todo o
problema do pecado está centralizado
em nosso afastamento dEle. Pleiteou
com Adão e Eva para que não
rompessem aquele relacionamento
original de fé com Ele; mas eles o
fizeram e, juntamente com todos os
seus filhos, desde então vem
sofrendo os prejuízos trágicos da
alienação.
Deste modo o plano do Pai par salvar
as pessoas requer que elas voltem
para Ele. Em Seu grande plano de
redenção Ele sabe que temos tudo a
ganhar se Ele puder manter-nos em
constante comunhão conSigo. As
escrituras estão cheias de
admoestações para que nos submetamos
a Cristo. E aí ocorre a cura, a
restauração.
Que valor existe, portanto, em Sua
rejeição de nós? Tendo despendido
tanta energia para levar-nos à união
com Ele, cortaria Ele o laço?
Expulsar-nos-ia? Mesmo o uso da
rejeição como uma forma de
influência para levar-nos a fazer o
bem acabaria complicando o problema.
A rejeição sempre fere, tornando
alguém ainda mais preocupado consigo
e suas necessidades. Somente a
aceitação por amor cura.
Outrossim, Deus tem muito mais
razões para obediência do que
tentarmos ganhar como um favor o que
Ele já ofereceu como um dom
gratuito. A obediência, que
significa viver em harmonia com o
Seu Espírito e sabedoria, traz
consigo todas as suas recompensas
inerentes. Do mesmo modo, aquele que
desobedece atrai toda sorte de
terríveis conseqüências sobre a sua
cabeça. Em vez de necessitar de
“punição” adicional da carranca de
Deus, ele está a esta altura ainda
mais necessitado de terna nutrição.
Por que, então, pôde Jesus dizer: “O
que vem a Mim, de modo nenhum o
lançarei fora”? Porque Ele sabia
melhor do que ninguém que não há
absolutamente nada a ganhar com a
rejeição de alguém, mesmo quando ele
falha. |
10 de Janeiro |
|
|
O Amor o Ajuda
a Pensar
“...estando vós arraigados e
alicerçados em amor, a fim de
poderdes compreender, com todos os
santos, qual é a largura, e o
comprimento, e a altura, e a
profundidade, e conhecer o amor de
Cristo que excede todo o
entendimento, para que sejais
tomados de toda a plenitude de
Deus.”
Efes. 3:17-19
A
sensação de segurança é uma
comodidade rara em nosso mundo
presente e caótico. Freqüentemente
somos incapazes de atingir todo o
nosso potencial por causa das forças
negativas que operam dentro de nós
mesmos: ausência de auto-estima, a
incerteza da solidez de nossa vida.
E a maior parte de nossas
incapacidades é proveniente da
sensação de não sermos amados.
Nosso compassivo Deus sabe disto.
Compreende que jamais poderemos
estar satisfeitos ou cumprir nossa
elevada vocação a menos que
cheguemos à percepção de que estamos
absolutamente seguros nEle, de que
Seu amor por nós é sem reservas e
totalmente incondicional. E assim
Ele nos deu Jesus.
Jesus. Temos à nossa disposição
tantos quadros mentais. Muitos são
sobre Ele curando. Deus não só Se
dispõe a ser um grande restaurador,
mas um restaurador muito terno.
Muitos quadros são sobre Ele
ensinando. Deus se dispõe a nos
ensinar, saciando nossa mente e
coração famintos com temas
emocionantes, expandindo idéias e
ideais.
Jesus – calmamente andando sobre as
ondas do Mar da Galiléia. Sereno em
Sua consciência do amor do Pai. Quão
firme e duradouro é o amor de nosso
Pai. Vemo-Lo no meio de uma multidão
de crianças, suas pequeninas mãos
empoeiradas clamando por Seus
braços. Tinham tanta certeza de
aceitação! Quão certos podemos estar
da aceitação de Deus, Sua ansiosa
satisfação de tudo o que somos.
Lentamente, enquanto a situação
crítica de nossa alma agonizante dá
lugar a confortante realidade do
amor de nosso Pai, nossa memória
desperta. Desperta para a aventura
porque estamos bastante seguros de
nossa herança, nossa divina herança
em Jesus e por meio dEle.
Descobrimos as veredas do
entendimento abrindo-se para nós.
Maravilhamo-nos ante Sua criação,
Seu plano para nós, e muito mais, a
inexprimível altura, largura,
comprimento e profundidade do que
Ele é. Adoramos espontaneamente
Àquele cujos ideais para nós excede
nosso entendimento – para que
sejamos cheios de Sua plenitude,
para que um dia sejamos restaurados
à Sua imagem.
É
o amor de Deus que nos liberta para
pensar, explorar, transformar-se.
Podemos estar certos de que é com
infinito prazer que Ele observa cada
passo do nosso progresso,
encorajando-nos a continuar
crescendo. |
11 de Janeiro |
Topo |
|
Como Deixar de
Pecar
“Todo aquele que permanece nEle não
vive pecando; todo aquele que vive
pecando não nO viu nem O conheceu.”
I João 3:6
Pode haver no mínimo duas maneiras
diferentes de abordar o texto de
hoje, dependendo de nossa
compreensão do significado de
pecado.
Alguns abordariam pensando: “Ora,
pecado é um ato que eu pratico, como
comer demasiado no jantar ou falar
asperamente com as crianças. Isto
significa que se eu permaneço em
Cristo serei sempre temperante na
hora do jantar e sempre delicado com
as crianças. Contudo, se eu comer
uma colherada extra de feijão, é
claro que isto significa que deixei
de permanecer em Cristo. Por causa
de minha falha Ele retratou-Se da
amizade.”
Mas a situação também pode ser
compreendida nestes termos: “Pecado
é, afinal de contas, viver separado
de Cristo. Significa que eu escolhi
alienar-me dEle. De sorte que quando
escolho a Ele para ser o centro de
minha vida e procuro estar ligado a
Ele em amorável comunhão, não sou
mais um pecador.”
A
diferença entre estas duas
abordagens é que a primeira focaliza
o pecado como um ato; a segunda vê o
pecado em termos de relacionamento
com uma Pessoa. Mas qual delas tinha
João em mente quando escreveu esta
passagem? A segunda parte do
versículo não poderia ser mais
explícita: “todo aquele que vive no
pecado não nO viu, nem O conheceu.”
Não é de surpreender que ele seja um
pecador (um alienado de Deus); nem
mesmo conhece Aquele que deseja ser
seu mais excelente amigo.
Como então você deixa de pecar?
Concentra-se com todo o rigor na
quantidade que está comendo? Morde a
língua quando as crianças o põem em
dificuldades? Está em pavor de ser
julgado por Deus como um amigo
inadequado? Ou procura conhecer
Àquele cujo conhecimento significa
vida eterna?
O
que mais emociona é o fato de que
esta segunda alternativa é aquela
que realmente opera mudando nossas
ações. Este relacionamento íntimo,
quando mantido, efetua uma grande
obra restauradora em nosso coração.
Aqueles que estão seguros no amor
incondicional de Deus não mais
necessitam de defender sua imagem
paterna falando asperamente com as
crianças. Tendo encontrado
verdadeiro gozo na união com Cristo,
não mais necessitam buscar prazer
vulgar na indulgência excessiva. O
grande princípio: “Pela contemplação
somos transformados” (II Cor. 3:18)
tem vindo em auxílio daquele que
está fascinado por Jesus! |
12 de Janeiro |
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|
A Restauração
de Casas em Ruínas
“Chamar-te-ão reconstrutor de muros
rompidos, restaurador de casas em
ruínas.”
Isa 58:12, NEB
O
antigo Israel tinha um problema. O
muro de sua capital fora rompido
pelas forças inimigas. Suas casas
tinham sido saqueadas. O que é ainda
pior, viviam sob o enigma de
pretender ser o povo escolhido de
Deus apesar de ter estado sob cerco.
Mais do que os muros literais
necessitavam de reconstrução. A
nação precisava daquela profunda
cura interior que somente Deus
poderia trazer. Suas casas jaziam em
ruínas do mesmo modo que o coração
havia sido pilhado pelo inimigo das
almas. Denominavam-se a si mesmos
“os escolhidos” mas estavam
afastados dAquele que os havia
escolhido. Encontravam-se indefesos
contra aqueles que os levariam em
cativeiro assim como estavam
indefesos contra os pensamentos que
os haviam feito prisioneiros da
incredulidade.
Em Isaías 59:1 e 2 Deus explica que
Sua atitude para com Israel tinha
sido constante. ELES tinham trazido
separação entre si mesmos e Deus –
por causa de sua obstinada recusa de
relacionar-se devidamente com Ele.
Insistiam em pelejar batalhas como
ditava sua própria sabedoria e então
pediam a Deus que pusesse Sua
potência de fogo por trás de suas
decisões. Qualquer sucesso os
tornava orgulhosos. Qualquer
fracasso os levava a censurar a
Deus.
Israel jejuava com o fim de induzir
a Deus a favorecê-los, a tirá-los
dos apuros em que se metiam. A
vontade de Deus era que enfrentassem
a realidade. Não queria que
deixassem de tomar alimento; queria
que deixassem de ser egoístas e
rebeldes. Em essência, dizia-lhes:
“Aprendei com Eu sou, experimentando
o que Eu realmente quero.”
Deus quer que paremos de ferir-nos –
a nós mesmos e aos outros. Que
tenhamos a vida livre de tudo o que
nos mantém afastados dEle. Temos
nutrido falsos conceitos acerca de
Deus. Conseqüentemente, temos vivido
de tal modo que chegamos ao ponto de
negar a nós mesmos o privilégio da
amizade com Ele. Temos temido a Deus
quando deveríamos ter sido
alimentados por Ele. Temos tropeçado
nas trevas, não sabendo que Ele era
a Luz. Temos nos encontrado sem lar,
quando Ele almeja atrair-nos para
Sua própria família.
A
ruptura do muro de Jerusalém era
simbólica quebra de relações entre
Israel e seu Deus. Se retornassem à
amizade confiante com Ele, não
somente a segurança de sua cidade
seria restaurada, mas eles mesmos
estariam seguros contra as atitudes
e falsos conceitos religiosos das
nações adjacentes. Isto não é menos
verdade no tocante a nós hoje. |
13 de Janeiro |
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|
Como a fé nos
cura
“E Ele lhe disse: Filha, a tua fé te
salvou; vai-te em paz, e fica livre
do teu mal.”
Mar. 5:34.
Jesus poderia
ter falado àquela sobressaltada e
recém-curada mulher entre a multidão
de várias maneiras diferentes. Por
exemplo, poderia ter dito: “Mulher,
Meu poder miraculoso acaba de
curar-te.” Mas não o fez porque isto
não teria expresso toda a verdade.
Ou poderia ter
dito: “Mulher, tuas fortes
convicções te sararam.” Mas isto
teria confundido o povo quanto à sua
parte em aproximar-se de Deus.
Poderiam pensar que a sinceridade
obtém uma resposta de Deus.
Em vez disto,
fez referência ao relacionamento
entre Ele mesmo e a mulher quando
ela olhou para Ele em esperançosa
confiança. Isto foi o que produziu a
cura.
Esse breve
encontro com uma mulher anônima no
caminho para a casa de Jairo foi uma
parábola representativa do plano da
salvação. A cura de nossa vida
danificada pelo pecado ocorre quando
iniciamos e usufruímos uma amorosa
amizade com um grande Amigo. E este,
em essência, é o significado de fé.
Em todas as
nossas conversar sobre “justiça pela
fé” devemos ser cuidadosos para que
não nos tornemos tão absorvidos com
a justiça que esqueçamos a fé. No
sentido mais absoluto, não podemos
falar de fé sem falarmos do Objeto
de nossa fé. A “fé” não existe no
abstrato; há somente “fé em Cristo”.
E este
relacionamento confiante, informal e
envolvente é, ele mesmo, o poder
restaurador. Oh, se pudéssemos
compreender tudo o que Jesus tinha
em mente quando disse: “A tua fé te
salvou”! Foi isto registrado nas
Escrituras somente para mulheres que
estão com hemorragia, ou para
aqueles que têm outras enfermidades
físicas? O que é a fé capaz de
curar? Que transformações pode o
amor vital produzir na vida de
alguém?
Considere:
Haveria qualquer necessidade
adicional de permanecer na presença
de alguém para ter mais prestígio se
já soubéssemos que éramos
orgulhosamente reclamados como
filhos do Rei? Revidaríamos em
retaliação contra aqueles que nos
ameaçam se soubéssemos que o próprio
Deus estava do nosso lado? Tal noção
do vínculo divino-humano trará
genuína justiça para nossa vida.
E isto, no
nível prático, é Justiça pela fé! |
14 de Janeiro |
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|
Pedindo e
Esperando
“Nada tendes, porque não pedis.”
Tiago 4:2
Uma das mais dolorosas experiências
da vida é ter à sua disposição a
própria coisa que uma pessoa amada
necessita mas ela não a procura de
você. Ainda pior é ser rejeitado
quando você oferece livremente o
item ou serviço. Num ou noutro
sentido, você se aflige mais por
eles sabendo que passarão sem
aquilo, do que por si mesmo.
Deus anseia que peçamos dEle tudo o
que necessitamos e desejamos. Da
maneira mais distinta, faz-nos saber
que é capaz de satisfazer-nos
inteiramente. Quando não pedimos, é
com divina tristeza que Ele nos
lembra que não temos, simplesmente
porque não pedimos.
Brincamos de jogos mentais com nós
mesmos? Temos a impressão de que o
convite divino visa mais provar a
nossa alma do que pôr à disposição
respostas evidentes? Sentimos uma
espécie de elevação espiritual em
“ter fé” enquanto “esperamos no
Senhor”, embora não estejamos
realmente esperando uma resposta?
Este tipo de experiência torna a
prova em si de mais valor do que a
pessoa que está sendo provada. Tais
conceitos, quer sejam acolhidos
abertamente, ou apenas nos recessos
de um coração que duvida, lançam uma
sombra malsã sobre nosso Pai
celestial.
Devemos esperar respostas? Por que
nosso razoável Deus brincaria
conosco? Ele é muito correto. Quanto
mais você conhecer a Deus, mais
provavelmente estarão suas petições
em harmonia com Sua sabedoria. E
ainda mais, você pode estar certo de
que a realidade satisfará a
expectativa. A crença de que Deus
lhe dará o que você pedir é capaz de
levá-los a sentir-se vulnerável. É
somente quando você aprende que Ele
Se deleita em dar-nos respostas
perceptíveis, que tais sentimentos
podem ser substituídos por gozosa
antecipação.
Não há nenhum mérito no ato de crer.
Nossa esperança repousa unicamente
nAquele em quem cremos. E pedir sem
nenhuma real esperança de receber é
zombar dAquele a quem nossas
petições são dirigidas. Não pedir de
modo algum é talvez a mais forte
declaração que podemos fazer de
nossa dúvida quanto à bondade de
Deus e Sua disposição de tratar
conosco realisticamente.
Talvez Deus queira mais que nós O
provemos do que deseja provar-nos. E
provando a Deus descobriremos que
Ele é absolutamente confiável e
maravilhosamente prático. |
15 de Janeiro |
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Salva em Sua
Presença
“Vinde comigo, e vede um homem que
me disse tudo quanto tenho feito.
Será este, porventura, o Cristo?!”
João 4:29
O
convite dessa mulher aos seus amigos
torna-se muito surpreendente quando
nos lembramos precisamente do que
Jesus lhe disse a respeito de sua
vida passada. Estava apenas a poucos
momentos em uma conversação com esse
Ser totalmente estranho quando Ele
lhe disse que ela passara por cinco
maridos e estava agora influenciando
o sexto.
Admitamos. Mesmo com amigos íntimos
somos geralmente muito relutantes em
tornarmo-nos tão vulneráveis a ponto
de discutirmos as falhas de um único
matrimônio. Mas confidenciar a um
estranho toda uma série de
fracassos? Ou ela estava muito
cauterizada, ou havia algo nesse
notável Estranho que inspirava
confiança.
Podemos ter certeza de que foi a
última alternativa, porque ela
voltou para seus amigos e
convidou-os a vir e estar na
presença desse mesmo Homem, correndo
o risco de que Ele bem poderia ser
capaz de contar-lhes também tudo o
que eles já haviam feito.
Ela suspeitou que Ele fosse o Cristo
e mencionou como evidência Sua
capacidade de revelar o seu passado.
Mas ela estava ansiosa de falar aos
seus amigos sobre Ele por causa do
que Ele fez com aquela sórdida
informação. Ele a viu, não como uma
barreira, ameaçando Sua imaculada
pureza, mas como um retrato de suas
necessidades. E Ele pôs-se em ordem
a ponto de satisfazer aquelas
necessidades.
Nosso Deus não é apenas algum
santificado quiromante. Ele discerne
nossos defeitos do passado não
porque pode humilhar-nos em
submissão ou manipular a culpa para
incitar-nos à bondade. Seu único
objetivo é curar. Em Sua presença
podemos sair detrás do nosso
embaraço, levantar nossos mais
tenros nervos para Seu toque
restaurador e mesmo convidar a
outros pecadores feridos para
juntarem-se a nós.
Às vezes somos inclinados a ter uma
visão pálida, indistinta da obra dos
anjos relatores. Talvez não tenhamos
certeza do que Deus fará com a
informação deles obtida. Mas quando
vemos que cada ato Seu visa trazer
cura, abrir a porta para
auto-integridade, nossos temores
diminuem.
Algumas pessoas pagam grandes somas
de dinheiro para assentar-se na
presença de um conselheiro
profissional que, por suas maneiras
agradáveis, torna mais fácil para
elas enfrentar dolorosas verdades
sobre si mesmas. Não realizaria a
mesma coisa o ajoelhar-se na segura
presença de Jesus? |
16 de Janeiro |
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|
Quando a
Justiça é Como Veneno
"Poderão correr cavalos na rocha?
e lavrar-se ela com bois? No entanto
haveis tornado o juízo em veneno, e
o fruto da justiça em alosna."
Amós 6:12.
O
que tornaria a justiça como veneno?
Isto parece quase inconcebível.
Justiça – porque a própria palavra
soa como igualdade e os direitos da
consciência. Todavia nós os cristãos
podemos fazer o que é muito direito
terminar muito errado.
Com freqüência presumimos conhecer
tão bem a Deus que O
responsabilizamos pelas escolhas que
são nossas. Dizemos que o Senhor fez
isto acontecer ou ordenou-me a ir
ali, mas é o Senhor responsável por
estas coisas? Algumas almas sinceras
alegam a orientação divina em um dia
para as próprias coisas pelas quais
acusam o diabo no dia seguinte. O
que estamos dizendo acerca de nosso
Pai celestial com tal inconstância?
Para os incrédulos Ele deve parecer
um tanto caprichoso.
Quando afirmamos severamente que
Deus faz acontecer coisas más para
nos ensinar lições, não é de
surpreender que pessoas honestas
sintam um pouco de náusea no
estômago? Especialmente quando tais
sentimentos são expressos em
linguagem de amor. De fato, tornamos
Sua aceitação mais ou menos tão
fácil como lavrar-se a rocha com
bois.
Nosso procedimento tem muito a ver
com isto. Criamos nossos filhos “na
verdade” por doutrinas afetadas
enquanto tentamos, de certo modo,
fazê-los correr seus cavalos sobre a
rocha das opressivas evidências de
nossos próprios conceitos errôneos
acerca de Deus. Ensinamos-lhes que
Ele os ama, mas que serão destruídos
com tortura se não O servirem.
Rejeitamo-los quando agem
vergonhosamente ou os tratamos com
condescendência, pensando que eles
não notam, esperando que sejam
gratos porque escolhemos agir deste
modo.
DEUS NÃO É ASSIM! Ele sabe que os
cavalos não podem correr sobre
rochas. Sabe que jamais viremos a
confiar nEle a menos que descubramos
quão razoáveis são Seus caminhos.
Sua justiça não é como o veneno; é o
grande antibiótico celestial contra
a propagação do vírus do pecado em
nosso coração. Pecado é a nossa
reação previsível a tais conceitos
deturpados sobre nosso grande Deus.
Justiça é o Seu persistente empenho
para reintroduzir a realidade em
nossa vida.
A
justiça de Deus não é a justiça de
um juiz que exige um preço por nossa
injustiça, mas antes a de um
professor desejoso de partilhar a
verdade com seus alunos. Não viremos
todos prazerosamente sob Sua
tutoria? |
17 de Janeiro |
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|
A Sutil
Batalha Contra o Ego
“E Ele morreu por todos, para que os
que vivem não vivam mais para si
mesmos, mas para Aquele que por eles
morreu e ressuscitou.”
II Cor. 5:15.
Em verdade se tem afirmado que a
batalha contra o ego é a mais
difícil batalha que o cristão deve
pelejar. Mas esta batalha torna-se a
mais difícil porque muitos não
compreendem sua natureza. Embora
tenha um nível muito evidente – o
conflito contra a concupiscência da
carne, a concupiscência dos olhos e
a soberba da vida – há uma dimensão
muito mais sutil que tem demonstrado
ser a queda de muitos.
Muitos a vêem como uma batalha,
deveras uma luta infindável contra o
próprio egoísmo. Nesta batalha,
procuro por mim mesmo deixar de
praticar atos egoístas ou mesmo
parar de condescender com
pensa-mentos egoístas. E quando não
consigo atingir o que sei que
deveria, sinto-me oprimido pela
culpa.
Mas a menos que eu saiba em minha
alma que Deus me perdoou e me
aceitou, descobrirei que o problema
do perdão é o objeto de todas as
minhas obras, o foco de toda a minha
religião. Minha preocupação com o
que Deus pensa de mim (em vez de
preocupar-me com o que o mundo pensa
de Deus) será o sabor da minha vida
espiritual. E destarte o eu é o
objeto de minha atenção, em vez de
Jesus Cristo.
Esta variação da batalha contra o
ego é tão sutil porque parece tão
piedosa. Podemos até mesmo relatar
nosso progresso nas reuniões de
oração e fazer disto o centro de
infindável angústia particular. Mas
isto apenas obscurecerá o fato de
que o “eu” ainda é a motivação
reinante em minha vida.
O único remédio para esta mais
básica de todas as formas de egoísmo
é aceitar inteiramente o que Deus
deveras tem dado e que é aquilo que
eu anelo mais profundamente: Seu
amor, perdão e aceitação
incondicionais. Este dom não é uma
recompensa por minhas realizações,
mas uma efusão de Seu próprio
caráter.
Tendo recebido como uma dádiva o que
eu previamente ansiava obter, sou
liberto do ego – livre para viver
por Cristo. Deste modo o egoísmo é
destruído. Ao enxergar a inabalável
mensagem da cruz, ela me diz que não
mais preciso viver para mim mesmo,
mas posso viver para Aquele que
morreu a fim de satisfazer todas as
minhas necessidades. Posso viver
para Sua glória!
Talvez a batalha para CRER seja a
verdadeira batalha contra o ego –
crer que Deus na verdade é tão
eficazmente amoroso! |
18 de Janeiro |
Topo |
|
A Questão
Oculta
“E Jesus lhes perguntou: Credes que
Eu posso fazer isso?
Responderam-Lhe: Sim, Senhor. Então
lhes tocou os olhos, dizendo:
Faça-se-vos conforme a vossa fé. ”
S.
Mat. 9:28 e 29.
Dois cegos se aproximaram de Jesus
suplicando misericórdia. Obviamente,
desejavam ser curados de sua
enfermidade. Mas a maneira como
pediram revelou que aceitavam o que
era tradicionalmente crido ser o
motivo da cegueira. Pediram
misericórdia, crendo que sua
cegueira era uma evidência do
desfavor de Deus. (Veja S. João
9:2.)
Jesus foi ao encontro do seu pedido
com uma pergunta. Criam eles que Ele
poderia curá-los? Certamente, sabiam
que sim! Devem tê-Lo visto curando a
outros ou ouviram uma boa notícia.
Bem podemos imaginar que sua
resposta veio rapidamente: “Sim,
Senhor!” Mas estava aqui envolvido
mais do que Seu poder para curar
fisicamente.
Estava Jesus gentilmente os
acotovelando com novos padrões de
pensamento? Talvez posteriormente,
ao deitarem de costas contemplando o
azul intenso do céu mediterrâneo, a
pergunta tenha retornado tão
suavemente como as delicadas colunas
de nuvens acima. Havia um
significado oculto em Sua indagação?
Ao refletirem sobre isto,
despertar-se-iam novos pensamentos
em sua mente? Começariam a enxergar
também com olhos espirituais?
Jesus veio a fim de revelar a
verdade concernente ao Pai para Seus
perturbados filhos terrestres, veio
para explicar que Deus os amava e
que jamais provocava arbitrariamente
a dor como meio de punição. Veio
para levar de volta corações
deprimidos à comunhão com Aquele que
poderia dar-lhes descanso. Começaram
eles a apreender um significado mais
profundo na pergunta de Jesus?
Acredita você que Deus DESEJAVA que
fizessem isto? Percebe você o quanto
Deus quer estar envolvido com
pecadores? Para que estando em
harmonia com o que Ele é possa
trazer vista aos seus olhos?
Certamente Jesus lhes estava dizendo
que Deus nunca é arbitrário. Nunca
age motivado pela ira. Trata com a
realidade, como deseja que façamos.
Quer-nos inteiramente. Todavia, para
esses humildes homens, crer em tais
coisas teria sido um grande passo em
vista de tudo o que os sacerdotes
ensinavam. Pô-los-iam em
indisposição com seus amigos, porque
também eles, então teriam comunicado
conceitos semelhantes.
Os cegos tinham crido e partiram
enxergando. Somente espero que eles
tenham tido a coragem de permitir
que isto fosse apenas o princípio. |
19 de Janeiro |
Topo |
|
Chamando o
Pecado Pelo seu Nome Exato
“Quando Ele vier convencerá o mundo
do pecado,... porque não crêem em
Mim."
S. João 16:8 e 9.
Ela chorava como alguém que não
seria consolada. Um membro da igreja
tinha “trabalhado com" ela
concernente a algo pecaminoso que
ela havia cometido. Ele tinha
“chamado o pecado pelo seu nome
exato” e ela francamente admitira o
seu erro. “O Espírito está realmente
me convencendo”, disse ela.
“Sinto-me esmagada!" Parecia
surpresa quando sugeri que o
Espírito Santo poderia não ser,
necessariamente, o que estava por
trás de suas convicções.
Por estranho que a princípio possa
parecer, Satanás também está
envolvido com o assunto de convencer
do pecado. Persuade a alguns a não
inquietar-se em nada quanto ao
pecado exceto para descobrir novos
meios de mergulhar-se nele. Mas tem
uma abordagem especial para os
conscienciosos. Diz-lhes que o
pecado é fundamentalmente atos
egoístas mas não quer que conheçam
nada a respeito do relacionamento
com um Salvador perdoador que
unicamente pode curar esse egoísmo.
Certamente a Bíblia faz menção das
ações pecaminosas que nós seres
humanos achamos tão fácil perpetrar;
mas Jesus sabe que há pouco valor em
enviar o Espírito com uma lista
completa de atos pecaminosos a
proibir. Tais ações pecaminosas são
apenas os sintomas de um
relacionamento rompido com nosso
Criador. Focalizar as ações sem
primeiro restaurar o relacionamento
somente levaria os pecadores
opressos pela culpa e intimidados
para mais longe de um Deus santo.
As convicções do pecado produzidas
por Satanás centralizam-se no
comportamento, e seu objetivo é
esmagar com o desespero. As
convicções do pecado operadas pelo
Espírito centralizam-se no
relacionamento com o objetivo de
reconciliar os rebeldes em uma fé
confiante em Deus.
Talvez isto devesse dar-nos uma
pausa a fim de considerarmos nossos
esforços humanos para chamar o
pecado pelo seu nome exato.
Raramente temos problemas
identificando os sinais exteriores
da dor interna de outros – estas
coisas chamamos pecado.
Possivelmente poderia mesmo servir
ao nosso orgulho ser capaz de
mostrá-los, chamando-os “pelo devido
nome”.
Mas a menos que saibamos por que as
pessoas estão feridas interiormente
e a menos que saibamos conduzi-las
de volta para os braços de Jesus,
podemos estar participando dos
esforços esmagadores de Satanás.
Quando chegarmos ao ponto de nunca
poder falar sobre pecado sem falar
acerca de Jesus Cristo, em que o
pecado só tem sentido para nós em
termos de relação rompida com Ele,
então estaremos prontos para ser
usados pelo suave Espírito. |
20 de Janeiro |
Topo |
|
Paz Nascida da
Confiança
“Tu, Senhor, conservarás em perfeita
paz aquele cujo propósito é firme;
porque ele confia em Ti."
Isa. 26:3.
É a paz a recompensa indefinível que
obtemos da concentração disciplinada
em Deus? Ou é a paz uma realidade
tangível que vem do conhecimento de
que Deus é absolutamente fidedigno?
Quanto mais descobrirmos que Deus é
de tal modo atraente que não podemos
conservá-Lo ausente do nosso
pensamento, mais estaremos em paz.
Isto não é nenhum baixo
sentimentalismo, como quando alguém
suspira e enlanguesce por um amante
terrestre. Nem pode o rígido
intelectualismo satisfazer os
anseios do coração. É somente quando
começamos a compreender a verdade
irrefutável de um Deus sábio e
amoroso que finalmente chegamos a
fazer a decisão mais prática de
nossa vida. Confiamos nEle, e na
confiança encontramos perfeita paz.
Escreveu o Salmista: “... a justiça
e a paz se beijaram.” Salmo 85:10. A
justiça, que leva a um
relacionamento correto com Deus
porque a compreensão errônea dEle
foi removida, traz-nos paz como uma
conseqüência natural. De fato, elas
são inseparáveis. Mas, afinal, que é
paz? Uma ausência de problemas?
Estagnação emocional? Está Deus
sempre presente para livrá-lo de
cair no charco?
A paz genuína é uma declaração de fé
que independe das circunstâncias. E
inabalável confiança no caráter de
Deus e como Ele escolheu tratar com
a complexidade do problema do
pecado. Traz alegria íntima e
celebração sobre Aquele que tão
completamente resolveu o
aparentemente insolúvel – a mistura
da justiça com a misericórdia.
A paz é também muito prática. Quando
você cai dentro do charco, da poça,
sabe que Deus não o abandonou. Nem
se desgasta tentando calcular por
que Ele permitiu que você se
molhasse. Em vez disto, sua
confiança estável nEle e em seu
relacionamento com Ele o habilita a
olhar para além do charco. Você sabe
que o charco finalmente
desaparecerá; Deus vive para sempre.
Em busca da paz, alguns olham
somente para os seus sentimentos.
Por esses sentimentos provam sua
espiritualidade. Conseqüentemente,
passam grande parte do tempo
pensando em si mesmos em vez de ir
avante em nova compreensão de Deus,
o Originador da paz. Quaisquer
emoções negativas são prontamente
recusadas em favor da euforia que
eles pensam que a paz deve trazer. A
triste verdade é que a paz nunca vem
desse modo. Deus não dá a paz. Ele
É a nossa paz.
"E o Deus da esperança vos encha de
todo o gozo e paz no vosso crer,
para que sejais ricos de esperança.”
Romanos 15:13. |
21 de Janeiro |
Topo |
|
Devoção Fatal
“Vem a hora em que todo 0 que vos
matar julgará com isso tributar
culto a Deus. Isto farão porque não
conhecem o Pai, nem a Mim.”
S. João 16:2 e 3.
A
predição de Jesus é intricada, é
enigmática. Como podem pessoas que
nem mesmo conhecem a Deus matar
alguém a favor de Deus? Não implica
o homicídio religioso em uma
consumidora devoção a Deus? Por que,
então, afirma Jesus que tais pessoas
nem sequer conhecem a Deus?
Esses fanáticos religiosos, esses
autonomeados guardiões da virtude
pública jamais admitirão que não
conhecem a Deus. De fato,
provavelmente citam as Escrituras e
invocam o nome de Deus enquanto
puxam o gatilho. Podem até mesmo
agradecê-Lo por ajudá-los a ter tão
bom objetivo. Porque o "Deus” a quem
adoram é o tipo de Deus que acredita
no uso da força em nome da justiça.
Tais pessoas podem matar em nome de
Deus. O problema é que elas têm o
Deus errado. Podem usar os nomes
corretos ao referir-se ao seu Deus,
talvez chamando-o de “Jesus" ou
“Pai”. Mas ter o nome certo não o
transforma no Deus correto. São as
Suas qualidades de caráter, Sua
maneira de relacionar-Se com as
pessoas, Seus métodos de solucionar
o problema do pecado que distinguem
o verdadeiro Deus de todas as
contrafações.
Ter uma compreensão correta do
verdadeiro caráter de Deus significa
muito mais do que superficialidades
teológicas. O comentário de Jesus
esclarece que a adoração de um Deus
opressivo nos torna opressivos.
Adorar a um Deus vingativo, punitivo
nos torna como o mesmo, porque
contemplando a Deus somos
transformados à Sua própria
semelhança. Se nosso retrato é
defeituoso, imperfeito, a
transformação também o será.
Tão trágico como seria que cristãos
matassem por causa de suas crenças,
a tragédia muito maior é que isto
seria feito em nome de Deus.
Contemplar um cristão caminhando
para o sono da morte permanecendo em
Jesus não traz nenhuma satisfação a
Satanás. Mas ver a reputação de Deus
enegrecida no processo traz-lhe um
perverso deleite, porque este é o
seu objetivo. Se há uma coisa pior
do que a morte para uma pessoa, é
morrer enquanto está alienada de
Deus. E nada poderia ser mais
alienante do que pensar que Deus é
um assassino opressor.
Embora provavelmente não venhamos a
matar em nome de Deus, que jamais O
representemos mal de outras maneiras
por “não conhecermos o Pai, nem o
Filho”. |
22 de Janeiro |
Topo |
|
Tornando-se
Semelhantes a Deus
“Sabemos que, quando Ele Se
manifestar, seremos semelhantes a
Ele, porque havemos de vê-lo como
Ele é.”
I
S. João 3:2.
Muitas discussões teológicas
centralizam-se em torno de como um
seguidor de Cristo se torna
semelhante a Ele. Indago quantas
pessoas saem dessas discussões
desanimadas? Há listas infindáveis
de atos exteriores a ser feitos e
outros deixados de fazer. Há
alimentos que se devem comer e
outros que se não devem; roupas que
devem ser usadas e outras deixadas
de lado. Isto deveria ser denominado
de santificação por listas.
Mas tais feitos não nos tornam
necessariamente semelhantes a Deus.
Isto é evidenciado pela passagem de
S. Mateus 7:21-23 que nos conta
daqueles que um dia implorarão para
que Deus os deixe entrar no reino
dos Céus, a quem será dito que suas
obras são más. Isto eles não podem
compreender e clamarão: “Senhor,
Senhor, não fizemos muitas obras
poderosas em Teu nome?”
A
semelhança com Deus mostrar-se-á no
modo como agimos, porém o que
fazemos pode provir de muitas
motivações. O desejo de ser salvo
pode ser um dos mais egoístas dos
motivadores – em realidade poderia
ser a busca com o fim de satisfazer
o ego para sempre.
O
trabalho em prol da salvação de
outros pode ainda ser egoísta.
Poderíamos entrar em tal atividade
para ter bom conceito diante dos
outros. A verdadeira piedade ou
semelhança com Deus vai muito mais
longe, embora de fato seja expressa
na maneira como nos relacionamos com
o mundo ao nosso redor.
Nosso texto de hoje oferece um
verdadeiro indício do que é
tornar-se semelhante a Deus. Não é
somente por ocasião da segunda vinda
de Cristo que podemos tornar-nos
semelhantes a Ele. “E todos nós com
o rosto desvendado, contemplando,
como por espelho, a glória [caráter]
do Senhor, somos transformados de
glória em glória, na Sua própria
imagem” (II Cor. 3:18). Contemplando
a Deus e tudo o que Ele é – justo,
razoável, longânimo, amoroso,
perdoador, restaurador, amigável,
criador, e infinitamente mais –
descobrimos que a admiração e
adoração a Ele se dilata em nosso
coração. E precisamente tão básica
como a lei que faz a água fluir em
declive e os balões flutuarem no ar
é a predisposição do meu coração em
copiar aquilo que Ele preza.
Nossas motivações derivam do que
somos, dos nossos valores íntimos.
Quando nosso coração estima a Deus,
isto é mais do que uma apreciação
objetiva do Seu ser. Envolve um
relacionamento, porque usufruir
relacionamentos é a mais verdadeira
essência de Deus.
Conhecer a Deus é amá-Lo. Convergir
para Ele é tornar-se semelhante a
Ele, interiormente tanto quanto em
atos exteriores. |
23 de Janeiro |
Topo |
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Estudo Bíblico
Infrutífero
"Examinais as Escrituras, porque
julgais ter nelas a vida eterna, e
são elas mesmas que testificam de
Mim. Contudo não quereis vir a Mim
para terdes vida." S.
João 5:39 e 40.
Quando Jesus censura pessoas por
estudar a Bíblia, pode supor que Ele
tem em mente uma grande preocupação.
Neste apelo franco Ele trata talvez
com a mais perigosa de todas as
ilusões orientadas pela Bíblia.
Crê-se que a salvação é encontrada
no acúmulo de dados religiosos e que
a Bíblia é um armazém de tais fatos.
Uma variação desta crença é que a
Bíblia está repleta de exigências
que os devotos devem seguir a fim de
encomendar-se a Deus. É verdade que
a Bíblia contém muita informação a
respeito de como as pessoas devem
viver. O engano é de seqüência e de
motivo.
Sendo que as Escrituras requerem
atos de amor, somente aqueles que
primeiro se tornam amantes podem
cumprir suas ordenanças na letra e
no espírito. E as pessoas tornam-se
amantes somente quando estão em
ligação viva com seu amoroso Pai.
Posteriormente Jesus falou a esses
mui cuidadosos estudantes da Bíblia
no tocante à sua abordagem
evangelística. Disse Ele: “Rodeais o
mar e a Terra para fazer um
prosélito; e, uma vez feito, o
tornais filho do inferno duas vezes
mais do que vós”. S. Mateus 23:15.
Superficialmente, isto era algo um
tanto severo para ser dito a pessoas
devotas, cujo interesse consistia em
partilhar códigos do viver correto.
Mas todo esse comportamento era, em
última análise, rituais sem
significado para aqueles que não
tinham primeiro descoberto seu Pai
como o centro natural da alma.
Qualquer religião que surge para
impor aos seus jovens ou aos seus
novos conversos uma desconcertante
lista de requisitos quanto ao estilo
de vida, sem primeiro conduzi-los a
uma interação pessoal com Deus, está
sujeita à mesma estimativa de Jesus.
Você pode ouvir as lágrimas na voz
de Jesus ao dizer: “Não quereis vir
a Mim para terdes vida.” Por que
seria alguém tão relutante em ir a
Ele? Em conhecer Suas graciosas
boas-vindas? Em repousar seguro em
Seu amor? Só pode haver um motivo: o
inimigo fora bem-sucedido em enganar
aquela pessoa com a idéia de que ela
não receberia uma graciosa acolhida;
de que não havia segurança em Seu
amor. Que tragédia!
As respostas a serem encontradas nas
Escrituras dependem das perguntas
que fazemos. Se perguntarmos, cada
vez que abrirmos suas páginas; “Quem
É Ele, para que eu O conheça, O ame
e confie a Ele minha vida?" não
seremos desapontados. |
24 de Janeiro |
Topo |
|
O Nome de Deus
é o Seu Caráter
"Farei passar toda a Minha bondade
diante de ti, e te proclamarei o
nome do Senhor.”
Êxo. 33:19.
Uma multidão de escravos hebreus
renegados estava acampada no
deserto. Sua principal atividade
parecia ser queixar-se e lutar entre
si.
Deus tinha operado maravilhosamente
por eles, livrando-os do cativeiro
egípcio, mas eles ainda estavam em
cativeiro – cativos à sua má
compreensão do caráter de Deus e
Suas intenções concernentes a eles.
Moisés, seu líder, estava
profundamente perturbado por causa
da falta de confiança da nação em
seu Deus libertador. Escolhido por
Deus para ser o Seu porta-voz a esse
povo ignorante, estúpido, simplório,
Moisés sabia que eles seriam capazes
de compreender somente tanto quanto
ele mesmo pudesse explicar com
clareza. Portanto, desejava conhecer
melhor a Deus. Um dia pediu a Deus
que lhe mostrasse Sua glória.
Moisés não estava buscando uma mera
demonstração de luz e poder. A
glória de Deus significava Sua
presença – como na coluna de nuvem e
de fogo. Deus compreendeu que Moisés
desejava estar mais perto dEle a fim
de conhecê-Lo melhor, tanto para si
mesmo quanto por causa do povo que
ele estava tentando conduzir à Terra
Prometida.
Moisés pediu: “... Rogo-Te que me
faças saber neste momento o Teu
caminho, para que eu Te conheça, e
ache graça aos Teus olhos; e
considera que esta nação é Teu
povo.” Êxodo 33:13.
Respondendo à sua solicitação, Deus
ocultou Moisés na rocha e passou
diante dele, revelando Sua glória –
proclamando Seu nome. Quando Moisés
descreveu o que tinha visto, usou
palavras que descrevem o caráter de
Deus. Proclamou sua certeza de que
Deus é misericordioso, compassivo,
gracioso, paciente, grande em
fidelidade, fiel, perdoador e justo
(versos 6 e 7). Por este meio Deus
encorajou Moisés a nutrir e, guiar
Seu povo. Em essência, Deus estava
dizendo a Moisés: “Mostra-lhes quem
Eu sou pela maneira de governá-los.”
Centenas de anos mais tarde, Deus
outra vez “passou diante” da raça
humana na pessoa de Seu Filho.
Naquela vida maravilhosa “vimos a
Sua glória... cheio de graça e de
verdade”. S. João 1:14. Ao sairmos
para ensinar a todas as nações sobre
Ele, podemos muito bem lembrar-nos
de que a melhor maneira de mostrar
quem é Ele, consiste em nos
relacionarmos com os outros do mesmo
modo como Ele Se relaciona conosco.
Podemos ser compassivos, longânimos,
constantes e verdadeiros. E a
promessa de Deus para nós é a mesma
feita a Moisés: “Estarei contigo."
Estaremos em tão intima relação que
seremos bastante seguros para agir
deste modo. |
25 de Janeiro |
Topo |
|
Religião
Miraculosa?
"Muitos, naquele dia, hão de
dizer-me: Senhor, Senhor!
porventura, não temos nós
profetizado em Teu nome, e em Teu
nome não expelimos demônios, e em
teu nome não fizemos muitos
milagres? Então lhes direi
explicitamente: Nunca vos conheci.
Apartai-vos de Mim, os que praticais
a iniqüidade." S.
Mat. 7:22 e 23.
Quão impressionados somos com o
miraculoso! Damos toda a nossa
atenção àquilo que faz nosso coração
bater e acelera a nossa respiração.
Lembramo-nos do espetacular e
freqüentemente baixamos nossas
faculdades de discriminação apenas
pelo simples gozo do evento.
Não é de surpreender, portanto, que
quando pessoas se deparam face a
face com seu preparo pessoal para
encontrar-se com Deus, olhem para o
miraculoso a fim de prover a base
para sua permanência? Jesus falou de
pessoas que poderiam testificar de
atos deveras impressionantes:
declarações proféticas, libertações
do demônio, mesmo a operação de
milagres.
A
maioria de nós talvez não sejamos
capazes de jactar-nos de tão
magnífico “relatório missionário”
como o deles. Mas podemos
lembrar-nos de que seríamos capazes
de reivindicar milagres menores.
Pensamos na inundação de sentimentos
que tivemos durante o chamado ao
altar em uma semana de oração; isto
produziu até lágrimas. Pensamos na
ocasião em que oramos a Deus para
que Ele nos ajudasse a encontrar
nossos óculos e os encontramos (no
bolso). E que dizer da ocasião em
que conduzimos alguém através dos
estudos bíblicos até ao batismo? Não
constitui tudo isto prova de que
estamos entre os eleitos?
Mas Jesus nos adverte de que tudo
isto simplesmente não trata com o
problema. O poder miraculoso pode
IMPRESSIONAR-NOS; mas somos
TRANSFORMADOS somente por uma
profunda relação pessoal com uma
Pessoa maravilhosa. Podemos
livrar-nos de alguns maus hábitos;
podemos pregar alguns mui potentes
sermões; podemos até mesmo levar
pessoas para a igreja, onde possam
encontrar a Jesus Cristo.
Entretanto, os únicos impressionados
seremos nós mesmos. O que realmente
necessitamos é de ser impressionados
com Deus. Doutro modo estaremos
ainda influenciados por aquele velho
mito de que a salvação está
fundamentada no desempenho em vez de
no relacionamento.
Mas Jesus afirma que isto produz
“obreiros da iniqüidade”. Por
melhores, miraculosas e rotuladas de
Deus que sejam as obras, feitas à
parte de um relacionamento pessoal
com Cristo, são obras iníquas. Não
porque as obras sejam sinistras, mas
porque são feitas por pessoas
alienadas de Deus e, por este
motivo, pecadoras.
Não seria infinitamente melhor ouvir
Jesus dizer naquele grande dia:
"Venha! Estivemos intimamente
relacionados. Continuemos esta
amizade para sempre”? |
26 de Janeiro |
Topo |
|
Levando o
Pecado a Sério
“No passado Ele foi paciente e
tolerou os pecados do povo; mas no
tempo presente Ele lida com seus
pecados, a fim de demonstrar a Sua
justiça."
Rom. 3:25, TEV.
Uma congregação estava angustiada
por causa de suas responsabilidades
em relação a um membro que havia
caído em pecado aberto. Surpreendido
naquela ansiedade geralmente
percebida entre a justiça e a
misericórdia, alguém finalmente
falou: “Bem, é bom ser perdoador,
mas devemos levar o pecado a sério.”
Levaram o pecado a sério, expulsando
o membro e perderam o contato com
ele.
A
tragédia é que sentiram que tiveram
de ser inexoráveis, implacáveis a
fim de levar o pecado a sério.
Sentiram que dizer “nós o amamos, o
aceitamos; não permitiremos que sua
queda crie uma barreira entre nós”
ignoraria o pecado. Lamentavelmente,
não sabiam quão seriamente tal
reação lida com o pecado!
No jardim do Éden, a mentira de
Satanás a Adão e Eva era que o
pecado não é realmente tão mau.
“Vocês podem cometer pecado e
arranjar-se com ele”, sussurrou.
“Certamente não morrereis.” A
verdade, é claro, é que o pecado
(separação do Doador da vida)
deveria realmente ter causado a
morte – a segunda morte como tal!
Então Deus poderia ter dito: “Vejam,
Eu lhes avisei. O pecado É na
verdade totalmente mau", mas Adão e
Eva não tinham experiência para
ouvir a lição.
Assim Deus arriscou contemporizar
com as conseqüências. Durante quatro
mil anos Satanás escarnecera:
“Vejam, o pecado realmente não causa
a segunda morte.” Mas quando Jesus
clamou: “Deus Meu, Deus Meu, por que
Me desamparaste?” e sofreu a segunda
morte, o Universo soube para sempre:
o pecado é realmente todo mau. Deus
DIZ a verdade; Ele É Justo.
Estava Deus sendo implacável com
Adão e Eva? Tinha Ele Se afastado do
relacionamento como uma forma de
punição, protestando a afronta deles
à Sua autoridade? Dificilmente! O
problema do pecado não é que eles
tinham ofendido Sua dignidade, mas
que, através do engano, tinham se
separado dEle e da realidade. E tal
afastamento da realidade traria suas
próprias e terríveis conseqüências.
O
pecado traz consigo sua própria
punição. Sua primeira conseqüência –
morte eterna pela separação do
Doador da vida – Jesus tomou a sério
sobre a cruz. Mas as conseqüências
secundárias – o rompimento das
amizades, a auto-estima arruinada, o
desmoronamento da saúde – estas
devem ser tomadas a sério pelo
pecador. E elas são tão dolorosas
que nem Deus nem os membros da
igreja necessitam contribuir para a
dor pela rejeição punitiva. Mesmo
expulsos do Jardim, Deus tinha a
Adão e Eva perto de Si enquanto
sofriam aqueles resultados. |
27 de Janeiro |
Topo |
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Reconhecendo a
Desobediência
"Porque Deus a todos encerrou na
desobediência, a fim de usar de
misericórdia para com todos."
Rom. 11:32.
Por que está Deus tão interessado em
ressaltar a desobediência universal
da raça humana? Que razão tem Ele
para desejar assegurar-Se de que
todos confessem francamente que são
desobedientes? Faz isto para que
ninguém tente esquivar-se da
pungente dor de Sua reprovação?
Paulo parece ter em mente outro
propósito no texto de hoje.
Reconhece um princípio no trato de
Deus com os pecadores: Aqueles que
admitem sua desobediência recebem
misericórdia; aqueles que não a
admitem não recebem nenhuma
misericórdia. O problema com aqueles
que não recebem misericórdia não é
que Deus a reteve, mas que eles não
reconheceram que necessitavam dela.
Aqueles que não sabem que têm uma
doença não estenderão a mão ao
Médico.
Mesmo sendo tão inestimável, o dom
da misericórdia para todos os que
sabem que necessitam dele, muitos
daqueles a quem Deus fez este
oferecimento ainda estão sofrendo
fora de seu gracioso benefício.
Parece estúpido rejeitar a cura
quando sem tratamento a enfermidade
é fatal. Mas isto revela até onde
todos nós vamos a fim de proteger
nossa imagem. De preferência
morreríamos defendendo nossa
inocência em vez de corrermos o
risco, enfrentando embaraço e
rejeição aparentemente certos se
comparecermos à porta da clínica e
confidenciarmos nossa doença.
Contudo, quando sabemos
antecipadamente que nossa admissão
será recebida com misericórdia, isto
torna a admissão mais fácil. Quando
aprendemos que o Médico sabe guardar
segredos e que Suas curas são
eficazes, estamos mais aptos a
arriscar, confessando nossa grande
necessidade.
João disse de nosso Pai que se
confessarmos nossos pecados, Ele
pode perdoar-nos e purificar-nos.
Confessar, neste contexto, significa
concordar com a opinião de Deus
quanto a nós – dizer-Lhe: “Sim, Tu
és justo em Tua avaliação; eu
SOU um pecador, muito necessitado de
auxilio.” O detalhe interessante, é
claro, é que Deus já sabe muito bem
qual é a nossa condição; não
confessamos por SUA causa, mas pela
nossa.
É
tão verdadeiro: a bondade de Deus
leva ao arrependimento. Pode-se
também afirmar que esta mesma
bondade de tal modo nos circunda com
segurança que somos capazes de
admitir nossa necessidade de
arrependimento. A pergunta pessoal
para nós é: Como podemos ficar
ausentes de um Amigo tão
afetuosamente receptivo? |
28 de Janeiro |
Topo |
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Examinado Pelo
Juiz
“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu
coração: prova-me e conhece os meus
pensamentos; vê se há em mim algum
caminho mau, e guia-me pelo caminho
eterno.”
Sal. 139:23 e 24.
Davi tinha uma compreensão
maravilhosa de seu Pai celestial e
isto se extravasa quase
automaticamente neste salmo. Ele
está abrindo sem reservas e
destemidamente sua vida íntima para
o exame cuidadoso do Rei do
Universo.
Nós os que desejamos ocultar tanto
quanto possível os segredos do nosso
coração nos maravilhamos ante sua
franqueza, sua vulnerabilidade.
Todavia, o segredo é encontrado em
sua última frase. Ele sabe que se o
Pai encontrasse quaisquer caminhos
ofensivos dentro dele, o resultado
seria instrução e não julgamento.
Conhece o coração do Pai e Seu
desejo de conduzir a Davi pelo
caminho eterno.
Escondemo-nos por trás de nossas
folhas de figueira quando tememos
que nossa nudez se tornará o objeto
de motejo e escárnio. Adão e Eva se
esconderam, vestidos de folhagem,
nos arbustos do Éden porque já
haviam caído sob o fascínio da
opinião de Satanás concernente a
Deus. Acreditaram que Deus os
condenaria severamente por causa de
sua nudez. Mas Deus estava à sua
procura, oferecendo uma pele de
animal por vestuário – não porque
Seus puros olhos estivessem
ofendidos com a nudez, mas para que
sua auto-estima em frangalhos não
fosse ainda mais rasgada.
Muitos temem o juízo de Deus porque
O vêem como Alguém que pode avaliar
nosso desempenho somente com o
propósito de condenar nossos
fracassos. Divisam-nO como estando
confinado por um sistema
estritamente legal, no qual a única
coisa que alguém pode fazer com o
que está errado é condená-lo. Mas
Davi O via como um Pai; e os pais
enfrentam os erros de seus filhos,
procurando orientá-los e instruí-los
para que alcancem a maturidade.
Nossa maior necessidade consiste em
admitir nossa grande necessidade.
Mas admitir a necessidade não é
fácil. Apegamo-nos a quaisquer
retalhos de suficiência que podemos
encontrar para defender nossa
auto-estima ferida; por que estar "à
testa” a respeito de nossas
insuficiências? Contudo, jamais
conheceremos a força de Deus até que
reconheçamos nossa fraqueza. E assim
Deus tem toda razão para facilitar a
fim de que admitamos nossa fraqueza,
para que Sua força possa ser
perfeitamente demonstrada em nós.
Davi conhecia a Deus, não
como o administrador de um código
legal abstrato, nem como um
legislador ofendido. Conhecia-O,
como podemos, como um Pai amoroso e
um sábio Instrutor no caminho eterno
– no caminho que dura para sempre! |
29 de Janeiro |
Topo |
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Felicidade em
Saber que Necessitamos de Deus
"Bem-aventurados os Humildes de
espírito, porque deles é o reino dos
Céus.”
S. Mat. 5:3.
Quão melhor é buscar o DOADOR da
salvação do que buscar o dom! Se
você tivesse um tio rico e generoso,
não valorizaria mais o tio mesmo, do
que sua fortuna? Porque, sem a
qualidade de caráter da
generosidade, sua fortuna não seria
de nenhum benefício. Seria
mesquinhez, egoísmo valorizar
somente sua fortuna sendo que o
maior de seus dons é a comunhão com
ele mesmo.
A
New English Bible
traduz assim o texto de hoje: "Bem
aventurados são aqueles que conhecem
sua necessidade de Deus. Sua
necessidade DE Deus; gosto disto.
Quão freqüentemente nos consumimos
com todas as coisas que necessitamos
DA PARTE DE Deus: graça, perdão,
cura e assim por diante. Passamos
nossa vida espiritual buscando dEle
estas coisas.
Quando você recebe um presente, isto
pode fazê-lo sentir-se
constrangidamente obrigado. É esta a
maneira de Deus de ganhar nossa
servidão? Se Deus usasse o Seu amor
como um meio de obrigar-nos, a visão
do significado completo da cruz nos
esmagaria. Não é de admirar que
tantos cristãos sejam sombrios.
Sentem as emoções conflitantes da
gratidão e enredo, logro, cilada.
Por um lado sabem que devem ser
eternamente gratos pelo dom da vida
eterna, contudo, sentem-se um tanto
acometidos de horror ante o
pensamento de encontrar-se com Deus
face a face, inseguros de que
satisfizeram inteiramente as
obrigações impostas por esse dom.
Semelhantemente, quanto melhor é
saber que Deus é um PERDOADOR por
natureza do que buscar o próprio
perdão? Se o perdão não fosse uma
parte legítima do caráter de Deus,
poderíamos esperar que houvesse
situações nas quais Ele não
perdoaria. O que parece, às vezes,
ser Sua indisposição para perdoar,
se examinado mais atentamente
revelaria o fato de que Ele não mais
está sendo procurado como Perdoador.
Deus Se doou a Si mesmo e tudo o que
Ele é a nós, conforme exemplificado
na dádiva de Seu Filho. A verdadeira
e duradoura felicidade vem quando
percebemos que, ao doar-Se a Si
mesmo, Ele nos deu tudo o que
podíamos necessitar ou desejar. Se o
Rei é nosso, assim é o Seu reino. Se
o Perdoador é nosso, assim é o Seu
perdão. "E a vida eterna é esta:
que Te conheçam a Ti, o único Deus
verdadeiro, e Jesus Cristo, a quem
enviaste” S. João 17:3. |
30 de Janeiro |
Topo |
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Felicidade em
Face da Tristeza
“Bem-aventurados os que choram,
porque serão consolados.”
S. Mat. 5:4.
Como Deus nos consola? Faz Ele magia
espiritual e simplesmente remove os
tristes sentimentos? E, se há mais
de uma espécie de tristeza?
Mesmo as crianças não podem ser
inteiramente consoladas a menos que
sejam tranqüilizadas em seu coração
de que “tudo está bem”. Quanto mais
velhos ficamos, menos satisfatório
uma pancadinha na cabeça ou palavras
demasiadamente simples são para
nossa alma ferida e perturbada. Como
cristãos, encontramos consolo na
morte de entes queridos quando
sabemos que sua vida está "escondida
em Jesus”. Mas que dizer do pai ou
filho que morreram “não salvos”?
Que dizer de todas as coisas
terrivelmente injustas que continuam
acontecendo neste velho e miserável
planeta? Quem nos ouve? Quem pode
carregar conosco nossas aflições
quando choramos em silêncio na noite
escura: "Por quê? Por quê!”
Deus pode. Ele conhece tudo isto, e
mais. Ouça a ternura de Seu grande
coração ao falar à nossa
necessidade: Eu o ouço! Vejo suas
lágrimas e o curarei! (II Reis
20:5.) Em torno disto versa todo o
plano da redenção. Deus não está
interessado simplesmente em
“tirar-nos daqui”. Está empenhado em
sarar-nos. Isto inclui o ato de
tornar-nos mais competentes para
lidar com as tristezas enquanto
ainda estamos neste mundo.
Nossa restauração é a principal
prioridade para Deus porque Ele sabe
que a eternidade será somente tão
segura como as pessoas que habitarem
ali. E sabe que a segurança é o
fundamento do nosso consolo. Pela
cura da nossa mente, dando-nos
compreensão e esperança, Deus nos
habilita para o Céu. Habilita-nos
para o Céu porque sabe que o Céu bem
como a Terra recriada é um lugar
adequado para habitação. Prepara-nos
por que é Deus e é soberano ali.
É
uma felicidade descobrir que Deus é
muito maior do que as tristezas
desta vida, que Ele Se relaciona
conosco da maneira mais
restauradora. Não somente nos dá
respostas, encoraja-nos a fazer mais
perguntas. Oferece mais do que
simplesmente uma mudança de
localidade na segunda vinda. Oferece
uma mudança na qualidade de vida,
agora e eternamente. Assegura-nos de
que não deseja meramente controlar
as circunstâncias de nossa vida.
Quer trazer resolução.
Será bom ir para o lar a fim de
estar com um tão maravilhoso Pai –
Deus. |
31 de Janeiro |
Topo |
Mantenedores
Para Sempre
“Bem-aventurados os mansos, porque
herdarão a terra."
S. Mat. 5:5.
Gosto de estar em casa. Também amo
as pessoas e tenho companheirismo
com elas. Se eu tivesse de escolher
entre ir a uma festa e ficar em
casa... bem, eu escolheria a ambos:
teria a festa em minha casa!
Nada há de errado em gostar de ficar
em casa. Realmente, tudo está certo
quanto a isto. E tudo está correto
no que concerne às nossas ligações a
este mundo no sentido de que ele é
nosso lar. Deveras, o lar que Deus
mesmo escolheu para nós no
princípio.
Com freqüência falamos sobre “ir
para o Céu.” Mas Deus sabe que
provavelmente gozaríamos mais a
“festa” se ficássemos em nossa casa.
Assim, quando finalmente terminar o
grande conflito entre o bem e o mal,
Deus planeja que iremos para casa.
Atualmente nosso pequeno planeta
está passando por terrível pressão.
Ecologistas censuram publicamente a
rápida erosão dos recursos
terrestres. Cartunistas retratam a
humanidade desprendendo-se de sua
apinhada superfície. Estamos em
apuros! Toda espécie de crueldade
infesta a sociedade. Por quê? Dizer:
“por causa do pecado" não é uma
resposta incorreta, mas é uma
resposta suficiente? A palavra
pecado tornou-se quase uma
explicação para tudo em nossa
sociedade moderna.
Creio que Deus deseja que sejamos
mais integrados em nosso pensamento
acerca de tais problemas. Esta é uma
era de avançada tecnologia.
Computadores são admitidos como uma
coisa natural e a chapa de silicone
pode algum dia tornar as bibliotecas
uma coisa do passado. Juntamente com
estas realizações sem paralelo, as
pessoas têm tremendo acesso à
informação de cada dimensão. Esperam
respostas compatíveis com tal
disponibilidade. Palavras religiosas
abstratas não satisfarão seu desejo
de compreender as crises mundiais.
Nosso mundo está no caos porque
aqueles a quem foi dada
responsabilidade sobre ele
tornaram-se caóticos. No princípio o
homem refletia a imagem de seu
Criador e fora educado para este
mundo-lar. A separação trouxe
separação dos métodos de Deus e
desde então o homem tem danificado a
Terra.
Será um tempo maravilhosamente feliz
quando nossa amizade com Deus for
inteiramente restaurada. Mais uma
vez seremos semelhantes Àquele que é
“manso e humilde de coração”. Também
seremos meigos e serviçais. Deus Se
regozijará conosco no dia em que
pudermos ir novamente para o lar de
nosso mundo renovado. Mais uma vez
Ele confiará em nós com o Seu
cuidado porque teremos aprendido a
confiar nEle e a apreciar Sua
maneira de governar. |
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Título
Original em Inglês:
HIS HEALING LOVE
Título
em Português:
O AMOR QUE RESTAURA
Autor:
DICK WINN
Primeira Edição Publicada em 1987:
CASA PUBLICADORA BRASILEIRA |
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