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TEMPO: UMA MOTIVAÇÃO DEFICIENTE
“Por
isso ficai também vós apercebidos; porque à
hora em que não cuidais, o filho do homem
virá.”
S. Mat. 24:44.
Um antigo
conto relata que S. Francisco de Assis foi
abordado por um dos seus paroquianos
enquanto capinava em seu jardim. “Irmão
Francisco”, perguntou o homem, “que você
faria se soubesse que o Senhor voltaria
amanhã?” O idoso e sábio Clérigo apoiou-se
por um momento em sua enxada e respondeu com
certeza: “ Creio”, disse ele, “ que
terminaria de capinar o meu jardim.”
Em que
sentido viveria você sua vida diferente se
soubesse que Jesus viria em dois meses? Ou
se fosse apenas dois dias? Ou mesmo duas
horas? É o estilo de vida de Jesus digno de
ser vivido somente porque Ele vira em breve?
Ou continuaria a viver exatamente como esta
vivendo, mesmo se soubesse que Jesus pudesse
voltar. Por outro lado, enquanto o que eu
estou fazendo é valido e útil, a extensão de
tempo que eu passo fazendo isto não é
relevante.
Jesus
recusou incisivamente contar aos seus
discípulos o tempo em que voltaria, porque
não desejava que este fosse o motivo de sua
obediência. Não queria que fixassem os olhos
no calendário em vez de em Si mesmo. Em vez
de serem movidos pelo amor a Ele mesmo e à
magnificência dos seus Caminhos.
Se bem
que tenhamos ouvido com tanta freqüência que
alguns ficarão chocados se me ouvirem pondo
isto em duvida, creio ser um argumento falho
em dizer: “Jesus em breve vira, Portanto
aprontai-vos!” Jesus é EM SI MESMO motivo
suficientemente bom para vivermos como ELE.
O verdadeiro argumento deveria ser: “Viva
como Jesus por amor dEle, conseqüentemente o
mundo o conhecera, e Ele PODERÁ vir.”
Nosso
verso de hoje não diz: “APRONTAI-VOS...” Em
vez disto diz: “CONSERVAI-VOS prontos...”
(NEB). Isto significa que, neste mesmo dia é
possível ESTAR pronto, estar em
relacionamento salvífico com Ele. Então
minha concentração é sobre permanecer,
continuar, perseverar nesta íntima amizade.
Conquanto seja verdade que uma compreensão
da profecia e dos acontecimentos dos últimos
dias possa atrair minha atenção, somente uma
comunhão íntima e constante com Jesus pode
ensinar-me a justiça. |
2 de Maio |
Topo |
TORNANDO-SE PARTE DA DEMONSTRAÇAO
“Rogo-vos, pois, irmãos pelas misericórdias
de Deus que apresenteis os vossos corpos por
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus,
que é vosso culto racional.”
Rom. 12:1.
Folheando
uma revista, deparei-me com um anuncio
clássico “antes e depois”. No lado esquerdo
da página havia um desenho de uma mulher
muito corpulenta. À direita foi desenhada a
mesma mulher, consideravelmente mais magra.
“Tive excesso de peso por vinte anos!” dizia
o seu testemunho. “Mas com ________ perdi
mais de 27 quilos!”
Os
promotores de venda admitem que as duas
maneiras muito bem-sucedidas de convencer o
consumidor quanto ao valor do produto são a
demonstração visual e o testemunho pessoal.
Somente a demonstração pode deixar o
observador apreensivo. Mas quando endossada
por uma pessoa comum, as afirmações
tornam-se mais acreditáveis.
Há dois
mil anos Deus enviou seu filho como uma
demonstração de Si Mesmo. As escrituras
apresentam o testemunho humano: É nós temos
visto e testemunhamos que o Pai enviou seu
Filho como Salvador do mundo... “E nós
conhecemos e cremos o amor que Deus nos
tem.” I S. João 4:14 e 16.
A vida de
Cristo revelou a verdade a cerca de Deus:
Ele é perceptível, amoroso, compreensivo.
Ele é perdoador, restaurador, ensinador. E
nos aceita. Não mais precisamos temer. Ele
nos assegura que é capaz de endireitar todas
as coisas e que somos de máximo valor.
Tomando nossos pecados - a evidencia de
nossa separação de Deus – sobre Si mesmo,
Cristo morreu no Calvário exemplificando
destarte que Deus é a nossa única fonte de
vida.
As
testemunhas que viveram nos dias de Cristo
deixaram seu testemunho nos escritos da
Bíblia. Cada geração sucessiva de crentes
tem o privilegio de trazer nova confirmação
àquela confissão de fé. Em acréscimo se nos
deu o convite de nos tornarmos uma parte
viva na magnífica demonstração de Deus.
Podemos tornar-nos “sacrifício vivo” (Rom.
12:01), oferecendo nossa própria
individualidade – corpo, mente e coração – a
Deus, para que Ele possa resplandecer a luz
“em nossos corações ... Temos, porém, este
tesouro em vasos de barro, para que a
excelência do poder seja de Deus e não de
nós. II Cor. 4:6 e 7.
Como
filhos de Deus, podemos ser tangivelmente
amáveis e compreensivos, perdoadores e
receptivos. E deste modo, não somente
contamos ao nosso mundo que Deus aceita as
pessoas e as considera de Maximo valor,
demonstramo-lo. |
3 de Maio |
Topo |
O RISCO DE SER DIREITO
“Tu,
porem, por que julgas a teu irmão? e tu, por
que desprezas o teu? pois todos
compareceremos presente o tribunal de Deus.”
Rom. 14:10.
Seria
difícil imaginar que, dentre todas as
pessoas que lêem este livro, houvesse uma
que desejasse ser encontrada do lado do
erro. Virtualmente todos nós queremos
compreender e viver pelos princípios do
direito. Pensar de outro modo seria negar
tudo o defendemos como real e vital visto
que somos cristãos.
Contudo
estar do lado do direito implica em alguns
riscos muito reais. Considere, por exemplo,
o que acontece quando você põe uma pessoa
que esta do “lado direito” em um
relacionamento com uma pessoa que esta
claramente do “lado errado”. Haverá
provavelmente duas series distintas de
sentimentos nada invejáveis.
O que
esta no erro sentira: “tenho sido um
verdadeiro tolo. Sinto-me embaraçado. Como
posso manter a cabeça erguida na presença
desta pessoa que tão prontamente pode
dizer-me o que tenho feito de errado? Eu
escaparia se pudesse. Não tenho nenhum valor
real?”
O que é
“direito” também corre o risco de certos
sentimentos. Pode pensar: “Estou tão feliz
porque sou justo! Ser direito é a realização
dos meus objetivos, o fundamento da minha
auto-estima. Sinto-me grandemente aliviado
porque não estou entre os transgressores!”
Este
relacionamento provavelmente não seria
agradável ou duradouro. Estaria repleto de
intimidação e fuga. Todavia Jesus andou por
este planeta como alguém que era
constantemente, absolutamente reto, e
misturava-Se diariamente com aqueles que
eram evidentemente transgressores. Para
nossa surpresa, a Bíblia relata que os
pecadores ouviam-nO alegremente e
encontravam nEle um hóspede favorito para as
ceias. Porque Jesus não somente proferia a
mensagem: “Nem Eu te condeno”, mas a vivia.
Aquele
que esta no erro não pode dar o primeiro
tranqüilo em direção do que está do lado
correto. Está muito intimidado. Assim o
primeiro objetivo de Jesus era derrubar a
barreira de superioridade, para que todos
que estamos no erro pudéssemos permitir-Lhe
que Se tornasse nosso amigo e nos
transformasse naqueles que O amam e fazem o
que é justo.
Quanto
mais “correta verdade” um cristão
compreende, mais essencial é que ele tenha
também o “espírito correto”: compaixão
genuína daqueles que estão no erro. |
4 de Maio |
Topo |
CONVERTIDOS DA INTROVERSÃO
“Porquanto o coração deste povo se tornou
endurecido; com os ouvidos ouviram
tardiamente, e fecharam os seus olhos, para
que jamais vejam com os olhos, nem ouçam com
os ouvidos, para que não entendam com o
coração, e se convertam, e por mim sejam
curados.”
Atos 28:27.
Nunca me
esquecerei a primeira vez em que olhei pelo
lado errado de um par de binóculos.
Imediatamente, tudo parecia a quilômetros de
distância. Foi especialmente assustador
visto que eu esperava exatamente o oposto.
Mais tarde pus-me a pensar nisto: Muitos
vêem a vida de um modo semelhante. Suas
relações com os outros derivam de um
resguardado egocentrismo. Conseqüentemente,
tudo tem uma pequenez quanto a isto.
È como se
você tivesse parte de suas percepções
cerradas, fechadas. Ao invés de enxergar
mais, seus horizontes se tornam mais
comprimidos. Manifesta-se uma espécie de
surdez; você tende a não ouvir o que os
outros estão realmente dizendo. Quanto mais
as pessoas exigem de você, menos capaz você
se sente de poder dar. Torna-se mais e mais
protetor de si mesmo ate que o coração
parece congelado. Que pode ser feito para
remediar esta decepcionante situação? Como
pode você aprender a ver as coisas
diferentemente?
Deus tem
um caminho! Lemos em Romanos 12:2: “
Transformai-vos pela renovação de vossa
mente.” E como pode isso ser efetuado? “E
todos nós com o rosto desvendado,
contemplando, como por espelho, a glória de
Senhor , somos transformados de glória em
glória, na Sua própria imagem.” II Cor.
3:18. A isto chamamos de conversão.
Olhar
para a vida de um ponto de vista egocêntrico
é como olhar pela extremidade errada de um
telescópio. Contemplar “a glória do Senhor “
- o caráter de Deus vivido no Filho – tem um
efeito transformador sobre a mente. Em
primeiro lugar as razões para o egocentrismo
começam a afastar-se à luz da mensagem
positiva da aceitação de deus e do perdão
restaurador. Torna-se evidente uma visão
mais ampla vida ao ser enfocado o esplendor
do grande conflito entre o bem e o mal. Os
olhos começam a ver e os ouvidos a ouvir; o
coração endurecido é abrandado e reavivado.
Como
deseja Deus fazer isto por nós
individualmente! Mas nos tornamos
introvertidos, temerosos e autodefensivos.
Não somos condenados por isto. Como
transmite o nosso texto de hoje, somente se
recusarmos a aceitar Sua cura seremos
obrigados a experimentar as conseqüências de
nossa introversão espiritual. Porque, se Lho
permitimos, Deus nos amará inteiramente! |
5 de Maio |
Topo |
Duas Casas Semelhantes
“É
semelhante a um homem que, edificando uma
casa cavou, abriu profunda vala e lançou o
alicerce sobre a rocha; e vindo a enchente,
arrojou-se o rio contra aquela casa, e não a
pode abalar, por ter sido bem construída .”
S. Lucas 6:48.
Ora, se
eu tivesse pronunciado esta parábola, teria
lhe dado um tratamento inteiramente diverso.
Em vez de falar sobre suas casas construídas
perto uma da outra ás margens do rio, como
Jesus se expressou, eu teria retratado
apenas uma casa. Teria falado a cerca de um
homem que construiu um edifício magnífico
com a mais excelente arte, e a cerca de um
outro homem que recusou até mesmo erguer um
martelo. A final de contas, quando se trata
de religião, ou você tem o verdadeiro item
ou não tem absolutamente nada, Certo?
Mas foi
bom que Jesus não me encarregasse de compor
sua parábola, porque – como sempre acontece-
Ele tinha em mente algo muito mais profundo
e mais oportuno. Jesus falou de duas casas
semelhantes, cada uma sendo adequada para
habitação humana. Em cada caso, enquanto
seus ouvintes pintavam quadros mentais para
combinar as suas palavras, viam pessoas se
dirigindo para estes lares, fixando
residência e sentindo-se seguras dos
elementos ameaçadores. E então consternados,
imaginavam os acidentes humanos como a casa
sem alicerce desmoronada sobre a pressão da
enchente.
Tragicamente, as pessoas não distinguem a
casa frágil da casa antes de vir o tempo da
prova. O edifício parecia bastante seguro -
se ninguém examinasse o fundamento!
Do ponto
de vista das ações exteriores muitas pessoas
religiosas parecem notavelmente semelhantes.
Falam as mesmas palavras, vão à mesma igreja
e cantam os mesmos hinos. Cada uma parece
ter uma experiência religiosa de adequada
segurança, porque se estabeleceram em seu
conforto aparente. O ouvir, contudo, a
parábola de Jesus, adverte-nos de que a
menos que experiência religiosa de alguém
esteja arraigada no devido fundamento,
desmoronar-se á sob a pressão. E alguém será
ferido!
Quando
Jesus afirma que Ele é a pedra angular (I S.
Pedro 2:6), não esta falando um provérbio,
um chavão. Aqueles cuja religião é uma
adoração pessoal de Jesus Cristo com quem
estão fascinados, tem um alicerce, uma
motivação fundamental para toda a sua vida
espiritual que é poderosa e invariável. Não
estão dependendo de seus condiscípulos (que
podem demonstrar-se falsos), não estão
repousando em uma profissão de fé (que pode
provar-se-lhes inadequada);não esta
edificando sobre sentimentos (que
constantemente mudam). Estão fundados
naquele que é imutável. E não cairão. |
6 de Maio |
Topo |
O ESTANDARTE DO SENHOR
“Que é
esta que aparece como alva do dia, formosa
como a lua, pura como o sol, formidável como
um exercita com bandeiras?”
Cant. 6:10.
Uma das
mais fascinantes descrições Bíblicas da
união entre Deus e seu povo encontra-se no
livro de Cantares de Salomão. A narrativa é
rica em expressões de mútuo de leite que o
esposo e a esposa encontram um no outro. E
quando o esposo experimenta o sofrimento da
separação de sua amada, esta não expressa
nenhuma dúvida em seu relacionamento. ‘eu
sou do meu amado, e o meu amado ´é meu”, diz
ela confiantemente (Cant. 6:3).
Sua
afirmação é bastante reveladora quando se
compreende a sua circunstância precedente. O
esposo veio ao seu encontro à noite,
pedindo-lhe que lhe permitisse entrar. Por
incrível que pareça, sua resposta refletia
sentimentos de estar sendo importunada com o
pedido dele! “Já despi a minha túnica, hei
de vesti-la outra vez? Já lavei os meus pés,
tornarei a sujá-los?” Cap. 5:3. O esposo
pondo a mão por uma fresta, encontrando a
porta aferrolhada, retirou-se, não fazendo
mais nenhum pedido.
Apressando-se para abrir a porta, ela sai à
noite em uma busca desesperada por ele. Foi
espancada e ferida pelos guardas dos muros
da cidade, que lhe tiraram o manto, símbolo
de sua respeitabilidade. Isso deveria ter
sido suficiente para levar qualquer um a
desistir! Mas alguma coisa a consolava e
dava-lhe confiança de que ele voltaria para
ela – embora tivesse ciente de seu
procedimento decepcionante para com ele: ela
confiava na qualidade de seu amor!
Seu
esposo era um rei. Ele como os outros
monarcas, tinha um emblema que representava
seu poder e domínio. Como um estandarte, era
conduzido para a batalha a um ponto de
reagrupamento, e seguia diante do exército
quando vitoriosamente marchavam de volta
para a cidade. Rememorando isto, a esposa
descreve a atitude do esposo para com ela
declarando: “seu estandarte sobre mim é o
amor” Cap. 2:4. Quando o esposo voltou para
ela regozijou-se de que ela compreendesse
seu relacionamento. A despeito de suas
deficiências, ele a via como um exército que
regressava vitorioso carregando alto a sua
bandeira!
Embora
nem sempre sejamos constantes em nossa
reação para com Deus, podemos estar certos
de que sua atitude em relação a nos é
inalterável. Pertencemos a ele, ele é nosso!
“Celebraremos com júbilo a nossa vitória, e
em nome de nosso Deus hastearemos pendões.”
Salmos 20:5. |
7 de Maio |
Topo |
Mais do que Minha Salvação
“Se permanecer a obra de alguém que
sobre o fundamento edificou, esse
receberá galardão; se a obra de alguém
se queimar, sofrerá ele dano; mas esse
mesmo será salvo, todavia, como que
através de fogo.”
I Cor. 3:14 e 15
Alguns nomes muito interessantes estão
registrados no Panteão da Fé. Não
ficamos absolutamente surpresos por
vermos os nomes sob os retratos de
Abraão ou Enoque. Esperaríamos ver Noé,
Moisés e mesmo Davi. Mas ao descermos o
corredor de Hebreus, capítulo 11,
ficamos surpresos ao vermos um retrato
incompleto de um camarada de aspecto
robusto com longa cabeleira e olhos
deformados. Seu nome é Sansão.
Sansão, escolhido por Deus para ser o
Libertador de Israel, que parecia gastar
menos tempo combatendo os homens
filisteus do que namorando suas
mulheres. O gigante físico e pigmeu
moral, mais apto para manejar queixadas
do que conduzir homens à oração. O
campeão da liberdade que morreu
acorrentado sob a coluna lavrada de
pedras de um templo filisteu, que
destruiu mais dos seus inimigos na morte
do que em toda a sua vida. Que estranha
incongruência que ele devesse ser
escolhido como um grande homem de fé!
Devemos perceber que estamos tratando de
dois temas um tanto distintos: salvação,
e eficiência no testemunho. Apesar de
Sansão ter vindo a uma confiança
salvadora em Deus, sua utilidade em
levar outros àquela mesma confiança foi,
na melhor das hipóteses, um relatório
muito confuso. E embora tenhamos motivo
para crer que Sansão será salvo, é certo
que Sansão morreu em profundo dissabor,
visto que sua vida foi tão
essencialmente desperdiçada.
Contudo, antes de sermos demasiados
rigorosos com Sansão, devemos indagar se
nossa vida espiritual está fixa em nossa
própria salvação, ou se – com esta
questão resolvida – somos atraídos por
temais mais nobres! Que poderia ser mais
satisfatório do que aprender a viver
além de nossa própria salvação?
Nestes dias finais da história
terrestre, os gigantes da fé não serão
aqueles “apenas” salvos, como que
arrancados do fogo. Nosso Pai anseia por
pessoas que se destaquem em mundo
turbulento. Em um tempo em que todos os
meios de subsistência terrestres serão
tirados, quando haverá um tempo de
angústia qual nunca houve, somente
aqueles que estão seguros da sua
salvação, que estão seguros quanto à
atitude de Deus para com eles, serão
capazes de afastar o pensamento de si
mesmos e ajudar outros a reformar a
atitude para com Deus. |
8 de Maio |
Topo |
Uma Lição em Frustrada Compaixão
“Jerusalém, Jerusalém!... quantas vezes
quis Eu reunir os teus filhos, como a
galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das
asas, e vós não quisestes!.”
Mateus 23:37
Eu não tinha nenhuma intenção de levar uma
gatinha para casa. Mas ali estava ela,
enroscada numa pequenina bola em uma caixa
em frente a um supermercado, cujo nome
traduzido é Afortunado, duas pequenas pontas
de orelhas distinguindo a cabeça do restante
do corpo. Hesitei. Era a maior parte
cinzenta com pequenas listras douradas. Eu
sabia quanto meus meninos desejavam um
gatinho...
Nós a chamamos de Afortunada, não somente
por causa do local onde a encontrei, mas
porque isto é o que ela tinha de ser a fim
de sobreviver com todos os numerosos
cachorros em nossa vizinhança. E ela
sobreviveu, com coragem e reserva. Somente
oito meses mais tarde teve ela sua primeira
ninhada de gatinhos. Embora fosse uma mãe
especialmente boa, somente três viveram.
Nos meses do verão comecei a notar quão
dolorosamente magra tinha se tornado a
Afortunada. Quando descobri que ela ainda
permitia que seus gatinhos se nutrissem
dela, comecei a tomar medidas para
desencorajá-los. Logo depois, ela parecia
mais gorda, porém, um tanto mal-humorada.
Não muito depois percebi que ela estafa
novamente prenha. Seu aumento de peso estava
estritamente em volta do ventre. A friagem
do outono estava no ar. Afortunada recusava
comer muito. Preparei-lhe um lugar, como
fizera da primeira vez que ela teve
gatinhos. Um dia ela reapareceu novamente
magra. Seus gatinhos não estavam em lugar
algum que pudessem ser encontrados, e ela
não mostrava nenhum sinal de ir atrás deles.
Finalmente localizei-os na velha casa
abandonada do cão. Estavam dispersos e
agonizantes. Todos os esforços que fiz para
salva-los foram em vão. Afortunada não
queria nenhum deles. Isto me fez pensar no
texto de hoje.
Afortunada não podia compreender o quanto eu
desejava ajudá-la e aos seus gatinhos. E
embora, é claro, sua situação não fosse
exatamente paralela a de Jerusalém, isto
despertou-me um senso de compaixão
frustrada. Fez-me perceber, embora
parcialmente, como Deus deve sentir-Se
quando mergulhamos em profunda dificuldade,
contudo não Lhe permitimos que nos ajude.
Forçar Sua bondade sobre nós produziria
apenas terror e resistência. Como o Céu deve
maravilhar-se ante Sua divina restrição!
A próxima vez que alguém perguntar em alta
voz: “Por que Deus não faz alguma coisa?!”
penso que lhe falarei sobre Afortunada. |
9 de Maio |
Topo |
Salvos Pelo Temor?
“Por causa das águas do dilúvio, entrou Noé
na arca, ele com seus filhos, sua mulher
e as mulheres de seus filhos... depois de
sete dias, vieram sobre a Terra as águas
do dilúvio.”
Gen. 7:7 e 10
Durante mais de um século Noé tinha rogado
ao povo que fugisse do dilúvio vindouro e
entrasse na arca. Por cento e vinte anos
tinham conhecido que ela era bastante grande
para eles e que a porta lhes estava aberta.
Descuidados, céticos, influenciados por
companheiros, não queriam nada com ela.
Mesmo a assombrosa procissão de animais, no
final, não pôde movê-los. E quando uma mão
invisível fechou a grande porta e travou-a,
eles prosseguiam comendo, bebendo e
planejando casamentos. Estavam apenas um
tanto curiosos.
Até que veio a chuva. Repentinamente
sobressaltados, olhavam com crescente terror
enquanto as águas subiam em volta dos seus
tornozelos. Começaram a bater
desesperadamente na porta do grande barco,
implorando entrada. Repentinamente, queriam
com sinceridade fazer a própria coisa que
Noé tinha desejado que fizessem durante
todas aquelas décadas. Queriam entrar!
Mas era demasiado tarde. Noé não podia abrir
a porta, e Deus não a abriria. Tinha Ele
mudado de idéia? Ou estava apenas ciente de
que um motivo de frenético temor não é
motivo salvífico?
Se Deus pudesse salvar as pessoas que vinham
a Ele movidas pelo temor, poderia ter
reaberto a porta da arca e as acolhido lá
dentro. Poderia ter salvo a Acã quando as
pedras começaram a cair, ou a Coré e seus
amigos enquanto a terra se abria para
tragá-los.
Mas apesar de o temor ser um grande
motivador, é um ensinador muito deficiente.
Embora ele nos diga que há grande dor em
viver separado de Deus, não nos descreve a
Deus. Derrama adrenalina no coração, mas não
amor. Aterroriza, mas não converte. As
pessoas completamente molhadas fora da arca
estavam impressionadas com as águas que
subiam, mas não com Aquele que tão
graciosamente lhes tinha provido um meio de
escape. Qualquer pessoa egoísta gostaria
muito de não se afogar. Mas a salvação não é
o impedimento de afogar-se; é adoração e
confiança no Salvador.
Deus não enviou o dilúvio a fim de
amedrontar a pessoas para a salvação, mas
para permanecer em contato com o pequenino
número daqueles que ainda eram acessíveis a
Ele. Os “crentes” eram uma espécie em
perigo, muito perto da extinção. E Ele
moveu-Se corajosamente para criar uma nova
“reserva” na qual pudessem mais uma vez
prosperar e crescer. |
Acompanhando a Bondade de Deus
“Se te fadigas correndo com homens que vão
a pé, como poderás competir com os que vão a
cavalo?.”
Jer. 12:5
Nós “trabalhamos” para as coisas. Aprendemos
álgebra antes de cálculo. Treinamos esqui
com os principiantes em esqui antes de um
curso mais desafiador. Muitas vezes, como no
caso das criancinhas, apenas crescer ajuda.
Igualmente, Deus primeiro nos convida a
caminhar com Ele antes de desafiar-nos a
correr. É somente quando permitimos que as
circunstâncias diárias nos atrapalhem que
começamos a ficar para trás. Isto aconteceu
com Jeremias.
Deus chamou a Jeremias para que apelasse a
Judá a fim de que se desviasse de suas
práticas corruptas que estavam arruinando a
nação. Profetizou a destruição de Jerusalém
às mãos dos invasores babilônios.
Entretanto, o povo o ridicularizava, crendo
que Deus jamais permitiria que Jerusalém
fosse destruída porque o Templo estava ali.
O pior disto era que esses idólatras estavam
prosperando!
Esgotado e confuso, Jeremias derramou sua
queixa perante Deus. Em essência ele disse:
“Por que estás abençoando a estas pessoas?
Por que não as transtornas? Ordenaste-me a
dizer-lhes que elas estavam condenadas, e
então as fazes prosperar! Sinto-me como um
tolo! Isto somente as leva a zombar de Ti”
(Jer. 12:1-4). Em resposta, Deus gentilmente
o repreendeu: “Se te fadigas correndo com
homens que vão a pé, como poderás competir
com os que vão a cavalo?” Em outras
palavras: “Se não podes agora Me acompanhar,
como Me alcançarás mais tarde?”
Jeremias tinha perdido de vista a Deus e Sua
metodologia. Estranhou ao ver Deus
abençoando as pessoas aparentemente
indignas. Esquecera-se de que Deus tem um
meio melhor de atingir Seu povo. “Mas o que
se gloriar, glorie-se nisto: em Me conhecer
e saber que Eu sou o Senhor, e faço
misericórdia, juízo e justiça na Terra;
porque destas coisas Me agrado.” Jer. 9:24.
Deus tentou ajudar Jeremias a compreender
que mostrando bondade e tolerância a Judá,
queria levá-lo, bem como as nações vizinhas,
a uma mudança de coração (cap. 12:14-17;
Rom. 2:4). “Fiz apegar-se a Mim toda a casa
de Israel, e toda a casa de Judá, diz o
Senhor, para Me serem por povo, e nome, e
louvor e glória; mas não deram ouvidos.”
Cap. 13:11. Conseqüentemente, as nações
adjacentes que poderiam ter sido abençoadas
por eles tornaram-se em vez disto seus
destruidores.
Jeremias poderia ter olhado para o Senhor e
nunca ter ficado cansado (Isaías 40: 31).
Que possamos ter aprendido esta lição. |
11 de Maio |
Topo |
A Política do Céu
“E não ensinará jamais cada um ao seu
próximo nem cada um ao seu irmão, dizendo:
Conhece ao Senhor; porque todos Me
conhecerão, desde o menor deles até ao
maior.”
Heb. 8:11.
A tarefa visava decidir sobre a forma de
governo mais ideal. Nosso professor de
história da faculdade, com um brilho débil
em seus olhos, estava defendendo uma
ditadura benevolente. “Afinal”, disse ele,
“você não terá de esperar que as pessoas
passem por aquele incômodo processo de
decidir o que fazer. Você confia nas boas
intenções do seu líder e faz o que ele diz.”
Vários alunos, porém, estavam afirmando
corajosamente que a melhor forma de governo
era uma teocracia. “Esta foi a forma de
governo que Deus escolheu para Israel”,
argumentavam, “e esta será quando chegarmos
ao Céu. Deus será o Líder incontestado, e os
redimidos simplesmente farão o que Ele
disser.” Não havia nenhum brilho em seus
olhos.
Antes de você opinar, posso suscitar algumas
perguntas? Por que foi Deus tão longe para
ensinar Seu povo a tomar decisões morais
aqui na Terra se no Céu não necessitaremos
mais tomar decisões? É o mais importante
tipo de decisão que o cristão pode tomar
simplesmente dizer “Sim!” ao poder de Deus?
Representa a decisão de submeter-se à
autoridade a mais elevada expressão de
maturidade cristã?
Ou está Deus procurando levar Seu povo a
alinhar inteligentemente suas faculdades
mentais com os grandes princípios do Seu
Universo? Não deseja Ele que nos tornemos
amadurecidos? Paulo afirma que os maturos
são aqueles que “têm as suas faculdades
exercitadas para discernir não somente o
bem, mas também o mal”. Heb. 5:14. Tornar-se
maturo, portanto, significa que devemos ter
a oportunidade de lutar com importantes
escolhas morais e assumir a responsabilidade
pelos nossos próprios atos.
A democracia é uma lenta, incômoda e
ineficiente forma de governo. Não é a
proposta recomendada se as pessoas querem
obter um projeto feito às pressas. Mas as
nações cristãs sempre acariciaram a
democracia porque percebem que conseguir a
execução de uma tarefa não é tão importante
quanto o que acontece com a personalidade
dos cidadãos no processo de fazer a tarefa.
Sendo que a democracia admite o direito de
todas as pessoas estar envolvidas em fazer
escolhas morais, aceitar a responsabilidade
por estas escolhas e submeter-se à opinião
do grupo maior, ela prepara melhor as
pessoas para a amorosa e responsável
liberdade do Céu. |
12 de Maio |
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Como um Leão Rugidor
“Por que Eu sou Deus e não homem, o Santo no
meio de ti; não virei com ameaças como um
leão rugidor.”
Osé. 11:9 e 10, (NEB).
Muitos dos nossos conceitos acerca de Deus
são reflexos da maneira como temos sido
tratados por outros. Muitos são semelhantes
à da pequena menina que cresceu com a
impressão de que Deus não é amigável –
porque fora advertida repetidamente durante
o serviço da igreja: “Assente-se e fique
quieta! Você está na casa de Deus!”
Talvez o denominador mais comum em nossas
concepções errôneas no que concerne a Deus
seja o elemento do nosso sentimento ameaçado
por Ele. Certamente, parece haver razões
para isto! Afinal, Ele pode infligir dor
sobre nós ou abençoar-nos; sem dúvida a
melhor política é conservar o Seu lado bom.
E assim cantamos “Crer e Observar” – em todo
o tempo acreditando que é melhor obedecer!
Necessita Deus de tirar proveito de nossa
apreensão? É possível que tenhamos
interpretado como ameaças Suas advertências
concernentes ao resultado seguro de nossa
rebelião? Advertir alguém quanto aos
resultados de pôr a mão no fogo não é o
mesmo que dizer: “Se o fizer, EU LHE
queimarei!” Ouça como Deus descreve Seus
verdadeiros sentimentos para com o Seu povo
inconstante:
“Quando Israel era menino, Eu o amei; e do
Egito chamei o Meu filho. Quanto mais Eu os
chamava, tanto mais se iam de Minha
presença... Todavia, Eu ensinei a andar a
Efraim; tomei-os nos Meus braços mas não
atinaram que Eu os curava. Atraí-os com...
laços de amor; e fui para eles como quem
alivia o jugo de sobre as suas queixadas, e
me inclinei para dar-lhes de comer... Como
te deixaria, ó Efraim? Como te entregaria, ó
Israel?” Osé. 11:1-4 e 8.
Efraim estava prestes a ir para o cativeiro
como resultado de sua impiedade.
“Estrangeiros lhe comem a força, e ele não o
sabe.” Osé. 7:9. Mas o amor de Deus era
constante, inalterável. “Não tornarei para
destruir Efraim, porque Eu sou Deus e não
homem, o Santo no meio de ti; não virei com
ameaças como um leão rugidor”. Osé. 11:9 e
10, NEB. Não era Seu o rugido ameaçador de
um leão irado pronto para atacar e devorar
seu adversário. Seu rugido visava chamar
Seus filhos errantes de volta para Ele.
“Não”, diz Ele, “quando Eu bramo, Eu que sou
Deus, Meus filhos virão com pressa do
ocidente.” Verso 10, NEB.
É isto que faz toda a diferença no mundo! |
13 de Maio |
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O Clamor de Satanás por Justiça
“E na lei nos mandou Moisés que tais
mulheres sejam apedrejadas; Tu, pois, que
dizes? Isto diziam eles tentando-O, para
terem de que O acusar.”
João 8:5 e 6.
Os políticos que procuram ser eleitos têm
uma habilidade especial para representar um
papel particular na sociedade: os criminosos
que não são levados à justiça. Esses
caçadores de votos contam vívidas histórias
de ladrões e desordeiros comuns que são
libertados por cortes liberais e advogados
manipuláveis, não recebendo a punição que
justamente merecem. Somos informados de que
um voto para eles é um voto para certa
punição de todos os infratores que merecem.
É claro que isto não deixa de ser um apelo
àquela parte de cada um de nós a qual diz
que a única coisa que alguém pode fazer com
um pecador é puni-lo, e que menos do que
isso é apoiar a ilegalidade. É semelhante à
conversa fiada que os fariseus usaram contra
Jesus naquele dia em que trouxeram diante de
Jesus uma pecadora apanhada no ato, para ver
se Ele realmente apoiaria sua agenda de “lei
e ordem”.
Foi bom que Jesus não estivesse concorrendo
para eleição, porque a Sua intenção era
fazer mais do que preservar a Justiça. Seu
objetivo era transformar aquela mulher
ferida, confusa e amedrontada em alguém que
pudesse novamente caminhar entre seus amigos
sem constrangimento.
Estranho, não é, como o inimigo de Cristo –
de quem geralmente pensamos como estando
impregnado de ilegalidade e injustiça – pode
parecer mudar de direção e clamar por
“justiça”?! De modo interessante, esta
revelação dos fatos em João 8 é um prenúncio
do próprio conflito que explodirá no juízo
final. Porque, como Deus Se levanta em favor
do Seu povo (Zac. 3:1 e 2), o “acusador de
nossos irmãos” (Apoc. 12:10) acusará a Deus
de ser injusto por não fazer aos pecadores o
que a “justiça” requer, destruindo-os.
Mas Deus não quebra a lei quando age de
maneira amorosa e redentora, porque o
imperativo supremo da lei é o do amor. A lei
protege o amor; não o leva cativo. E assim
quando Jesus emitiu uma mensagem de perdão
restaurador para essa mulher culpada, estava
agindo inteiramente em harmonia com a lei do
amor. Contudo este aspecto da lei é aquele
que Satanás e seus seguidores são incapazes
de compreender.
O plano do homem para a justiça penal
amedronta as pessoas em aquiescência
externa. Nunca deve ser confundido com o
plano divino para a restauração dos
pecadores. Jesus não passou por alto aquele
pecado da mulher. Primeiro a curou. Depois,
morreu por ela. |
14 de Maio |
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Ligando a Luz
“Eu faço sempre o que Lhe agrada.”
João 8:29.
Muitos crentes atribuem sua desconfiança de
Deus aos relatos de Seu trato com as pessoas
no Antigo Testamento. Indagam se o Deus do
Antigo Testamento e Jesus Cristo são mesmo
compatíveis. Todavia, o próprio Cristo
disse: “Nada faço por Mim mesmo; mas falo
como o Pai Me ensinou. E Aquele que Me
enviou está comigo, não Me deixou só, porque
Eu faço sempre o que Lhe agrada.” João 8:28
e 29.
A vida e os ensinos de Cristo SÃO
compatíveis com o Deus retratado no Antigo
Testamento. De fato, Jesus explicou que Ele
ERA o “EU SOU” do Antigo Testamento (verso
58). Embora assim não possa parecer
imediatamente, Jesus – como o Cristo ou como
o Eu Sou – “é o mesmo ontem, hoje, e para
sempre”. Hebreus 13:8, NEB. E Sua missão tem
sido sempre revelar o Pai à raça humana.
“Mas”, exclama você, “o Deus do Antigo
Testamento era tão severo! Jesus não era
nada semelhante a Ele!” Este pode ser um
caso de ver sombras na noite, como a criança
que estava certa de que havia um ladrão em
seu quarto. Quando a sua mãe acendeu a luz,
ela viu que isto era apenas o seu roupão de
banho pendurado na porta do guarda-roupa.
Semelhantemente, podemos afugentar as
sombras do Antigo Testamento “acendendo a
luz” do Novo Testamento.
Também isto ajuda a permitir que passagens
mais claras das Escrituras iluminem aquelas
que são mais ambíguas. Por exemplo, Deus
diz: “Pois misericórdia quero, e não
sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais
que holocaustos” (Osé. 6:6). Não precisamos
lutar contra a idéia de que Deus está mais
interessado em equilibrar o relato dos
pecadores do que em nosso conhecimento dEle.
O ministério de Cristo em prol das pessoas
como Maria Madalena demonstra esta verdade.
Outra vez, nos é dito: “Por isso, o Senhor
espera, para ter misericórdia de vós, e Se
detém para Se compadecer de vós, porque o
Senhor é Deus de justiça”. Isa. 30:18. Isto
com certeza lança uma luz diferente sobre o
conceito de um Deus justo que está pronto
para punir com severidade os ímpios! Jesus
ecoou esta ampliada compreensão da justiça
quando declarou: “Porquanto Deus enviou Seu
Filho ao mundo, não para que julgasse o
mundo, mas para que o mundo fosse salvo por
Ele”. João 3:17.
“Acendamos” a Luz e regozijemo-nos! |
15 de Maio |
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Não os Deixe Zangados, Papai!
“E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à
ira, mas criai-os na disciplina e na
admoestação do Senhor”.
Efés. 6:4.
Tente rememorar a sua própria infância. Pode
você se lembrar de uma ocasião em que
despertou cedo de manhã, olhou-se no espelho
e disse: “Penso que hoje vou ser rebelde”?
Pode se lembrar de uma ocasião em que fez
uma simples e perversa escolha para estar
zangado com seus pais?
É um princípio que a maioria das crianças é
de índole pacífica e feliz em vez de zangada
e impiedosa. A premissa paulina no texto de
hoje – apesar de dolorosa para ser admitida
pelos pais – é que se uma criança se torna
irada, com muita probabilidade a culpa é do
pai, porque o pai trata a criança de um modo
que revela falta de respeito pelo seu
legítimo senso de liberdade e
individualidade.
Com muita freqüência, nós os pais queremos
tanto que nossos filhos obedeçam que os
irritamos, os atormentamos, até mesmo os
depreciamos em nome da disciplina. Então
quando eles reagem como Paulo predisse que
fariam, freqüenteesvanecido quando
seu amigo chegou, com uma hora e meia de
atraso. “Sinto muito!” disse ele mui
prontamente. “Houve engarrafamento. Pode
você tomar outro ônibus?”
É
muito fácil fazer promessas. Contudo,
nosso cumprimento nem sempre pode ser
tão bom como nossas intenções. E há
algumas coisas que são tão
decepcionantes e potencialmente
prejudiciais quanto uma promessa
violada. Além de gerar irritação de ser
incomodado quando alguém com quem você
contava o decepciona, seu relacionamento
com aquela pessoa pode sofrer
significativo dano. Dúvidas quanto à
dignidade própria podem insinuar-se; a
confiança pode ser substituída pela
precaução. Uma hesitação em confiar na
palavra das pessoas pode desenvolver-se.
Infelizmente, estas atitudes e
sentimentos facilmente transportam-se
para nosso relacionamento com Deus.
Embora não o denotemos, é possível que
tenhamos sentimentos ocultos de cautela
em relação às Suas promessas
concernentes a nós. Então, sabemos que
não devemos nos sentir deste modo,
também lutamos com a culpa. Qual é a
atitude de Deus no tocante a nós nestes
assuntos?
Em
nosso texto de hoje lemos do “Deus de
promessa positiva”. Ele compreende nossa
necessidade de afirmação, especialmente
porque com freqüência não vemos
imediatamente os resultados de Suas
promessas. Deveras, este é o motivo por
que Ele enviou Jesus para viver entre
nós: para dar confirmação visual ao Seu
concerto empenhado conosco. “Porque
todas as promessas de Deus encontram seu
Sim nEle. Eis porque pronunciamos o Amém
por meio dEle, para a glória de Deus.”
II Cor.1:20, RSV. Deus nos mostrou
através da vida de Seu Filho que Ele nos
perdoou. Ele nos aceitou. Ele proveu um
fim para o pecado – que é a separação
entre Ele mesmo e nós, Seus filhos
perturbados.
A
atitude positiva de Deus para conosco,
exemplifica na vida de Cristo, visa
habilitar-nos a exprimir confiantemente:
“Amém! Cremos! Que isto aconteça!” |
Sentindo-se Confortados em Sua Presença
“Pela
qual temos ousadia e acesso com confiança,
mediante a fé nEle.” Efés. 3:12
Tente
imaginar como você se sentiria se fosse um
estudante malcomportado que o professor
enviasse para conversar com o diretor. Você
permanece olhando para a fivela do seu
cinto, mãos suadas entrelaçando-se por trás
de você, culpado conforme acusado. Sua voz
parece provir dos elevados espaços acima.
Você provavelmente desejaria estar em quase
qualquer outro lugar!
Ou
imagine que você é o noivo no dia do seu
casamento. Você acaba de ver seu futuro
sogro acompanhando a mais bela jovem do
mundo descendo a nave lateral da igreja e
coloca sua mão em seu braço. Agora você está
na presença do pastor e dos convidados,
contemplando seus olhos radiantes. Pode você
pensar em algum outro lugar no mundo em que
gostaria de estar?
Sempre
que nos aproximamos de uma pessoa, sentimos
algumas emoções definidas por estar na
presença daquela pessoa. Alguns encontros
gostaríamos de evitar; outros gostaríamos de
repetir. Depende inteiramente da interação
de sentimentos entre as duas partes. E a
maior parte desses sentimentos centraliza-se
em torno de como nos sentiremos realçados ou
diminuídos na presença do outro.
A julgar
pelo verso de hoje, como provavelmente se
sentiria Paulo na presença de Deus?
Sentir-se ia tenso, reprimido e intimidado
diante de seu Senhor? Iria relutantemente ao
seu Pai, desejando que pudesse estar em
quase qualquer outro lugar? Parafraseando
seu comentário aos efésios, talvez
pudéssemos ouvir Paulo dizendo: “Sinto
liberdade na presença do meu Deus... porque
eu O CONHEÇO. Confio em Seu contínuo amor e
aceitação. Não sinto nenhuma necessidade de
impressiva pretensão, de brincadeira de jogo
mental, de ansiosas tentativas para granjear
Sua estima; porque estou certo de Sua
atitude para comigo. Foi retratada em
Jesus”.
Alguns
contestariam esta opinião, asseverando que
pecadores não têm nenhum direito de
sentir-se confortáveis na presença de um
Deus santo. Temem que tal conforto
resultaria em frouxidão em nossas tentativas
para vencer o pecado, ou que diminuiria
nossa percepção da grande aversão de Deus ao
pecado. Mas há uma diferença entre sentir-se
confortado como um pecador pela presença de
Deus e sentir-se confortável enquanto está
pecando apesar da presença de Deus. Por que
Ele “nos conforta em toda a nossa
tribulação” (II Cor.1:4), cura-nos por
aquela afetuosa intimidade para que não
tenhamos mais necessidade de pecar. |
18 de Maio |
Topo |
O Dom Significativo
"Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria,
paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão, domínio próprio.
Contra estas coisas não há lei.”
Gál. 5:22 e 23.
Quando é tempo de dar um presente a alguém,
geralmente temos de decidir entre comprar
algo que a pessoa usaria ou algo que ela
realmente gostaria. Quão emocionante é
encontrar um presente que se ajusta a ambas
as categorias. Isto é especialmente
verdadeiro quando se trata de dar aos nossos
filhos.
Lemos em S. Luc. 11:13: "Ora, se vós, que
sois maus, sabeis dar boas dádivas aos
vossos filhos, quanto mais o Pai celestial
dará o Espírito Santo àqueles que Lho
pedirem?" Um dos melhores dons que nos
poderia dar é o Seu Espírito. E é útil e
maravilhosamente agradável.
Primeiro, examinemos a utilidade deste
extraordinário dom. Falando dele, disse
Jesus: "Eu vo-Lo enviarei. Quando Ele vier
convencerá o mundo do pecado, da justiça e
do juízo... porque há de receber do que é
Meu, e vo-lo há de anunciar." S. João 16:7,
8 e 14. Quão maravilhosamente prático! E nos
é dito até mesmo como ele opera. O Espírito
receberá a verdade em Jesus e no-la
revelará. Qual é a verdade em Jesus? "Quem
Me vê a Mim, vê o Pai." S. João 14:9.
Que qualidades reveladas do Pai são
inerentes no dom do Espírito? Paulo as
enumera: "amor, alegria, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fidelidade, mansidão,
domínio próprio." Gál. 5:22. Nestas mesmas
qualidades encontramos o segundo aspecto do
incrível dom de Deus: deleite.
Não somente é o fruto do Espírito uma
declaração positiva da atitude de Deus para
conosco, é uma notável declaração de Sua
intenção de partilhar a Si mesmo conosco!
Quando esta revelação começa a penetrar
nosso coração, que tremendo deleite começa a
inundar nosso ser! Nosso Deus é tão bom, tão
infinitamente amável e gentil, tão
impressionantemente paciente e amoroso, tão
deliberadamente sóbrio quando agimos de
maneira insensata, que não podemos duvidar
do Seu amor. Gozamos o prazer de Sua
satisfação sobre nós. Confiamos em sua
fidelidade. E partilhamos de Sua paz.
Este maravilhoso dom que o Pai tão
sensivelmente escolheu para nós visa
tornar-se uma parte do nosso próprio ser.
Podemos participar de sua opulência.
Podemos, de fato, partilhar continuamente
sua abundância com outros, o que o faz
totalmente mais deleitoso!
Obrigado, Pai! |
19 de Maio |
Topo |
Teologia de Cozinha
"Pois o querer o bem está em mim; não,
porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem
que prefiro, mas o mal que não quero este
faço”
Rom. 7:18 e 19.
Superficialmente, parecia uma cena
tranqüila, doméstica. O aroma de cozido
apetitoso procedia da cozinha, enquanto o
Hóspede de honra estava sendo cortesmente
acolhido na sala de estar. Contudo, havia
uma ansiedade pobremente escondida
crepitando pela casa: a colher sendo batida
com muita energia sobre a mesa; a voz tensa
enquanto a irmã mais velha invocava
autoridade religiosa para levar sua irmã
mais nova a tomar mais a sério a vida.
Jesus via nisto muito mais do que uma
altercação doméstica ou rivalidade entre
irmãs. Via em Marta e Maria duas abordagens
nitidamente diferentes à vida espiritual e a
Si mesmo. E não deixou dúvida quanto ao que
Ele via como duradouramente útil.
Marta era um protótipo do estilo de
experiência religiosa de Romanos 7. Embora
Jesus tivesse sido "recebido em sua casa",
sua experiência era ainda de distração,
ansiedade e inquietação. Marta era
tiranizada pelos "deveres" da vida
religiosa. Embora sua mente consentisse que
ela deveria fazer muitas coisas para agradar
a Jesus, o ato de fazê-las era deformado
pelos temores de inadequabilidade. A falta
de alegria de sua conduta revelava que suas
ações não eram o fluir livre de sua
respiração natural.
Maria, por outro lado, tinha descoberto a
experiência de Romanos 8. Era fascinada pela
união de seu espírito com o de seu Salvador,
clamando "Abba, Pai!" Tinha descoberto que a
essência da vida espiritual estava
centralizada no relacionamento em vez de no
desempenho. Estava liberta do espírito de
escravidão e temor, livre para conhecer a
vida e a paz porque estava encantada com o
Doador da vida.
Jesus aprovou a escolha de Maria, porque
sabia que a sua escolha era o oposto daquela
feita por Adão e Eva no Jardim. Sabia que,
precisamente como a separação de Deus traz
em seu séquito toda maldição, assim a união
pessoal com Deus traz toda bênção. Longe de
tornar-se um místico passivo, sabemos que
Maria prosseguiu para tornar-se uma vigorosa
obreira na jovem igreja. E isto porque a
motivação florescente no coração de Maria
não podia ser tirada!
Nada pode com mais eficiência satisfazer as
nossas mais profundas necessidades íntimas
do que assentar-se aos pés de Jesus, absorto
em Suas restauradoras revelações de Seu Pai
e em Sua afeição pessoal por nós. |
20 de Maio |
Topo |
Cirurgia de Band-Aids e do Coração Novo
"O amor que Ele nos mostrou enviando Seu
Filho como o remédio para a poluição dos
nossos pecados.”
I João 4:10, NEB.
Disse Hipócrates: "Os remédios extremos são
muito apropriados para enfermidades
extremas." Em outras palavras, você não
aplica um Band- Aid (pequena atadura)
a alguém que sofreu uma cirurgia do coração.
Como cristãos, falamos muito sobre
"livrar-se do pecado" em nossa vida.
Regozijamos porque o sangue de Jesus "cobre
nossos pecados". Mas que estamos realmente
dizendo? Mais importante, que cremos em
relação ao sacrifício expiatório de Cristo?
Compreender a morte de Cristo como um meio
para apaziguar um Deus irado é diminuir todo
o processo da redenção. Isto faz de Jesus um
divino Band-Aid sobre a "cirurgia do
coração novo" que Deus está realizando
individualmente por todos nós.
A maneira como encaramos o pecado determina
como nos aproximamos do Cirurgião. Se. o
pecado é mau comportamento, vamos esperar
que o substitua por melhor comportamento.
Infelizmente, como no caso da cirurgia
literal do coração onde os hábitos
prejudiciais causaram degeneração, a
cirurgia corretiva não é suficiente. Mesmo
como a saúde física somente é assegurada com
uma mudança no estilo de vida, a "cirurgia
do coração novo" só é bem-sucedida até onde
nossa opinião de Deus tenha mudado.
Nosso Deus viu como apropriado no trato com
a doença do pecado o remédio extremo de
enviar "Seu Filho unigênito ao mundo para
trazer-nos vida". Note: "E o Seu amor nos
foi revelado NISTO." I João 4:9, NEB. Posso
propor um importante esclarecimento? Foi o
AMOR revelado no envio do Filho, o remédio
primário, não a morte física de Cristo na
cruz. "O amor do qual eu falo é... o amor
que Ele nos mostrou enviando Seu Filho como
o remédio para a poluição dos nossos
pecados." Verso 10, NEB.
Deixe-me explicar mais. Em Heb. 3:12 Paulo
aconselha: "Tende cuidado, irmãos, jamais
aconteça haver em qualquer de vós perverso
coração de incredulidade que vos afaste do
Deus vivo." É a descrença em Deus o que
torna o coração mau - não a descrença de que
Ele existe, mas a descrença em QUEM é
Ele. Não faria absolutamente nenhum bem
remover os resultados desta descrença de
nossa vida (pecado) se retivéssemos a danosa
opinião de que o próprio Deus está causando
o problema! Portanto, Deus mostrou-Se-nos a
Si mesmo em Seu Filho. Mostrou-nos a todos
que precisamos mudar de opinião quanto a
Ele.
"Esta É a "cirurgia do coração novo"! |
21 de Maio |
Topo |
Bastante Seguro Para Arriscar
"Compareceu o primeiro e disse: Senhor, a
tua mina rendeu dez. Respondeu- lhe o
senhor: Muito bem, servo bom, porque foste
fiel no pouco, terás autoridade sobre dez
cidades. " Luc. 19: 16 e 17.
Imagine um consultor de investimento vindo a
você com um negócio infalível para obter um
retorno de dois a um em um investimento. Sem
dúvida você ficaria profundamente
interessado e começaria a procurar o seu
talão de cheques. Contudo, se ele oferecesse
um retorno de cinco a um, provavelmente você
ficaria um pouco apreensivo quanto aos
riscos envolvidos e pediria tempo para
pensar na proposta.
Mas se o consultor de investimento lhe
oferecesse um retorno de dez a um, você
provavelmente imaginaria: "Isto é muitíssimo
arriscado! E possível que este indivíduo
esteja em dificuldade com a Bolsa de
Valores. As pessoas perdem tudo o que têm
neste tipo de ousada especulação. Não vou me
arriscar."
Contudo, na parábola de Jesus, este é o
homem que recebeu a mais generosa afirmação!
Ele era muito ousado, com visão bastante
ampla, para aventurar-se em um projeto de
grandes proporções. Isto continha a promessa
de ser um sucesso formidável... ou um
fracasso monumental. E o dinheiro pertencia
a mais alguém!
Mas isto suscita uma séria pergunta quanto
ao fato de haver tantos rebeldes contra o
nosso Pai celestial. Ele nunca agiu em
relação a nós de uma maneira que nos
incitasse a ira. Mesmo no trato com nossos
mais graves pecados, Ele tem agido de tal
modo que revela respeito por nossa
auto-estima e protege nossa individualidade.
Não tem procurado nos humilhar para
conseguir a submissão, nem nos subjuga com
violentas ameaças de retribuição. Por que,
então, há tantas pessoas hostis contra o
nosso benevolente Pai?
Jesus põem o dedo exatamente no problema
quando diz: “Um inimigo fez isso”. Mat.
13:28. Os rebeldes não são hostis contra
Deus de per si, mas contra a opinião de Deus
que Satanás tem retratado. E têm caído por
causa disto, pensando que esta é a
verdadeira informação! Dificilmente posso
contar o número de vezes em que falei com
pessoas que pareciam estar fugindo
precipitadamente pela porta do fundo da
igreja; contudo, ao falarmos acerca de suas
razões, desdobram um quadro de Deus pintado
em linhas escuras e opressivas pelo próprio
inimigo. E imaginam que têm motivo justo
para estar zangados com Deus.
Surpreendentemente, Deus não castiga Seu
povo por sentir deste modo acerca dEle. Em
vez disto, ilumina-os! |
16 de Maio |
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O Deus de Promessa Positiva
“Porque
quantas são as promessas de Deus tantas
têm nEle o sim; porquanto também por Ele
é o amém para glória de Deus, por nosso
intermédio”.
II
Cor.1:20
“Estarei lá para encontrá-la.” Sua
promessa era tão animadora! Ela estaria
voando mais de três mil e duzentos
quilômetros através do país para uma
grande metrópole onde então precisava
fazer uma apressada conexão com uma
linha de ônibus a fim de chegar ao seu
destino. Não tendo viajado muito, sua
falta de conhecimento dos terminais do
aeroporto causou-lhe não pouca
ansiedade. A resposta rápida de seu
amigo enchera-lhe o coração de
entusiasmo. Entretanto, dois dias depois
no aeroporto, os últimos vestígios
tinham há muito se d-ALIGN: justify">
Talvez esta seja a explicação. Ele fora
solicitado a investir aquele dinheiro em
favor de outra pessoa: seu senhor.
Certamente ele interrogou-se a si mesmo:
"Que acontecerá se eu o investir em um
arriscado projeto e algo não der certo?
Ficará ele escandalizado comigo e me
condenará por fazer uma tentativa honesta?
Ou ficará no mínimo contente porque eu me
dispus a esforçar-me por alguma coisa de
importância?" Afinal, foi a confiança em seu
senhor que o levou a gerir o dinheiro
ousadamente. Não somente foi elogiado, mas
foi-lhe dada a responsabilidade de
administrar dez cidades.
Mas a parábola de Jesus não é primariamente
sobre dinheiro. É sobre pessoas que sentem
que o meio mais seguro de reter o favor de
Deus é viver vida medíocre, convencional e
isenta de riscos. É uma mensagem acerca de
um Senhor que envolve Seu povo em tão
intensa segurança que eles estarão dispostos
a fazer grandes planos para Ele.
Se algo der errado, Ele dirá: "Estou
satisfeito porque no mínimo estiveste
disposto a tentar. Olhe aqui! Tenho mais
recursos para ti; tente outra vez!"
O Senhor chamou o servo de “bom e fiel“
porque ele conhecia o coração do Senhor –
que o tornou bastante seguro para arriscar! |
22 de Maio |
Topo |
O Cordeiro Vegetal da Tartária
"E disse: Arreda! Satanás, porque não
cogitas das coisas de Deus, e,sim das dos
homens.
Mar. 8.33
A lenda do Cordeiro Vegetal da Tartária,
metade planta e metade animal, originou-se
na Idade Média. Quando pela primeira vez foi
apresentado o algodão aos europeus que
viajavam para o Extremo Oriente, planta que
lhes era totalmente desconhecida naquele
tempo, eles o tomaram por lã - substância
que conheciam. Sendo que a lã procedia das
ovelhas, deduziram que o algodão era
proveniente de cordeiros que cresciam de uma
árvore à qual os cordeiros estavam ligados
pelo umbigo. Dizia-se que os cordeiros
pastavam enquanto a planta curvava-se ao
chão. Os cordeiros e a planta morriam depois
que toda a grama ao redor tinha sido comida.
Rimos de idéias tão absurdas. Contudo tais
lendas freqüentemente sobrevivem durante
séculos como fato aceito. Não era diferente
nos dias de Jesus. A vinda do Messias tinha
sido tão envolvida pela lenda e a tradição
judaicas que quando Jesus "começou a ensinar
[aos Seus discípulos] que era necessário que
o Filho do homem sofresse muitas coisas,
fosse rejeitado pelos anciãos, pelos
principais sacerdotes e pelos escribas,
fosse morto e que depois de três dias
ressuscitasse... Pedro, chamando-O à parte,
começou a reprová-Lo". Embora Jesus
expusesse isto "claramente"! Mar. 8:31 e 32.
Maravilhamo-nos da atitude de Pedro.
Considerava isto "Tudo errado!" Tão errado,
de fato, que Jesus foi impelido a proferir
uma das Suas mais chocantes repreensões:
"Arreda! Satanás", disse Ele, "porque não
cogitas das coisas de Deus, e, sim, das dos
homens." Verso 33. Posso sugerir que nossas
idéias quanto ao motivo por que Jesus teve
de morrer poderiam estar tão distantes do
alvo como estava a resistência de Pedro a
que isto ocorresse?
Jesus dirigiu-Se diretamente a Satanás não
para censurar ou humilhar a Pedro diante de
seus amigos, mas a fim de chamar
dramaticamente a atenção para o originador
de tal pensamento. Nossos primeiros pais
aceitaram o fatal engano de que teriam vida
separados do Criador. Quando Pedro clamou:
"Não, Senhor, isto jamais Te acontecerá"
(Mat. 16:22, NEB), estava na realidade
reafirmando a mentira da serpente: "É claro
que não morrereis". Gên. 3:4, NEB.
A morte de Cristo como o Filho do homem
deveria demonstrar de uma vez por todas o
que traz a separação de Deus. Insinuar que
Deus exige morte como penalidade por não
acreditarmos nEle é pouco melhor do que
presumir que a lã cresce nas arvores, não
importa quantas pessoas assim pensem. |
23 de Maio |
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“Tu és um Homem Severo”
“Então veio outro dizendo: ’Senhor , esta
aqui a tua a tua libra, que eu guardei em
lenço; pois tive medo de ti porque és um
homem severo.”
Luc. 19:20 e 21, RSV
A maioria dos autores, escrevendo no campo
da personalidade humana, classificam a
timidez extrema como um tipo de distúrbio
emocional. A pessoa retraída, temerosa,
passiva, que raramente acha coragem para
afirmar-se em qualquer interação social não
está usufruindo toda a sua personalidade.
Muitos autores remontam este exemplo de
timidez excessiva a um individuo muito
forte, autoritário (geralmente um pai) nos
primeiros anos de vida da pessoa.
O exemplo usual é de alguém que está muitas
vezes reprovando asperamente por ter feito
algo errado. Os riscos emocionais envolvidos
em cometer um erro tornam-se tão grandes que
alguém se retrai na segurança de não fazer
absolutamente nada. Ao continuar o exemplo,
a pessoa curva-se em solidão, nenhuma nova
aventura na vida.
Quão doloroso era para Jesus, portanto,
quando Seus amigos terrestres consideravam
Seu Pai como “um homem severo”! Assim,
contou-lhes a parábola de um homem que tomou
sua vida – seus talentos, energia, mesmo sua
personalidade – e a escondeu dentro do lenço
do temor. Toda a sua existência tornou-se
monótona, “cautelosa” e improdutiva. Nenhuma
nova amizade para ampliar seus horizontes,
nenhum novo método de testemunhar, nenhuma
nova dimensão de desenvolvimento. Porque?
Porque via o Mestre como Alguém que Se
precipitaria sobre ele com severos juízos se
tentasse e falhasse.
Conquanto a parábola de Jesus termina com
forte insatisfação para com todos os que
mantém tal ponto de vista, ela é um luminoso
farol de esperança para todos os que
consideram o Pai como o “Infinito
Bisbilhoteiro” que espreita nas esquinas de
sua mente, pronto para apanhá-lo em algum
pequeno defeito. Quase podemos ouvir Jesus
bradando: “Meu Pai não é isto! Em Sua
amizade estareis seguros para arriscar,
ousar, crescer,... e sim, até para tropeçar
e então tentar novamente. Meu Pai vos
ajudará”
Na parábola de Jesus, seu servo foi
condenado, não por fazer alguma coisa
errada, mas por sustentar ponto de vista tão
desnecessariamente trágico de seu Senhor.
Não é uma parábola acerca de mordomia
financeira, nem sobre auxilio às atividades
missionárias da igreja local. Em vez disto é
um dos meios mais poderosos de que Jesus Se
serviu para salientar quão profundamente
nossa opinião de Deus molda a qualidade de
toda a nossa vida. “Na amizade de Meu Pai”,
diz Ele, “estareis livres para arriscar!” |
24 de Maio |
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Sempre Subindo
"Não percais o vosso seguro ponto de apoio.
Mas crescei na graça e no conhecimento de
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo."
11 S. Ped. 3:17 e 18, NEB.
Os que escalam montanhas sabem o quão
importante é encontrar um seguro ponto de
apoio antes de continuar a subir. Somente os
afoitos se moverão antes de estar certos de
sua posição. A precaução, contudo, não
implica em inércia. De fato, ser cauteloso
sugere que o movimento é antecipado. O temor
produz inatividade. É um assunto
completamente diferente gritar "Pare!" de
advertir: "Seja cuidadoso!"
Na área do crescimento cristão, permeiam
três atitudes distintas: imprudência,
cautela e temor. Creio que nossa opinião de
Deus decide que atitude adotamos. Em 11 S.
Pedro 3:4 lemos da inconseqüente abordagem a
Deus: "Onde está a promessa da Sua vinda?
porque desde que os pais dormiram, todas as
coisas permanecem como desde o princípio da
criação." Tais pessoas crêem que Deus não
está envolvido nos negócios do homem -quer
porque Ele não existe, não Se preocupa, quer
por que é tão indulgente que não reage.
Deus Se preocupa muito! O verso 9 nos diz:
"Não retarda o Senhor a Sua promessa, como
alguns a julgam demorada; pelo contrário,
Ele é LONGÂNIMO para convosco, não querendo
que nenhum pereça, se não que todos cheguem
ao arrependimento" - a experimentar a
restauradora "transformação da mente" no que
concerne a Ele.
Podemos ser cautelosos sem ficar com medo.
Conquanto advertidos a não perdermos o nosso
"seguro ponto de apoio" por causa do erro
potencial, somos exortados a crescer "na
graça e no conhecimento de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo" (versos 17 e 18). A
vinda do Dia de Deus não precisa
paralisar-nos de temor. Podemos aguardá-la
avidamente porque "temos Sua promessa"
(versos 12, 13). Nosso quadro de Deus pode
ser tranqüilizadora e emocionalmente claro
em Jesus! E Jesus prometeu que na casa do
Pai há um preparo especial que está sendo
feito para o nosso regresso ao lar.
Apenas temos começado a conhecer o Pai
através de Cristo! Por Sua generosa e pronta
aceitação de nós, podemos estar certos de
que Deus deseja que estejamos sempre
ascendendo em nossa aproximação dEle. Novas
idéias farão vibrar nossa alma enquanto
subimos mais e mais alto, distanciando-se
dos enganos deste mundo. E se escorregarmos,
sabemos que por baixo de nós estão Seus
braços eternos.
E algum dia claro veremos para sempre! |
25 de Maio |
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O Melhor Exemplo de Fé
"Estou crucificado com Cristo: não obstante
vivo,' contudo não eu, mas
Cristo vive em mim: e a vida que agora
vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de
Deus, que me amou e a Si mesmo Se entregou
por mim. " Gál. 2:20, KJV.
Tenho
freqüentemente solicitado a grupos de
pessoas que nomeiem o que eles crêem ser o
melhor exemplo de "fé" na Bíblia. Muitas
pessoas favorecem os conhecidos heróis da
fé: Abraão, Jó, Moisés, ou Elias. Alguns
mencionam João Batista ou Davi.
Quando são solicitados a explicar suas
escolhas, as pessoas geralmente falam
daqueles eventos, tais como: Abraão
oferecendo a Isaque, em que as pessoas fazem
coisas extraordinárias que parecem não ter
nenhum sentido. Parece que, para muitos
cristãos, a fé tem mais a ver com cega
credulidade do que com um relacionamento que
transforma a vida.
Isto é revelado pelo fato de que
virtualmente ninguém jamais nomeia Jesus
Cristo como o melhor exemplo de fé.
Raramente lhes ocorre que Ele viveu vida tão
exemplar somente por Seu relacionamento de
fé com o Pai. É comum pensar em Jesus como
um exemplo em termos de comportamento
adequado para seguirmos. Mas o sentido
primário em que Jesus é o nosso exemplo é na
confiante, dependente e informal amizade com
Deus que habilitou Jesus a ter o
procedimento apropriado.
Jesus falou explicitamente de Seu
relacionamento de fé com a divindade fora de
Si mesmo: "Nada faço por Mim mesmo; mas falo
como o Pai Me ensinou. E Aquele que Me
enviou está comigo, não Me deixou só, porque
Eu faço sempre o que Lhe agrada." S. João
8:28 e 29. A divindade que enchia a vida de
Jesus com poder e propósito não era Sua
própria, mas de Seu Pai.
Contemplar a maneira como Jesus viveu Sua
vida investe a palavra "fé" de significado
explícito. Ao cair moribundo no chão em
Getsêmani, esmagado pela mais difícil
decisão que qualquer pessoa já foi chamada a
tomar, clamou três vezes: "Não se faça a
Minha vontade, e, sim, a Tua." Horas depois,
quando as nuvens da segunda morte começavam
a circundá-Lo, Suas últimas palavras
expressavam confiança explícita: "Pai, nas
Tuas mãos entrego o Meu espírito!"
Quando Paulo descreve os meios pelos quais
ele vivia a nova vida, diz que é através de
um tipo de relacionamento de fé muito
especial, o tipo de fé de Jesus. E este
mesmo relacionamento está à nossa
disposição! |
26 de Maio |
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O Ouro dos Trouxas e a Fé Cega
"Aconselho-te que de Mim compres ouro
refinado pelo fogo para te
enriqueceres.” Apoc. 3: 18.
Nos dias da Corrida do Ouro em meados de
1800, muitas pessoas lançavam as vistas para
a Califórnia. Freqüentemente vendiam tudo o
que possuíam, migravam para o oeste na
esperança de enriquecer. Alguns ficavam
ricos, muitos não. Talvez as mais tristes
histórias contadas são a respeito daqueles
que imaginavam ter ouro quando, de fato,
suas pretensões consistiam de pirita -ouro
dos trouxas!
No livro
do Apocalipse são narradas as sete
diferentes fases da igreja cristã desde os
dias dos apóstolos. A Laodicéia aqueles que
vivem no próprio fim do tempo diz Deus:
"Pois dizes: Estou rico e abastado, e não
preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu
és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e
nu." Apoc. 3:17.
Quantas
vezes tenho ouvido esta passagem lida
através de dentes cerrados, como se Deus
dificilmente pudesse restringir Sua ira e
desgosto! Todavia Ele diz claramente no
verso 19: ".Eu repreendo e disciplino a
quantos amo.” Com a noção de e”disciplinar”
, compreendemos que é com insistência que
Ele nos mostra o nosso erro a fim de
salvar-nos de ser comprometidos e
humilhados. Oferece mesmo uma solução:
"Aconselho-te que de Mim compres ouro
refinado pelo fogo para te enriqueceres."
Verso 18.
Que é esse ouro preciosamente genuíno que
Ele nos oferece? "Para que o valor da vossa
fé, uma vez confirmado, muito mais precioso
do que o ouro perecível, mesmo apurado por
fogo, redunde em louvor, glória e honra na
revelação de Jesus Cristo." I S. Ped. 1:7. É
a nossa fé em Deus, conforme provada nos
fogos da experiência pessoal, que nos traz
"toda riqueza da forte convicção do
entendimento, para compreenderem plenamente
o mistério de Deus, Cristo, em que todos os
tesouros da sabedoria e do conhecimento
estão ocultos". Colos. 2:2 e 3.
Deus não deseja que tenhamos uma fé cega
nele. Se o que crermos a respeito dEle não
se integra realística e eficazmente em cada
faceta de nossa vida e de nosso trato com os
outros, essa fé é tão boa quanto o ouro dos
trouxas. A solução envolve comunhão com
Ele.. Diz Ele em essência: "Compreendo e
quero ajudá-lo. Permita-Me cear com você
para que possamos conversar!”
Ouçamo-Lo até o fim! |
27 de Maio |
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Jesus é um Cavalheiro
"Eis que estou à porta, e bato,. se alguém
ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei
em sua casa, e cearei com ele e ele comigo.
" Apoc. 3:20.
Jesus pode invadir o vasto vazio do espaço,
proferir apenas uma palavra e impulsionar
mundos, sistemas solares e galáxias. Pode
invadir uma tumba cavada na rocha,
penetrando até mesmo os ouvidos do morto com
a ordem: "Lázaro, sai para fora!"
Pode invadir as células de um corpo dominado
pela enfermidade com a simples ordem: "Sê
restaurado!" Sem pedir permissão, Jesus
comanda os exércitos do Céu, as estrelas das
galáxias e os elétrons nos átomos.
Mas quando Ele Se aproxima da lealdade da
mente humana, a "invasão" pára. Não dá
nenhuma ordem, não insinua nenhuma ameaça.
Não força a porta. As Escrituras O retratam,
com a máxima cortesia, do lado de fora da
porta, batendo. E se a porta fosse aberta,
Ele entraria não para pronunciar uma
contundente repreensão por ter sido deixado
do lado de fora, mas para usufruir uma
agradável refeição com o Seu novo amigo.
Pudesse Jesus ter ordenado uma solução para
o problema dos errantes, poderia ter passado
por cima de uns seis mil anos de conflito e
dor. Mas Ele sabia que uma solução imposta
não é solução. E assim, embora a condição
laodiceana seja fatal, Ele somente bate.
Ele bate através daquele doloroso vazio do
coração que somente Ele pode preencher,
através dos esmagadores problemas que
somente Ele pode resolver, através dos
anseios de novos horizontes que somente Ele
pode satisfazer. Bate através das convicções
diretas do Espírito enquanto se está lendo
as Escrituras, através de uma importuna
consciência do embotamento espiritual, e
através dos cativantes apelos de um
verdadeiro amigo.
Há tantos que deixam a porta cerrada à Sua
gentil batida porque supõem que, como um
vendedor de porta em porta, Ele está
simplesmente "mascateando". Novos
comportamentos a adotar. Mais coisas a fazer
e novas listas de coisas a não fazer. Fardos
adicionais a acrescentar a uma vida já
fatigada. Deixam de notar que a porta aberta
acolhe a própria Pessoa - em calorosa e
restauradora comunhão. Querido leitor, tem
você algum motivo válido para dizer-Lhe Não? |
28 de Maio |
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A Pergunta não Respondida
"E Jesus por Sua vez lhes disse: Nem Eu tão
pouco vos digo com que
I autoridade faço estas coisas. " S.
Mar. 11:33.
Logo
depois de ter Jesus alimentado uma enorme
multidão de pessoas com sete pães e alguns
pequenos peixes, foi Ele interpelado pelos
fariseus que saindo "puseram-se a discutir
com Ele; e, tentando-O, pediram-Lhe um sinal
do céu. Jesus, porém, arrancou do íntimo do
Seu espírito um gemido, e disse: Por que
pede esta geração um sinal? Em verdade vos
digo que a esta geração não se lhe dará
sinal algum". S. Mar., 8:11 e 12.
Esses líderes religiosos queriam que Jesus
mostrasse um sinal para provar Sua
autoridade e messiado. Por que Jesus não
agiu de acordo I com os seus desejos? Teria
isto salvo a Ele da agonia da rejeição pelos
pais espirituais de Israel, tornando Sua
missão sobre a Terra um tanto mais fácil?
Certamente, teria tornado a vida mais
simples para os discípulos. Talvez seja este
o motivo por que Jesus os advertiu para que
se acautelassem do fermento dos fariseus
(verso 15) evitassem sua linha de
raciocínio.
Os fariseus queriam ver o poder do fogo!
Afinal, o Messias que deveria libertar os
filhos de Israel do cativeiro romano não era
Ele? Ajuste algumas contas! Faça todas as
nações vizinhas pensar duas vezes antes de
invadir a Terra Prometida! Mas nenhum desses
sinais deveria ser dado. Teria sido
profundamente desencaminhador. Jesus veio
para revelar que Deus deseja amar totalmente
as pessoas, não para intimidá-las em
submissão -TODAS as pessoas, inclusive os
cidadãos de Roma!
Em outra ocasião, enquanto Jesus estava
passeando no pátio do Templo não muito tempo
depois de ter expulsado os cambistas,
"vieram ao Seu encontro os principais
sacerdotes, os escribas e os anciãos, e Lhe
perguntaram: Com que autoridade fazes estas
coisas? ou quem Te deu tal autoridade para
as fazeres?" S. Mar. 11:21 e 28.
Jesus compreendeu que eles desejavam
apertá-Lo contra a parede, esperando que Sua
resposta torná-Lo-ia completamente
vulnerável aos seus desígnios destruidores
contra Sua vida. Em vez disto, Jesus Se
contrapôs perguntando-lhes sobre a
autoridade de João Batista. Temendo expor
seus próprios pensamentos sinuosos ao povo,
declinaram de responder. "E Jesus por Sua
vez lhes disse: Nem Eu tão pouco vos digo
com que autoridade faço estas coisas." Verso
33.
Outra vez, se Jesus dissesse que Deus era
Sua autoridade teria insinuado nuanças de
força muscular em Sua missão terrestre. De
nenhum modo Jesus representaria maio caráter
de Seu Pai! O poder chama a, atenção do
povo, mas é um deficiente ensinador da
verdade divina. |
29 de Maio |
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Duas Espécies de Sofrimento
"Era desprezado, e o mais rejeitado entre os
homens; homem de dores e que sabe o que é
padecer."
Isa. 53:3.
Uma jovem mãe olha ternamente nos olhos de
seu filho fatalmente enfermo. Procura conter
as lágrimas; o nó na garganta é muito grande
para que ela possa falar. Oh, como acaricia
aquela pequenina vida com um amor medido
pelo seu sofrimento!
Uma insegura adolescente corre para a janela
a fim de observar através de lágrimas
ardentes enquanto seu primeiro namorado
caminha em direção da estrada. Acaba de
romper relações com ela, e está certa de que
o mundo terminará antes do pôr-do-sol. Suas
atenções eram para ela o centro de sua
própria existência a um grau medido agora
por seu sofrimento.
Na medida em que alguém ama, na mesma
extensão é vulnerável ao sofrimento. Na
medida em que alguém é egoísta e inseguro,
na mesma extensão é também vulnerável ao
sofrimento. Mas são duas diferentes espécies
de sofrimento! O primeiro tipo baseia-se na
dor daqueles que são amados. O segundo tipo
fundamenta-se no fracasso de ser amado.
O
sofrimento de alguém que é capaz de amar
produz o desenvolvimento do caráter enquanto
luta por todos os meios para trazer cura e
esperança a alguém que está sofrendo. Anseia
por maiores capacidades do coração, mais
profundas sensibilidades da alma, mais
perseverança na oração. Mas o sofrimento de
alguém que não é amado freqüentemente inibe
o desenvolvimento do caráter, enquanto
estende a mão, manipula e manobra para levar
outros a reduzir a dor do seu coração.
Há uma petulante opinião da vida cristã que
sugere que tornar-se cristão significa
lançar-se em uma vida isenta de sofrimento -
caminhando pelo lado ensolarado da rua,
assobiando alegres melodias, como vento nas
costas e sempre um sorriso no rosto. Pessoas
que se rendem a este ponto de vista do
Cristianismo estão sempre desorientadas (e
então ficam desapontadas com Deus) quando
têm de sofrer as realidades deste imundo
planeta.
Aqueles que caminham com seu Mestre não
escapam do sofrimento; em vez disto eles
permutam a natureza do seu sofrimento.
Mudam-se do sofrimento destrutivo para o
sofrimento construtivo, da dor consumidora
de energia para a dor que alarga e produz
crescimento.
Jesus é um Homem de dores e que sabe o que é
padecer -porque Ele nos ama tanto! Aflige-Se
por causa do vazio, a ferida, a confusão e a
autodesilusão na vida de todos nós que
estamos cingidos em Seu grande coração de
amor. |
30 de Maio |
Topo |
Porque Jesus Purificou o Templo
"Entrando Ele no templo passou a expulsar os
que ali vendiam e compravam."S.
Mar.11:15.“
Para muitos, o quadro de Jesus no Templo
virando as mesas dos cambistas e expulsando
os vendedores de pombas e outros negociantes
é um tanto intrigante, enigmático e "em
desacordo" com o Mestre gentil dos
evangelhos. Mas é isto?
Uma coisa
se destaca no ministério de Jesus: a imagem
que Ele mostrou do Pai. Tudo o que fazia 'e
dizia revelava a Deus como razoável.
Compassivo e afável, de sorte que isso
deixou os dirigentes israelitas muito
constrangidos. Sua posição de autoridade
conferia-lhes domínio sobre () povo, e
desempenhavam bem esse papel. No processo,
apresentavam um quadro muito distorcido e
sinistro de Deus.
Este é o
fundamento do ato de Jesus de purificar o
Templo. Não somente as pessoas tinham sido
deixadas por ensinar quanto ao verdadeiro
significado dos sacrifícios que se lhes
exigia levar, mas estavam escandalizadas com
a maneira pela qual eram transformadas em
vítimas monetárias no processo. Trazendo um
cordeiro perfeitamente aceitável, corriam o
risco de ver um sacerdote oficiante
rejeitá-lo por alguma razão obscura. Eram
então conduzidas ao vendedor autorizado de
cordeiros "aceitáveis" dentro do Templo que
lhes provia um animal -a um preço mais alto
do que alguém pagaria em qualquer outro
lugar. Mas por outro lado, eram poupadas do
problema de sair e comprar outro animal que
também poderia não passar no escrutínio dos
sacerdotes.
O fato de que os próprios cordeiros
rejeitados pelos sacerdotes conseguiam ser
"reciclados" nos currais dos vendedores de
"sacrifício aceitável" não era desconhecido
do povo. Mas eles não podiam abolir o
sistema. Eram obrigados a ter um cordeiro
que fosse aprovado na inspeção do sacerdote.
Não é necessário dizer que todo o processo
trazia reprovação a Deus e ao Seu trato com
a desamparada humanidade.
Jesus reagiu! Por quê? Porque Deus estava
desgostoso de que fosse yisto em tal luz.
Era como dizer que Ele estava disposto a
tirar vantagem dos necessitados, que Ele era
irrazoável e arbitrário, que todo o negócio
estava a serviço de frio legalismo. Assim
Deus mostrou ao povo quão abominável era a
transação comercial do Templo à Sua vista
pela medida da indignação revelada por Seu
Filho. Quando Ele virou as mesas de
dinheiro, proclamou sobre Deus: "O dinheiro
não é importante para Mim. As ovelhas não
são importantes para Mim. As pessoas são!
Estou tão contente porque Deus corrigiu o
equívoco! |
31 de Maio |
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Justiça Intrépida
"Ouvi-Me, vós que conheceis a justiça, vós,
povo, em cujo coração está a Minha lei; não
temais o opróbrio dos homens. nem vos
turbeis por causa das suas injúrias"
Isa, 51:7.
Por que a desaprovação dos outros é tão
terrificante para nós? Com freqüência
fazemos quase tudo para evitar que outros
nos considerem errados, sem razão. Reconhece
você em seu próprio coração aquele intenso
desejo de ser correto, de ser reconhecido
como "tendo razão"?
Talvez duvidemos de nossas próprias
convicções, de nossos próprios valores,
quando diferem dos valores aceitos por
outros. Contudo,
o temor
de ficarmos sozinhos pode tornar-nos
frágeis, vulneráveis, facilmente
manipuláveis. E nestes tempos de valores
confusos e intenso conflito, esta não é uma
condição saudável na qual estar.
Como pode o nosso Pai preparar um povo que
seja capaz de permanecer pelo que é direito
nos conflitos finais, contra as poderosas
opiniões de cujo lado parecerá estar o mundo
inteiro? Como podemos nos tornar
essencialmente inabaláveis diante das
pressões, mesmo do ultraje de pessoas que
estão ameaçadas por aqueles "que conhecem a
justiça:.'?
Deus não faz isto vociferando ordens a nós
com maior força do que o mundo ameaçador que
está ao nosso redor. Seu povo não permuta
temor por temor. Em vez disto atendemos ao
Seu convite para ouvir enquanto Ele nos
instrui nos caminhos da justiça. Por meio de
sábio e paciente ensino, escreve Sua lei em
nosso coração. Mas do que isto, Seu amor
poderoso e imutável opera a fim de curar
aquele vazio e aquela insegurança que aflige
a todos nós. Deste modo, Ele nos dá a força
emocional para dizer: "Mundo, não importa o
que pensas de mim. O Deus deste Universo ME
considera precioso!" O trato de Deus com
cada um de nós é tão completo! Começamos
mostrando-nos a diferença entre a justiça e
a impiedade. Dando um segundo passo, Ele nos
ajuda. Coloca em nós os princípios da
justiça; escreve-os em nosso coração para
que eles representem as próprias coisas que
mais gostaríamos de fazer. No final,
torna-nos tão interiormente seguros, tão
adequadamente autoconfiantes nEle, que
perdemos o medidas controvérsias e pressões
dos injustos.
Diz Paulo: "Porque Deus não nos tem dado
espírito de covardia mas de poder, de amor e
de moderação." 11 Tim. 1:7. Que maior força
existe do que alguém saber que permanece com
destemor precisamente no centro da vontade
de Deus e de Seu amor! |
Título
Original em Inglês:
HIS HEALING LOVE
Título em
Português:
O AMOR QUE RESTAURA
Autor:
DICK WINN
Primeira
Edição Publicada em 1987:
CASA PUBLICADORA BRASILEIRA |
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