Outubro

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"O Amor e a Aceitação de Deus não são o resultado de uma vida transformada. São o que causa a transformação."
Dick Winn, O Amor Que Restaura, 1987.

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1 de Outubro

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Respeitando os Nossos Inimigos

 

“Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não Se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda.” Judas 9.

 

Seria difícil imaginar um estranho encontro. O Senador democrata liberal Ted Kennedy estava falando na igreja do ministro republicano conservador Jerry Fallwell. Poder-se-ia esperar palavras de combate de ambos os lados. Em vez disto, o Senador Kennedy disse: “Quando estamos falando de pessoas que discordam de nós, ainda devemos considerá-las como homens de integridade.”

Este sentimento reconhece que o nosso lado humano comum se estende além dos nossos partidos políticos. Significa que, quando olhamos para outra pessoa, não reconhecemos imediatamente um estrangeiro, um fumante, um criminoso, um homossexual, ou mesmo um inimigo. Significa que nossa primeira impressão é a de um ser humano semelhante a nós que está lutando contra as pressões da hereditariedade e circunstâncias assim como nós estamos. Vemos alguém que não somente anseia mas também merece ser tratado como uma pessoa de integridade.

Há alguns impulsos do coração humano que são mais devastadores do que aquele de provar que estamos certos. Prontamente ferimos os sentimentos e a imagem dos outros em nossa corrida para ficar no topo da montanha, não temendo nada mais do que os outros acharem que estamos errados. Mas quando nos encontramos no alto de nossa pequena montanha feita por nós mesmos, ficamos estupefatos por reconhecer que todas as pessoas que foram prejudicadas na subida realmente não se preocupam se estávamos certos!

As pessoas que discordam de nós são vistas como ameaçadoras; em vez de reexaminarmos nossas próprias posições ou simplesmente declararmos nossa posição em contraste com a outra, sentimos a necessidade de ver nossos oponentes como inimigos. Em vez de enfrentarmos nossas inseguranças, agimos como se o outro tivesse escolhido ser obstinado, iludido ou fraudulento.

Não conheço nenhuma pessoa que tenha planejado ser um fracasso. Sei de muitas pessoas que estão feridas, e indago por que tão freqüentemente as tenho ferido ainda mais em nome da justiça. Há ainda um grande abismo entre a maneira com que tantas vezes tratamos os nossos inimigos e a maneira com que Deus trata os Seus. Uma diferença, é claro, é que Deus não precisa surrar os Seus oponentes a fim de provar que está certo.

Mas Deus tem grande confiança no poder atraente da verdade. Dado o cenário favorável, a verdade brilhará, mas o desrespeito para com outro sempre obscurecerá o cenário, tornando mais difícil para a pessoa discernir a verdade.

2 de Outubro

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O Fim de Todo Dano

 

“Não farão mal nem dano algum em todo o Meu santo monte, diz o Senhor.” Isa. 65:25

 

Os cristãos aguardam a Nova Terra por vários motivos. Em primeiro lugar, tudo o que nos fere não mais existirá. Mesmo os animais não mais experimentarão a discórdia. “O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá palha como o boi.” Isa. 65:25. A segunda metade deste texto (referindo- se não apenas aos animais, porém a todos os habitantes) diz: “Não farão mal nem dano algum em todo o Meu santo monte, diz o Senhor.”

O que traz à existência esta condição de harmonia? Alterará radicalmente a segunda vinda de Cristo as qualidades de caráter daqueles que Ele virá redimir? Ou aqueles que hão de habitar a Nova Terra já atingiram a condição em que não mais são prejudiciais uns aos outros? Consideremos Heb. 8:10 e 11: “Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor. Nas suas mentes imprimirei as Minhas leis, também sobre os seus corações as inscreverei; e  Eu serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo. E não ensinará jamais cada um ao seu próximo nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos Me conhecerão, desde o menor deles até ao maior.”

É nosso privilégio começar a conhecer a Deus AGORA. Ao conhecê-Lo como o nosso melhor Amigo veremos que Sua lei é o transcrito do Seu caráter. Seus caminhos tornar-se-ão uma verdadeira parte de nós, porque estaremos tão cativados pela qualidade de vida que há nEle. Não mais sentiremos a necessidade de cuidar de nós mesmos – a causa fundamental do nosso dano aos outros – porque não mais experimentaremos qualquer deficiência emocional. Aquele que tanto satisfará o nosso coração, de tal forma estimulará a nossa inteligência, motivará as nossas ações que não mais teremos apreensões a respeito dEle ou de nós mesmos.

Isentos das preocupações próprias, seremos capazes de concentrar-nos inteiramente em outros. Ouviremos sem interrupções o que eles têm a dizer para certificar-nos de que o que pensamos é compreendido. Verificaremos que eles se sentem suficientes sem que necessitemos de entender nossa autoconfiança. Tudo isto nos pertence conhecer e tornar-nos – antes que haja uma Nova Terra. É, como disse Jesus: “Porque o reino de Deus está dentro de vós.” Luc. 17:21.         

3 de Outubro

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Que Espécie de Poder?

 

“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê .” Rom.1:16.

 

Pude ouvi-lo enquanto se aproximava mesmo antes que seu carro dobrasse a esquina de minha entrada de automóvel. Era o confuso e rouco rugido de um motor altamente regulado, impaciente com movimento vagaroso. Mas o macio e brilhante carro vermelho era suficiente para fazer subir a pressão sanguínea de qualquer homem. Era um perfeito De Tomaso Pantera Stage 3, um dos mais exóticos carros de desempenho, de rendimento que andam nas estradas de hoje. Quando ele me entregou as chaves e disse “Tome isto para um giro”, meus joelhos fraquejaram.

Excedi os 96 quilômetros por hora antes de mudar para a segunda marcha. Tinha a espécie de poder que você experimenta empurrando contra sua traseira.Em minha timidez moderei rapidamente a velocidade, mas ele me assegurou que eu não tinha chegado perto de mostrar seus limites máximos. E todo esse poder estava à disposição simplesmente pressionando os dedos do meu pé direito!

Há muitas vezes em que nós cristãos anelamos por um poder em nossa vida diária que é exatamente tão palpável, tão muscular e tão prontamente disponível como o de um enorme motor V-8. Formulamos um desejo por um empurrão divinamente mágico na traseira que nos mantenha afastados de uma segunda porção de sobremesa. Gostaríamos que uma forte “mão” fosse colocada firmemente sobre a nossa boca quando estamos zangados, ou sobre os nossos olhos quando somos concupiscentes. Ansiamos por algo que nos expulsasse de nossa cadeira para desligar a TV. E então às vezes culpamos Deus por não prover justamente esta espécie de poder quando dele necessitamos.

Mas a salvação, em todos os seus níveis, não é um produto da força física. Não é um empurrão santificado em direção da justiça. Não nos “leva” a fazer algo que não queremos, ou ter desejos que conscientemente não temos escolhido apreciar e nutrir. Deus opera através do poder da verdade que apela para o intelecto e a lealdade. Estamos ao lado de Cristo porque temos visto a beleza do que é Ele e O temos escolhido como Senhor. Abraçamos o Seu estilo de vida porque achamo-lo o mais sensivelmente apelante. Amamos a Sua Palavra porque apela para os mais altos níveis do nosso ser. Abrimos o coração ao Espírito porque, como um cavalheiro, Ele respeita a nossa liberdade. Não há nada de coerção no reino de Cristo, nem mesmo em direção do que é reto!

 
4 de Outubro

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O Dever de Todo Homem

 

“De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus, e guarda os Seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem.” Ecle. 12:13

 

Você foi contratado para ser o diretor executivo de uma empresa recém-formada. Sabe que irá receber um grande salário, que os seus benefícios de empregado são muito adequados e que o seu escritório está confortável e estilisticamente mobiliado. Que mais poderia você possivelmente precisar conhecer? Seus deveres, é claro!

Fomos chamados a fim de trabalhar para o Mestre. Sabemos que a nossa recompensa é a vida eterna e que todos os recursos do Céu estão à disposição para ajudar-nos. Que mais precisamos conhecer? Que deveres são requeridos de nós! O texto de hoje parece deixar isto muito claro: “Teme a Deus, e guarda os Seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem.Ecle. 12:13.

Isto me faz lembra de outra passagem que se encontra em Apocalipse 14:6 e 7:

“Vi outro anjo voando pelo meio do céu , tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam  sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua e povo dizendo, em grande voz :Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o céu ,e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” O verso 12 descreve  aqueles que aceitam esta mensagem como “aqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus”(RSV). Parece que o dever de todo homem envolve nada menos do que apropriar-se do evangelho eterno para nossa vida.

Jesus foi interrogado: “Que faremos para realizar as obras de Deus? Respondeu-lhe Ele: A obra de Deus é esta, que creiais nAquele que por Ele foi enviado.” João 6:28 e 29. E assim tudo começa a harmonizar-se. Temer a Deus é respeitá-Lo – crer nEle! Mas isto não pode ocorrer a menos que você O conheça. A maneira de começar a conhecê-Lo é aprender os Seus caminhos e seguir Suas diretrizes. E estas diretrizes foram ampliadas na Pessoa e na vida de Seu Filho. Olhando a Jesus, você verá quão razoável e fidedigno é Deus o Pai. Será capaz de falar com precisão a outros sobre quem é Ele, que O glorifica.

Em poucas palavras nosso “dever” é conhecer e deleitar-nos com o nosso maravilhoso Pai! Ora, não é isto boas novas?

 
5 de Outubro

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Era Jesus Semelhante a Mim?

 

“Por isso mesmo convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus, e para fazer propiciação pelos pecados do povo.” Heb. 2:17

 

Você foi interrogado se crê que Jesus é realmente semelhante a nós. Isto é, tinha Ele a natureza caída de toda a humanidade, a natureza de Adão após a Queda? Ou estava Jesus protegido desses efeitos do pecado? Era Ele, como segundo Adão, semelhante a Adão antes da Queda?

Ora, antes de sugerir, você deve considerar o seguinte: Se você disser que Jesus era semelhante a Adão após a Queda, que Ele realmente Se identificou com a humanidade, então se defrontará com um problema. Ter uma natureza pecaminosa não implicava que Ele achava o pecado apelante, atraente? (Embora todos concordemos que Ele não cedeu a estes impulsos.) E isto significa para nós que a melhor vitória que podemos esperar nesta vida é uma luta continua contra desejos pecaminosos.

Mas se você vota ou sugere que Jesus era semelhante a Adão antes da Queda, também não escapa de todos os problemas. Isto sugere que, embora Ele fosse o Cordeiro imaculado, não é realmente tão relevante para nós em nossas lutas contra o pecado. Ele não estaria sobrecarregado com esta âncora herdada de uma natureza pecaminosa como nós estamos. Ser santo em Seu caráter, portanto, seria muito mais fácil para Ele. O melhor que poderíamos esperar é ser coberto por uma declaração de justiça legal da parte de Deus.

Há, contudo, uma terceira opção. Como temos afirmado muitas vezes, o problema do pecado não está localizado em fisiologia ou herança. Tem a ver com o relacionamento de alguém com Deus! Jesus mantinha este mesmo leal e ininterrupto relacionamento com Seu Pai que Adão tinha antes da Queda. No que tange ao verdadeiro problema do pecado, Jesus era semelhante a Adão antes da Queda – perfeito e impecável.

Ao mesmo tempo, podemos reconhecer que o Seu ser físico e emocional trazia maiores conseqüências das escolhas pecaminosas dos outros do que o de Adão.

Ele pôde realmente ser feito semelhante aos Seus irmãos em todos os aspectos, mas sem pecados (Heb. 4:15), porque Ele jamais quebrou o relacionamento!

A esperança para cada um de nós é que, conquanto ainda sobrecarregados, oprimidos por natureza humana danificada pelo pecado, podemos ter o mesmo relacionamento de fé com o Pai que Jesus tinha.

 
6 de Outubro

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Avante, Soldados Cristãos

 

“As armas da nossa milícia não são carnais, e sim, poderosas em Deus para destruir fortalezas; anulando sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo.” II Cor. 10:4 e 5.

 

Fico encolhido de medo sempre que ouço os noticiaristas de Belfast ou de Beirute identificando as várias facções em conflito como “cristãos”, “protestantes” e “católicos”. Indago se o ouvinte médio simplesmente admite que os cristãos são a favor de matar seres humanos, seus semelhantes, como um meio de resolver divergências. Contudo, através dos séculos os cristãos têm com freqüência se utilizado de meios militares para o avanço de causas supostamente espirituais. Não é surpreendente que as pessoas não fiquem abaladas ao ouvir: “A milícia cristã lançou hoje um carro-bomba, matando 25 civis em um subúrbio de Beirute.”

Muitas das imagens retóricas que usamos em nossos hinos e sermões, porém estão baseadas em metáforas militares. “Ó cristãos, avante! Sem temor marchar!” temos cantado durante décadas. Conquanto seja indiscutivelmente verdade que estamos em uma batalha contra os principados e potestades, contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais, é igualmente verdade que as armas de nossa guerra não tem nada a ver com compulsão. E as vitórias ganhas jamais deixam um inimigo relutantemente conquistado. Como disse Paulo: “Cada um deve fazer como propôs em sua mente, não com relutância ou sob compulsão. II Cor. 9:7 Philips.

Paulo foi um dos que experimentaram o impressionante e transformador poder da verdade – verdade que traz alguém o conhecimento de Deus como Ele realmente é. Usou esta arma através do seu ministério e era constantemente deleitado pelo seu poder de efetuar as mudanças desejadas na vida das pessoas. Nunca teríamos ouvido Paulo simplesmente ordenando às pessoas que se submetessem à sua autoridade ou se curvassem à sua posição de autoridade sobre elas.

Os cristãos que recorrem a qualquer espécie de força ou coerção quando procuram transformações em seus semelhantes simplesmente não provaram o imenso poder a eles disponível através da apresentação da verdade. Os pais que procuram simplesmente controlar seus filhos, ou maridos que exigem submissão irrefletida de sua esposa, estão revelando quão pouco conhecem acerca dos métodos divinos para realizar mudanças na vida de outrem. Devem refletir o objetivo de Deus de ter um povo em cujo coração estão os princípios de sua lei.

Quando Jesus conduzir os Seus redimidos através dos portais da Nova Jerusalém não haverá nenhuma algema, nenhum sorriso forçado. Estarão felizes, seguindo livremente ao Mestre a quem conheceram e amaram.

 
7 de Outubro

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Grande é a Tua Fidelidade

 

“As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos porque as Suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade.” Lam 3:22 e 23.

 

Um casal cujo matrimônio tinha passado por alguns anos turbulentos estava comentando sobre o que os havia ajudado a manter-se unidos.

“Nunca estamos ambos deprimidos ao mesmo tempo”, disse ele. “Quando ela está desencorajada, eu estou otimista; quando eu estou perturbado, ela está calma. Tenho medo do que teria acontecido de ambos estivéssemos alienados ao mesmo tempo.”

Um relacionamento tão intimo como o matrimônio, necessitando de muita energia e criatividade para mantê-lo vital, logo ficará rançoso, desagradável, áspero se ambas as partes perderem seu compromisso ao mesmo tempo. Na agridoce meditação de Jeremias, “Lamentações”, ele admite francamente que as pessoas se afastaram de sua entrega ao Senhor. Foram infiéis, descontentes, mesmo rebeldes. Se o seu relacionamento tivesse dependido totalmente de SUA entrega, com certeza teria fenecido.

Sabendo como ele que o relacionamento de fé de Israel com o seu Criador era absolutamente necessário à sua própria existência, bem como à vida eterna do seu povo, Jeremias tinha motivo para regozijar-se com a fidelidade de Deus. Quão alegre ele estava porque ambos não ficavam deprimidos ao mesmo tempo. De fato, Jeremias estava celebrando as boas novas de que Deus nunca está aborrecido com o Seu povo, pronto para anular o relacionamento pelo não desempenho. Cada manhã apresenta uma nova revelação de Sua misericórdias. Ele é fiel, a despeito de nossa falta de lealdade.

Oh, quão encorajadoramente isto deveria falar ao nosso coração! Nós que tão freqüentemente tratamos nossa amizade com Deus com deliberada negligência, que temos consciência do fato de O termos desconsiderado por atrações secundárias e que estamos cientes de O termos ferido em vez de ter-Lhe trazido deleite – quão alegres deveríamos estar porque Ele é o Fiel!

Alguns se têm preocupado de que um Deus que nunca diz : “Desisto!” quando Seu povo continua se afastando, pode levá-los a ser indulgentes e presunçosos – a continuar pecando e vagueando, sempre confiantes de que Deus “esteja lá” quando eles retornarem. Mas Deus quer que eles vejam que é a própria vagueação que é tão prejudicial, não Sua possível rejeição deles. A deslealdade à Deus e aos Seus caminhos tem os seus próprios danos incorporados; Deus não precisa aumentá-los sendo infiel a nós. Realmente, Sua fidelidade visa curar este ferimento!

 
8 de Outubro

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Olhando Para Além dos “Bens”

 

“Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas do aprisco e nos currais não haja vacas: todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação.” Hab.3:17 e18.

 

Há hoje muitos pregadores dos meios populares que estão oferecendo uma marca de religião rapidamente aceitável. Estão ousadamente afirmando que o plano de Deus para cada um de seus filhos é que eles sejam abastados. Não somente confortáveis, mas completamente ricos! Aqueles que não são ricos, eles sugerem , não devem estar seguindo a fórmula com bastante seriedade. Portanto, a prosperidade para eles não é apenas um sinal do favor de Deus , torna-se em si mesma razão suficiente para servir a Deus.

Embora esta espécie de espalhafatoso materialismo pareça grosseiro em sua forma mais exagerada, temos de admitir que o encontramos em formas mais reduzidas em outras ocasiões. Uma tempestade de granizo arrasa nossas colheitas e dizemos: “Senhor! Porque eu? Que tenho feito para merecer isto?” Um ente querido sofre uma morte prematura e protestamos: “Mas Senhor, ele era um homem bom!” Tão prontamente vemos a Deus como um rico distribuidor de bênçãos físicas e materiais para todos os que O servem. E quando O servimos e contudo não somos abençoados, nos sentimos enganados.

Habacuque protestou diretamente a Deus, se queixando de que Israel não tinha sido tão mau para merecer a invasão dos caldeus que Deus havia predito.

Mesmo como profeta, ele não estava imune ao esquema recompensa-punição tão comumente mantido por seu povo. Para ele, algo estava errado com o plano de Deus de não abençoar a nação. Assim ele se queixou. (Veja o capitulo 1)

A resposta do Senhor a ele foi surpreendente. Não disse que o justo vive por, ou mesmo para, Suas bênçãos. Em vez disto, “o justo viverá pela sua fé” ( Hab.2:4). A pessoa verdadeiramente justa é aquela que está ligada a Ele, não pelas bênçãos que Ele pode conceder. Confia em Deus por causa do que Ele é, não por causa da maneira como Deus distribui aquilo que o homem chama de bênçãos.

Quando Habacuque viu este quadro mais amplo, alguém que olha para alem dos “bens” que nós seres humanos anelamos para nossa segurança, sua própria fé cresceu. Seu testemunho final foi que, apesar do que viesse acontecer aos seus “bens materiais” pessoais, sua confiança em Deus permaneceria firme. Ele se regozijaria, não nas bênçãos do Senhor, mas no “SENHOR” (Hab3:18).

 
9 de Outubro

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Proclamando Liberdade

 

“O Espírito do Senhor está sobre Mim, pelo que Me ungiu... para pôr em liberdade os oprimidos.” Luc.4:18.

 

A primeira vez que eu li este verso, tinha acabado de completar a leitura da historia da Guerra Civil Americana - a guerra para pôr fim à escravidão nos Estados Unidos. Foi emocionante relembrar que tantas pessoas deram a vida, no mínimo até certo ponto, para libertar a outros. Portanto, era fácil relacionar o espírito deste verso com feitos dos cristãos para acabar com a escravidão física. E assim eu o li por muitos anos. Só mais recentemente comecei a descobrir quantos diferentes tipos de opressão o inimigo tem inventado para esmagar a raça humana. Por desígnio, bem como por negligência, nos tornamos hábeis em impingir opressão econômica, racial, sexual e religiosa sobre aqueles que são demasiado fracos para opor resistência. Talvez com freqüência tenhamos praticado opressão emocional uns sobre os outros, mesmo no circulo famíliar e na igreja.

Quando descobrimos que o caráter de nosso Salvador é “pôr em liberdade os oprimidos”, somos desafiados a fazer mais do que dizer: “Estou contente porque aqui não se pratica mais a escravidão”. Aqueles que visam representá-Lo corretamente devem estar vigilantes a cada ocasião em que a personalidade de outro está sendo asfixiada. E devem afligir-se com ele, como faz Jesus.

Entre num parque de diversões e preste atenção às crianças enquanto brincam. Note quão freqüentemente elas vociferam contra os seus pares com afrontas cortantes. Observe como os pais falam com seus filhos quando eles estão contrariados, perturbados, e pondere o que isto está fazendo pelo respeito-próprio desses jovens seres humanos. Lembre-se das conversações em um dormitório de colégio e relembre quão fácil era diminuir aqueles que não estavam presentes para defender a sua singularidade.

Quando sentimos quão prontamente descartamos esses atos opressivos como simplesmente normais na vida humana, perguntamos se a obra libertadora de Cristo não deveria começa libertando o nosso próprio coração de mesquinhez e de insensível indiferença. Como necessitamos de orar pela divina sensibilidade para qualquer palavra que fere ou deprecia a outro! Em vez de estarmos tão freqüentemente emparelhados com os principais assuntos doutrinários, precisamos sentir que Jesus será mais poderosamente revelado a outrem pela refinada interação pessoal. Deixar de ser sensível às palavras ou atitudes que oprime a outros é representar mal Aquele que veio para libertar os oprimidos.

 
10 de Outubro

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Procurando Complicações!

 

“Porque, quanto ao Senhor, Seus olhos passam por toda a Terra, para mostra-Se forte para aqueles cujo coração é totalmente dEle.” IICrôn.16:9.

 

Ele estava fora nas ruas à noite procurando encrencas. Ante a mínima provocação, começa uma briga. Mesmo seus amigos eram precavidos com ele, não sabendo o que poderia provocá-lo. Constantemente tentavam apaziguá-lo elogiando-o e dizendo-lhe quanto gostavam dele. Na realidade, estavam aterrorizados com ele e o teriam evitado se não necessitassem de sua proteção contra outros valentões.

Ao ler a descrição acima, você não achou uma débil semelhança com a sua caminhada com Deus? Não O vê, de certo modo, decorrendo as ruas dia e noite, procurando complicações? E quando Ele as encontra, não O vê castigando e depreciando àqueles que estão envolvidos em uma temerosa submissão? Não elogia a Deus, esperando apaziguá-Lo? Você realmente gosta de Deus? - ou teme-O e desejaria poder evitá-lo? Se tão-somente você não necessitasse de Sua proteção contra Satanás!

Falemos sobre isto! Sim, Deus está fora “procurando complicações”! Mas Seus motivos são muito diferentes do que poderíamos ter previamente pensado. “Porque, quanto ao Senhor, Seus olhos passam por toda a Terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dEle.” IICrôn.16:9. Seu propósito é curar, fortalecer e erguer, mesmo quando as complicações que Ele encontra estão mais EM você do que nas circunstâncias ao seu redor. Estar totalmente entregue a Deus não significa que não mais estamos predispostos a dificuldades interiores. Significa que estamos totalmente empenhados em procurar respostas para todos os conflitos íntimos que enfrentamos como seres humanos prejudicados. E sabemos que Ele é a resposta!

Nunca precisamos estar temerosos de ter dificuldades, em nossa vida exterior ou em nossa própria alma. Quando temos realmente sérias dúvidas ou interrogações no tocante às doutrinas da igreja não significa necessariamente que tenhamos de jogar fora nossa entrega a Deus. A descoberta de uma horrível fraqueza em nós mesmos não equivale a uma falta de dedicação a Cristo. Não temos necessidade de experimentar uma ardente sensação na boca do estômago para perceber que Deus enxerga a verdade quanto a nós. Podemos saber que Ele está pronto a fortalecer-nos - a tratar diretamente com os problemas que estão perto para que possamos prosseguir com a vida. Ele é mesmo assim!

 
11 de Outubro

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Qual é a Alternativa?

 

“Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do Eufrates, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor.” Jos. 24:15.

 

Frequentemente, quando deparamos com decisões difíceis, é útil simplesmente perguntar: “Qual é a alternativa?” Seu jovem filho não quer lavar a louça; a alternativa é que ele ou coma em prato sujo na próxima refeição, ou entregue a tarefa para outro. Defrontando-se com estas opções não apelantes, ele apenas pode lavá-los. Você não sente como se estivesse pagando o seu imposto de renda... até enfrentar a alternativa. Esta pode ser muito penosa.

Há tantos que acabam virando as costas para Deus quase por negligência; apenas não olham diretamente para as opções. Josué usou uma técnica muito oportuna quando pediu ao povo que considerasse seriamente se eles tinham uma alternativa melhor do que servir ao Senhor.

Quando somos solicitados a fazer uma escolha pública, admite-se que podemos defender a escolha com boas razões. Em favor de sua escolha, Josué tinha recapitulado sua evidência: “Vós bem sabeis de todo o vosso coração, e de toda a vossa alma, que nem uma só promessa caiu de todas as boas palavras que falou de vós o Senhor vosso Deus: todas vos sobrevieram, nem uma delas falhou.” Jos. 23:14. Em face de tal evidência, alguém teria de ser completamente louco para se desviar de tal Deus. O povo de Israel tinha a mesma evidência de Josué. Contudo, estavam hesitantes enquanto Josué estava confiante. Talvez não tenhamos de esquadrinhar além do nosso próprio coração para descobrir o motivo. Conquanto as divindades dos egípcios ou dos amorreus não tivessem tido melhor cuidado deles do que Deus tivera, para ser honesto, esses deuses pagãos prometiam muito mais divertimento imediato e condescendência sensual, tanto em seu culto como em suas práticas diárias. E isto, para muitos, tendia a disputar o voto final.

É difícil para pessoas que querem considerar-se como previdentes levantar-se e dizer: “Eu estou trocando a alegria futura e a vida eterna pelas quinquilharias do atual prazer.” Isso é tão grosseiramente estúpido. Eis o motivo por que tantas decisões contra Deus têm de estar ocultas por trás de entorpecentes, horas de intemperança ou práticas ilógicas.

 
12 de Outubro

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Uma Lei da Mente

 

“Prata e ouro são ídolos deles, obra das mãos de homens. Têm boca, e não falam; têm olhos, e não veêm;...Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem.” Sal. 115:4, 5 e 8.

 

Recente pesquisa patrocinada pelo governo tende a confirmar que as mais de 18.000 horas de televisão vistas pela juventude média antes de concluir a escola secundária realmente está tendo impacto sobre o sistema de valores. Particularmente, certos tipos de temperamentais que contemplam uma grande porção de televiolência ficam menos chocados ao presenciá-la na vida real e são mais inclinados a ingressar nela por si mesmos.

Essa pesquisa confirma um princípio expresso de um modo positivo há cerca de 1.900 anos pelo apóstolo Paulo. Contemplando a Cristo, disse ele, somos transformados à Sua semelhança. (Veja II Cor. 3:18). Isto é, as faculdades mentais abraçam gradualmente os valores, atitudes, até mesmo as expressões, daquilo que alguém escolhe contemplar. Torna-se semelhante àquilo que está acostumado a amar ou reverenciar. Esta poderosa lei da mente pode ser prontamente usada para vantagem daqueles que anseiam ser semelhantes a Jesus. É o mais forte argumento em favor do tempo regular gasto nas devoções particulares, em meditação sobre a vida e os ensinamentos de Jesus.

Mas é uma lei da mente que ainda opera com igual força quando alguém desvia a atenção de Cristo e a concentra nos ídolos deste mundo. Davi falou das qualidades irracionais, insensíveis e inertes dos ídolos que seu povo estava adorando; então os advertiu de que com certeza eles logo se tornariam como aqueles ídolos. Tornar-se-iam incapazes de responder às importantes situações de escolha moral com firmeza e direção. Tornar-se-iam, embora vivos, ineficientes no viver.

Satanás não é tolo. Compreende este princípio e o utiliza constantemente em proveito próprio. Reveste o sistema de valores do seu reino da forma mais atraente, mais emocionante que nossos dinâmicos meios de comunicação podem transmitir. Torna-o continuamente disponível, mesmo enquanto estamos passeando. Retrata-o como socialmente convidativo, “divertido para realizar com os nossos amigos”. Então constrói toda uma subcultura em torno do culto aos heróis dos meios de comunicação que – como um buraco negro - atrai tudo para ele.

Visto que cada momento desperto é gasto em algum tipo de contemplação, e por sua vez em transformação, quão cuidadosos devemos ser na escolha. A espécie de pessoa que nos tornamos não somente determinará nossa eficiência aqui, mas também o nosso destino eterno.

 
13 de Outubro

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Facilidade Para Aprender

 

“Envergonhando-se eles de tudo quanto praticaram, faze-lhes saber a planta desta casa... para que observem todas as suas instituições e todos os seus estatutos, e os cumpram.” Eze.43:11.

 

Creio que os professores de geometria têm quase o mais difícil trabalho em toda a profissão do magistério. Sua tarefa é apresentar um livro didático - cheio de excelentes respostas para jovens que simplesmente não apreciam as perguntas.  E quanto mais complexa a resposta, tanto mais convencidos estão os alunos da nona série de que não há uma só pergunta em torno do que requeira tal resposta.

Mas os professores têm aprendido que a verdadeira educação não é forçar o conhecimento sobre uma mente lerda. Passam uma boa parte do tempo ajudando o estudante a reconhecer sua necessidade de certa informação; então lha apresentam.

Nosso Pai celestial, o Mestre supremo, amontoou em Seu santuário respostas suficientes para salvar a toda raça humana. Retrata a cruz de Cristo, o ministério do Espírito Santo, as boas novas do juízo final e o caminho para a salvação pessoal e para a santidade de vida, citando algumas. É um maravilhoso plano de ensino, uma lição objetiva de tamanho natural, uma parábola viva do plano da redenção.

Mas como acontece com a aula de geometria, poucos se preocupam com as respostas porque ainda  não descobriram as perguntas. O plano da salvação é emocionante somente para aqueles que sabem que estão perdidos. A maneira pela qual o santuário revela como Deus porá fim ao conflito cósmico é impressionante somente para aqueles que sabem que o problema do pecado é tão grande.

Deus instruiu Ezequiel a explicar todo plano da salvação conforme está revelado no santuário somente para aqueles que primeiro tinham-se defrontado com sua própria condição desesperadamente pecaminosa. Somente então apreciariam eles as respostas. Não nos deveria surpreender, portanto, encontrar a Deus operando para nos mostrar a nossa verdadeira condição, mesmo que a descoberta seja para nós uma coisa dolorosa. O embaraço de nossas promessas quebradas, a vergonha dos nossos atos profanos, a alienação dos nossos caminhos ilusórios, podem ser a própria prontidão que necessitamos urgentemente a fim de apreciarmos as respostas totalmente adequadas de Deus.

Satanás também está interessado em mostrar-nos a corrupção do nosso coração. Mas o seu objetivo é esmagar-nos, não iluminar-nos. Ele odeia o santuário e sempre tem procurado destruí-lo (veja Daniel 8:11 e 12) por causa das poderosas verdades que ele revela aos pecadores envergonhados.

 
14 de Outubro

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Satisfação Mútua

 

“Farei passar a terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro; ela invocará o meu nome, e Eu a ouvirei; direi: É Meu povo, e ela dirá: O Senhor é meu Deus.” Zac. 13:9.

 

Muitos cristãos têm estado perplexos com o plano de Deus em permitir que Seus remanescentes selados passem por um período de severa provação antes de libertá-los deste planeta agonizante. (Veja Dan. 12: 1 e 2; Apoc. 7: 13 e 14.) Mas pergunte a um homem que está comprando barras de ouro se ele está satisfeito de que os refinadores tenham purificado o ouro até que possa ser declarado 99,999% puro. Porque Deus está prestes a conduzir para o lar um povo do qual Ele possa “declarar” como digno de confiança para salvar, totalmente purificado de quaisquer ligações restantes aos enganos e valores de Satanás.

A Bíblia freqüentemente usa a imagem de “um terço” para descrever o remanescente de Deus - aquela minoria que permanece leal aos Seus propósitos. Quando Zacarias retrata aquele tempo em que Deus purificará o Seu povo peculiar, há uma nota de especial satisfação na passagem. Deus põe dentro dos fogos purificadores somente aqueles que Ele sabe que podem suportar o calor. Quando Ele lhes permite experimentar grande provação, é isto realmente uma declaração de confiança em Seu povo. É com se Deus estivesse chamando a todos os Seus amigos de todos os recantos do Universo, por assim dizer, para examinar das arcadas do Céu e contemplar como Seu povo responderá quando todos os meios de apoio terrestre forem retirados.

Mas há uma mensagem bidirecional neste versículo. Deus está dizendo: “Olhem para eles! Não concordam que podemos orgulhar-nos deles? Se eles permanecem leais sob estas mais probantes circunstâncias, não podemos confiar neles por toda a eternidade? Reclamá-los-ei; são MEU povo!” Ao mesmo tempo, o povo de Deus - apesar de estar circundando por todos os tipos de circunstâncias ameaçadoras - está olhando para além de tudo isto. Estão olhando para cima e dizendo: “O Senhor, Ele é o NOSSO Deus. Pusemos fim a todos os objetos inferiores de confiança, todos os incentivos à dúvida, todos os traços de rebelião.”

Que poderia ser mais excelente! Confiança mútua, satisfação mútua, adoração mútua. Este é um relacionamento que perdurará. Para todos os que desejam preparar-se para as provações dos últimos dias, esta é a solução: Torne-se tão profundamente familiarizado com seu Pai agora mesmo que em cada provação você possa olhar para Ele com inteira confiança. Afinal, é exatamente como Ele quer olhar para você!

 
15 de Outubro

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O Plano “A” de Deus

 

“Pois misericórdia quero, e não sacrifício; e o conhecimento de Deus , mais do que holocautos.” Osé. 6:6.

 

Uma característica do moderno ensino da administração de alto nível é ensinar executivos a ter planos sobressalentes. Enquanto está planejando e esperando pelo sucesso em cada nova linha de produtos, em cada venda ou serviço de campanha, é ainda prudente ter planos de contingência. Se os primeiros objetivos não são atingidos, todo o plano não deve ser atrofiado. O administrador sábio tem um plano para compensá-lo tanto quanto possível dos esforços investidos. Sabe que o Plano “B” talvez não seja tão ideal como o Plano “A”, mas é muito melhor do que não ter absolutamente nenhum plano.

Deus é um sábio administrador. Criar esta nova e singular ordem de seres neste planeta foi realmente uma aventura. Seu Plano “A” era que gozássemos ininterrupta e sempre crescente amizade com Ele mesmo, para nossa alegria mútua. Concedendo-nos como fez esta imprevisível capacidade de livre escolha, desde os séculos da eternidade, Ele designou um Plano “B”. Se o Seu povo rompesse o relacionamento vital com Ele, designou que Ele mesmo (na pessoa do Filho) suportaria a horrenda morte da separação.

Não levou muito tempo para que nossos primeiros pais e todos os seus filhos estivessem grandemente necessitados do Plano “B”. Como um penhor de 4.000 anos de que Ele morreria em nosso lugar, Jesus proveu o símbolo do cordeiro sacrifical. Cada pecador, convicto do seu destino de morte eterna, poderia trazer um cordeiro ao altar como uma expressão de sua esperança no Cordeiro de Deus como uma expiação dos seus pecados.

Também não levou muito tempo para que o povo de Deus começasse a preferir o Plano “B” ao Plano “A”. Parecia haver algo muito conveniente no tocante a isto. Poderia continuar a viver com algum grau de indiferença, às vezes cometendo até mesmo pecado aberto. Mas a solução (pensavam eles) era simples: Que o cordeiro leve o problema. Ademais, levar cordeiros ao templo parecia mais fácil do que a comunhão íntima com seu Deus. Acabaram considerando o Plano “B” como o ideal de Deus.

O apelo de Oséias não diminuía o cordeiro sacrificial. Deveras, quem poderia viver sem ele? Mas lembrava-lhes (e a nós) que o Plano “A” de Deus não é que devamos nos colocar em um ciclo interminável de pecado e arrependimento, pecado e arrependimento. Nossa elevada vocação é entrar agora mesmo em inalterável lealdade a Ele. Porque este é precisamente o Plano “A” de Deus.

 
16 de Outubro

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Para Trazer-nos Esperança

 

“Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo.”  Efés. 2:13.

 

Sua família estava em Berlim Oriental. Embora conseguisse escapar vários anos antes, não fora bem-sucedido em suas tentativas de sair com a mulher e filhos. Cada ano suas esperanças diminuíam até, finalmente, encontrar-se sem nenhuma esperança. E assim ele vivia na Cidade de Nova Iorque, solitário e dependente para o resto da vida.

Há um grande número de pessoas neste mundo que vivem a vida em uma situação de desespero. As coisas nunca parecem confirmar-se; os planos fracassam, filhos voltam-se contra os pais, o mercado de valores falha. Sem o conhecimento de Deus, não há nada a esperar nem nesta vida nem na vida porvir.

O coração de Deus comove-se por tais pessoas! Lemos em Efés. 2: 12 e 13. “Naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo. Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo.” Examinemos cuidadosamente este texto, não deixando de perceber a beleza do que Paulo está dizendo.

O conhecimento de Deus gera esperança. Você começa a perceber que quando Deus faz as promessas do concerto a Israel, isto era um meio de dar-Se a eles. O serviço do tabernáculo foi iniciado para que Deus pudesse “habitar entre” os homens. O Messias vindouro era mencionado como “Emanuel”, que significa “Deus conosco”. E a morte de Cristo demonstrou até que ponto Deus estava disposto a ir a fim de nos assegurar para sempre como Seus amigos. Este conhecimento visa levar o nosso coração a saltar de prazer dentro de nós! Há mais para a vida do que pesar e sonhos despedaçados. Há um Deus que está conosco.

Ele nos tem atraído para junto de Si mesmo na pessoa de Seu Filho. Palmilhou estradas desertas, pernoitou entre homens que lutavam com a pobreza, falou aos proscritos. Escolheu deliberadamente não ter nenhum lar de Sua propriedade, porque estava fazendo conosco o Seu lar. As últimas palavras que vieram dos lábios do Salvador foram: “Lembrai-vos, Eu estou sempre convosco, mesmo até o fim do mundo.” S. Mat. 28:20, Phillips.

“Que o Deus de esperança vos encha de todo gozo e paz ao confiardes nEle.” Rom. 15:13, NIV.

 
17 de Outubro

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Porventura Deus Chora?

 

“E perguntou: Onde o sepultastes? Eles Lhe responderam: Senhor, vem, e vê. Jesus Chorou.” João 11: 34 e 35.

 

Naquelas poucas ocasiões em que tentaram retratar a Deus o Pai, parece que eles foram feridos por aquelas qualidades mais severas de justiça e poder que descrevem o Onipotente. E nós que, como crianças, formamos nossas primeiras impressões de Deus a partir das gravuras dos nossos livros, tínhamos sentimentos de inquietação perto dEle em nossos tenros anos. Não podíamos vê-lo como afetuoso. Éramos consolados com o pensamento de que ao menos Jesus tinha esta capacidade.

Quanto a mim, estou contente porque quando Jesus disse que veio para mostrar-nos o Pai, tinha mais claras percepções de Seu Pai do que muitos artistas populares. E eu observo cuidadosamente as sutilezas da conduta e estilo de Jesus, apanhando cada matiz e aspecto para aumentar minha refinada compreensão de Deus. Tenho acreditado que, tivesse Jesus permanecido no Céu e o Pai tivesse vindo à Terra para viver e morrer entre os homens, o relato do Novo Testamento que nós temos não seria  mudado nem um pouquinho.

 E assim eu ficava animado ao ler, quando Seu amigo íntimo Lázaro faleceu e Jesus estava associado ao povo que lamentava, Suas lágrimas fluíam com as deles. Fico de algum modo confortado e comovido ao perceber que, se eu estivesse perdido, meu Pai poderia chorar por mim. Há uma luta, um arranco, um esforço violento colocado pelo Espírito em meu coração que vai além das meras listas de qualidades acerca de uma Pessoa com sensibilidades de coração que correspondem àquelas que Ele mesmo colocou em meu próprio coração. Se Ele pode chorar de tristeza, também não poderão os Seus olhos transbordar de alegria quando Seus filhos voltarem para o lar?

Não estamos falando de um Deus fraco e sentimental - do tipo que alguma música evangélica leviana tenta glorificar - que lisonjeia Seus filhos com arroubos emocionais. Em vez disto, Ele combina grande força com verdadeira amabilidade. Mostra-me que posso ser um cristão varonil, contudo ainda sentir toda a extensão da emoção humana apropriada. Apresenta um Cristianismo que confirma personalidades plenamente desenvolvidas, completamente vivas para os outros, capazes de “alegrar-se com os que se alegram e chorar com os que choram”. Rom. 12:15. Embora Ele na Nova Terra enxugue as lágrimas da tristeza, suspeito que mais de uma vez choraremos juntos de pura felicidade.

 
18 de Outubro

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O Centro do Universo

 

“Eis que a habitação de Deus é com os homens.” Apoc. 21: 3, RSV.

 

“Imaginem que a grossura desta página representa a distância da Terra ao Sol (149.664.900 quilômetros, ou cerca de oito minutos-luz). Então a distância da estrela mais próxima (4 1/3 anos-luz) é um feixe de papel de 21 metros e 64 centímetros de altura. E o diâmetro de nossa galáxia (100.000 anos-luz) é uma pilha de 499 quilômetros, ao passo que a extremidade do Universo conhecido é atingida até que a pilha de papel seja de 49 milhões, 888 mil e 300 quilômetros de altura – um terço do trajeto para o Sol!” (NATIONAL GEOGRAPHIC: maio de 1974, pág. 592.)

Nossos olhos podem ler estas palavras; nossos lábios podem mesmo repeti-las para outro. Mas no que tange a compreender tão enormes distâncias, tão vastas dimensões de matéria e vacuidade, nossa mente fica estarrecida. Está tão distante além de nós a ponto de fazer-nos sentir quase tolos, achando-se neste microscopicamente pequeno planeta, olhando extremamente para um Universo virtualmente infindável.

Contudo, há uma verdade que vai mesmo além dessas assombrosas dimensões do espaço. É que o Deus que criou tudo isso tem manifestado um interesse quase consumidor neste planeta. Ainda mais, esta preocupação com os habitantes da Terra não é assegurada por causa de qualquer virtude sensacional da nossa parte. Deveras, parece que é a nossa própria loucura, nosso próprio desamparo por nós mesmos escolhido, que tem atraído Sua atenção ao máximo. Perguntar: “Por quê?” é exprimir em uma palavra uma pergunta que exigirá uma eternidade para ser respondida, porque tal é medida do amor que a motiva.

Mas isto não é tudo. Isto não é nenhum interesse temporário neste planeta, para ser “detido em perspectiva” uma vez que todos os nossos problemas tenham sido resolvidos. A atenção de Deus não passará adiante para mais assuntos mais prementes e mais dignos uma vez tenha sido efetuada a redenção da raça humana. A promessa escriturística, conforme está registrada no texto de hoje, é que Deus vai mudar a  Sua sede para outro local! ELE irá morar conosco! A habitação de Deus será com os homens.

Mas a estupefação ainda não cessa, porque há todas as indicações de que esta mudança antecipada da parte de Deus é algo que Lhe trará grande deleite pessoal. Não há nela nenhum indício de condescendência, nenhum traço de dever relutantemente cumprido. Quando Jesus Se tornou homem, isto foi um pagamento inicial, um compromisso representado, da jubilosa intenção de Deus de passar a eternidade com esta raça humana. Não ama você justamente ao nosso Pai?

 
19 de Outubro

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O que Tornou Jesus Pesaroso?

 

“ ... começou a entristecer-Se e a angustiar-Se. Então lhes disse: A Minha alma está profundamente triste até à morte.” Mat. 26:37 e 38.

 

Urgentemente precisamos ver, com visão espiritual, o que trouxe tão grande angústia ao nosso Senhor durante essas horas finais de Sua vida. Porque isso nos revelará algumas interpretações extremamente valiosas do significado da cruz.

Certamente Ele estava consternado pela traição dos Seus amigos; como um ser sensível e social, sentia a perda da sua presença. Todavia, muitos através dos séculos têm sido abandonados por seus amigos em momentos cruciais; mas isto raramente os têm levado a uma angústia quase fatal. Obviamente, Ele não estava antecipando a dor e o sofrimento da cruz. Nenhuma pessoa sensível estaria. Contudo, muitos prisioneiros condenados têm enfrentado os seus momentos finais com bravura estóica. Deve ter havido algo mais profundo.

Foi ali no jardim, pouco antes de Sua captura, que Jesus começou a carregar os pecados do mundo. Foi ali, no cadinho da própria angústia experimentada, que Jesus devia tomar a decisão de continuar com o plano da redenção. Os acontecimentos que se seguiram – o simulacro de um julgamento, a humilhação, a morte dolorosa - foram apenas o cumprimento da decisão que Ele tomou  no Getsêmani.

Mas em que sentido específico estava Jesus “levando os nossos pecados“ naquela noite tenebrosa? Qual foi a causa de tão grande angústia que, não O tivesse o anjo fortalecido, sua vida teria se extinguido mesmo antes da cruz? A evidência é esta: Jesus começou durante essa hora a experimentar o que todos os pecadores não redimidos experimentarão - a quebra do Seu relacionamento com o Pai. Porque isto, precisamente, é a conseqüência do pecado. Isto foi o que Jesus experimentou em nosso lugar. É deste modo que Ele foi o portador de pecados por toda a raça humana.

Em sentido muito real, se era muito mais horrível para Jesus experimentar a separação de Seu Pai do que para qualquer outro seu humano, porque Jesus sempre tinha gozado uma comunhão ricamente íntima com Ele, nós , por contraste, geralmente experimentamos tão esparso  e cediço relacionamento com Ele que dificilmente sentimos a diferença quando fenece completamente.

Que maravilhosa declaração de maturidade seria se tivéssemos tão íntimo relacionamento com Deus que qualquer distância, qualquer indício de separação nos trouxesse angústia imediata! De todas as coisas que nos podem causar tristeza, que poderia ser mais benéfico?

 
20 de Outubro

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Ansioso por Julgamento

 

“Sofrerei a ira do Senhor, porque pequei contra Ele, até que julgue a minha causa, e execute o meu direito; Ele me tirará para a luz, e eu verei a Sua justiça.” Miq. 7:9.

 

O jovem estava andando de um lado para outro em frente do escritório do diretor. A palma de suas mãos estava suada, seus olhos estavam deprimidos. Sabia que era culpado, e o diretor estava prestes a tratar com ele. Temerosamente, entrou pela porta. Mas talvez em contraste com muitas outras cenas bem conhecidas, quando uma hora havia se passado e a porta novamente se abriu, estudante e diretor saíram abraçados. Ambos estavam sorrindo.Todavia, o aluno tinha perdido alguns dos seus privilégios. Mais do que isso, o diretor o tinha ajudado a vencer a fraqueza que principalmente o pusera em dificuldade. E eles eram amigos.

O profeta Miquéias via a Deus em grande parte sob a mesma luz. Sabia que havia pecado e que o seu pecado era contra Deus em vez de ser contra algum código legal abstrato. O que lhe deu a coragem de ser honesto acerca dos seus pecados, porém, foi a sua confiança na maneira como Deus lidaria com ele. Embora soubesse que haveria conseqüências (visto que Deus trata com um mundo de realidades morais), também sabia que Deus lidaria de modo redentivo com ele.

Miquéias realmente aguardava o tempo em que Deus pleitearia sua causa, executando juízo POR ele. Sabia que, no ajuste final, Deus estaria ao seu lado, operando em seu favor. O juízo é aquele tempo em que todo o Universo vê as coisas como realmente são; se a lealdade de Miquéias realmente estava com o seu Deus, por que haveria de temer? Tinha declarado sua posição: “Eu, porém, olharei para o Senhor; esperarei no Deus da minha salvação: o meu Deus me ouvirá.” Verso 7.

Com muita freqüência o juízo tem sido apresentado como um acontecimento apavorante, aterrador, que deve ser temido por todos os que temem o Juiz. Admite-se que Sua intenção é peneirar o maior número possível de candidatos para o reino, usando como critério uma estrita medida de comportamento. Nestas condições, quem pode subsistir?

Mas Deus está interessado em um problema central no juízo: de que lado foi posta a nossa lealdade? Se estamos POR Ele (conforme evidenciado pela nossa vida), então Ele tem todo direito de estar POR nós. Confiamos inteiramente em nosso Libertador.

 
21 de Outubro

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Em que Consistia a Grandeza de Gideão?

 

“Então o Anjo Senhor lhe apareceu, e lhe disse: O Senhor é contigo, homem valente.” Juí.6:12.

 

Longe esteja de mim discordar de um anjo, mas tenho de fazer uma confissão honesta. Embora o anjo qualificasse Gideão como um poderoso homem de valor, tenho às vezes suspeitado que ele era um tanto fraco na fé. Afinal, que faria você se um anjo lhe aparecesse para uma conversação pessoal, fizesse sua refeição repentinamente pegar fogo ao ser posta sobre uma rocha e então desaparecesse miraculosamente da vista? Questionaria você a mensagem que ele lhe trouxesse? Além disto, insistiria sobre um novelo de lã molhado em terra seca, e então um novelo seco em terra molhada, antes de acreditar na mensagem divina?

Deixando a possibilidade de que Gideão talvez estivesse simplesmente temeroso da presunção, tenho pensado: “Teria eu respondido afirmativamente às primeiras instruções do anjo?” De comum acordo, Gideão estava sendo solicitado a sair para uma missão um tanto perigosa, que também poderia pôr em perigo outras vidas.

Talvez pudesse ser dito, dada a geral pobreza espiritual da nação na época, Gideão - com toda sua fé cautelosa – foi o melhor que Deus pôde encontrar. Deve-se também notar que Gideão, afinal, desincumbiu-se da responsabilidade. É confortante saber que Deus pode realizar feitos heróicos mesmo com pessoas tão cuidadosas como Gideão.

O que nos leva a uma idéia de importância vital que vai muito além do livro de Juízes: Deus é o único Herói verdadeiro na Bíblia. A personalidade eminente neste bem conhecido relato não é Gideão, mas um Deus paciente que foi capaz de habilitar Gideão a realizar poderosos feitos de valor. O herói é um Deus compassivo que compreendeu os temores e o humilde respeito próprio de Gideão, e que - em vez de castigá-lo por sua busca de reafirmação - foi adiante e deu-lhe novelo molhado e novelo seco.

Finalmente, é claro, reconsidero minha opinião de Gideão, porque ele mesmo compreendeu este quadro mais amplo. Sabia quem era o verdadeiro Herói. E quando o povo correu para ele, rogando-lhe que se tornasse seu líder, sua resposta foi firme: “Não dominarei sobre vós, nem tão pouco meu filho dominará sobre vós; o Senhor vos dominará” Juízes 8:23. Foi esta atitude, finalmente, que fez de Gideão um poderoso homem de valor.

22 de Outubro

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Bom Demais Para Ser Verdadeiro

“Pois sabia que és Deus clemente, e misericordioso, tardio em irar-Se e grande em benignidade, e que Te arrependes do mal.” Jonas 4:2.

 

Muitas crianças que freqüentam a escola dominical ouvem acerca de Jonas. A maior parte do tempo, é a baleia que se destaca. Adultos indagam se tal coisa realmente poderia acontecer. Alguns até duvidam ou acham improvável que tal fato tenha acontecido. De qualquer forma, é o relato acerca de um homem que pensava que Deus era demasiado bom para ser verdadeiro.

Pouco se conhece a respeito de Jonas. Talvez a declaração mais qualificadora sobre ele seja encontrada perto do final do livro que traz o seu nome. Depois de toda a controvérsia de enviar Jonas para uma cidade gentílica a fim de predizer sua iminente destruição pelas mãos de Deus, Ele não tinha destruído Nínive. Jonas está mal-humorado. “Eu já sabia disto!” disse ele a Deus. “Eis por que eu não quis ir lá a princípio! Sabia que eras demasiado amoroso para levar a cabo sua destruição. Estou tão envergonhado; gostaria de estar morto!”(Jonas 4:1-3).

Jonas conhecia a Deus! Sabia que Ele era tardio em irar-Se e pronto a perdoar. Então por que tinha ele feito tal estardalhaço por ter Deus realmente perdoado àquela contrita cidade pagã? Podemos facilmente ver que o seu orgulho se introduziu no caminho, porém examinemos mais de perto a situação. A verdade pode tocar muito mais perto do ponto vulnerável do que a princípio imaginávamos.

Jonas era membro de uma família cujo o nome significava “verdadeiro”. Jonas Verdadeiro estava orgulhoso de sua linhagem, seguro em sua religião. Sem dúvida era um israelita modelo em seu tempo. Como separatista no íntimo, olhava com desdém para os gentios circunjacentes. Teria preferido que Deus simplesmente livrasse o mundo desses pagãos, mas tinha evidentemente vindo a saber que Deus não sentia do mesmo modo.

Lamentavelmente, Jonas não tinha permitido que o seu conhecimento do caráter de Deus o atraísse para a amizade com o todo-poderoso. Não fora transformado pela interação com a divindade. O “direito” em sua mente era definido por estatuto e lei, não pelas demandas mais profundas do amor incondicional. E assim, para Jonas Verdadeiro, era mais importante que aquilo que ele dissesse se cumprisse do que os pecadores arrependidos encontrassem perdão.

Estou muito contente porque Deus é bom demais para ser como Jonas Verdadeiro, não está você?

23 de Outubro

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Homem de Deus em um Mundo Secular

“Tenho ouvido dizer a teu respeito que o espírito dos deuses está em ti, e que em ti se acham luz, inteligência e excelente sabedoria”. Dan.5:14.

 

Quando pensamos nas pessoas que “trabalham para o Senhor”, freqüentemente pensamos primeiro nos clérigos, ou em outros que fazem parte da folha de pagamento de uma igreja ou organização religiosa.

Raramente pensamos em alguém que marca o cartão de ponto em uma fábrica. Com menos probabilidade podemos pensar em um alto oficial do governo, especialmente de um governo monárquico.

Felizmente, nosso criativo Deus não traça os mesmos limites arbitrários entre o sagrado e o secular que tantas vezes traçamos. Quer que Seus princípios e compaixão fluam através de cada aspecto do esforço humano, e quer o Seu povo seja o canal.

Vemos em Daniel um excelente exemplo dos desejos de Deus de infiltrar o mundo fora da igreja com o Seu toque. Embora freqüentemente o chamemos de “o profeta Daniel”, ele era conhecido em seu próprio tempo como estadista grandemente estimado. E apesar de ter Deus operado alguns milagres em sua rápida ascensão ao poder, ele continuou em sua elevada posição através de três monarcas sucessivos por causa da qualidade de pessoa que se tornara por meio do seu relacionamento com Deus.

É verdade que Daniel passava muito tempo em oração. Mas também é verdade que ele levava consigo o poder e a perspectiva da oração para os seus encargos seculares. Influenciou o curso de um império porque via tal influência como uma expressão natural de sua vida espiritual. Entre o que chamaríamos de dignitários seculares, revelava a Deus mesmo quando não estava falando sobre Ele, ou sobre assuntos manifestamente religiosos.

Há muitos neste mundo que talvez nunca tenham adentrado uma porta de igreja, mas que estão intelectualmente famintos por melhores respostas, emocionalmente ansiando por relacionamentos autênticos e genuinamente comprometidos com a melhoria da sorte da humanidade. Se nós os cristãos realmente cremos que temos à mão as melhores respostas, devemos confiantemente levar essas respostas para além das portas da igreja e para a praça do mercado, onde podem ser apreciadas por seu mérito prático pelas pessoas honestas. Os mesmos conceitos de honestidade, justiça, compaixão e respeito pela dignidade humana que tornam a igreja um ambiente tão cordialmente restaurador, também seriam avidamente apreciados por um pessoal de escritório.

Deus quer que amigos semelhantes a Daniel que, como o fermento na massa, possam influenciar o mundo inteiro!

24 de Outubro

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Alegria Duradoura

 

“A que caiu sobre a pedra são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria; estes não tem raiz, crêem apenas por algum tempo, e na hora da provação se desviam.” Luc.8:13.

 

A passagem de hoje, na qual Jesus está explicando uma parte da parábola do semeador, descreve pessoas um tanto semelhantes à menininha que estava aguardando ansiosamente ir a uma festa de aniversário porque suspeitava de que iria ser uma festa-surpresa para si mesma. Foi realmente uma festa-surpresa, ela descobriu quando estava lá. Mas foi para mais alguém. Sua alegria rapidamente se esvaeceu, e mal-humorada, partiu cedo.

Ouvir a palavra de Cristo é certamente uma experiência jubilosa! E na primeira audição, parece ser boas novas – precisamente sobre MIM! Eu sou amado. Sou perdoado, aceito por Deus como se nunca tivesse pecado. Tenho uma bela mansão esperando exatamente por mim em um lugar que eu certamente apreciarei. Posso ter minhas orações respondidas, meus problemas resolvidos, minhas enfermidades curadas. Não é de admirar que eu pudesse entusiasticamente abraçar tal mensagem!

Mas há algo acerca deste tipo de evangelho que (como disse Jesus) é sem raiz. Embora traga alegria imediata, não tem poder permanente. Porque, em última análise, as “boas novas” não são sobre mim. São sobre Deus. A experiência religiosa que está enraizada no que Ele é, tem nutrição em profundidade para continuar crescendo, as motivações para tornar-se mais semelhante a Ele.

Diferente da menininha na festa de aniversário, porém, não há nenhuma razão para esquivar-se nas trevas, porque a celebração das boas novas acerca do nosso Deus traz chuveiros de boas novas sobre nós mesmos. Quando descubro que Ele é, por Sua própria natureza, o Perdoador, avalio quem deve ser perdoado! Quando concordo em firme confiança que Ele é compassivo e sábio, minha própria vida é aquecida e guiada. Mas minha confiança é enraizada em algo muito maior do que minhas próprias experiências.

A parábola do semeador enfatiza o privilégio do novo cristão de mover-se para além do estágio de semente, rumo à maturidade. A alegria do crente precoce não é em si fundamento adequado para a lealdade duradoura. A menos que alguém prossiga para uma experiência verdadeiramente centralizada em Deus, é vulnerável ao desencorajamento quando a torrente da alegria precoce torna-se plácida. Nada neste Universo, porém, é mais duradouramente jubiloso do que estar enraizado em Cristo Jesus!

25 de Outubro

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A Emoção de Pertencer

 

“Porque não recebestes o espírito de escravidão para viverdes outra vez atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.” Rom. 8:15.

 

Muitos de nós recordamos, das primeiras décadas deste século, as doces, saudáveis, na maior parte inocentes histórias que eram populares nos mercados da ficção e não ficção. Um tema conhecido foi a história de uma encantadora meninazinha órfã, criada em um árido orfanato por uma severa governanta, que foi descoberta por uma família bondosa (e comumente rica). A família, é claro, venceu todos os obstáculos, adotou-a e levou-a para sua casa para viver feliz daí em diante.

Talvez muitos leitores usufruam com lágrimas este gênero de literatura porque ele satisfaz um profundo anseio do nosso coração de ser “reclamado” por uma pessoa amorosa e que satisfaz. Nada mais tememos do que sermos ignorados quando a raça humana escolhe seus amigos. Estar “orfanado” pode significar muito mais do que estar sem os pais biológicos vivos. Nossas comunidades estão repletas de órfãos emocionais - os negligenciados, os não reclamados, o resíduo inconseqüente de uma sociedade atarefada, ocupada.

Aqueles que têm visão espiritual reconhecerão prontamente que não existe condição mais traumática do que estar sem um Pai espiritual. A vasta hediondez de toda a condição humana revela que ser órfão espiritual é muito mais do que uma névoa emocional. É uma causa real de verdadeiro infortúnio e destruição.

Assim Paulo afirma que, quando o Espírito opera, Ele adentra completamente a parte mais profunda do nosso entendimento, nos estimula a voltar para Deus e a falar-Lhe como agora O vemos. E O chamamos de “Papaizinho!” - provavelmente a melhor expressão moderna para aquela antiga palavra aramaica “Aba”. É uma palavra especialmente selecionada, que transmite a confiança de um afetuoso e seguro senso de pertencer. É a palavra usada por Jesus quando falava com Seu Pai durante a oração. (Veja Marc. 14:36).

Quando Deus resolve o problema do pecado em nossa vida, Ele atinge a raiz da causa. Ele nos RECLAMA; nos adota; envia o Seu Espírito para dizer-nos    “que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo”. Rom.8:16 e 17.

E isto, bons amigos, não é uma peça de ficção literária!

26 de Outubro

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Movidos Pelo Espetacular

 

“Então vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta.” Apoc. 13:3

 

Se você recentemente ligou sua televisão em horário nobre, deve ter notado uma tendência curiosa. Parece que virtualmente todos os programas de suspense devem ter no mínimo um carro em alta velocidade zunindo pelo ar, a seguir colidindo em chamas explosivas – tudo visto em câmara lenta, é claro. Os produtores aparentemente crêem que os telespectadores não os sintonizarão outra vez se sua pulsação não correr no mínimo uma vez durante a exibição. Estando saturado através dos anos de seqüências menos dramáticas, são necessárias muito maiores doses do espetacular para levar o telespectador moderno além de um bocejo. 

Tendência semelhante está ocorrendo no mundo religioso. Em anos recentes tem havido um número crescente de praticantes do Cristianismo espetacular. “Curas pela fé”, pregadores extravagantes, sonhos dramáticos e várias formas do miraculoso têm atraído muitos aderentes. Em muitos casos, aquilo que “empolga” os sentidos tem tido muito mais impacto do que aquilo que conquista a razão. Um Deus que faz as coisas decentemente e em ordem tem sido desacreditado por pessoas que alegam ser Seus seguidores.

João o revelador predisse um tempo nos lances finais da história terrestre em que Satanás encenará um grande reavivamento religioso falso. Realmente “toda a terra” será induzida a adorar uma entidade denominada “a besta” (Apoc.13:1-8). Mas o povo não é estimulado pela adoração de suas excelentes qualidades de caráter. Muitos simplesmente dirão: Quem pode pelejar contra ela?” (verso 4).

Em vez de nomear qualquer organização religiosa do presente como “a besta” o leitor simplesmente tome nota: Qualquer organização que é tão insuficiente quanto à verdade que deve apresentar sua defesa pelo auxílio do poder político, pelo constante apelo ao miraculoso e pela intimidação dos não-aderentes, é estranha aos métodos de Jesus Cristo. Mas que o leitor tome nota de que a decisão não será tão simples! Será especialmente probante, penosa, dolorosa, mesmo esmagadora, para aqueles que permitiram que suas faculdades mentais fossem orientadas pelo espetacular em vez de pela singela palavra de Deus.

Respeitando a séria dignidade de Seus amigos inteligentes, Jesus anseia por pessoas que O adorem “em espírito e em verdade” (S.João 4:24), não em adrenalina e em estupefação. Afinal, não adoramos uma besta!

27 de Outubro

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O Valor Inigualável

 

“Deveras considero tudo como perda por causa do valor inigualável de conhecer a Cristo Jesus meu Senhor. Por amor dEle sofri a perda de todas as coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo.” Filip.3:8, RSV.

 

A história cristã está cheia de narrativas comoventes de pessoas que renunciaram a quase tudo a fim de tornar-se cristãs. Membros da realeza têm renunciado o seu direito ao trono; os ricos tem deixado os seus palácios; filhos têm sido rejeitados por seus pais; e durante mais de 1.900anos, muitos têm renunciado à própria vida.

Quando Paulo diz que “sofreu a perda de todas as coisas” em troca do valor inigualável de conhecer a Cristo Jesus, prontamente iniciamos uma relação mental do que ele teria renunciado. Seus privilégios como fariseu? Talvez uma herança da família? Alguns especulam que ele perdeu até mesmo o seu casamento, visto que sua esposa não o teria seguido no Cristianismo.

Contudo, podemos surpreender-nos ao aprender que no contexto da passagem de hoje, este não é o tipo de “renúncia” sobre que Paulo está falando. Ele estava disposto a abandonar como refugo imprestável, não somente dinheiro e prestígio, mas todo o esperado ganho que o seu anterior estilo de experiência religiosa lhe tinha prometido. Estava pondo de lado como inútil cada arrimo, cada mérito, cada suposta vantagem espiritual que todo o seu bem-afiado zelo religioso presumivelmente lhe dava como pecador diante de Deus. Durante anos tinha aprendido a confiar nestas obras bem-feitas. Afastar-se da dependência delas seria muito mais traumático do que uma criança andar pela primeira vez de bicicleta sem suas rodas de treinamento.

Mas Paulo tinha descoberto algo de valor inigualável: Que o gênio essencial do Cristianismo não está centralizado no desempenho do homem, mas na união com uma Pessoa. E descobriu que toda a premissa da religião que se baseia nos esforços humanos para impressionar ou aplacar a Deus, que Deus pode mudar em relação ao homem, deve ser atirada no monturo. Conhecendo a Jesus Cristo, aprendeu que Deus mesmo já está completamente devotado ao homem, que religião é o esforço de Jesus para levar o homem a mudar em relação a Deus! Este relacionamento de amorosa confiança no Criador – que Paulo chama de “fé” é EM SI MESMO a condição legítima do ser humano. Isto é “justiça pela fé”, infinitamente preferida à suposta justiça das obras do homem feitas para tentar estabelecer este relacionamento.

Não é de admirar que Paulo pudesse dizer: “Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos.”

 
28 de Outubro

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O Pecado do Não-Envolvimento

 

“No dia em que, estando tu presente, estranhos lhe levaram os bens, e estrangeiros lhe entraram pelas portas, e deitaram sortes sobre Jerusalém, tu mesmo eras um deles.” Obad.11.

 

Fiquei horrorizado ao ler no jornal o relato de uma mulher apunhalada até à morte enquanto no mínimo vinte espectadores se recusaram envolver-se. O artigo especulava quanto ao motivo por que qualquer pessoa não interferia e observava alguém sendo assassinado. Tendo entrevistado vários daqueles indivíduos presentes, o escritor concluiu que o temor não foi o fator principal do seu não-envolvimento. A maioria era simplesmente indiferente.

Ainda mais surpreendente é o fato de que tal não-envolvimento é tão comum na sociedade de hoje. “Não é da minha conta!” tornou-se uma máxima para as pessoas que desejam escapar de qualquer responsabilidade pelos seus semelhantes. Afastam-se livres porque não foram as suas mãos que derramaram sangue. Livres, mas não inocentes. Esta é a essência da profecia de Obadias.

Contendo apenas vinte e uns versículos, o livro de Obadias prediz a ruína dos edomitas, os descendentes de Esaú. Uma observação mais cuidadosa da passagem revela um quadro do nosso coerente Pai que nos diz a verdade acerca dos resultados de nossas ações. No verso 15 Ele predisse: “Como tu fizeste, assim se fará contigo: o teu malfeito tornará sobre a tua cabeça.”

O pecado dos edomitas foi que eles “conservaram-se à distância” enquanto seus parentes, Israel, caíam nas mãos de inimigos estrangeiros. Na opinião de Deus, era o mesmo que se eles tivessem realizado isto. “Tu mesmo eras um deles”, declarou. Pelo seu não-envolvimento, de fato estavam agindo como aliados de seus vizinhos pagãos. E, por causa da natureza desses vizinhos, era apenas uma questão de tempo antes que eles, também, fossem atacados. “Todos os teus aliados te levaram para fora dos teus limites: os que gozam da tua paz te enganaram, prevaleceram contra ti; os que comem o teu pão puseram armadilhas para teus pés; não há em Edom entendimento.” Verso 7.

Deus estava simplesmente lhes dizendo a verdade. Estavam atraindo tudo isto sobre si mesmos. Porque Ele não interviria em seu favor, mesmo como eles não intervieram em favor da casa de Jacó, falou em termos de aceitar a responsabilidade por tudo o que lhes aconteceria. Não se deve esquecer, porém, que Deus estaria desempenhando a parte de um cavalheiro. Não interviria porque não queriam nada com Ele.

 
29 de Outubro

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Os Retratos Difíceis

 

“O Senhor é Deus zeloso e vingador, o Senhor é vingador e cheio de ira; o Senhor toma vingança contra os Seus adversários, e reserva indignação para os Seus inimigos”. Naum.1:2.

 

Quando você recebe de volta os seus instantâneos dos processadores e começa a folheá-los com o polegar, provavelmente busca uma coisa.

Quer certificar-se de que todos os retratos de sua família e amigos estão razoavelmente satisfatórios. Se você é semelhante à maioria das pessoas, não montará qualquer cromotipia no álbum da família que mostre pessoas carrancudas, de olhos cerrados ou perfil desagradável. Não quer que seus netos se lembrem de você como um espécime de rosto macambúzio, carrancudo.

Nunca pode ser dito, quando Deus nos deu o Seu álbum de retratos pessoais dentro de capas da Bíblia, que Ele montou todos os retratos difíceis e potencialmente desagradáveis. Temos a edição completa, não somente aqueles retratos de um suavemente gentil “Vovô das nuvens”. É inevitável que, selecionando 365 descrições resumidas do nosso Pai, deparássemos com alguns retratos difíceis, tais como a excessivamente severa passagem citada acima.

A questão é, todavia, se este retrato pode ser reconciliado com todas aquelas passagens que mostram a Deus procurando ganhar e curar os Seus inimigos. Ou podem os leitores examinar o divino álbum de fotografias, preferindo olhar somente para os retratos mais agradáveis? (Quantos desejarão memorizar o texto de hoje, para citá-los aos seus amigos?) Que fazemos com esses retratos difíceis de um Deus amoroso?

Tendo sido um professor de escola primária, posso lembrar-me de ocasiões em que tive necessidade de retratar-me aos alunos indisciplinados como muito severo. A fim de trazer ordem ao caos, eles precisavam saber que eu tinha em mente solução dolorosa se eles não se comportassem. Mas não é assim que eu desejava ser lembrado pelos meus alunos. E uma vez estando eles assentados suficientemente calmos para ouvir, eu estava pronto para mostrar-lhes que apreciava a interação amigável, as palavras bondosas e uma atmosfera de liberdade e amor. Em sua imaturidade, porém, eles teriam tirado vantagem desta abordagem se fosse a única que tivessem visto.

Por todo o Antigo Testamento, Deus estava freqüentemente procurando trazer alguma ordem à vida de pessoas que respeitavam somente os que infligiam dor aos desobedientes. Em Seu amor por eles, Deus Se arriscou retratar-Se sob esta luz a fim de que o povo pudesse levá-Lo a sério e viesse a apreciar Suas verdadeiras qualidades de gracioso amor.

 
30 de Outubro

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Acertados com Deus

 

“Nós, também, temos crido em Cristo Jesus a fim de sermos acertados com Deus por meio de nossa fé em Cristo, e não por fazer o que a Lei requer. Porque ninguém é acertado com Deus por fazer o que a Lei requer”. Gal. 2:16, TEV.

 

Desde a Reforma, eruditos têm debatido o significado exato de uma palavra do Novo Testamento que está traduzida em suas várias formas por “justiça” e por “justificação”. Todos eles concordam que ela tem algo a ver com o centro do plano da salvação, mas se dividem em dois campos gerais quanto à maneira como isto é efetuado.

Falando de modo geral, os luteranos têm defendido a posição de que justificação é justiça DECLARADA – de que é o ato de Deus de imputar, ou creditar, a perfeita justiça de Cristo ao registro do pecador, de sorte que Deus vê o pecador arrependido como se fosse justo, embora ele ainda possa praticar atos pecaminosos. Falam dela como “uma justiça estranha” do ponto de vista do pecador; não surge de dentro dele, a fim de que ele não tenha motivos para jactância ou para desespero interminável.

Contrastando, a tradição católica tem visto a palavra como implicando em uma justiça CAUSADA – que Deus opera na vida do pecador, levando seu comportamento a tornar-se suficientemente bom para garantir que ele seja considerado como justo por Deus. (Esta justiça, porém, não é adequada em si mesma para a salvação de alguém, e fontes adicionais de mérito devem ser acrescentadas para este propósito.) Mas a idéia de justiça completamente substituinte seria considerada como “ficção legal” por muitos católicos.

Ambas as tradições, contudo, partilham de algum terreno comum. Ambas evidentemente aceitam a suposição de que Deus é o tipo de Pessoa que necessita de ter mérito apresentado a Ele antes de decidir abençoar o pecador com a vida eterna. Os luteranos afirmam que este mérito é encontrado somente em Cristo; os católicos dizem que ele provém da obra de Cristo no crente. Mas em qualquer caso, Deus deve ser apaziguado ou satisfeito com uma certa soma de mérito.

Mas que tal se o mérito simplesmente não fosse o problema? Que tal se víssemos o problema do pecado não como uma escassez de mérito, mas como a quebra de um relacionamento? A solução do problema, portanto, seria a volta a um relacionamento correto com Deus. Como lemos no texto de hoje, a TODAY’S ENGLISH VERSION preferiu traduzir a palavra em questão por “acertado com Deus”, “posto em ordem com Deus”. Acima da escamoteação, da trapaça de méritos, focaliza o verdadeiro problema: nossa união pessoal com o Pai!

 
31 de Outubro

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Respostas Fáceis

“Dizia mais Absalão: Ah! Quem me dera ser juiz na terra! Para que viesse a mim todo homem que tivesse demanda ou questão, para que lhe fizesse justiça”. II Sam. 15:4.

Administradores maduros têm-se inteirado penosamente de um certo tipo de empregado que parece estar espalhado por muitas organizações em quantidade bastante suficiente para conservar os administradores humildes. Esses empregados são muito benquistos pelo resto do quadro de funcionários porque têm sempre uma sugestão mais favorável sobre como as coisas devem ser feitas, do que os planos de ação administrativos às vezes austeros. São especializados em todas as decisões de alto nível de segunda estimativa, apresentando claramente suas idéias como melhores e mais fáceis para conviver-se com elas do que aquelas que vêm de cima.

Absalão usou o mesmo método enquanto se assentava à entrada da porta do palácio de seu pai. “Furtava o coração dos homens de Israel” II Sam. 15:6. Aqueles que não suportam a responsabilidade decisiva pela gerência de uma firma ou de uma nação, que não percebem todos os fatores que devem ser levados em consideração quanto à tomada de uma decisão inflexível, podem sempre sugerir um meio mais fácil e menos penoso de resolver um problema. E as pessoas que estão longe da escrivaninha e fora do contexto do problema tornam-se prontamente vítimas dessas soluções fáceis.

É possível que administradores possam ter uma empatia especial por Deus ao enfrentar Ele alguma das perplexidades na resolução dos problemas do grande conflito. Imagine Satanás em pé, por assim dizer, nos degraus da entrada do Planeta Terra, oferecendo um ouvido simpático a todos os que vêm com uma demanda. “Você está certo!” diria ele. “Se eu estivesse no comando não teria sido tão severo com Acã e seus filhinhos. Eu teria encontrado um meio mais fácil de por as coisas em ordem sem enviar um Dilúvio. Eu teria detido Hitler antes do Holocausto. Eu não seria tão estrito como aqueles Dez Mandamentos. Eu seria muito mais generoso com a lista de entrada para o Céu”.

Ele poderia furtar o coração de todos os que estão à procura de soluções fáceis, porque Satanás está disputando um concurso de popularidade, enquanto Deus está procurando ensinar a verdade a rebeldes obstinados. Satanás pode prometer-nos qualquer coisa, independente de se ele pode mesmo dar, enquanto Deus é cauteloso para que não venhamos a presumir da Sua bondade. Satanás ofereceu soluções fáceis e rápidas para Adão e Eva e “furtou o coração deles” de Deus. Acha você, entrementes, que aprenderíamos?

Título Original em Inglês:
HIS HEALING LOVE

Título em Português:
O AMOR QUE RESTAURA

Autor:
DICK WINN

Primeira Edição Publicada em 1987:
CASA PUBLICADORA BRASILEIRA

 

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