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Respeitando os Nossos Inimigos
“Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia
com o diabo, e disputava a respeito do corpo
de Moisés, não Se atreveu a proferir juízo
infamatório contra ele; pelo contrário,
disse: O Senhor te repreenda.” Judas 9.
Seria difícil imaginar um estranho encontro.
O Senador democrata liberal Ted Kennedy
estava falando na igreja do ministro
republicano conservador Jerry Fallwell.
Poder-se-ia esperar palavras de combate de
ambos os lados. Em vez disto, o Senador
Kennedy disse: “Quando estamos falando de
pessoas que discordam de nós, ainda devemos
considerá-las como homens de integridade.”
Este sentimento reconhece que o nosso lado
humano comum se estende além dos nossos
partidos políticos. Significa que, quando
olhamos para outra pessoa, não reconhecemos
imediatamente um estrangeiro, um fumante, um
criminoso, um homossexual, ou mesmo um
inimigo. Significa que nossa primeira
impressão é a de um ser humano semelhante a
nós que está lutando contra as pressões da
hereditariedade e circunstâncias assim como
nós estamos. Vemos alguém que não somente
anseia mas também merece ser tratado como
uma pessoa de integridade.
Há alguns impulsos do coração humano que são
mais devastadores do que aquele de provar
que estamos certos. Prontamente ferimos os
sentimentos e a imagem dos outros em nossa
corrida para ficar no topo da montanha, não
temendo nada mais do que os outros acharem
que estamos errados. Mas quando nos
encontramos no alto de nossa pequena
montanha feita por nós mesmos, ficamos
estupefatos por reconhecer que todas as
pessoas que foram prejudicadas na subida
realmente não se preocupam se estávamos
certos!
As pessoas que discordam de nós são vistas
como ameaçadoras; em vez de reexaminarmos
nossas próprias posições ou simplesmente
declararmos nossa posição em contraste com a
outra, sentimos a necessidade de ver nossos
oponentes como inimigos. Em vez de
enfrentarmos nossas inseguranças, agimos
como se o outro tivesse escolhido ser
obstinado, iludido ou fraudulento.
Não conheço nenhuma pessoa que tenha
planejado ser um fracasso. Sei de muitas
pessoas que estão feridas, e indago por que
tão freqüentemente as tenho ferido ainda
mais em nome da justiça. Há ainda um grande
abismo entre a maneira com que tantas vezes
tratamos os nossos inimigos e a maneira com
que Deus trata os Seus. Uma diferença, é
claro, é que Deus não precisa surrar os Seus
oponentes a fim de provar que está certo.
Mas Deus tem grande confiança no poder
atraente da verdade. Dado o cenário
favorável, a verdade brilhará, mas o
desrespeito para com outro sempre
obscurecerá o cenário, tornando mais difícil
para a pessoa discernir a verdade. |
2 de Outubro |
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O Fim de Todo Dano
“Não farão mal nem dano algum em todo o Meu
santo monte, diz o Senhor.” Isa. 65:25
Os cristãos aguardam a Nova Terra por vários
motivos. Em primeiro lugar, tudo o que nos
fere não mais existirá. Mesmo os animais não
mais experimentarão a discórdia. “O lobo e o
cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá
palha como o boi.” Isa. 65:25. A segunda
metade deste texto (referindo- se não apenas
aos animais, porém a todos os habitantes)
diz: “Não farão mal nem dano algum em todo o
Meu santo monte, diz o Senhor.”
O que traz à existência esta condição de
harmonia? Alterará radicalmente a segunda
vinda de Cristo as qualidades de caráter
daqueles que Ele virá redimir? Ou aqueles
que hão de habitar a Nova Terra já atingiram
a condição em que não mais são prejudiciais
uns aos outros? Consideremos Heb. 8:10 e 11:
“Porque esta é a aliança que firmarei com a
casa de Israel, depois daqueles dias, diz o
Senhor. Nas suas mentes imprimirei as Minhas
leis, também sobre os seus corações as
inscreverei; e Eu serei o seu Deus, e eles
serão o Meu povo. E não ensinará jamais cada
um ao seu próximo nem cada um ao seu irmão,
dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos Me
conhecerão, desde o menor deles até ao
maior.”
É nosso privilégio começar a conhecer a Deus
AGORA. Ao conhecê-Lo como o nosso melhor
Amigo veremos que Sua lei é o transcrito do
Seu caráter. Seus caminhos tornar-se-ão uma
verdadeira parte de nós, porque estaremos
tão cativados pela qualidade de vida que há
nEle. Não mais sentiremos a necessidade de
cuidar de nós mesmos – a causa fundamental
do nosso dano aos outros – porque não mais
experimentaremos qualquer deficiência
emocional. Aquele que tanto satisfará o
nosso coração, de tal forma estimulará a
nossa inteligência, motivará as nossas ações
que não mais teremos apreensões a respeito
dEle ou de nós mesmos.
Isentos das preocupações próprias, seremos
capazes de concentrar-nos inteiramente em
outros. Ouviremos sem interrupções o que
eles têm a dizer para certificar-nos de que
o que pensamos é compreendido. Verificaremos
que eles se sentem suficientes sem que
necessitemos de entender nossa
autoconfiança. Tudo isto nos pertence
conhecer e tornar-nos – antes que haja uma
Nova Terra. É, como disse Jesus: “Porque o
reino de Deus está dentro de vós.” Luc.
17:21. |
3 de Outubro |
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Que Espécie de Poder?
“Pois não me envergonho do evangelho, porque
é o poder de Deus para a salvação de todo
aquele que crê .”
Rom.1:16.
Pude ouvi-lo enquanto se aproximava mesmo
antes que seu carro dobrasse a esquina de
minha entrada de automóvel. Era o confuso e
rouco rugido de um motor altamente regulado,
impaciente com movimento vagaroso. Mas o
macio e brilhante carro vermelho era
suficiente para fazer subir a pressão
sanguínea de qualquer homem. Era um perfeito
De Tomaso Pantera Stage 3, um dos mais
exóticos carros de desempenho, de rendimento
que andam nas estradas de hoje. Quando ele
me entregou as chaves e disse “Tome isto
para um giro”, meus joelhos fraquejaram.
Excedi os 96 quilômetros por hora antes de
mudar para a segunda marcha. Tinha a espécie
de poder que você experimenta empurrando
contra sua traseira.Em minha timidez moderei
rapidamente a velocidade, mas ele me
assegurou que eu não tinha chegado perto de
mostrar seus limites máximos. E todo esse
poder estava à disposição simplesmente
pressionando os dedos do meu pé direito!
Há muitas vezes em que nós cristãos anelamos
por um poder em nossa vida diária que é
exatamente tão palpável, tão muscular e tão
prontamente disponível como o de um enorme
motor V-8. Formulamos um desejo por um
empurrão divinamente mágico na traseira que
nos mantenha afastados de uma segunda porção
de sobremesa. Gostaríamos que uma forte
“mão” fosse colocada firmemente sobre a
nossa boca quando estamos zangados, ou sobre
os nossos olhos quando somos concupiscentes.
Ansiamos por algo que nos expulsasse de
nossa cadeira para desligar a TV. E então às
vezes culpamos Deus por não prover
justamente esta espécie de poder quando dele
necessitamos.
Mas a salvação, em todos os seus níveis, não
é um produto da força física. Não é um
empurrão santificado em direção da justiça.
Não nos “leva” a fazer algo que não
queremos, ou ter desejos que conscientemente
não temos escolhido apreciar e nutrir. Deus
opera através do poder da verdade que apela
para o intelecto e a lealdade. Estamos ao
lado de Cristo porque temos visto a beleza
do que é Ele e O temos escolhido como
Senhor. Abraçamos o Seu estilo de vida
porque achamo-lo o mais sensivelmente
apelante. Amamos a Sua Palavra porque apela
para os mais altos níveis do nosso ser.
Abrimos o coração ao Espírito porque, como
um cavalheiro, Ele respeita a nossa
liberdade. Não há nada de coerção no reino
de Cristo, nem mesmo em direção do que é
reto! |
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4 de Outubro |
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O Dever de Todo Homem
“De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme
a Deus, e guarda os Seus mandamentos; porque
isto é o dever de todo homem.”
Ecle. 12:13
Você foi contratado para ser o diretor
executivo de uma empresa recém-formada. Sabe
que irá receber um grande salário, que os
seus benefícios de empregado são muito
adequados e que o seu escritório está
confortável e estilisticamente mobiliado.
Que mais poderia você possivelmente precisar
conhecer? Seus deveres, é claro!
Fomos chamados a fim de trabalhar para o
Mestre. Sabemos que a nossa recompensa é a
vida eterna e que todos os recursos do Céu
estão à disposição para ajudar-nos. Que mais
precisamos conhecer? Que deveres são
requeridos de nós! O texto de hoje parece
deixar isto muito claro: “Teme a Deus, e
guarda os Seus mandamentos; porque isto é o
dever de todo homem.” Ecle. 12:13.
Isto me faz lembra de outra passagem que se
encontra em Apocalipse 14:6 e 7:
“Vi outro anjo voando pelo meio do céu ,
tendo um evangelho eterno para pregar aos
que se assentam sobre a terra, e a cada
nação, e tribo, e língua e povo dizendo, em
grande voz :Temei a Deus e dai-Lhe glória,
pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai
Aquele que fez o céu ,e a terra, e o mar, e
as fontes das águas.” O verso 12 descreve
aqueles que aceitam esta mensagem como
“aqueles que guardam os mandamentos de Deus
e a fé de Jesus”(RSV). Parece que o dever de
todo homem envolve nada menos do que
apropriar-se do evangelho eterno para nossa
vida.
Jesus foi interrogado: “Que faremos para
realizar as obras de Deus? Respondeu-lhe
Ele: A obra de Deus é esta, que creiais
nAquele que por Ele foi enviado.” João 6:28
e 29. E assim tudo começa a harmonizar-se.
Temer a Deus é respeitá-Lo – crer nEle! Mas
isto não pode ocorrer a menos que você O
conheça. A maneira de começar a conhecê-Lo é
aprender os Seus caminhos e seguir Suas
diretrizes. E estas diretrizes foram
ampliadas na Pessoa e na vida de Seu Filho.
Olhando a Jesus, você verá quão razoável e
fidedigno é Deus o Pai. Será capaz de falar
com precisão a outros sobre quem é Ele, que
O glorifica.
Em poucas palavras nosso “dever” é conhecer
e deleitar-nos com o nosso maravilhoso Pai!
Ora, não é isto boas novas? |
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5 de Outubro |
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Era Jesus Semelhante a Mim?
“Por isso mesmo convinha que, em todas as
coisas, se tornasse semelhante aos irmãos,
para ser misericordioso e fiel sumo
sacerdote nas coisas referentes a Deus, e
para fazer propiciação pelos pecados do
povo.”
Heb. 2:17
Você foi interrogado se crê que Jesus é
realmente semelhante a nós. Isto é, tinha
Ele a natureza caída de toda a humanidade, a
natureza de Adão após a Queda? Ou estava
Jesus protegido desses efeitos do pecado?
Era Ele, como segundo Adão, semelhante a
Adão antes da Queda?
Ora, antes de sugerir, você deve considerar
o seguinte: Se você disser que Jesus era
semelhante a Adão após a Queda, que Ele
realmente Se identificou com a humanidade,
então se defrontará com um problema. Ter uma
natureza pecaminosa não implicava que Ele
achava o pecado apelante, atraente? (Embora
todos concordemos que Ele não cedeu a estes
impulsos.) E isto significa para nós que a
melhor vitória que podemos esperar nesta
vida é uma luta continua contra desejos
pecaminosos.
Mas se você vota ou sugere que Jesus era
semelhante a Adão antes da Queda, também não
escapa de todos os problemas. Isto sugere
que, embora Ele fosse o Cordeiro imaculado,
não é realmente tão relevante para nós em
nossas lutas contra o pecado. Ele não
estaria sobrecarregado com esta âncora
herdada de uma natureza pecaminosa como nós
estamos. Ser santo em Seu caráter, portanto,
seria muito mais fácil para Ele. O melhor
que poderíamos esperar é ser coberto por uma
declaração de justiça legal da parte de
Deus.
Há, contudo, uma terceira opção. Como temos
afirmado muitas vezes, o problema do pecado
não está localizado em fisiologia ou
herança. Tem a ver com o relacionamento de
alguém com Deus! Jesus mantinha este mesmo
leal e ininterrupto relacionamento com Seu
Pai que Adão tinha antes da Queda. No que
tange ao verdadeiro problema do pecado,
Jesus era semelhante a Adão antes da Queda –
perfeito e impecável.
Ao mesmo tempo, podemos reconhecer que o Seu
ser físico e emocional trazia maiores
conseqüências das escolhas pecaminosas dos
outros do que o de Adão.
Ele pôde realmente ser feito semelhante aos
Seus irmãos em todos os aspectos, mas sem
pecados (Heb. 4:15), porque Ele jamais
quebrou o relacionamento!
A esperança para cada um de nós é que,
conquanto ainda sobrecarregados, oprimidos
por natureza humana danificada pelo pecado,
podemos ter o mesmo relacionamento de fé com
o Pai que Jesus tinha. |
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6 de Outubro |
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Avante, Soldados Cristãos
“As armas da nossa milícia não são carnais,
e sim, poderosas em Deus para destruir
fortalezas; anulando sofismas e toda altivez
que se levante contra o conhecimento de
Deus, levando cativo todo pensamento à
obediência de Cristo.”
II Cor. 10:4 e 5.
Fico encolhido de medo sempre que ouço os
noticiaristas de Belfast ou de Beirute
identificando as várias facções em conflito
como “cristãos”, “protestantes” e
“católicos”. Indago se o ouvinte médio
simplesmente admite que os cristãos são a
favor de matar seres humanos, seus
semelhantes, como um meio de resolver
divergências. Contudo, através dos séculos
os cristãos têm com freqüência se utilizado
de meios militares para o avanço de causas
supostamente espirituais. Não é
surpreendente que as pessoas não fiquem
abaladas ao ouvir: “A milícia cristã lançou
hoje um carro-bomba, matando 25 civis em um
subúrbio de Beirute.”
Muitas das imagens retóricas que usamos em
nossos hinos e sermões, porém estão baseadas
em metáforas militares. “Ó cristãos, avante!
Sem temor marchar!” temos cantado durante
décadas. Conquanto seja indiscutivelmente
verdade que estamos em uma batalha contra os
principados e potestades, contra as hostes
espirituais da maldade nos lugares
celestiais, é igualmente verdade que as
armas de nossa guerra não tem nada a ver com
compulsão. E as vitórias ganhas jamais
deixam um inimigo relutantemente
conquistado. Como disse Paulo: “Cada um deve
fazer como propôs em sua mente, não com
relutância ou sob compulsão. II Cor. 9:7
Philips.
Paulo foi um dos que experimentaram o
impressionante e transformador poder da
verdade – verdade que traz alguém o
conhecimento de Deus como Ele realmente é.
Usou esta arma através do seu ministério e
era constantemente deleitado pelo seu poder
de efetuar as mudanças desejadas na vida das
pessoas. Nunca teríamos ouvido Paulo
simplesmente ordenando às pessoas que se
submetessem à sua autoridade ou se curvassem
à sua posição de autoridade sobre elas.
Os cristãos que recorrem a qualquer espécie
de força ou coerção quando procuram
transformações em seus semelhantes
simplesmente não provaram o imenso poder a
eles disponível através da apresentação da
verdade. Os pais que procuram simplesmente
controlar seus filhos, ou maridos que exigem
submissão irrefletida de sua esposa, estão
revelando quão pouco conhecem acerca dos
métodos divinos para realizar mudanças na
vida de outrem. Devem refletir o objetivo de
Deus de ter um povo em cujo coração estão os
princípios de sua lei.
Quando Jesus conduzir os Seus redimidos
através dos portais da Nova Jerusalém não
haverá nenhuma algema, nenhum sorriso
forçado. Estarão felizes, seguindo
livremente ao Mestre a quem conheceram e
amaram. |
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7 de Outubro |
Topo |
Grande é a Tua Fidelidade
“As misericórdias do Senhor são a causa de
não sermos consumidos porque as Suas
misericórdias não têm fim; renovam-se cada
manhã. Grande é a tua fidelidade.”
Lam 3:22 e 23.
Um casal cujo matrimônio tinha passado por
alguns anos turbulentos estava comentando
sobre o que os havia ajudado a manter-se
unidos.
“Nunca estamos ambos deprimidos ao mesmo
tempo”, disse ele. “Quando ela está
desencorajada, eu estou otimista; quando eu
estou perturbado, ela está calma. Tenho medo
do que teria acontecido de ambos
estivéssemos alienados ao mesmo tempo.”
Um relacionamento tão intimo como o
matrimônio, necessitando de muita energia e
criatividade para mantê-lo vital, logo
ficará rançoso, desagradável, áspero se
ambas as partes perderem seu compromisso ao
mesmo tempo. Na agridoce meditação de
Jeremias, “Lamentações”, ele admite
francamente que as pessoas se afastaram de
sua entrega ao Senhor. Foram infiéis,
descontentes, mesmo rebeldes. Se o seu
relacionamento tivesse dependido totalmente
de SUA entrega, com certeza teria fenecido.
Sabendo como ele que o relacionamento de fé
de Israel com o seu Criador era
absolutamente necessário à sua própria
existência, bem como à vida eterna do seu
povo, Jeremias tinha motivo para
regozijar-se com a fidelidade de Deus. Quão
alegre ele estava porque ambos não ficavam
deprimidos ao mesmo tempo. De fato, Jeremias
estava celebrando as boas novas de que Deus
nunca está aborrecido com o Seu povo, pronto
para anular o relacionamento pelo não
desempenho. Cada manhã apresenta uma nova
revelação de Sua misericórdias. Ele é fiel,
a despeito de nossa falta de lealdade.
Oh, quão encorajadoramente isto deveria
falar ao nosso coração! Nós que tão
freqüentemente tratamos nossa amizade com
Deus com deliberada negligência, que temos
consciência do fato de O termos
desconsiderado por atrações secundárias e
que estamos cientes de O termos ferido em
vez de ter-Lhe trazido deleite – quão
alegres deveríamos estar porque Ele é o
Fiel!
Alguns se têm preocupado de que um Deus que
nunca diz : “Desisto!” quando Seu povo
continua se afastando, pode levá-los a ser
indulgentes e presunçosos – a continuar
pecando e vagueando, sempre confiantes de
que Deus “esteja lá” quando eles retornarem.
Mas Deus quer que eles vejam que é a própria
vagueação que é tão prejudicial, não Sua
possível rejeição deles. A deslealdade à
Deus e aos Seus caminhos tem os seus
próprios danos incorporados; Deus não
precisa aumentá-los sendo infiel a nós.
Realmente, Sua fidelidade visa curar este
ferimento! |
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8 de Outubro |
Topo |
Olhando Para Além dos “Bens”
“Ainda que a figueira não floresça, nem haja
fruto na vide; o produto da oliveira minta,
e os campos não produzam mantimento; as
ovelhas da malhada sejam arrebatadas do
aprisco e nos currais não haja vacas:
todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei
no Deus da minha salvação.”
Hab.3:17 e18.
Há hoje muitos pregadores dos meios
populares que estão oferecendo uma marca de
religião rapidamente aceitável. Estão
ousadamente afirmando que o plano de Deus
para cada um de seus filhos é que eles sejam
abastados. Não somente confortáveis, mas
completamente ricos! Aqueles que não são
ricos, eles sugerem , não devem estar
seguindo a fórmula com bastante seriedade.
Portanto, a prosperidade para eles não é
apenas um sinal do favor de Deus , torna-se
em si mesma razão suficiente para servir a
Deus.
Embora esta espécie de espalhafatoso
materialismo pareça grosseiro em sua forma
mais exagerada, temos de admitir que o
encontramos em formas mais reduzidas em
outras ocasiões. Uma tempestade de granizo
arrasa nossas colheitas e dizemos: “Senhor!
Porque eu? Que tenho feito para merecer
isto?” Um ente querido sofre uma morte
prematura e protestamos: “Mas Senhor, ele
era um homem bom!” Tão prontamente vemos a
Deus como um rico distribuidor de bênçãos
físicas e materiais para todos os que O
servem. E quando O servimos e contudo não
somos abençoados, nos sentimos enganados.
Habacuque protestou diretamente a Deus, se
queixando de que Israel não tinha sido tão
mau para merecer a invasão dos caldeus que
Deus havia predito.
Mesmo como profeta, ele não estava imune ao
esquema recompensa-punição tão comumente
mantido por seu povo. Para ele, algo estava
errado com o plano de Deus de não abençoar a
nação. Assim ele se queixou. (Veja o
capitulo 1)
A resposta do Senhor a ele foi
surpreendente. Não disse que o justo vive
por, ou mesmo para, Suas bênçãos. Em vez
disto, “o justo viverá pela sua fé” (
Hab.2:4). A pessoa verdadeiramente justa é
aquela que está ligada a Ele, não pelas
bênçãos que Ele pode conceder. Confia em
Deus por causa do que Ele é, não por causa
da maneira como Deus distribui aquilo que o
homem chama de bênçãos.
Quando Habacuque viu este quadro mais amplo,
alguém que olha para alem dos “bens” que nós
seres humanos anelamos para nossa segurança,
sua própria fé cresceu. Seu testemunho final
foi que, apesar do que viesse acontecer aos
seus “bens materiais” pessoais, sua
confiança em Deus permaneceria firme. Ele se
regozijaria, não nas bênçãos do Senhor, mas
no “SENHOR” (Hab3:18). |
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9 de Outubro |
Topo |
Proclamando Liberdade
“O Espírito do Senhor está sobre Mim, pelo
que Me ungiu... para pôr em liberdade os
oprimidos.”
Luc.4:18.
A primeira vez que eu li este verso, tinha
acabado de completar a leitura da historia
da Guerra Civil Americana - a guerra para
pôr fim à escravidão nos Estados Unidos. Foi
emocionante relembrar que tantas pessoas
deram a vida, no mínimo até certo ponto,
para libertar a outros. Portanto, era fácil
relacionar o espírito deste verso com feitos
dos cristãos para acabar com a escravidão
física. E assim eu o li por muitos anos. Só
mais recentemente comecei a descobrir
quantos diferentes tipos de opressão o
inimigo tem inventado para esmagar a raça
humana. Por desígnio, bem como por
negligência, nos tornamos hábeis em impingir
opressão econômica, racial, sexual e
religiosa sobre aqueles que são demasiado
fracos para opor resistência. Talvez com
freqüência tenhamos praticado opressão
emocional uns sobre os outros, mesmo no
circulo famíliar e na igreja.
Quando descobrimos que o caráter de nosso
Salvador é “pôr em liberdade os oprimidos”,
somos desafiados a fazer mais do que dizer:
“Estou contente porque aqui não se pratica
mais a escravidão”. Aqueles que visam
representá-Lo corretamente devem estar
vigilantes a cada ocasião em que a
personalidade de outro está sendo asfixiada.
E devem afligir-se com ele, como faz Jesus.
Entre num parque de diversões e preste
atenção às crianças enquanto brincam. Note
quão freqüentemente elas vociferam contra os
seus pares com afrontas cortantes. Observe
como os pais falam com seus filhos quando
eles estão contrariados, perturbados, e
pondere o que isto está fazendo pelo
respeito-próprio desses jovens seres
humanos. Lembre-se das conversações em um
dormitório de colégio e relembre quão fácil
era diminuir aqueles que não estavam
presentes para defender a sua singularidade.
Quando sentimos quão prontamente descartamos
esses atos opressivos como simplesmente
normais na vida humana, perguntamos se a
obra libertadora de Cristo não deveria
começa libertando o nosso próprio coração de
mesquinhez e de insensível indiferença. Como
necessitamos de orar pela divina
sensibilidade para qualquer palavra que fere
ou deprecia a outro! Em vez de estarmos tão
freqüentemente emparelhados com os
principais assuntos doutrinários, precisamos
sentir que Jesus será mais poderosamente
revelado a outrem pela refinada interação
pessoal. Deixar de ser sensível às palavras
ou atitudes que oprime a outros é
representar mal Aquele que veio para
libertar os oprimidos. |
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10 de Outubro |
Topo |
Procurando Complicações!
“Porque, quanto ao Senhor, Seus olhos passam
por toda a Terra, para mostra-Se forte para
aqueles cujo coração é totalmente dEle.”
IICrôn.16:9.
Ele estava fora nas ruas à noite procurando
encrencas. Ante a mínima provocação, começa
uma briga. Mesmo seus amigos eram precavidos
com ele, não sabendo o que poderia
provocá-lo. Constantemente tentavam
apaziguá-lo elogiando-o e dizendo-lhe quanto
gostavam dele. Na realidade, estavam
aterrorizados com ele e o teriam evitado se
não necessitassem de sua proteção contra
outros valentões.
Ao ler a descrição acima, você não achou uma
débil semelhança com a sua caminhada com
Deus? Não O vê, de certo modo, decorrendo as
ruas dia e noite, procurando complicações? E
quando Ele as encontra, não O vê castigando
e depreciando àqueles que estão envolvidos
em uma temerosa submissão? Não elogia a
Deus, esperando apaziguá-Lo? Você realmente
gosta de Deus? - ou teme-O e desejaria poder
evitá-lo? Se tão-somente você não
necessitasse de Sua proteção contra Satanás!
Falemos sobre isto! Sim, Deus está fora
“procurando complicações”! Mas Seus motivos
são muito diferentes do que poderíamos ter
previamente pensado. “Porque, quanto ao
Senhor, Seus olhos passam por toda a Terra,
para mostrar-se forte para com aqueles cujo
coração é totalmente dEle.” IICrôn.16:9. Seu
propósito é curar, fortalecer e erguer,
mesmo quando as complicações que Ele
encontra estão mais EM você do que nas
circunstâncias ao seu redor. Estar
totalmente entregue a Deus não significa que
não mais estamos predispostos a dificuldades
interiores. Significa que estamos totalmente
empenhados em procurar respostas para todos
os conflitos íntimos que enfrentamos como
seres humanos prejudicados. E sabemos que
Ele é a resposta!
Nunca precisamos estar temerosos de ter
dificuldades, em nossa vida exterior ou em
nossa própria alma. Quando temos realmente
sérias dúvidas ou interrogações no tocante
às doutrinas da igreja não significa
necessariamente que tenhamos de jogar fora
nossa entrega a Deus. A descoberta de uma
horrível fraqueza em nós mesmos não equivale
a uma falta de dedicação a Cristo. Não temos
necessidade de experimentar uma ardente
sensação na boca do estômago para perceber
que Deus enxerga a verdade quanto a nós.
Podemos saber que Ele está pronto a
fortalecer-nos - a tratar diretamente com os
problemas que estão perto para que possamos
prosseguir com a vida. Ele é mesmo assim! |
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11 de Outubro |
Topo |
Qual é a Alternativa?
“Porém, se vos parece mal servir ao Senhor,
escolhei hoje a quem sirvais: se aos deuses
a quem serviram vossos pais, que estavam
dalém do Eufrates, ou aos deuses dos
amorreus, em cuja terra habitais. Eu e a
minha casa serviremos ao Senhor.”
Jos. 24:15.
Frequentemente, quando deparamos com
decisões difíceis, é útil simplesmente
perguntar: “Qual é a alternativa?” Seu jovem
filho não quer lavar a louça; a alternativa
é que ele ou coma em prato sujo na próxima
refeição, ou entregue a tarefa para outro.
Defrontando-se com estas opções não
apelantes, ele apenas pode lavá-los. Você
não sente como se estivesse pagando o seu
imposto de renda... até enfrentar a
alternativa. Esta pode ser muito penosa.
Há tantos que acabam virando as costas para
Deus quase por negligência; apenas não olham
diretamente para as opções. Josué usou uma
técnica muito oportuna quando pediu ao povo
que considerasse seriamente se eles tinham
uma alternativa melhor do que servir ao
Senhor.
Quando somos solicitados a fazer uma escolha
pública, admite-se que podemos defender a
escolha com boas razões. Em favor de sua
escolha, Josué tinha recapitulado sua
evidência: “Vós bem sabeis de todo o vosso
coração, e de toda a vossa alma, que nem uma
só promessa caiu de todas as boas palavras
que falou de vós o Senhor vosso Deus: todas
vos sobrevieram, nem uma delas falhou.” Jos.
23:14. Em face de tal evidência, alguém
teria de ser completamente louco para se
desviar de tal Deus. O povo de Israel tinha
a mesma evidência de Josué. Contudo, estavam
hesitantes enquanto Josué estava confiante.
Talvez não tenhamos de esquadrinhar além do
nosso próprio coração para descobrir o
motivo. Conquanto as divindades dos egípcios
ou dos amorreus não tivessem tido melhor
cuidado deles do que Deus tivera, para ser
honesto, esses deuses pagãos prometiam muito
mais divertimento imediato e condescendência
sensual, tanto em seu culto como em suas
práticas diárias. E isto, para muitos,
tendia a disputar o voto final.
É difícil para pessoas que querem
considerar-se como previdentes levantar-se e
dizer: “Eu estou trocando a alegria futura e
a vida eterna pelas quinquilharias do atual
prazer.” Isso é tão grosseiramente estúpido.
Eis o motivo por que tantas decisões contra
Deus têm de estar ocultas por trás de
entorpecentes, horas de intemperança ou
práticas ilógicas. |
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12 de Outubro |
Topo |
Uma Lei da Mente
“Prata e ouro são ídolos deles, obra das
mãos de homens. Têm boca, e não falam; têm
olhos, e não veêm;...Tornem-se semelhantes a
eles os que os fazem.”
Sal. 115:4, 5 e 8.
Recente pesquisa patrocinada pelo governo
tende a confirmar que as mais de 18.000
horas de televisão vistas pela juventude
média antes de concluir a escola secundária
realmente está tendo impacto sobre o sistema
de valores. Particularmente, certos tipos de
temperamentais que contemplam uma grande
porção de televiolência ficam menos chocados
ao presenciá-la na vida real e são mais
inclinados a ingressar nela por si mesmos.
Essa pesquisa confirma um princípio expresso
de um modo positivo há cerca de 1.900 anos
pelo apóstolo Paulo. Contemplando a Cristo,
disse ele, somos transformados à Sua
semelhança. (Veja II Cor. 3:18). Isto é, as
faculdades mentais abraçam gradualmente os
valores, atitudes, até mesmo as expressões,
daquilo que alguém escolhe contemplar.
Torna-se semelhante àquilo que está
acostumado a amar ou reverenciar. Esta
poderosa lei da mente pode ser prontamente
usada para vantagem daqueles que anseiam ser
semelhantes a Jesus. É o mais forte
argumento em favor do tempo regular gasto
nas devoções particulares, em meditação
sobre a vida e os ensinamentos de Jesus.
Mas é uma lei da mente que ainda opera com
igual força quando alguém desvia a atenção
de Cristo e a concentra nos ídolos deste
mundo. Davi falou das qualidades
irracionais, insensíveis e inertes dos
ídolos que seu povo estava adorando; então
os advertiu de que com certeza eles logo se
tornariam como aqueles ídolos. Tornar-se-iam
incapazes de responder às importantes
situações de escolha moral com firmeza e
direção. Tornar-se-iam, embora vivos,
ineficientes no viver.
Satanás não é tolo. Compreende este
princípio e o utiliza constantemente em
proveito próprio. Reveste o sistema de
valores do seu reino da forma mais atraente,
mais emocionante que nossos dinâmicos meios
de comunicação podem transmitir. Torna-o
continuamente disponível, mesmo enquanto
estamos passeando. Retrata-o como
socialmente convidativo, “divertido para
realizar com os nossos amigos”. Então
constrói toda uma subcultura em torno do
culto aos heróis dos meios de comunicação
que – como um buraco negro - atrai tudo para
ele.
Visto que cada momento desperto é gasto em
algum tipo de contemplação, e por sua vez em
transformação, quão cuidadosos devemos ser
na escolha. A espécie de pessoa que nos
tornamos não somente determinará nossa
eficiência aqui, mas também o nosso destino
eterno. |
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13 de Outubro |
Topo |
Facilidade Para Aprender
“Envergonhando-se eles de tudo quanto
praticaram, faze-lhes saber a planta desta
casa... para que observem todas as suas
instituições e todos os seus estatutos, e os
cumpram.”
Eze.43:11.
Creio que
os professores de geometria têm quase o mais
difícil trabalho em toda a profissão do
magistério. Sua tarefa é apresentar um livro
didático - cheio de excelentes respostas
para jovens que simplesmente não apreciam as
perguntas. E quanto mais complexa a
resposta, tanto mais convencidos estão os
alunos da nona série de que não há uma só
pergunta em torno do que requeira tal
resposta.
Mas os professores têm aprendido que a
verdadeira educação não é forçar o
conhecimento sobre uma mente lerda. Passam
uma boa parte do tempo ajudando o estudante
a reconhecer sua necessidade de certa
informação; então lha apresentam.
Nosso Pai celestial, o Mestre supremo,
amontoou em Seu santuário respostas
suficientes para salvar a toda raça humana.
Retrata a cruz de Cristo, o ministério do
Espírito Santo, as boas novas do juízo final
e o caminho para a salvação pessoal e para a
santidade de vida, citando algumas. É um
maravilhoso plano de ensino, uma lição
objetiva de tamanho natural, uma parábola
viva do plano da redenção.
Mas como acontece com a aula de geometria,
poucos se preocupam com as respostas porque
ainda não descobriram as perguntas. O plano
da salvação é emocionante somente para
aqueles que sabem que estão perdidos. A
maneira pela qual o santuário revela como
Deus porá fim ao conflito cósmico é
impressionante somente para aqueles que
sabem que o problema do pecado é tão grande.
Deus instruiu Ezequiel a explicar todo plano
da salvação conforme está revelado no
santuário somente para aqueles que primeiro
tinham-se defrontado com sua própria
condição desesperadamente pecaminosa.
Somente então apreciariam eles as respostas.
Não nos deveria surpreender, portanto,
encontrar a Deus operando para nos mostrar a
nossa verdadeira condição, mesmo que a
descoberta seja para nós uma coisa dolorosa.
O embaraço de nossas promessas quebradas, a
vergonha dos nossos atos profanos, a
alienação dos nossos caminhos ilusórios,
podem ser a própria prontidão que
necessitamos urgentemente a fim de
apreciarmos as respostas totalmente
adequadas de Deus.
Satanás também está interessado em
mostrar-nos a corrupção do nosso coração.
Mas o seu objetivo é esmagar-nos, não
iluminar-nos. Ele odeia o santuário e sempre
tem procurado destruí-lo (veja Daniel 8:11 e
12) por causa das poderosas verdades que ele
revela aos pecadores envergonhados. |
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14 de Outubro |
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Satisfação Mútua
“Farei passar a terceira parte pelo fogo, e
a purificarei, como se purifica a prata, e a
provarei, como se prova o ouro; ela invocará
o meu nome, e Eu a ouvirei; direi: É Meu
povo, e ela dirá: O Senhor é meu Deus.”
Zac. 13:9.
Muitos cristãos têm estado perplexos com o
plano de Deus em permitir que Seus
remanescentes selados passem por um período
de severa provação antes de libertá-los
deste planeta agonizante. (Veja Dan. 12: 1 e
2; Apoc. 7: 13 e 14.) Mas pergunte a um
homem que está comprando barras de ouro se
ele está satisfeito de que os refinadores
tenham purificado o ouro até que possa ser
declarado 99,999% puro. Porque Deus está
prestes a conduzir para o lar um povo do
qual Ele possa “declarar” como digno de
confiança para salvar, totalmente purificado
de quaisquer ligações restantes aos enganos
e valores de Satanás.
A Bíblia freqüentemente usa a imagem de “um
terço” para descrever o remanescente de Deus
- aquela minoria que permanece leal aos Seus
propósitos. Quando Zacarias retrata aquele
tempo em que Deus purificará o Seu povo
peculiar, há uma nota de especial satisfação
na passagem. Deus põe dentro dos fogos
purificadores somente aqueles que Ele sabe
que podem suportar o calor. Quando Ele lhes
permite experimentar grande provação, é isto
realmente uma declaração de confiança em Seu
povo. É com se Deus estivesse chamando a
todos os Seus amigos de todos os recantos do
Universo, por assim dizer, para examinar das
arcadas do Céu e contemplar como Seu povo
responderá quando todos os meios de apoio
terrestre forem retirados.
Mas há uma mensagem bidirecional neste
versículo. Deus está dizendo: “Olhem para
eles! Não concordam que podemos orgulhar-nos
deles? Se eles permanecem leais sob estas
mais probantes circunstâncias, não podemos
confiar neles por toda a eternidade?
Reclamá-los-ei; são MEU povo!” Ao mesmo
tempo, o povo de Deus - apesar de estar
circundando por todos os tipos de
circunstâncias ameaçadoras - está olhando
para além de tudo isto. Estão olhando para
cima e dizendo: “O Senhor, Ele é o NOSSO
Deus. Pusemos fim a todos os objetos
inferiores de confiança, todos os incentivos
à dúvida, todos os traços de rebelião.”
Que poderia ser mais excelente! Confiança
mútua, satisfação mútua, adoração mútua.
Este é um relacionamento que perdurará. Para
todos os que desejam preparar-se para as
provações dos últimos dias, esta é a
solução: Torne-se tão profundamente
familiarizado com seu Pai agora mesmo que em
cada provação você possa olhar para Ele com
inteira confiança. Afinal, é exatamente como
Ele quer olhar para você! |
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15 de Outubro |
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O Plano “A” de Deus
“Pois misericórdia quero, e não sacrifício;
e o conhecimento de Deus , mais do que
holocautos.”
Osé. 6:6.
Uma característica do moderno ensino da
administração de alto nível é ensinar
executivos a ter planos sobressalentes.
Enquanto está planejando e esperando pelo
sucesso em cada nova linha de produtos, em
cada venda ou serviço de campanha, é ainda
prudente ter planos de contingência. Se os
primeiros objetivos não são atingidos, todo
o plano não deve ser atrofiado. O
administrador sábio tem um plano para
compensá-lo tanto quanto possível dos
esforços investidos. Sabe que o Plano “B”
talvez não seja tão ideal como o Plano “A”,
mas é muito melhor do que não ter
absolutamente nenhum plano.
Deus é um sábio administrador. Criar esta
nova e singular ordem de seres neste planeta
foi realmente uma aventura. Seu Plano “A”
era que gozássemos ininterrupta e sempre
crescente amizade com Ele mesmo, para nossa
alegria mútua. Concedendo-nos como fez esta
imprevisível capacidade de livre escolha,
desde os séculos da eternidade, Ele designou
um Plano “B”. Se o Seu povo rompesse o
relacionamento vital com Ele, designou que
Ele mesmo (na pessoa do Filho) suportaria a
horrenda morte da separação.
Não levou muito tempo para que nossos
primeiros pais e todos os seus filhos
estivessem grandemente necessitados do Plano
“B”. Como um penhor de 4.000 anos de que Ele
morreria em nosso lugar, Jesus proveu o
símbolo do cordeiro sacrifical. Cada
pecador, convicto do seu destino de morte
eterna, poderia trazer um cordeiro ao altar
como uma expressão de sua esperança no
Cordeiro de Deus como uma expiação dos seus
pecados.
Também não levou muito tempo para que o povo
de Deus começasse a preferir o Plano “B” ao
Plano “A”. Parecia haver algo muito
conveniente no tocante a isto. Poderia
continuar a viver com algum grau de
indiferença, às vezes cometendo até mesmo
pecado aberto. Mas a solução (pensavam eles)
era simples: Que o cordeiro leve o problema.
Ademais, levar cordeiros ao templo parecia
mais fácil do que a comunhão íntima com seu
Deus. Acabaram considerando o Plano “B” como
o ideal de Deus.
O apelo de Oséias não diminuía o cordeiro
sacrificial. Deveras, quem poderia viver sem
ele? Mas lembrava-lhes (e a nós) que o Plano
“A” de Deus não é que devamos nos colocar em
um ciclo interminável de pecado e
arrependimento, pecado e arrependimento.
Nossa elevada vocação é entrar agora mesmo
em inalterável lealdade a Ele. Porque este é
precisamente o Plano “A” de Deus. |
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16 de Outubro |
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Para Trazer-nos Esperança
“Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes
estáveis longe, fostes aproximados pelo
sangue de Cristo.”
Efés. 2:13.
Sua família estava em Berlim Oriental.
Embora conseguisse escapar vários anos
antes, não fora bem-sucedido em suas
tentativas de sair com a mulher e filhos.
Cada ano suas esperanças diminuíam até,
finalmente, encontrar-se sem nenhuma
esperança. E assim ele vivia na Cidade de
Nova Iorque, solitário e dependente para o
resto da vida.
Há um grande número de pessoas neste mundo
que vivem a vida em uma situação de
desespero. As coisas nunca parecem
confirmar-se; os planos fracassam, filhos
voltam-se contra os pais, o mercado de
valores falha. Sem o conhecimento de Deus,
não há nada a esperar nem nesta vida nem na
vida porvir.
O coração de Deus comove-se por tais
pessoas! Lemos em Efés. 2: 12 e 13. “Naquele
tempo, estáveis sem Cristo, separados da
comunidade de Israel, e estranhos às
alianças da promessa, não tendo esperança, e
sem Deus no mundo. Mas agora em Cristo
Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes
aproximados pelo sangue de Cristo.”
Examinemos cuidadosamente este texto, não
deixando de perceber a beleza do que Paulo
está dizendo.
O conhecimento de Deus gera esperança. Você
começa a perceber que quando Deus faz as
promessas do concerto a Israel, isto era um
meio de dar-Se a eles. O serviço do
tabernáculo foi iniciado para que Deus
pudesse “habitar entre” os homens. O Messias
vindouro era mencionado como “Emanuel”, que
significa “Deus conosco”. E a morte de
Cristo demonstrou até que ponto Deus estava
disposto a ir a fim de nos assegurar para
sempre como Seus amigos. Este conhecimento
visa levar o nosso coração a saltar de
prazer dentro de nós! Há mais para a vida do
que pesar e sonhos despedaçados. Há um Deus
que está conosco.
Ele nos tem atraído para junto de Si mesmo
na pessoa de Seu Filho. Palmilhou estradas
desertas, pernoitou entre homens que lutavam
com a pobreza, falou aos proscritos.
Escolheu deliberadamente não ter nenhum lar
de Sua propriedade, porque estava fazendo
conosco o Seu lar. As últimas palavras que
vieram dos lábios do Salvador foram:
“Lembrai-vos, Eu estou sempre convosco,
mesmo até o fim do mundo.” S. Mat. 28:20,
Phillips.
“Que o Deus de esperança vos encha de todo
gozo e paz ao confiardes nEle.” Rom. 15:13,
NIV. |
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17 de Outubro |
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Porventura Deus Chora?
“E perguntou: Onde o sepultastes? Eles Lhe
responderam: Senhor, vem, e vê. Jesus
Chorou.”
João 11: 34 e 35.
Naquelas poucas ocasiões em que tentaram
retratar a Deus o Pai, parece que eles foram
feridos por aquelas qualidades mais severas
de justiça e poder que descrevem o
Onipotente. E nós que, como crianças,
formamos nossas primeiras impressões de Deus
a partir das gravuras dos nossos livros,
tínhamos sentimentos de inquietação perto
dEle em nossos tenros anos. Não podíamos
vê-lo como afetuoso. Éramos consolados com o
pensamento de que ao menos Jesus tinha esta
capacidade.
Quanto a mim, estou contente porque quando
Jesus disse que veio para mostrar-nos o Pai,
tinha mais claras percepções de Seu Pai do
que muitos artistas populares. E eu observo
cuidadosamente as sutilezas da conduta e
estilo de Jesus, apanhando cada matiz e
aspecto para aumentar minha refinada
compreensão de Deus. Tenho acreditado que,
tivesse Jesus permanecido no Céu e o Pai
tivesse vindo à Terra para viver e morrer
entre os homens, o relato do Novo Testamento
que nós temos não seria mudado nem um
pouquinho.
E assim eu ficava animado ao ler, quando
Seu amigo íntimo Lázaro faleceu e Jesus
estava associado ao povo que lamentava, Suas
lágrimas fluíam com as deles. Fico de algum
modo confortado e comovido ao perceber que,
se eu estivesse perdido, meu Pai poderia
chorar por mim. Há uma luta, um arranco, um
esforço violento colocado pelo Espírito em
meu coração que vai além das meras listas de
qualidades acerca de uma Pessoa com
sensibilidades de coração que correspondem
àquelas que Ele mesmo colocou em meu próprio
coração. Se Ele pode chorar de tristeza,
também não poderão os Seus olhos transbordar
de alegria quando Seus filhos voltarem para
o lar?
Não estamos falando de um Deus fraco e
sentimental - do tipo que alguma música
evangélica leviana tenta glorificar - que
lisonjeia Seus filhos com arroubos
emocionais. Em vez disto, Ele combina grande
força com verdadeira amabilidade. Mostra-me
que posso ser um cristão varonil, contudo
ainda sentir toda a extensão da emoção
humana apropriada. Apresenta um Cristianismo
que confirma personalidades plenamente
desenvolvidas, completamente vivas para os
outros, capazes de “alegrar-se com os que se
alegram e chorar com os que choram”. Rom.
12:15. Embora Ele na Nova Terra enxugue as
lágrimas da tristeza, suspeito que mais de
uma vez choraremos juntos de pura
felicidade. |
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18 de Outubro |
Topo |
O Centro do Universo
“Eis que a habitação de Deus é com os
homens.”
Apoc. 21: 3, RSV.
“Imaginem que a grossura desta página
representa a distância da Terra ao Sol
(149.664.900 quilômetros, ou cerca de oito
minutos-luz). Então a distância da estrela
mais próxima (4 1/3 anos-luz) é um feixe de
papel de 21 metros e 64 centímetros de
altura. E o diâmetro de nossa galáxia
(100.000 anos-luz) é uma pilha de 499
quilômetros, ao passo que a extremidade do
Universo conhecido é atingida até que a
pilha de papel seja de 49 milhões, 888 mil e
300 quilômetros de altura – um terço do
trajeto para o Sol!” (NATIONAL GEOGRAPHIC:
maio de 1974, pág. 592.)
Nossos olhos podem ler estas palavras;
nossos lábios podem mesmo repeti-las para
outro. Mas no que tange a compreender tão
enormes distâncias, tão vastas dimensões de
matéria e vacuidade, nossa mente fica
estarrecida. Está tão distante além de nós a
ponto de fazer-nos sentir quase tolos,
achando-se neste microscopicamente pequeno
planeta, olhando extremamente para um
Universo virtualmente infindável.
Contudo, há uma verdade que vai mesmo além
dessas assombrosas dimensões do espaço. É
que o Deus que criou tudo isso tem
manifestado um interesse quase consumidor
neste planeta. Ainda mais, esta preocupação
com os habitantes da Terra não é assegurada
por causa de qualquer virtude sensacional da
nossa parte. Deveras, parece que é a nossa
própria loucura, nosso próprio desamparo por
nós mesmos escolhido, que tem atraído Sua
atenção ao máximo. Perguntar: “Por quê?” é
exprimir em uma palavra uma pergunta que
exigirá uma eternidade para ser respondida,
porque tal é medida do amor que a motiva.
Mas isto não é tudo. Isto não é nenhum
interesse temporário neste planeta, para ser
“detido em perspectiva” uma vez que todos os
nossos problemas tenham sido resolvidos. A
atenção de Deus não passará adiante para
mais assuntos mais prementes e mais dignos
uma vez tenha sido efetuada a redenção da
raça humana. A promessa escriturística,
conforme está registrada no texto de hoje, é
que Deus vai mudar a Sua sede para outro
local! ELE irá morar conosco! A habitação de
Deus será com os homens.
Mas a estupefação ainda não cessa, porque há
todas as indicações de que esta mudança
antecipada da parte de Deus é algo que Lhe
trará grande deleite pessoal. Não há nela
nenhum indício de condescendência, nenhum
traço de dever relutantemente cumprido.
Quando Jesus Se tornou homem, isto foi um
pagamento inicial, um compromisso
representado, da jubilosa intenção de Deus
de passar a eternidade com esta raça humana.
Não ama você justamente ao nosso Pai? |
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19 de Outubro |
Topo |
O que Tornou Jesus Pesaroso?
“ ... começou a entristecer-Se e a
angustiar-Se. Então lhes disse: A Minha alma
está profundamente triste até à morte.”
Mat. 26:37 e 38.
Urgentemente precisamos ver, com visão
espiritual, o que trouxe tão grande angústia
ao nosso Senhor durante essas horas finais
de Sua vida. Porque isso nos revelará
algumas interpretações extremamente valiosas
do significado da cruz.
Certamente Ele estava consternado pela
traição dos Seus amigos; como um ser
sensível e social, sentia a perda da sua
presença. Todavia, muitos através dos
séculos têm sido abandonados por seus amigos
em momentos cruciais; mas isto raramente os
têm levado a uma angústia quase fatal.
Obviamente, Ele não estava antecipando a dor
e o sofrimento da cruz. Nenhuma pessoa
sensível estaria. Contudo, muitos
prisioneiros condenados têm enfrentado os
seus momentos finais com bravura estóica.
Deve ter havido algo mais profundo.
Foi ali no jardim, pouco antes de Sua
captura, que Jesus começou a carregar os
pecados do mundo. Foi ali, no cadinho da
própria angústia experimentada, que Jesus
devia tomar a decisão de continuar com o
plano da redenção. Os acontecimentos que se
seguiram – o simulacro de um julgamento, a
humilhação, a morte dolorosa - foram apenas
o cumprimento da decisão que Ele tomou no
Getsêmani.
Mas em que sentido específico estava Jesus
“levando os nossos pecados“ naquela noite
tenebrosa? Qual foi a causa de tão grande
angústia que, não O tivesse o anjo
fortalecido, sua vida teria se extinguido
mesmo antes da cruz? A evidência é esta:
Jesus começou durante essa hora a
experimentar o que todos os pecadores não
redimidos experimentarão - a quebra do Seu
relacionamento com o Pai. Porque isto,
precisamente, é a conseqüência do pecado.
Isto foi o que Jesus experimentou em nosso
lugar. É deste modo que Ele foi o portador
de pecados por toda a raça humana.
Em sentido muito real, se era muito mais
horrível para Jesus experimentar a separação
de Seu Pai do que para qualquer outro seu
humano, porque Jesus sempre tinha gozado uma
comunhão ricamente íntima com Ele, nós , por
contraste, geralmente experimentamos tão
esparso e cediço relacionamento com Ele que
dificilmente sentimos a diferença quando
fenece completamente.
Que maravilhosa declaração de maturidade
seria se tivéssemos tão íntimo
relacionamento com Deus que qualquer
distância, qualquer indício de separação nos
trouxesse angústia imediata! De todas as
coisas que nos podem causar tristeza, que
poderia ser mais benéfico? |
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20 de Outubro |
Topo |
Ansioso por Julgamento
“Sofrerei a ira do Senhor, porque pequei
contra Ele, até que julgue a minha causa, e
execute o meu direito; Ele me tirará para a
luz, e eu verei a Sua justiça.”
Miq. 7:9.
O jovem estava andando de um lado para outro
em frente do escritório do diretor. A palma
de suas mãos estava suada, seus olhos
estavam deprimidos. Sabia que era culpado, e
o diretor estava prestes a tratar com ele.
Temerosamente, entrou pela porta. Mas talvez
em contraste com muitas outras cenas bem
conhecidas, quando uma hora havia se passado
e a porta novamente se abriu, estudante e
diretor saíram abraçados. Ambos estavam
sorrindo.Todavia, o aluno tinha perdido
alguns dos seus privilégios. Mais do que
isso, o diretor o tinha ajudado a vencer a
fraqueza que principalmente o pusera em
dificuldade. E eles eram amigos.
O profeta Miquéias via a Deus em grande
parte sob a mesma luz. Sabia que havia
pecado e que o seu pecado era contra Deus em
vez de ser contra algum código legal
abstrato. O que lhe deu a coragem de ser
honesto acerca dos seus pecados, porém, foi
a sua confiança na maneira como Deus lidaria
com ele. Embora soubesse que haveria
conseqüências (visto que Deus trata com um
mundo de realidades morais), também sabia
que Deus lidaria de modo redentivo com ele.
Miquéias realmente aguardava o tempo em que
Deus pleitearia sua causa, executando juízo
POR ele. Sabia que, no ajuste final, Deus
estaria ao seu lado, operando em seu favor.
O juízo é aquele tempo em que todo o
Universo vê as coisas como realmente são; se
a lealdade de Miquéias realmente estava com
o seu Deus, por que haveria de temer? Tinha
declarado sua posição: “Eu, porém, olharei
para o Senhor; esperarei no Deus da minha
salvação: o meu Deus me ouvirá.” Verso 7.
Com muita freqüência o juízo tem sido
apresentado como um acontecimento
apavorante, aterrador, que deve ser temido
por todos os que temem o Juiz. Admite-se que
Sua intenção é peneirar o maior número
possível de candidatos para o reino, usando
como critério uma estrita medida de
comportamento. Nestas condições, quem pode
subsistir?
Mas Deus está interessado em um problema
central no juízo: de que lado foi posta a
nossa lealdade? Se estamos POR Ele (conforme
evidenciado pela nossa vida), então Ele tem
todo direito de estar POR nós. Confiamos
inteiramente em nosso Libertador. |
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21 de Outubro |
Topo |
Em que Consistia a Grandeza de Gideão?
“Então o
Anjo Senhor lhe apareceu, e lhe disse: O
Senhor é contigo, homem valente.”
Juí.6:12.
Longe esteja de mim discordar de um anjo,
mas tenho de fazer uma confissão honesta.
Embora o anjo qualificasse Gideão como um
poderoso homem de valor, tenho às vezes
suspeitado que ele era um tanto fraco na fé.
Afinal, que faria você se um anjo lhe
aparecesse para uma conversação pessoal,
fizesse sua refeição repentinamente
pegar fogo ao ser posta sobre uma rocha e
então desaparecesse miraculosamente da
vista? Questionaria você a mensagem que ele
lhe trouxesse? Além disto, insistiria sobre
um novelo de lã molhado em terra
seca, e então um novelo seco em terra
molhada, antes de acreditar na mensagem
divina?
Deixando a possibilidade de que Gideão
talvez estivesse simplesmente temeroso da
presunção, tenho pensado: “Teria eu
respondido afirmativamente às primeiras
instruções do anjo?” De comum acordo, Gideão
estava sendo solicitado a sair para uma
missão um tanto perigosa, que também poderia
pôr em perigo outras vidas.
Talvez pudesse ser dito, dada a geral
pobreza espiritual da nação na época, Gideão
- com toda sua fé cautelosa – foi o melhor
que Deus pôde encontrar. Deve-se também
notar que Gideão, afinal, desincumbiu-se da
responsabilidade. É confortante saber que
Deus pode realizar feitos heróicos mesmo com
pessoas tão cuidadosas como Gideão.
O que nos leva a uma idéia de importância
vital que vai muito além do livro de Juízes:
Deus é o único Herói verdadeiro na Bíblia. A
personalidade eminente neste bem conhecido
relato não é Gideão, mas um Deus paciente
que foi capaz de habilitar Gideão a realizar
poderosos feitos de valor. O herói é um Deus
compassivo que compreendeu os temores e o
humilde respeito próprio de Gideão, e que -
em vez de castigá-lo por sua busca de
reafirmação - foi adiante e deu-lhe novelo
molhado e novelo seco.
Finalmente, é claro, reconsidero minha
opinião de Gideão, porque ele mesmo
compreendeu este quadro mais amplo. Sabia
quem era o verdadeiro Herói. E quando o povo
correu para ele, rogando-lhe que se tornasse
seu líder, sua resposta foi firme: “Não
dominarei sobre vós, nem tão pouco meu filho
dominará sobre vós; o Senhor vos dominará”
Juízes 8:23. Foi esta atitude, finalmente,
que fez de Gideão um poderoso homem de
valor.
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22 de Outubro |
Topo |
Bom Demais Para Ser Verdadeiro
“Pois
sabia que és Deus clemente, e
misericordioso, tardio em irar-Se e grande
em benignidade, e que Te arrependes do mal.”
Jonas 4:2.
Muitas crianças que freqüentam a escola
dominical ouvem acerca de Jonas. A maior
parte do tempo, é a baleia que se destaca.
Adultos indagam se tal coisa realmente
poderia acontecer. Alguns até duvidam ou
acham improvável que tal fato tenha
acontecido. De qualquer forma, é o relato
acerca de um homem que pensava que Deus era
demasiado bom para ser verdadeiro.
Pouco se conhece a respeito de Jonas. Talvez
a declaração mais qualificadora sobre ele
seja encontrada perto do final do livro que
traz o seu nome. Depois de toda a
controvérsia de enviar Jonas para uma cidade
gentílica a fim de predizer sua iminente
destruição pelas mãos de Deus, Ele não tinha
destruído Nínive. Jonas está mal-humorado.
“Eu já sabia disto!” disse ele a Deus. “Eis
por que eu não quis ir lá a princípio! Sabia
que eras demasiado amoroso para levar a cabo
sua destruição. Estou tão envergonhado;
gostaria de estar morto!”(Jonas 4:1-3).
Jonas conhecia a Deus! Sabia que Ele era
tardio em irar-Se e pronto a perdoar. Então
por que tinha ele feito tal estardalhaço por
ter Deus realmente perdoado àquela contrita
cidade pagã? Podemos facilmente ver que o
seu orgulho se introduziu no caminho, porém
examinemos mais de perto a situação. A
verdade pode tocar muito mais perto do ponto
vulnerável do que a princípio imaginávamos.
Jonas era membro de uma família cujo o nome
significava “verdadeiro”. Jonas Verdadeiro
estava orgulhoso de sua linhagem, seguro em
sua religião. Sem dúvida era um israelita
modelo em seu tempo. Como separatista no
íntimo, olhava com desdém para os gentios
circunjacentes. Teria preferido que Deus
simplesmente livrasse o mundo desses pagãos,
mas tinha evidentemente vindo a saber que
Deus não sentia do mesmo modo.
Lamentavelmente, Jonas não tinha permitido
que o seu conhecimento do caráter de Deus o
atraísse para a amizade com o todo-poderoso.
Não fora transformado pela interação com a
divindade. O “direito” em sua mente era
definido por estatuto e lei, não pelas
demandas mais profundas do amor
incondicional. E assim, para Jonas
Verdadeiro, era mais importante que aquilo
que ele dissesse se cumprisse do que os
pecadores arrependidos encontrassem perdão.
Estou
muito contente porque Deus é bom demais para
ser como Jonas Verdadeiro, não está você? |
23 de Outubro |
Topo |
Homem de Deus em um Mundo Secular
“Tenho
ouvido dizer a teu respeito que o espírito
dos deuses está em ti, e que em ti se acham
luz, inteligência e excelente sabedoria”.
Dan.5:14.
Quando pensamos nas pessoas que “trabalham
para o Senhor”, freqüentemente pensamos
primeiro nos clérigos, ou em outros que
fazem parte da folha de pagamento de uma
igreja ou organização religiosa.
Raramente pensamos em alguém que marca o
cartão de ponto em uma fábrica. Com menos
probabilidade podemos pensar em um alto
oficial do governo, especialmente de um
governo monárquico.
Felizmente, nosso criativo Deus não traça os
mesmos limites arbitrários entre o sagrado e
o secular que tantas vezes traçamos. Quer
que Seus princípios e compaixão fluam
através de cada aspecto do esforço humano, e
quer o Seu povo seja o canal.
Vemos em Daniel um excelente exemplo dos
desejos de Deus de infiltrar o mundo fora da
igreja com o Seu toque. Embora
freqüentemente o chamemos de “o profeta
Daniel”, ele era conhecido em seu próprio
tempo como estadista grandemente estimado. E
apesar de ter Deus operado alguns milagres
em sua rápida ascensão ao poder, ele
continuou em sua elevada posição através de
três monarcas sucessivos por causa da
qualidade de pessoa que se tornara por meio
do seu relacionamento com Deus.
É verdade que Daniel passava muito tempo em
oração. Mas também é verdade que ele levava
consigo o poder e a perspectiva da oração
para os seus encargos seculares. Influenciou
o curso de um império porque via tal
influência como uma expressão natural de sua
vida espiritual. Entre o que chamaríamos de
dignitários seculares, revelava a Deus mesmo
quando não estava falando sobre Ele, ou
sobre assuntos manifestamente religiosos.
Há muitos neste mundo que talvez nunca
tenham adentrado uma porta de igreja, mas
que estão intelectualmente famintos por
melhores respostas, emocionalmente ansiando
por relacionamentos autênticos e
genuinamente comprometidos com a melhoria da
sorte da humanidade. Se nós os cristãos
realmente cremos que temos à mão as melhores
respostas, devemos confiantemente levar
essas respostas para além das portas da
igreja e para a praça do mercado, onde podem
ser apreciadas por seu mérito prático pelas
pessoas honestas. Os mesmos conceitos de
honestidade, justiça, compaixão e respeito
pela dignidade humana que tornam a igreja um
ambiente tão cordialmente restaurador,
também seriam avidamente apreciados por um
pessoal de escritório.
Deus
quer que amigos semelhantes a Daniel que,
como o fermento na massa, possam influenciar
o mundo inteiro! |
24 de Outubro |
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Alegria Duradoura
“A que
caiu sobre a pedra são os que, ouvindo a
palavra, a recebem com alegria; estes não
tem raiz, crêem apenas por algum tempo, e na
hora da provação se desviam.” Luc.8:13.
A passagem de hoje, na qual Jesus está
explicando uma parte da parábola do
semeador, descreve pessoas um tanto
semelhantes à menininha que estava
aguardando ansiosamente ir a uma festa de
aniversário porque suspeitava de que iria
ser uma festa-surpresa para si mesma. Foi
realmente uma festa-surpresa, ela descobriu
quando estava lá. Mas foi para mais alguém.
Sua alegria rapidamente se esvaeceu, e
mal-humorada, partiu cedo.
Ouvir a palavra de Cristo é certamente uma
experiência jubilosa! E na primeira audição,
parece ser boas novas – precisamente sobre
MIM! Eu sou amado. Sou perdoado, aceito por
Deus como se nunca tivesse pecado. Tenho uma
bela mansão esperando exatamente por mim em
um lugar que eu certamente apreciarei. Posso
ter minhas orações respondidas, meus
problemas resolvidos, minhas enfermidades
curadas. Não é de admirar que eu pudesse
entusiasticamente abraçar tal mensagem!
Mas há algo acerca deste tipo de evangelho
que (como disse Jesus) é sem raiz. Embora
traga alegria imediata, não tem poder
permanente. Porque, em última análise, as
“boas novas” não são sobre mim. São sobre
Deus. A experiência religiosa que está
enraizada no que Ele é, tem nutrição em
profundidade para continuar crescendo, as
motivações para tornar-se mais semelhante a
Ele.
Diferente da menininha na festa de
aniversário, porém, não há nenhuma razão
para esquivar-se nas trevas, porque a
celebração das boas novas acerca do nosso
Deus traz chuveiros de boas novas sobre nós
mesmos. Quando descubro que Ele é, por Sua
própria natureza, o Perdoador, avalio quem
deve ser perdoado! Quando concordo em firme
confiança que Ele é compassivo e sábio,
minha própria vida é aquecida e guiada. Mas
minha confiança é enraizada em algo muito
maior do que minhas próprias experiências.
A parábola do semeador enfatiza o privilégio
do novo cristão de mover-se para além do
estágio de semente, rumo à maturidade. A
alegria do crente precoce não é em si
fundamento adequado para a lealdade
duradoura. A menos que alguém prossiga para
uma experiência verdadeiramente centralizada
em Deus, é vulnerável ao desencorajamento
quando a torrente da alegria precoce
torna-se plácida. Nada neste Universo,
porém, é mais duradouramente jubiloso do que
estar enraizado em Cristo Jesus! |
25 de Outubro |
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A Emoção de Pertencer
“Porque
não recebestes o espírito de escravidão para
viverdes outra vez atemorizados, mas
recebestes o espírito de adoção, baseados no
qual clamamos: Aba, Pai.” Rom. 8:15.
Muitos de nós recordamos, das primeiras
décadas deste século, as doces, saudáveis,
na maior parte inocentes histórias que eram
populares nos mercados da ficção e não
ficção. Um tema conhecido foi a história de
uma encantadora meninazinha órfã, criada em
um árido orfanato por uma severa governanta,
que foi descoberta por uma família bondosa
(e comumente rica). A família, é claro,
venceu todos os obstáculos, adotou-a e
levou-a para sua casa para viver feliz daí
em diante.
Talvez muitos leitores usufruam com lágrimas
este gênero de literatura porque ele
satisfaz um profundo anseio do nosso coração
de ser “reclamado” por uma pessoa amorosa e
que satisfaz. Nada mais tememos do que
sermos ignorados quando a raça humana
escolhe seus amigos. Estar “orfanado” pode
significar muito mais do que estar sem os
pais biológicos vivos. Nossas comunidades
estão repletas de órfãos emocionais - os
negligenciados, os não reclamados, o resíduo
inconseqüente de uma sociedade atarefada,
ocupada.
Aqueles que têm visão espiritual
reconhecerão prontamente que não existe
condição mais traumática do que estar sem um
Pai espiritual. A vasta hediondez de toda a
condição humana revela que ser órfão
espiritual é muito mais do que uma névoa
emocional. É uma causa real de verdadeiro
infortúnio e destruição.
Assim Paulo afirma que, quando o Espírito
opera, Ele adentra completamente a parte
mais profunda do nosso entendimento, nos
estimula a voltar para Deus e a falar-Lhe
como agora O vemos. E O chamamos de
“Papaizinho!” - provavelmente a melhor
expressão moderna para aquela antiga palavra
aramaica “Aba”. É uma palavra especialmente
selecionada, que transmite a confiança de um
afetuoso e seguro senso de pertencer. É a
palavra usada por Jesus quando falava com
Seu Pai durante a oração. (Veja Marc.
14:36).
Quando Deus resolve o problema do pecado em
nossa vida, Ele atinge a raiz da causa. Ele
nos RECLAMA; nos adota; envia o Seu Espírito
para dizer-nos “que somos filhos de Deus.
Ora, se somos filhos, somos também
herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros
com Cristo”. Rom.8:16 e 17.
E isto, bons amigos, não é uma peça de
ficção literária! |
26 de Outubro |
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Movidos Pelo Espetacular
“Então vi
uma de suas cabeças como golpeada de morte,
mas essa ferida mortal foi curada; e toda a
terra se maravilhou, seguindo a besta.”
Apoc. 13:3
Se você recentemente ligou sua televisão em
horário nobre, deve ter notado uma tendência
curiosa. Parece que virtualmente todos os
programas de suspense devem ter no mínimo um
carro em alta velocidade zunindo pelo ar, a
seguir colidindo em chamas explosivas – tudo
visto em câmara lenta, é claro. Os
produtores aparentemente crêem que os
telespectadores não os sintonizarão outra
vez se sua pulsação não correr no mínimo uma
vez durante a exibição. Estando saturado
através dos anos de seqüências menos
dramáticas, são necessárias muito maiores
doses do espetacular para levar o
telespectador moderno além de um bocejo.
Tendência semelhante está ocorrendo no mundo
religioso. Em anos recentes tem havido um
número crescente de praticantes do
Cristianismo espetacular. “Curas pela fé”,
pregadores extravagantes, sonhos dramáticos
e várias formas do miraculoso têm atraído
muitos aderentes. Em muitos casos, aquilo
que “empolga” os sentidos tem tido muito
mais impacto do que aquilo que conquista a
razão. Um Deus que faz as coisas
decentemente e em ordem tem sido
desacreditado por pessoas que alegam ser
Seus seguidores.
João o revelador predisse um tempo nos
lances finais da história terrestre em que
Satanás encenará um grande reavivamento
religioso falso. Realmente “toda a terra”
será induzida a adorar uma entidade
denominada “a besta” (Apoc.13:1-8). Mas o
povo não é estimulado pela adoração de suas
excelentes qualidades de caráter. Muitos
simplesmente dirão: Quem pode pelejar contra
ela?” (verso 4).
Em vez de nomear qualquer organização
religiosa do presente como “a besta” o
leitor simplesmente tome nota: Qualquer
organização que é tão insuficiente quanto à
verdade que deve apresentar sua defesa pelo
auxílio do poder político, pelo constante
apelo ao miraculoso e pela intimidação dos
não-aderentes, é estranha aos métodos de
Jesus Cristo. Mas que o leitor tome nota de
que a decisão não será tão simples! Será
especialmente probante, penosa, dolorosa,
mesmo esmagadora, para aqueles que
permitiram que suas faculdades mentais
fossem orientadas pelo espetacular em vez de
pela singela palavra de Deus.
Respeitando a séria dignidade de Seus amigos
inteligentes, Jesus anseia por pessoas que O
adorem “em espírito e em verdade” (S.João
4:24), não em adrenalina e em estupefação.
Afinal, não adoramos uma besta! |
27 de Outubro |
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O Valor Inigualável
“Deveras
considero tudo como perda por causa do valor
inigualável de conhecer a Cristo Jesus meu
Senhor. Por amor dEle sofri a perda de todas
as coisas, e as considero como refugo, para
que possa ganhar a Cristo.” Filip.3:8, RSV.
A história cristã está cheia de narrativas
comoventes de pessoas que renunciaram a
quase tudo a fim de tornar-se cristãs.
Membros da realeza têm renunciado o seu
direito ao trono; os ricos tem deixado os
seus palácios; filhos têm sido rejeitados
por seus pais; e durante mais de 1.900anos,
muitos têm renunciado à própria vida.
Quando Paulo diz que “sofreu a perda de
todas as coisas” em troca do valor
inigualável de conhecer a Cristo Jesus,
prontamente iniciamos uma relação mental do
que ele teria renunciado. Seus privilégios
como fariseu? Talvez uma herança da família?
Alguns especulam que ele perdeu até mesmo o
seu casamento, visto que sua esposa não o
teria seguido no Cristianismo.
Contudo, podemos surpreender-nos ao aprender
que no contexto da passagem de hoje, este
não é o tipo de “renúncia” sobre que Paulo
está falando. Ele estava disposto a
abandonar como refugo imprestável, não
somente dinheiro e prestígio, mas todo o
esperado ganho que o seu anterior estilo de
experiência religiosa lhe tinha prometido.
Estava pondo de lado como inútil cada
arrimo, cada mérito, cada suposta vantagem
espiritual que todo o seu bem-afiado zelo
religioso presumivelmente lhe dava como
pecador diante de Deus. Durante anos tinha
aprendido a confiar nestas obras bem-feitas.
Afastar-se da dependência delas seria muito
mais traumático do que uma criança andar
pela primeira vez de bicicleta sem suas
rodas de treinamento.
Mas Paulo tinha descoberto algo de valor
inigualável: Que o gênio essencial do
Cristianismo não está centralizado no
desempenho do homem, mas na união com uma
Pessoa. E descobriu que toda a premissa da
religião que se baseia nos esforços humanos
para impressionar ou aplacar a Deus, que
Deus pode mudar em relação ao homem, deve
ser atirada no monturo. Conhecendo a Jesus
Cristo, aprendeu que Deus mesmo já está
completamente devotado ao homem, que
religião é o esforço de Jesus para levar o
homem a mudar em relação a Deus! Este
relacionamento de amorosa confiança no
Criador – que Paulo chama de “fé” é EM SI
MESMO a condição legítima do ser humano.
Isto é “justiça pela fé”, infinitamente
preferida à suposta justiça das obras do
homem feitas para tentar estabelecer este
relacionamento.
Não é de admirar que Paulo pudesse dizer:
“Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez
digo, regozijai-vos.” |
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28 de Outubro |
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O Pecado do Não-Envolvimento
“No dia
em que, estando tu presente, estranhos lhe
levaram os bens, e estrangeiros lhe entraram
pelas portas, e deitaram sortes sobre
Jerusalém, tu mesmo eras um deles.” Obad.11.
Fiquei horrorizado ao ler no jornal o relato
de uma mulher apunhalada até à morte
enquanto no mínimo vinte espectadores se
recusaram envolver-se. O artigo especulava
quanto ao motivo por que qualquer pessoa não
interferia e observava alguém sendo
assassinado. Tendo entrevistado vários
daqueles indivíduos presentes, o escritor
concluiu que o temor não foi o fator
principal do seu não-envolvimento. A maioria
era simplesmente indiferente.
Ainda mais surpreendente é o fato de que tal
não-envolvimento é tão comum na sociedade de
hoje. “Não é da minha conta!” tornou-se uma
máxima para as pessoas que desejam escapar
de qualquer responsabilidade pelos seus
semelhantes. Afastam-se livres porque não
foram as suas mãos que derramaram sangue.
Livres, mas não inocentes. Esta é a essência
da profecia de Obadias.
Contendo apenas vinte e uns versículos, o
livro de Obadias prediz a ruína dos
edomitas, os descendentes de Esaú. Uma
observação mais cuidadosa da passagem revela
um quadro do nosso coerente Pai que nos diz
a verdade acerca dos resultados de nossas
ações. No verso 15 Ele predisse: “Como tu
fizeste, assim se fará contigo: o teu
malfeito tornará sobre a tua cabeça.”
O pecado dos edomitas foi que eles
“conservaram-se à distância” enquanto seus
parentes, Israel, caíam nas mãos de inimigos
estrangeiros. Na opinião de Deus, era o
mesmo que se eles tivessem realizado isto.
“Tu mesmo eras um deles”, declarou. Pelo seu
não-envolvimento, de fato estavam agindo
como aliados de seus vizinhos pagãos. E, por
causa da natureza desses vizinhos, era
apenas uma questão de tempo antes que eles,
também, fossem atacados. “Todos os teus
aliados te levaram para fora dos teus
limites: os que gozam da tua paz te
enganaram, prevaleceram contra ti; os que
comem o teu pão puseram armadilhas para teus
pés; não há em Edom entendimento.” Verso 7.
Deus estava simplesmente lhes dizendo a
verdade. Estavam atraindo tudo isto sobre si
mesmos. Porque Ele não interviria em seu
favor, mesmo como eles não intervieram em
favor da casa de Jacó, falou em termos de
aceitar a responsabilidade por tudo o que
lhes aconteceria. Não se deve esquecer,
porém, que Deus estaria desempenhando a
parte de um cavalheiro. Não interviria
porque não queriam nada com Ele. |
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29 de Outubro |
Topo |
Os Retratos Difíceis
“O Senhor
é Deus zeloso e vingador, o Senhor é
vingador e cheio de ira; o Senhor toma
vingança contra os Seus adversários, e
reserva indignação para os Seus inimigos”.
Naum.1:2.
Quando você recebe de volta os seus
instantâneos dos processadores e começa a
folheá-los com o polegar, provavelmente
busca uma coisa.
Quer certificar-se de que todos os retratos
de sua família e amigos estão razoavelmente
satisfatórios. Se você é semelhante à
maioria das pessoas, não montará qualquer
cromotipia no álbum da família que mostre
pessoas carrancudas, de olhos cerrados ou
perfil desagradável. Não quer que seus netos
se lembrem de você como um espécime de rosto
macambúzio, carrancudo.
Nunca pode ser dito, quando Deus nos deu o
Seu álbum de retratos pessoais dentro de
capas da Bíblia, que Ele montou todos os
retratos difíceis e potencialmente
desagradáveis. Temos a edição completa, não
somente aqueles retratos de um suavemente
gentil “Vovô das nuvens”. É inevitável que,
selecionando 365 descrições resumidas do
nosso Pai, deparássemos com alguns retratos
difíceis, tais como a excessivamente severa
passagem citada acima.
A questão é, todavia, se este retrato pode
ser reconciliado com todas aquelas passagens
que mostram a Deus procurando ganhar e curar
os Seus inimigos. Ou podem os leitores
examinar o divino álbum de fotografias,
preferindo olhar somente para os retratos
mais agradáveis? (Quantos desejarão
memorizar o texto de hoje, para citá-los aos
seus amigos?) Que fazemos com esses retratos
difíceis de um Deus amoroso?
Tendo sido um professor de escola primária,
posso lembrar-me de ocasiões em que tive
necessidade de retratar-me aos alunos
indisciplinados como muito severo. A fim de
trazer ordem ao caos, eles precisavam saber
que eu tinha em mente solução dolorosa se
eles não se comportassem. Mas não é assim
que eu desejava ser lembrado pelos meus
alunos. E uma vez estando eles assentados
suficientemente calmos para ouvir, eu estava
pronto para mostrar-lhes que apreciava a
interação amigável, as palavras bondosas e
uma atmosfera de liberdade e amor. Em sua
imaturidade, porém, eles teriam tirado
vantagem desta abordagem se fosse a única
que tivessem visto.
Por todo o Antigo Testamento, Deus estava
freqüentemente procurando trazer alguma
ordem à vida de pessoas que respeitavam
somente os que infligiam dor aos
desobedientes. Em Seu amor por eles, Deus Se
arriscou retratar-Se sob esta luz a fim de
que o povo pudesse levá-Lo a sério e viesse
a apreciar Suas verdadeiras qualidades de
gracioso amor. |
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30 de Outubro |
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Acertados com Deus
“Nós,
também, temos crido em Cristo Jesus a fim de
sermos acertados com Deus por meio de nossa
fé em Cristo, e não por fazer o que a Lei
requer. Porque ninguém é acertado com Deus
por fazer o que a Lei requer”. Gal. 2:16,
TEV.
Desde a Reforma, eruditos têm debatido o
significado exato de uma palavra do Novo
Testamento que está traduzida em suas várias
formas por “justiça” e por “justificação”.
Todos eles concordam que ela tem algo a ver
com o centro do plano da salvação, mas se
dividem em dois campos gerais quanto à
maneira como isto é efetuado.
Falando de modo geral, os luteranos têm
defendido a posição de que justificação é
justiça DECLARADA – de que é o ato de Deus
de imputar, ou creditar, a perfeita justiça
de Cristo ao registro do pecador, de sorte
que Deus vê o pecador arrependido como se
fosse justo, embora ele ainda possa praticar
atos pecaminosos. Falam dela como “uma
justiça estranha” do ponto de vista do
pecador; não surge de dentro dele, a fim de
que ele não tenha motivos para jactância ou
para desespero interminável.
Contrastando, a tradição católica tem visto
a palavra como implicando em uma justiça
CAUSADA – que Deus opera na vida do pecador,
levando seu comportamento a tornar-se
suficientemente bom para garantir que ele
seja considerado como justo por Deus. (Esta
justiça, porém, não é adequada em si mesma
para a salvação de alguém, e fontes
adicionais de mérito devem ser acrescentadas
para este propósito.) Mas a idéia de justiça
completamente substituinte seria considerada
como “ficção legal” por muitos católicos.
Ambas as tradições, contudo, partilham de
algum terreno comum. Ambas evidentemente
aceitam a suposição de que Deus é o tipo de
Pessoa que necessita de ter mérito
apresentado a Ele antes de decidir abençoar
o pecador com a vida eterna. Os luteranos
afirmam que este mérito é encontrado somente
em Cristo; os católicos dizem que ele provém
da obra de Cristo no crente. Mas em qualquer
caso, Deus deve ser apaziguado ou satisfeito
com uma certa soma de mérito.
Mas que tal se o mérito simplesmente não
fosse o problema? Que tal se víssemos o
problema do pecado não como uma escassez de
mérito, mas como a quebra de um
relacionamento? A solução do problema,
portanto, seria a volta a um relacionamento
correto com Deus. Como lemos no texto de
hoje, a TODAY’S ENGLISH VERSION preferiu
traduzir a palavra em questão por “acertado
com Deus”, “posto em ordem com Deus”. Acima
da escamoteação, da trapaça de méritos,
focaliza o verdadeiro problema: nossa união
pessoal com o Pai! |
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31 de Outubro |
Topo |
Respostas Fáceis
“Dizia
mais Absalão: Ah! Quem me dera ser juiz na
terra! Para que viesse a mim todo homem que
tivesse demanda ou questão, para que lhe
fizesse justiça”.
II Sam. 15:4.
Administradores maduros têm-se inteirado
penosamente de um certo tipo de empregado
que parece estar espalhado por muitas
organizações em quantidade bastante
suficiente para conservar os administradores
humildes. Esses empregados são muito
benquistos pelo resto do quadro de
funcionários porque têm sempre uma sugestão
mais favorável sobre como as coisas devem
ser feitas, do que os planos de ação
administrativos às vezes austeros. São
especializados em todas as decisões de alto
nível de segunda estimativa, apresentando
claramente suas idéias como melhores e mais
fáceis para conviver-se com elas do que
aquelas que vêm de cima.
Absalão usou o mesmo método enquanto se
assentava à entrada da porta do palácio de
seu pai. “Furtava o coração dos homens de
Israel” II Sam. 15:6. Aqueles que não
suportam a responsabilidade decisiva pela
gerência de uma firma ou de uma nação, que
não percebem todos os fatores que devem ser
levados em consideração quanto à tomada de
uma decisão inflexível, podem sempre sugerir
um meio mais fácil e menos penoso de
resolver um problema. E as pessoas que estão
longe da escrivaninha e fora do contexto do
problema tornam-se prontamente vítimas
dessas soluções fáceis.
É possível que administradores possam ter
uma empatia especial por Deus ao enfrentar
Ele alguma das perplexidades na resolução
dos problemas do grande conflito. Imagine
Satanás em pé, por assim dizer, nos degraus
da entrada do Planeta Terra, oferecendo um
ouvido simpático a todos os que vêm com uma
demanda. “Você está certo!” diria ele. “Se
eu estivesse no comando não teria sido tão
severo com Acã e seus filhinhos. Eu teria
encontrado um meio mais fácil de por as
coisas em ordem sem enviar um Dilúvio. Eu
teria detido Hitler antes do Holocausto. Eu
não seria tão estrito como aqueles Dez
Mandamentos. Eu seria muito mais generoso
com a lista de entrada para o Céu”.
Ele poderia furtar o coração de todos os que
estão à procura de soluções fáceis, porque
Satanás está disputando um concurso de
popularidade, enquanto Deus está procurando
ensinar a verdade a rebeldes obstinados.
Satanás pode prometer-nos qualquer coisa,
independente de se ele pode mesmo dar,
enquanto Deus é cauteloso para que não
venhamos a presumir da Sua bondade. Satanás
ofereceu soluções fáceis e rápidas para Adão
e Eva e “furtou o coração deles” de Deus.
Acha você, entrementes, que aprenderíamos? |
Título
Original em Inglês:
HIS HEALING LOVE
Título em
Português:
O AMOR QUE RESTAURA
Autor:
DICK WINN
Primeira
Edição Publicada em 1987:
CASA PUBLICADORA BRASILEIRA |
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