Fevereiro

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"O Amor e a Aceitação de Deus não são o resultado de uma vida transformada. São o que causa a transformação."
Dick Winn, O Amor Que Restaura, 1987.

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1 de Fevereiro

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Plenitude de Satisfação

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos." S. Mat. 5:6.

Você já comeu sem satisfação, comendo até ficar abarrotado, mas sem contentamento? Por que a sensação de plenitude não é suficiente? A resposta tem a ver com a maneira em que fomos criados à imagem de Deus.

Não fomos criados para ser estúpidos. Foi-nos dado o equipamento, por assim dizer, para mui fina sintonia. Nosso potencial é assombroso! Entretanto, muitas vezes decidimos tão pouco. Nós que fomos destinados a partilhar do trono do Infinito conservamo-nos pouco acima dos animais.

Temos de ir deliberadamente contra esta forte vocação de deslizar para a escória da humanidade. Embora tenhamos nascido no mundo em desarmonia com os princípios divinos, Deus colocou dentro de nós o ardente desejo por algo melhor. Plantamos flores ao lado de nossa casa, mas não porque elas ajudam a sustentar os fundamentos. Gostamos de reunir o útil ao agradável. Realmente não nos satisfazemos com alimento insosso, inapetitoso, não importa o quão nutritivo possa ser. Cientificamente, agora sabemos que o alimento digerido sem sabor não é utilizado pelo corpo na mesma extensão que o alimento consumido com prazer.

Nosso criterioso Deus sabe que jamais seremos felizes com uma religião que salva somente o que é básico – permanência legal nas cortes celestiais – sem a concomitante plenitude da restaurada amizade com os seres celestiais. Seria semelhante à obtenção de um contrato de casamento a fim de tornar-se cidadão de um país sem todavia entrar na relação matrimonial. Isto facultaria o seu ingresso, mas no decorrer dos dias e anos quanto gozo teria você em viver com um estranho?

Com a mente desperta podemos volver os olhos para o Céu com ansiosa antecipação.

Ter fome e sede de Deus e daquele relacionamento que podemos ter com Ele é estar repleto de alegre antecipação. Isto impregna a nossa vida com paciência e simpatia e estimula-nos a novas alturas no trabalho missionário. Afinal, não fomos criados para guardar as boas coisas só para nós!

2 de Fevereiro

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A Felicidade em Partilhar as Realidades de Deus

“Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia." S. Mat. 5:7.

Nada que Deus faz é arbitrário, porque Ele é absolutamente razoável. Se pensamos que Ele é arbitrário é unicamente porque ainda não chegamos a uma compreensão dos Seus caminhos. Não se ensina uma criança a não bater, ferindo-a.

Ao mostrar misericórdia, estava Deus sendo condescendente? É Sua a atitude de um potentado benigno que por alguma razão conhecida somente por si mesmo decidiu perdoar os desobedientes lacaios? Ajusta-se isto ao seu retrato de um Deus misericordioso? Conquanto saibamos que Ele nos ama, com freqüência pensamos que a misericórdia implica em uma espécie de escolha soberana. Aqueles que acham que sua segurança jaz em um Deus que possui a mais potente força devem então viver com a possibilidade de que Ele poderia também eliminá-los. O fato de que Ele escolhe não fazê-lo é de pouco consolo. Poderia mudar de idéia.

Quando retemos tais conceitos de misericórdia, como podemos então oferecer aos outros algo melhor? Podemos mostrar misericórdia somente para aqueles que são mais fracos do que nós. Isto nos leva a uma pergunta muito básica: Que é misericórdia?

Posso sugerir que misericórdia significa não permitir que as ações do outro arruínem sua amizade mútua. Permite àquela pessoa a liberdade de continuar relacionando-se com você embora ela tenha comprometido a amizade. Significa que você valoriza mais aquele indivíduo do que se preocupa com suas ações momentaneamente adversas. Significa que você está disposto a “suportar” seu mau procedimento como uma medida deliberada e calculada a fim de restaurar seu relacionamento com ele. A misericórdia está a serviço da restauração da amizade para tudo o que ela destinava a ser.

Deus relaciona-Se conosco com uma deliberação nascida da compreensão inteligente de nossa necessidade de nos sentirmos seguros em Sua presença. Sabe muito bem quão propensos somos a esconder-nos dEle. Para que não tenhamos nenhuma necessidade de temor, Ele explica que nos escolheu não para tratar conosco segundo nossas ações.

O maravilhoso benefício de nossa escolha para nos relacionarmos assim com os outros é que isto funciona! Quanto mais vemos quão bem-intencionados são os planos de Deus concernentes a nós, mais O apreciamos. Sabemos que não temos obtido misericórdia por mostrarmos misericórdia. Regozijamo-nos porque temos descoberto os motivos por que Deus trata conosco da maneira como o faz.

Na verdade, isto nos torna mais desejosos de estar em ligação com Ele!

3 de Fevereiro

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Ver é Crer

“Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus, ” S. Mat. 5:8.

Quando você ama muito a alguém, a separação é agonia. Então chega aquele maravilhoso dia em que vocês se vêem novamente. Basta observar os casais no aeroporto para saber que esta é uma ocasião feliz.

Nosso amor a Deus nos leva a antecipar o dia em que poderemos estar com Ele para sempre. Há somente um detalhe que poderia estragar nossa expectativa. Precisamos ser limpos de coração. E segundo o mais recente registro, isso significa impecável! Impecável! Traz isto uma pausa ao seu coração? Quem dentre nós pode pretender estar mesmo PRÓXIMO de tal ideal? Por que eu ainda como barras de chocolate, ocasionalmente?

A impureza na água torna-a escura. As impurezas no vidro podem torná-lo opaco. E assim acontece com o coração humano. Reagimos erroneamente porque temos coisas em nosso coração que distorcem nossa percepção das situações. Nossas emoções estão obscurecidas com mágoas e irritação. Mesmo nossos melhores critérios podem não ser exatos.

“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, Eu provo os pensamentos.” Jer. 17:9 e 10.

Nosso coração está enfermo e Deus tem uma solução: “Porquanto Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo Fosse salvo por Ele. Quem nEle crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” S. João 3:17 e 18.

Crer no caráter do Filho unigênito de Deus é crer no caráter do próprio Deus. Na oração de Jesus por Seus discípulos (e por nós!), Ele disse: "Pai de bondade e verdade, o mundo não Te conheceu, mas Eu Te conheci e estes homens agora sabem que Tu Me enviaste. Fiz-lhes conhecida a Tua personalidade’ S. João 17:25, 26, Phillips.

Os conceitos errôneos que temos de Deus obscurecem nosso entendimento. Estamos somente agindo de acordo com esses conceitos quando nos relacionamos com a vida em maneiras menos do que saudáveis. A remoção desses conceitos incorretos nos permite ver a Deus, cheio de bondade e verdade. E agiremos conformemente. Porque os padrões de nosso pensamento terão sido restaurados. É isto que significa ser limpo de coração.

Incidentalmente, é DEUS quem está esperando no “aeroporto” para irmos ao lar!

 
4 de Fevereiro

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O Grande Pacificador

"Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. " S. Mat. 5:9.

Como desejaria ter a língua de um anjo! Talvez isto seja o que eu diria: Estou surpreso com o paciente amor de Deus pelos habitantes da Terra! Hora após hora Ele é magoado por sua falta de reação às Suas ternas súplicas. Magoado por vocês! Às vezes Deus me comissiona a fazer algo muito palpável por vocês, a fim de revelar precisamente quanto Ele quer a todos vocês.

“Quando Lúcifer (vocês o conhecem como Satanás) enganou a Adão e Eva levando-os a crer que Deus estava procurando impedi-los de atingir seu mais alto potencial, todos nós aqui no Céu choramos. Isto é o que ele também nos havia dito. Alguns dos meus melhores companheiros creram nele. Vocês deveriam vê-los, agora. Lutam entre si pelos mais ignóbeis privilégios.

“Deus tratou àqueles anjos rebeldes com a máxima cortesia. Isto deveria ter-lhes ensinado algo, mas foi por eles interpretado como se Deus não Se importasse com a horrível fenda que estavam causando aqui. Vocês também às vezes pensam do mesmo modo. O que ambos não compreendem é que Deus ESTÁ cuidando do problema. Ele está fazendo a paz no Universo, mas não da maneira como qualquer um dentre nós a princípio teria suspeitado.

“A maneira pela qual Deus faz a paz não é removendo a capacidade de guerrear, mas pela remoção dos desejos belicosos. Por este motivo Ele escolheu o modo como deve relacionar-Se com vocês na Terra. Ele sabe que quando sentem a necessidade de se defenderem, isto os torna defensivos. Quando se sentem rejeitados, sua primeira reação é rejeitar a quem os rejeita. Sabe que quando experimentam a aceitação, estarão aceitando.

"O que toca o coração de todos nós aqui é que podemos ver que Sua aproximação de vocês não é planejada por causa do efeito! É genuinamente a Sua maneira de ser e como Ele os considera. Ele sabe quanto vocês são vulneráveis. Não os condena! Jamais! Mas alguns de vocês simplesmente não crerão nisto e se condenam a uma vida defensiva.

“Não obstante, todos nós aqui estamos cheios de esperança. Depois de Jesus ter vivido aí por algum tempo, ficou mais fácil crer em Deus.

Ele O enviou, vocês sabem, a fim de mudar a opinião de vocês quanto a Ele, e não o contrário. Isto está acontecendo! E vocês estão se tornando mais e mais semelhantes aos Seus filhos!”

 
5 de Fevereiro

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Vivendo em sua Cidadania

"Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos Céus.” S. Mat. 5:10.

Se as únicas formas de perseguição fossem a prisão e a espada, poderíamos escapar da inquietação mais prontamente do que fazemos. A aflição do texto de hoje é que, para a maioria de nós, pensamos que ele não se aplica à nossa vida.

No tempo em que Jesus proferiu estas palavras, os soldados romanos freqüentemente tornavam a vida muito miserável para o povo judeu. Certamente Ele queria confortá-los em seus dias de cativeiro. Mas que dizer de mim e de você? A menos que vivamos em paises onde a prática do Cristianismo é proibida ou no mínimo politicamente impopular, quanto conhecemos deste tipo de perseguição?

Creio que tudo o que Jesus disse tinha este motivo dominante: mostrar-nos o Pai. Certamente ao assentar-Se naquela encosta da Galiléia falando para as multidões, era com cuidadosa deliberação que Ele falava. Com certeza Ele sabia que você e eu ponderaríamos Suas palavras no mundo de hoje.

Considere: Deus nos fala repetidamente que deseja de nós um retorno ao relacionamento correto com Ele, que ser amigos dEle é o que nos habilita a viver vida responsável e justificável. Aqueles que recusam ver convencidos de que isto é realmente a verdade absoluta, tem um interesse fixo em provar que estão certos. Um meio de fazer isto é livrar-se de qualquer evidência contraditória. Isto não significa apenas fugir dos crentes. Significa fazer as responsáveis e justificáveis escolhas dos crentes parecer irresponsáveis e injustificáveis.

Isto pode ser feito muito sutilmente. Um marido incrédulo fica irado porque sua esposa cristã não aprontou o jantar a tempo. Talvez ele não esteja tão preocupado com o tempo exato; está dizendo o que queria. Ela é irresponsável! Ou uma esposa incrédula graceja sobre a escolha feita pelo marido de um local de férias. Se ele não tivesse pensado nisto, ela mesma poderia ter sugerido. Seu verdadeiro desígnio é – ele é irrazoável!

"Tende coragem!” diz Jesus através dos corredores do tempo. “Estais aprendendo a viver

 no reino de vosso Pai.” Você está aprendendo a avaliar quão justos e verdadeiros são os

caminhos de Deus. Estas experiências da vida são os seus melhores mestres.

E isto é motivo para regozijo!

 
6 de Fevereiro

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Transformados por Pertencer

“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade." Colos. 3:12.

Há muitos que lêem esta passagem e, dez segundos depois, lembram-se somente da lista de qualidades que sabem que deve estar em sua vida. “Realmente devo ser mais compassivo”, dizem. E alguns até mesmo viram o verso ao contrário, concluindo que quando tiverem sucesso em tornar-se mais compassivos, podem então considerar-se como “eleitos de Deus, santos e amados".

Mas o argumento de Paulo caminha na direção oposta. Ele sabia muito bem que nossas qualidades de caráter não estabelecem o relacionamento, mas que o relacionamento conduz às qualidades de caráter. O poderoso apelo de Paulo é para que reconheçamos precisamente onde estamos dentro deste relacionamento. Do ponto de vista de Deus, como Ele nos descreve, escolhe Suas palavras com cuidado e significado. Somos “Seu povo escolhido, Sua propriedade, Seus amados” (NEB). Esta é a declaração de DEUS de quem somos e isto é mais do que sentimentalismo. É a nossa própria opinião do que somos ainda mais confiável do que a Sua?

É um princípio muito óbvio no plano humano; por que o obscurecemos no plano divino? Leia qualquer livro sobre relações familiares e assinale o que ele diz a respeito de como os filhos se tornam amáveis, confiantes, seguros, pessoas pacientes. Virtualmente todos os autores concordariam: eles devem ser amados segura, sábia e incondicionalmente por seus pais. Qualquer pai que se utiliza da distância emocional como uma forma de punição, que quebra o elo que une o pai ao filho em benefício do comportamento presente do filho, apenas tornará o problema ainda mais complexo. Pergunte a uma criança qual é o oposto de perdão; sua resposta em essência será: “condenação”. E a condenação sufoca o crescimento humano.

É Deus menor do que o homem? Usaria Ele métodos para nos restaurar e amadurecer que fossem menos eficientes do que aqueles usados por um pai sábio? Oh, se pudéssemos reconhecer quão intensamente somos amados! Quão poderosamente isto nos restauraria.

As pessoas que são amadas caminham orgulhosamente. Não fazem isto porque alguém 1hes diz que devem fazê-lo. Fazem-no porque brota de dentro um só1ido senso de auto-estima, um senso de dignidade, a segurança para ousar e aventurar. Com suas próprias necessidades satisfeitas, estão livres para estender a mão a fim de satisfazer as necessidades de outros – para ser compassivos, amáveis, gentis e pacientes.

É por este motivo que Deus nos ama a tal ponto!

 
7 de Fevereiro

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Quem Serviu Primeiro?

"Pois qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Pois, no meio de vós, Eu sou como quem serve. ” S. Luc. 22:27.

Jesus tinha uma escolha: poderia vir a este mundo como um soberano dominador, ou poderia vir como um humilde servo. Tocasse a nós a escolha, provavelmente teríamos defendido o papel de soberano, simplesmente por razões de eficiência. Ele poderia ter atraído mais atenção, organizado mais prontamente Seus seguidores e teria sido mais completamente documentado na História.

Sabemos que Ele escolheu a função de servo, mas sabemos por quê? É freqüentemente interpretado que Ele fez isto para dar-nos um exemplo de humildade. Contudo, isto pode não ajustar-se bem conosco se não virmos nenhuma razão mais profunda.

Jesus veio a este mundo para revelar o Pai e como Ele lida conosco, os pecadores feridos. Sabia que nenhuma outra função diria mais precisamente a verdade do que a de um incansável servo das necessidades humanas.

Embora o Pai seja realmente o possuidor de todo poder e autoridade e possa controlar as galáxias em sua órbita, não são estas as qualidades que Ele usa no trato com os pecadores. Houvesse Ele de impor a Sua divindade sobre nós, isto nos intimidaria, mas não nos curaria. Poderia exigir nossa submissão, mas não ganhar nosso coração ferido.

A maneira em que Jesus veio revela o tipo de solução que Ele planeja para este conflito. Não deseja nenhuma conquista militar dos fracos pelos poderosos. O vencedor nesta luta não será aquele que tem potência de fogo superior, mas Aquele que possui a mais exata e mais atraente verdade.

Falamos com muita freqüência em servir a Deus porque pensamos que o serviço é apenas em direção dEle. A verdade incrível é que o ato de servir começou no coração de Deus. Ele NOS serviu primeiro. Na noite em que Jesus Se ajoelhou diante de Seus discípulos cingido com uma toalha, lavando-1hes os pés sujos, estava dando-1hes um dos mais brilhantes retratos do Pai. Com efeito, estava dizendo: “Se Me tendes visto como alguém que até mesmo lava pés sujos, deveis saber que vosso Pai é também assim.”

 
8 de Fevereiro

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Fazendo Perguntas Difíceis

“Tendo a rainha de Sabá ouvido a fama de Salomão, com respeito ao nome do Senhor, veio prová-lo com perguntas difíceis.” I Reis 10:l.

A rainha de Sabá chegou a Jerusalém para provar a Salomão com perguntas difíceis concernentes ao Deus de Israel. As nações vizinhas de Israel maravilhavam-se ante a sabedoria do governo de Israel e por este meio o nome de Deus tinha sido exaltado. Determinada a conhecer as razões que estavam por trás de tal sucesso e prosperidade, a rainha de Sabá procurou o rei de Israel "e lhe expôs tudo quanto trazia em sua mente". O relato diz que ele "lhe deu respostas a todas as perguntas, e nada lhe houve profundo demais que não pudesse explicar” (verso 3).

Há algo muito maravilhoso neste relato. Aqui vemos um retrato de Deus que é constrangedoramente atrativo. Salomão expressou total franqueza a qualquer pergunta que a rainha pudesse fazer concernente a Deus. E esta franqueza retrata a Deus como estando ansioso que Lhe façamos perguntas – para que Ele possa respondê-las!

Não há necessidade de temer que Deus possa descobrir em nós alguma inconstância em nossos sentimentos em relação a Ele. Se Ele descobrisse que ainda temos perguntas em nossa mente com respeito a Ele, não, nos condenaria, dizendo: “Como PODE você duvidar de Mim?!” – mas, antes, nos encorajaria a contar-Lhe tudo o que está em nossa mente, de 'sorte que pudesse então responder a todas as nossas perguntas. Nem!

uma delas Ele consideraria inadequada ou demasiado difícil de responder.

Honestamente, não tem você tido perguntas em sua mente para as quais não ousaria dar expressão por temor de negar sua fé'? Sei que eu tenho. Mesmo quando estou em oração tenho às vezes a tendência de evitar os problemas que estão oprimindo o meu coração. Será porque temo mostrar qualquer traço de incredulidade pois isto desagradaria a Deus? Ou é porque tenho medo de enfrentar-me a mim mesmo? “Não DEVO ter qualquer dúvida! Devo CONFIAR. Devo ser grato; devo estar louvando mais a Deus...”

Sim, temos obrigação de confiar, confiar que Deus está absolutamente empenhado em ensinar-nos a viver em realidade. Precisamos aprender a tratar com cada problema, interna bem como externamente. Ele Se denomina nosso Amigo, educando-nos deliberadamente para o Seu nível a fim de que possamos usufruir a comunhão irrestrita que os verdadeiros amigos partilham. Por esta amizade devemos ser profundamente gratos, sabendo que Ele Se deleita em responder a todas as nossas perguntas! Confiando assim nEle, mostramos nosso louvor.

 
9 de Fevereiro

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Cristãos Preocupados

“Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário, ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte e esta não lhe será tirada. " S. Luc. 10:41 e 42.

Não há dúvida de que Marta era uma boa mulher. Pessoas religiosas gostavam de tê-la ao seu lado e jamais questionavam a sinceridade de sua devoção. Mas essas pessoas boas, freqüentadoras da igreja, não discerniam tanto quanto Jesus a natureza do fogo que ardia dentro do coração de Marta. O que chamavam de zelo religioso, Jesus via para o que realmente se prestava.

Marta estava tentando impressionar a Jesus por sua sincera preocupação com Ele. Queria certificar-se de que Ele notava a sinceridade de sua devoção. Desejava que Ele mudasse Sua opinião quanto a ela. Em uma palavra, era uma legalista. E os legalistas estão sempre impacientes e preocupados, porque nunca estão seguros de que atingiram seu objetivo.

Um sinal, porém, ainda mais notável da natureza da experiência religiosa de Marta foi a atitude para com sua irmã Maria. Aquele que está cheio de ansiedade quanto à sua condição diante de Deus não pode compreender os que estão assentados, alegres e descontraídos, aos pés de Jesus. Marta tinha certeza de que Maria não estava levando a sério os assuntos religiosos. Se Maria estivesse levando o pecado a sério, juntar-se-ia a Marta em sua ansiosa azáfama para demonstrar sua justiça. Marta se ajusta à minha definição favorita de um legalista: “Aquele que possui um temor obsessivo de que alguém, em algum lugar, esteja passando horas agradáveis."

E Maria estava sempre passando horas agradáveis! Aquecia-se no calor da amizade de Cristo, enamorando-se cada vez mais profundamente por Aquele a quem conhecer significa vida eterna. Jesus foi bem direto quando disse: “Esta não lhe será tirada.” Há bastante segurança em uma amizade, especialmente quando o Amigo é constante em Sua atitude para conosco. Mas quando nos esforçamos para merecer aquela amizade, estamos perpetuamente ansiosos.

Quando Jesus disse que Marta estava preocupada com “muitas coisas”, não estava falando somente de feijão e batatas. O legalista vive em constante pavor de que qualquer coisa que faça, mesmo as boas ações, possa provocar a carranca e desagrado de Deus se não for feita perfeitamente. Quaisquer sentimentos momentâneos de paz que alguém venha a encontrar pode ser rapidamente tirado no momento em que ele obtiver uma compreensão mais profunda dos requisitos divinos.

Estou tão contente porque Jesus disse que havia uma melhor parte!

 
10 de Fevereiro

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Fazendo-nos um Favor

"E acrescentou: O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do homem é senhor também do sábado.” S. Mar. 2:27 e 28.

Gosto de imaginar o rosto de Jesus enquanto estava dizendo isto aos discípulos, porque estou certo de que Sua expressão revelava Seus sentimentos. Imagino a indicação de um alegre sorriso nas extremidades de Sua boca, como se dissesse: “Estais prontos para isto? Ireis gostar disto!”

E o tom de Sua voz – estava se esforçando para abrir o seu entendimento para esta preciosa idéia: "Imaginais ser o sábado um ritual que tendes realizado como um favor a Deus. Mas estais laborando em erro. Meu Pai gosta de fazer favor aos Seus amigos. E este é para VÓS! [O autor desenvolve o assunto como se Jesus estivesse falando para os discípulos as palavras do verso áureo sob consideração. Mas Ele Se dirigia aos fariseus – Nota do Tradutor.]

O sábado tinha sido para eles um fardo ao tentarem impressionar a Deus com sua diligência em observar todas as regras. A posição de Jesus era que o Pai já estava tão impressionado com Seu povo que estava marcando um encontro deliberado a fim de passar um tempo especial com ELES. De todas as coisas que Deus pudesse fazer em beneficio do Seu povo, nenhuma bênção poderia ser maior do que Sua comunhão pessoal com eles.

Pense em todas as coisas que Deus poderia estar fazendo com Seu tempo! Ele está, afinal, encarregado de todo o Universo. Contudo não considera nenhum sacrifício de Seu atarefado programa pôr à parte um sétimo de cada semana exclusivamente para o beneficio de Seus amigos. Às vezes pensamos que estamos sacrificando nossos programas, planos, horários para fazer-Lhe o favor de nossa adoração ritualística!

Pudéssemos compreender totalmente o que Jesus está dizendo, exclamaríamos com Davi: “Que é o homem, que dele Te lembres? e o fi1ho do homem, que o visites?” Sal. 8:4. A pergunta também merece uma resposta. Ver nosso Pai indo a tal ponto a fim de gozar comunhão com Suas criaturas deveria ensinar-nos que Ele nos vê como capazes de trazer satisfação e deleite ao Seu coração através desta comunhão.

Ninguém conhecia melhor do que Jesus a comunhão com o Pai que o sábado celebra. Eis por que Se chama a Si mesmo “o Senhor do sábado”. Celebremos com Ele.

 
11 de Fevereiro

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Deus me Aceitou!

 “Ele convencerá o mundo da... justiça... porque vou para o Pai... ” S. João 16:10, RSV.

De certo modo, Jesus tem sempre usado dois chapéus. Mas, não o faz qualquer mediador competente? Somente com Jesus ambos os chapéus são usados para o benefício do mesmo partido.

Na situação de um casal dividido, um bom conselheiro procura trazer reconciliação levando cada parte a compreender o ponto de vista da outra. Para fazer isto, ele deve mediar entre as duas, ficando no lugar da primeira e então da outra. Por este gentil esquema substituinte, o conselheiro permite que as partes ofendidas debatam suas animosidades e temores sem ter de tratar diretamente um com o outro.

Em nosso alienamento de Deus, Jesus é o Mediador. Deus deu o primeiro passo em nossa direção declarando que não está nutrindo nada contra nós. Escreveu Paulo: “Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação”. II Cor. 5:19.

Deus não precisa mudar de opinião no tocante a nós! Por todos os meios possíveis Ele nos permite saber que nos aceita. Quando então necessitamos da mediação de Jesus por nós? A resposta é simples: Sentimos a necessidade de "provar as águas” em nosso retorno para Deus. Assim Jesus põe o chapéu da raça humana e vai à presença do Pai, não para convencê-Lo, mas para que possamos ser convencidos da resposta do Pai.

O outro chapéu usado por Jesus é a divindade. Vindo até nós, Ele retrata o nosso Deus como afetuoso, perdoador, receptivo e extremamente desejoso de restabelecer a amizade conosco. “Quem Me vê a Mim”, disse Jesus aos Seus discípulos, “vê o Pai”. S. João 14:9. Assim Ele é o gracioso Substituto de Deus, mesmo como Ele é nosso.

Ambos os chapéus são para o NOSSO benefício! E a declaração suprema de nossa aceitação por Deus é ter a Jesus, nosso Substituto, vivendo HOJE na presença de Deus. Podemos estar totalmente convictos de que nosso relacionamento foi restaurado, porque Jesus foi para o Pai e foi aceito em nosso lugar! Não é de admirar que Jesus tenha dito posteriormente no mesmo capítulo, referindo-Se ao tempo em que estaria outra vez conosco: “Naquele dia nada Me perguntareis” (verso 23). Não será mais necessário: seremos um com o Pai, assim como Ele é!

 
12 de Fevereiro

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Como Ser um Cristão Rebelde

"Desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade.” Filip. 2:12 e 13.

Imaginemos um grande gráfico com três posições claramente assinaladas nele. Essas três posições retratam três estágios de nossa caminhada cristã.

Comece na extremidade mais baixa do gráfico com a Posição 1 e rotule-a de “Vontade egoísta”. Esta representa os valores pré-cristãos. Ela é independente, a vontade “Eu farei o que quero” do rebelde. Esta não necessita de explicação; todos estivemos ali.

A seguir trace uma linha circular (como o arco de um pêndulo) à direita, no lado oposto do gráfico e assinale-a como Posição 2. Dê-lhe o título de “Nenhuma vontade própria". Esta é a experiência de muitos novos cristãos que se lembram com lágrimas dos dias de sua independência de Deus. Com sinceridade absoluta fazem o voto de jamais afastar-se da vontade de Deus. Quando interrogados sobre o que desejariam fazer, dizem: “Não é o que eu quero, o que importa é o que DEUS quer; devo crucificar-me a mim mesmo.”

Qualquer pensamento de fazer o que se deseja traz para aqueles que estão no estágio 2 dolorosas memórias de seus dias pré-cristãos e eles recuam ante a idéia. Obediência significa submeter-se mansamente a tudo quanto Deus quer, não interpondo absolutamente nada do que constitui a vontade própria e desejos de alguém. Deus origina todas as instruções e planos. De um modo interessante, Deus – e não a pessoa – é portanto responsável pelo que acontece!

Mais uma vez use seu marcador para traçar uma linha no alto e centro da página e localize a Posição 3. Dê a esta o rótulo: “Vontade santificada.” Esta representa a posição do cristão maduro, cujos valores e objetivos foram edificados por Cristo, que na realidade tem a mente de Cristo. Este é aquele que acha, para seu absoluto deleite, que o que ele mais deseja fazer é a própria coisa que Jesus deseja que ele faça.

Deus designa que a Posição 2 seja apenas de transição. Ele não quer fazer para nós nosso pensamento e escolha. Antes deseja preparar-nos para agir segundo nosso próprio modo de pensar e arcar com a responsabilidade por nossas próprias escolhas. Paulo estava apresentando esta idéia quando disse aos filipenses que confiassem na operação de Deus em seu próprio coração e – com o devido respeito e reverência – prosseguissem e fizessem suas próprias decisões.

 
13 de Fevereiro

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Contendendo por Deus

"Sereis parciais por Ele? Contendereis a favor de Deus?” Jó 13:8.

No livro de Jó encontramos o relato de quatro homens muito religiosos. Um deles, Jó, encontrava-se submetido a uma série de inexplicáveis tragédias. Para seus três amigos devotos, estas indicavam que Deus estava punindo a Jó por ter feito algo extremamente mau. E eles queriam endireitar – se tão somente pudessem levá-lo a admitir o que era! Sentiram-se compelidos a explicar a Jó o caráter de Deus, que parecia ter esquecido. Mas ele não compreendia. Em vez disto, disse-lhes que eles eram consoladores molestos! (Jó 16:2.)

A verdade é que Jó tinha incrível fé em Deus. Cada evidência externa de que ele estava em relacionamento correto com Deus tinha desaparecido; contudo, ele SABIA que Deus não estava lidando com ele como seus amigos representavam. Em nosso texto de hoje Jó desafia a seus amigos: “Sereis parciais por Ele?” ou, segundo a King James Version, “Aceitareis Sua pessoa?” Isto é, aceitareis o que Deus realmente é? [Nem mesmo SABEIS quem Ele realmente é!] Como podeis contender por Ele se nem sequer compreendeis o que Ele é?

Jó sabia como era Deus a despeito de suas presentes circunstâncias. “Eu também poderia falar como vós falais; se a vossa alma estivesse em lugar da minha, eu poderia dirigir-vos um montão de palavras, e menear contra vós outros a minha cabeça; poderia fortalecer-vos com as minhas palavras, e a compaixão dos meus lábios abrandaria a vossa dor.” Jó 16:4 e 5. Assim é Deus, mesmo quando procedemos mal!

Embora Jó experimentasse acessos de terrível enfado e às vezes proferisse palavras de desespero, sempre clamava A Deus, jamais CONTRA Ele. Ouçam: “Ah! se eu soubesse onde O poderia achar! então me chegaria ao Seu tribunal. Exporia ante Ele a minha causa, encheria a minha boca de argumentos.” Jó 23:3 e 4. Ele sabia que Deus era razoável! Não tinha medo de falar com Ele acerca de seus problemas, ou seus sentimentos e idéias.

“Saberia as palavras que Ele me respondesse, e entenderia o que me dissesse. Acaso segundo a grandeza de Seu poder contenderia comigo? [como meus amigos estão fazendo?] Não; antes me atenderia.” Versos 5 e 6. A King James Version diz: “Ele poria força em mim.” Verso 6.

Estava Jó certo? Deus disse aos seus amigos: "Não tendes falado de Mim o que é reto, como o Meu servo Jó.” J6 42:7, RSV.

 
14 de Fevereiro

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Obtendo as Bênçãos de Deus

“Bem-aventurados são aqueles que guardam os Seus mandamentos. " Apoc. 22:14, KJV.

Não há dúvida de que Deus possui bênçãos infinitas e que Ele deseja torná-las disponíveis ao Seu povo.

Mas nem sempre está claro como essas bênçãos se tornam nossas. Você já notou a maneira em que costumeiramente oramos a respeito das bênçãos? Rogamos: “Abençoa este alimento para nossa saúde.” Mas o que estamos supondo? É a bênção “aspergida” do Céu como água benta até que se torna parte do alimento? Implantaria Deus esta benção tão prontamente em uma salada de verduras como em uma fritada de lula? É o alimento menos saudável se não pedirmos a bênção?

Talvez fosse mais apropriado se começássemos a orar quando estivermos empurrando o carrinho de mão dentro do armazém ou supermercado. Poderíamos afirmar a Deus que estamos dispostos a ser lembrados de selecionar aqueles alimentos que são inerentemente saudáveis. Assim na hora da refeição poderíamos agradecer-Lhe por tão bom alimento e pela sabedoria para prepará-lo salutarmente.

Há três abordagens gerais à pergunta sobre como obtemos as bênçãos de Deus. Elas podem ser sumarizadas deste modo:

1. As bênçãos são MERECIDAS... Deus é OBRIGADO a no-las dar por causa de nossas obras.

2. As bênçãos são CONSEGUIDAS COM AGRADO OU LISONJA... Deus é induzido por nossa mendicância.

3. As bênçãos são INERENTES... Deus é SÁBIO em ensinar-nos.

A maior parte das nossas orações por bênçãos cai na segunda categoria. Supomos que Deus retém grande quantidade de “bênçãos” que Ele arbitrariamente dispensa àqueles com quem está satisfeito (como o Papai Noel das grandes casas comerciais dispensa bombons às crianças). Naturalmente, o “reverso” desta idéia é que Ele também pode meter a mão em Sua sacola de maldições e infligir algumas delas sobre aqueles com quem está descontente.

Segundo um ou outro raciocínio Deus usa Seus recursos a fim de manipular-nos. Adorando a um Deus manipulatório nos tornamos, como resultado, manipulatórios. Tentamos "golpeá-Lo” com nossas orações eloqüentes ou impressioná-Lo com nosso aparato de bom comportamento.

Sob a terceira abordagem às bênçãos de Deus, vemo-Lo como descrevendo-nos o caminho da benção inerente. Aqueles que obedecem são abençoados em virtude do fato de que caminham por esses caminhos. Isto implica que Deus sempre pede ao Seu povo que façam aquilo que ao ser feito trará a melhor saúde física, social, espiritual e emocional. A obediência, portanto, traz seu próprio galardão. Conseqüentemente, nem as bênçãos nem as maldições são os atos de um Deus arbitrário.

 
15 de Fevereiro

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Fazendo a Pergunta Correta

“Porquanto Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele.” S. João 3:17.

Leia estas três perguntas e veja se você é capaz de descobrir o que elas têm em comum: “Quantos selos de três centavos há em uma dúzia?” “Você ainda não parou de bater na esposa?” “Aceitou Jesus a Pedro quando ele negou a seu Senhor?”

Percebeu o que elas têm em comum? Em cada caso, a pergunta em si implica em uma suposição enganosa, ilusória. Estando tão preocupados em dar uma resposta correta à pergunta, deixamos de parar e analisar criticamente a suposição.

É para a falsa suposição da terceira pergunta que precisamos olhar hoje. Ela admite que a única maneira por que Jesus PODE relacionar-Se com uma negação deliberada é através da rejeição. Admite que a condenação do pecador por Deus tem por si mesma a principal conseqüência de todo pecado; que se Deus não rejeitasse o pecado, Ele não estaria lidando adequadamente com o pecado.

Um dos mais persistentes mitos emocionais é a crença de que o amor não lida muito diretamente com o pecado. Este mito sustenta que o pecado necessita de severa e áspera firmeza para ser erradicado. Crê que o amor é demasiado passivo, demasiado gentil para fazer isto. Talvez tenhamos assimilado estas idéias de pais ou professores cujos métodos disciplinares conservavam apenas uma arma no arsenal: áspera rejeição. É mais provável que poucos dentre nós já tenhamos experimentado a poderosa vitalidade do amor e recorramos à rejeição simplesmente por não conhecermos nada mais. Infelizmente, esperamos que Deus faça o mesmo em Seu trato conosco.

Aqueles que estudam os padrões de aprendizagem das crianças, especialmente o que bloqueia o aprendizado, concordam em um fato relevante: a angústia mental inibe o aprendizado. O ato de condenar como um método de ensino assegura que o aprendizado não ocorrerá. Pessoas sobrecarregadas de culpa não podem ouvir a mensagem do professor; e deixar de aceitar é condenar. Sendo que Jesus veio a este planeta a fim de ENSINAR-NOS acerca de Seu Pai, não é de admirar que Ele não tenha vindo condenar? Ouviriam as pessoas Sua encantadora mensagem se cada sermão trouxesse nova condenação? Ele não poderia condenar e salvar ao mesmo tempo.

Rejeitou Jesus a Pedro quando ele negou a seu Senhor? Perguntaríamos: “Com que propósito? Necessitava Pedro de mais dor no coração do que aquela que ele já infligira sobre si mesmo? Necessitava ele de um fardo adicional de rejeição?” Como, então, poderia ter aprendido do perdão de seu Amigo?

 
16 de Fevereiro

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Descobrindo Sua Aceitação

“Irei ter com o rei, ainda que é contra a lei; se perecer, pereci. ” Ester 4:16.

Corajosa Ester! Motivada além das preocupações egoístas, entrou no pátio de seu esposo-rei a fim de pleitear pela vida do seu povo. Sem ser convidada pelo próprio rei, seu ato acarretava a pena de morte. Isto é, a menos que ela alcançasse favor diante dele e ele lhe estendesse o cetro.

A história revela que o rei ficou deleitado ao ver Ester! Não somente estava disposto a ouvir sua solicitação, mas a partilhar com ela o seu reino. Ensina-nos isto algo a respeito do nosso Deus?

Não podemos merecer o favor de Deus. E não há nenhum meio pelo qual podemos aproximar-nos dEle em razão de qualquer anuência a regras. “Nenhum ser humano será justificado à Sua vista por obras da lei.” Rom. 3:20, RSV. Consideradas em si mesmas, as regras nos condenam!

Devemos lembrar-nos de que havia um relacionamento ativo entre Ester e o rei, a relação de amor do matrimônio. Seu acesso a ele em privacidade devia ser esperado. Quando, porém, ela compareceu perante ele em seu pátio, ele estava para ela como estava para todos: o monarca do Império Medo-persa.

Entretanto, não é de pequeno significado que sua reação para com ela fosse porque ele a amava. “Quando o rei viu a rainha Ester parada no pátio, alcançou ela favor perante ele.” Ester 5:2. Ela não era nenhuma estranha para ele; era sua esposa. E assim estendeu-lhe o símbolo do seu poder, porque ela seria protegida por ele e não condenada.

Deus é mais do que o Monarca do Universo; em Cristo Ele Se apresenta como nosso Noivo. Está satisfeito conosco, não porque sejamos capazes de satisfazer os requisitos divinos, mas por causa do nosso parentesco com Ele. Estende a nós o cetro do Seu poder e oferece-nos o Seu reino.

Deus vê o nosso coração tremente. Sabe que embora nos tenha proclamado como Sua noiva, ainda não estamos convencidos do Seu permanente amor.

“Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai Se agradou em dar-vos o Seu reino.” S. Luc. 12:32.

 
17 de Fevereiro

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Limpando as Lentes

“Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos Céus.” S. Mat. 5:16.

Meu amigo Chuck continua trabalhando em um gigantesco projeto de pesquisa termonuclear. Em sólidos edifícios que cobrem alqueires de equipamento tremendamente dispendioso, homens brilhantes estão tentando reproduzir o mesmo processo que ocorre dentro do Sol: a liberação de energia através da fusão atômica.

Neste projeto um minúsculo alvo é detonado pela energia de enormes raios laser focalizados por uma série de lentes extraordinárias. Essas lentes são fabricadas de um material plástico especial, excepcionalmente indicado para os níveis de energia laser. Uma das tarefas de Chuck é certificar-se de que, cada vez que o alvo é detonado, cada uma das centenas de lentes está perfeitamente limpa. Se houver nelas apenas um pequenino grão de poeira, duas coisas acontecerão.

O primeiro problema é que o pequenino grão de poeira tornará a luz difusa, impedindo-a de atingir seu alvo. Algumas partículas de poeira reduzirão mensuravelmente a eficiência de todo o projeto. Assim ele requer ainda mais energia laser para criar fusão no alvo.

O problema mais sério, porém, é que o grão de poeira que impede a luz de atravessar a lente transforma a energia luminosa em energia calorífica. Esse calor deixa uma pequenina mancha negra de queimadura sobre a lente. A próxima vez que a incrivelmente forte explosão de luz atingir a lente, a diminuta mancha negra de queimadura intercepta ainda mais a luz, criando uma marca ainda maior. Em breve, uma simples explosão de luz destruirá instantaneamente a lente.

Francis Ridley Havergal, em um hino profundamente criterioso, sugeriu como os cristãos vêem a si mesmos: “Eu, o meio transparente, para Tua glória revelar." Talvez ele tenha lido acerca do quarto anjo de Apocalipse 18 que deverá “iluminar a Terra com a sua glória”. Sabia que a palavra “glória” aplicava-se especificamente ao conhecimento do caráter de Deus. E sabia que Deus desejava utilizar Seu povo como os canais por meio dos quais tão poderosa verdade sobre Si mesmo cobriria toda a Terra.

Penso que Deus está limpando Suas lentes por ambos os motivos já citados. Ele deseja que Seu caráter benigno seja conhecido, sem distorções, por meio do povo que leva o Seu nome. E talvez haja também uma sugestão nesta analogia de como é que os persistentemente rebeldes serão destruídos pelo mesmo resplendor que traz regozijo aos justos.

 
18 de Fevereiro

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Quem Necessita dos Méritos de Cristo?

“Para louvor da glória de Sua graça, que Ele nos concedeu gratuitamente no Amado. ” Efés. 1:6.

A pergunta: “Quem necessita dos méritos de Cristo?” não é uma pergunta atrevida como: “Quem necessita de impostos?” É uma pergunta muito séria. Quem é beneficiado pelos méritos de Cristo?

Com freqüência ouvimos dizer: “Deus nos aceitou em virtude dos méritos de Cristo.” É realmente uma boa nova descobrir que somos aceitos, mas como precisamente os méritos de Cristo se ajustam? Que parte desempenham na transação? Supomos que Deus está impressionado com méritos? Estamos insinuando que, visto que Deus não pode ver nosso passado rebelde enquanto nos “escondemos” sob o perfeito registro de Jesus, somos portanto aceitos? Falando sério, necessita Deus de algum modo dos méritos de Cristo para relacionar-Se diferentemente conosco?

Ou, talvez devamos enxergar Seus méritos como necessários a fim de equilibrar alguns livros na sala do tribunal celeste. Isto sugeriria que a salvação requer uma certa quantidade ou soma de méritos. Estamos obviamente desprovidos de mérito e destarte tomamos emprestado uma grande quantidade do registro de Jesus, visto que Ele tem um vasto excedente. O Pai, neste cenário, verifica os livros para certificar-Se de que a linha de baixo se mostra nivelada. É esta realmente a natureza do problema do pecado?

Gostaria de sugerir que o conceito de sermos aceitos nos méritos de Cristo é simplesmente uma das melhores ilustrações celestiais de como Deus vê o homem. Visto que alguns só podem pensar na amorosa aceitação em termos de merecimento, Deus acomoda suas preocupações mostrando-lhes, como Ele aceitou totalmente a Jesus. Ele, então, diz: Eu vos aceitarei assim tão completamente, porque sois “aceitos no Amado”. Jesus permanece como um tipo de toda a raça humana revelando quanto Deus ama a todos nós.

O conceito de mérito, portanto, é por nossa causa. Somos aqueles que necessitamos de cada ilustração disponível da atitude positiva de Deus para com a humanidade. Precisamos sentir Sua atitude conforme ilustrada na maneira como Ele Se relaciona com o Filho do homem.

Alguns poderiam protestar: “Jesus era perfeito. Não é de admirar que Deus pudesse amá-Lo. Mas eu sou um pecador.” Todavia este é o ponto exato onde podemos ver melhor o significado do amor incondicional. O amor de Deus por nós não é influenciado absolutamente pelo que somos ou o que fazemos. E visto que o perdão e a aceitação constituem apenas manifestações de amor, são oferecidos gratuitamente a todos.

 
19 de Fevereiro

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O Maior Destes É Deus

“Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor." I S. João 4:8.

Em nossa pesquisa para conhecer a Deus, exploremos I Corintios 13 em vista do nosso texto para hoje. Sendo que Deus É amor, podemos confiantemente usar Seu nome em lugar da palavra amor. Ouça o que esta conhecida passagem diz a respeito dELE:

“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver a Deus, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé ao ponto de transportar montes, se não tiver a Deus, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres, e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver a Deus, nada disso me aproveitará.

“Deus é paciente, é benigno, Deus não arde em ciúmes, não Se ufana, não Se ensoberbece, não Se conduz inconvenientemente, não procura os Seus interesses, não Se exaspera, não Se ressente do mal; não Se alegra com a injustiça, mas regozija-Se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

"Deus jamais Se acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará; porque em parte conhecemos, e em parte profetizamos. Quando, porém, vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quanto cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino. Porque agora, vemos como em espelho, obscuramente, então veremos face a face; agora conheço em parte, então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem, a fé, a esperança e Deus, estes três: porém o maior destes é Deus” – em quem temos fé!

Não é suficiente dizer que Deus faz coisas amáveis. Deus É amor! No texto de hoje, Deus não está fazendo uma acusação contra nós. Está declarando a verdade, para que possamos conhecer a Fonte de amor. Ele procura levar-nos à percepção de que nos compreende inteiramente. Conhece nosso passado, nossa criação, nossa educação, nossos fracassos e nossos sonhos. Mas este conhecimento é consistentemente aromatizado com Seu amor. Nada conhece a respeito de nós separado do amor!

Deus anseia que nós também O compreendamos. Mas sabe que isto nunca pode realizar-se até que estejamos completamente seguros em Seu conhecimento de nós.

 
20 de Fevereiro

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As Atividades Celestiais

"Eles edificarão casas, e nelas habitarão; plantarão vinhas, e comerão o seu fruto.... e os Meus eleitos desfrutarão de todo as obras das suas próprias mãos. " Isa. 65:21 e 22.

Jesus disse a Seus amigos que Ele iria construir mansões no Céu para todos os redimidos. É uma idéia confortadora saber que nossa chegada à Nova Jerusalém não apanhará ninguém de surpresa e que nossas necessidades serão bem satisfeitas.

Mas temo que isto dê a alguns a idéia de que no Céu Deus fará por nós tudo o que precisa ser feito; que gozaremos alguma espécie de bem merecidas férias das responsabilidades. Deus construirá; nós habitaremos. Poderíamos até mesmo concluir: Deus comporá a música, nós a aprenderemos. Deus escreverá a poesia, nós a recitaremos. Deus criará e nós observaremos. "Afinal de contas”, poderíamos dizer: “Deus é capaz de fazer muito melhor trabalho do que nós em todas estas coisas.”

Mas poderia Deus mesmo encontrar satisfação em um Céu cheio de espectadores apreciativos? Traria deleite a Ele ter as galerias do Céu repletas de audiências aclamadoras enquanto faz o que Deus faz, essencialmente sozinho? Dar-nos-ia Deus a capacidade de ser criativos somente para permitir que ela se tornasse inoperante no Céu?

Tenho uma crescente imagem de um Deus que Se aproximará de Seus amigos na Nova Terra e dirá, com ansiosa expectativa: “Você pode Me mostrar a casa que acabou de construir? Seria agradável ver como você projetou a paisagem e esboçou um atraente espaço vital.”

Posso imaginá-Lo Se dirigindo a outro e dizendo: “Por favor, cante-Me a canção que você acaba de compor! Você sempre Me glorificou com a sua música no passado, e suas habilidades estão realmente se elevando em novos domínios.” Posso vê-Lo encontrando-Se com outro em uma avenida de ouro e perguntando-lhe sobre os novos compostos que ele vem criando em seus laboratórios experimentais. Ou ouvir ainda outro ao encontrar novas maneiras de expressar suas idéias sobre o plano da redenção.

Deus criou Seu povo para que pudesse participar das alegrias da interação bidirecional com eles. Isto significa – incrivelmente – que nós; seres humanos somos criados por Deus com a capacidade de satisfazer o coração do próprio Deus! Que outro motivo principal teria tido Ele para criar-nos?

Não se infere que Deus tem prazer mesmo agora em ver o Seu povo desenvolvendo Suas faculdades criativas para pensar e agir?

 
21 de Fevereiro

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Encontrando seu Recipiente

“Volta, ó pérfida Israel... Tão somente reconhece a tua culpa. " Jer. 3:12 e 13, RSV.

Não há nada mais decepcionante do que preparar o lanche escolar e encontrar a sacola vazia na hora de comer. Ou estar no oceano, com as mãos cheias de conchas e outros tesouros, sabendo que não há nenhum meio de levá-los para casa. Ou pior ainda, o recipiente em que você está levando ameixas maduras para casa, rasga-se precisamente no momento em que você sai do carro, fazendo uma sujeira danada.

"O reino dos Céus é semelhante a um tesouro oculto no campo.” S. Mat. 13:44. Tesouro! Como podemos obtê-lo? Ouça: “Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai Se agradou em dar-vos o Seu reino.” S. Luc. 12:32.

Somos, nós mesmos, os recipientes para este tesouro. “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro.” II Cor. 4:7. Os versículos precedentes explicam o que é este tesouro: a verdade de quem é Deus o Pai, conforme revelada na vida de Cristo.

Desde o Éden nos temos escondido de Deus. Escondido porque estamos com medo. Não precisamos esconder-nos! Nossos temores têm sido baseados no falso relatório do enganador dos homens. Através de Cristo temos visto o caráter de Deus e como Ele Se relaciona com a humanidade caída. Temos visto Seu amor por nós, Sua aceitação de nós. E esta verdade é o tesouro que Deus deseja dar-nos livremente. Quer encher nossa vida com Sua amizade.

Cabe a nós o entregar a Deus nosso recipiente. E não Lho daremos antes de percebermos que ele está vazio, tão horrivelmente vazio. “Tão somente admite que necessitas do Meu tesouro”, roga o Pai, "para que Eu te possa dá-lo!”

Qual é a nossa resposta? Se for uma de negação, Ele é forçado a ajudar-nos a lidar com a realidade. Com muito cuidado Ele começa a explicar-nos a nossa condição. A princípio imaginamos que Ele está nos apanhando nos arbustos. Mas enquanto estamos tremendo em nossa nudez diante dEle, Ele cobre-nos com Seu próprio manto, Sua vida perfeitamente amorosa. “Aqui”, oferece Ele, “isto te tornará mais confortável.”

E isto resolve. Em breve estamos mais do que aquecidos, estamos reconciliados! É então que Ele começa a encher nosso vaso com o tesouro do que Ele é. Reconheçamos prontamente que estamos vazios, porque necessitamos de recipientes vazios a fim de levar o tesouro para casa!

 
22 de Fevereiro

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Oração Adulta

“Venha o Teu reino, faça-se a Tua vontade, assim na Terra como no Céu." S. Mat. 6:10.

“Querido Jesus”, suplica a doce voz infantil, “abençoa-me hoje, e faz com que o meu cãozinho volte para casa.” Enquanto isto sua mãe está orando: “Oh Pai! És bem-vindo em meu coração. Que eu possa estar mais segura em Teu amor e assim menos defensiva."

Quando amadurecermos espiritualmente, nosso modo de falar na presença do Pai mudará. Haverá menos mendicância pelas bênçãos superficiais, mais alinhamento com Sua vontade. A diferença vem do nosso conhecimento aprofundado do que é o Pai. Em vez de vê-Lo como um arbitrário distribuidor de bênçãos, vemo-Lo cada vez mais como o Autor da sabedoria, o Planejador de padrões ideais para o viver. Compreendemos mais completamente a sabedoria inerente desses caminhos e percebemos que nossos problemas não provêm da relutância divina em conceder bênçãos, mas de nossa relutância em andar nos caminhos da bênção.

Começamos a ver que o propósito da oração não é mudar a atitude de Deus em relação a nós, mas mudar nossa postura em relação a Deus. Não há necessidade de implorar e rastejar diante dEle, nenhuma necessidade de persuadi-Lo a reconhecer problemas que Ele talvez não conheça. Isto seria insultante para Ele e para nós. Quando vemos quão bom tem sido Deus para nós, a mendicância dá lugar ao louvor.

Jesus nos ensinou a orar: “Venha o Teu reino.” Posteriormente Ele disse: “O reino de Deus está dentro de vós”, o que significa que a mais verdadeira essência do reino de Cristo não é sua localização física mas os ideais e valores pelos quais seus membros vivem. Orar a oração de Jesus, portanto, é fazer uma escolha consciente em permitir que nossa mente e valores sejam postos em harmonia com a mente e valores de Deus. Isto representa submissão no mais elevado sentido da palavra.

Representa, não um temeroso agachar-se em face da potência de fogo superior, mas um alinhamento inteligente da mente com a sabedoria superior.

A esta altura, muitos dos imperativos grosseiros de nossas orações começam a dar lugar a outras formas. Em vez de orarmos: “Abençoa-me neste dia”, poderíamos orar: "Dou-Te permissão para me cutucares a fim de que eu não comece a andar fora dos caminhos da bênção.”

Em vez de “Abençoa Tio Carlos”, provavelmente oraremos: “Senhor, estou disposto a ser usado por Ti como um meio de levar alegria e cura para a vida de Tio Carlos.”

E não é isto o que esperaríamos da conversa de duas pessoas inteligentes?

 
23 de Fevereiro

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Como Deus Lida com o Pecado

“O fechar os olhos a uma falta causa desgosto; uma repreensão franca conduz à paz." Prov. 10:10, NEB.

Um professor descobre que um dos seus alunos estivera colando nos exames. Deveria ignorar isto e agir como se nada tivesse acontecido? Ou repreenderia o aluno e o suspenderia da sala de aula? Segundo o nosso texto de hoje parece que a última escolha seria a mais proveitosa. Ou não seria?

Lemos no verso 12 do mesmo capítulo: “Mas o amor cobre todas as transgressões.” É isto uma contradição? Há uma diferença entre fechar os olhos diante de cada transgressão e fazer de conta que não a viu? Na Today’s English Version [Versão Inglesa de Hoje] da Bíblia o verso 10 declara: “Qualquer que oculta a verdade causa aborrecimento.” Fazer vista grossa a uma transgressão é evitar tratar inteiramente com as conseqüências – e deixá-las sem solução. Isto oculta a realidade. E Deus está empenhado em ensinar-nos a viver na realidade – a viver responsável e justificavelmente em todas as situações.

Ela afirma, todavia, que o amor fecha os olhos a todas as transgressões! Leiamos outra tradução do verso 12 a titulo de elucidação: “Mas o amor perdoa todas as ofensas” (TEV). Deus não ignora, mas perdoa nossas ofensas. A “vista grossa” é a Sua atitude preferida de comutar temporariamente nossa sentença de morte para que possamos viver a fim de aprender um caminho melhor. O perdão não “oculta a verdade”; não é caiação. Perdão é a inteligente e amorosa posição de Deus em relação a nós.

Creio que Deus escolheu esta terceira alternativa. Ele lida conosco, mantendo à parte as conseqüências inevitáveis de nossas ações, enquanto nos dá a oportunidade de compreender o problema e fazer uma escolha informada quanto ao nosso relacionamento com Ele no futuro.

Com muita freqüência imaginamos que temos somente duas escolhas ao tratar com aqueles que pecaram. Mostrando misericórdia, ignoramos a ofensa. Mostrando que levamos o pecado a sério, ou expulsamos o pecador da nossa presença ou tomamos severas medidas contra ele. Em qualquer caso, perdemos toda oportunidade que poderíamos ter mantendo um relacionamento saudável com a pessoa envolvida.

Acalentemos a terceira opção! Tratemos benévola e inteligentemente com as realidades de cada problema, enquanto expressamos em cada passo do caminho que a pessoa envolvida é de muito mais valor do que suas escolhas presentemente imprudentes. Deste modo é como eu gostaria de ser tratado.

 
24 de Fevereiro

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Por que Vender Tudo?

“O reino dos Céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e tendo achado uma pérola de grande valor, vendeu tudo o que possuía, e a comprou ”  Mat. 13:45 e 46.

Quando Jesus conta uma parábola, mesmo os pequenos detalhes da seqüência e a escolha do momento são importantes para a narrativa. Nesta parábola de uma sentença, Jesus fala do assunto todo importante da escolha de ser um cristão completamente leal. Mas observe quando é que uma pessoa faz tal escolha.

Mais exatamente do que seriamos capazes de reconhecer a princípio, podemos identificar-nos com a insistência do negociante em obter somente boas pérolas; nada menos do que as mais preciosas podem satisfazer os mais profundos anseios do coração. Nós os que temos procurado satisfação nas bugigangas e jóias plásticas deste planeta seco, desinteressante, conhecemos o vazio que elas deixam para trás quando se esmigalham. Embora vacilemos ante o preço antecipado, sabemos que, se encontrássemos a pérola suprema, deveríamos renunciar a todas as jóias de menor valor a fim de obtê-la. Entrementes, nos apegamos ao que temos, porque nos parece melhor do que tudo o mais.

Na parábola de Jesus, o negociante primeiro encontra a pérola e percebe seu grande valor. Então, conhecendo o que está prestes a ganhar na transação, voluntariamente vende tudo o que dividiria sua atenção, todo investimento em algo de menor valor a fim de obter aquilo que finalmente satisfaria. Se você lhe perguntasse se ele está pagando um preço muito elevado, ele sorriria e lhe diria que está fazendo o negócio de uma existência.

Jesus mesmo é a pérola. Está imediatamente disponível a todos os que desejam abraçá-Lo como o centro de sua vida. Mas devemos reconhecer que Ele não pede de nós que renunciemos a tudo aquilo a que estamos apegados atualmente até reconhecermos o valor de Sua amizade. Isto realmente diz algo muito prático acerca do nosso Salvador. Não insiste conosco para que abandonemos o nosso iceberg que está afundando até que saibamos que estamos pisando em terra firme.

Jesus não tem nada a ganhar ocultando de nós o grande valor da pérola, portanto insistindo em um “salto nas trevas”. Nem nos repreende como perversamente egoístas por nos apegarmos aos únicos valores que conhecemos. Em vez disto, persuasivamente nos mostra Seu grande valor como Amigo. Então, baseados em tal evidência, escolhemos a segurança de valor obviamente maior.

 
25 de Fevereiro

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Está Você Vivendo a Vida de Fé?

“Examinai-vos a vós mesmos: estais vivendo a vida de fé? Ponde-vos à prova.” II Cor. 13:5, NEB.

O texto de hoje desafia-nos a explorar honestamente nosso relacionamento contínuo com Deus. Contudo, não visa motivar-nos a ver quantas boas obras estamos praticando. Aliás, o exame de nossa “lista de boas ações” pode impedir-nos em nossa capacidade de discernir imparcialmente a verdadeira qualidade de nossa amizade com Deus.

Isto é como tentar determinar quão bom é o seu casamento. O marido poderia arrazoar: “Providencio uma boa subsistência, passo as noites em casa, conserto a máquina de lavar, removo o lixo...” E a esposa poderia refletir: “Eu lavo a roupa, preparo as refeições, mantenho a casa limpa, conserto suas meias...”

Conquanto estas coisas sejam louváveis e mesmo necessárias, em grande parte são barômetros deficientes para medir o seu relacionamento. Realmente, não muitos casais terminam no tribunal com a queixa: “E ele não esvazia o lixo!” ou “Ela não conserta minhas meias!" É certo que estas coisas podem irritar, mas não é o que fazemos, e sim o modo como nos relacionamos mutuamente o que faz o casamento funcionar ou torna-o intolerável.

Igualmente, nosso relacionamento com Deus não é definido tanto pelas ações que praticamos quanto pelas atitudes que mantemos em relação a Deus como nosso Amigo pessoal. É também definido por nossa percepção de que Ele está Se relacionando conosco. Em nossos esforços para agradar a Deus podemos perguntar como os discípulos: “Que faremos para realizar as obras de Deus? Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta, que creiais nAquele que por Ele foi enviado.” S. João 6:28 e 29.

Cremos que Cristo é representativo de tudo o que Deus é. Sabemos que quando Cristo curava as pessoas, Deus nosso Pai do Céu estava nos mostrando que Ele deseja curar a NOSSA vida de tudo o que nos fere e nos torna prejudiciais. Quando vemos Maria perdoada, exclamamos: “Deus ME perdoou!" Quando testemunhamos o olhar da mais terna compaixão por Pedro no rosto de Jesus, mesmo Pedro O tendo negado, compreendemos: Deus ainda me quer, embora às vezes eu O negue.

Como sugere o texto de hoje, devo perguntar-me a mim mesmo: “Estou vivendo confiante e seguramente em meu relacionamento com Deus? É Deus o meu Amigo?”

 
26 de Fevereiro

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Em Busca do Juiz

“Então respondeu Satanás ao Senhor: Porventura Jó debalde teme a Deus? Acaso não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem?" Jó 1:9 e 10.

O encontro entre Deus e Satanás no livro de Jó tem todas as características essenciais do juízo final. Existe conflito entre os dois grandes protagonistas no conflito de alcance universal. Superficialmente, parece que seu conflito é sobre Jó. Deus afirmou que Jó é um bom homem; Satanás contrapôs com outra opinião.

Entretanto, o conflito tem uma dimensão muito mais profunda. Começamos a perceber que Satanás pouco se preocupa com o que é feito de Jó; seu verdadeiro objetivo é o próprio Deus! E Satanás dispõe em sua réplica de um duplo ataque contra Ele. Primeiro, sugere que Deus realmente não sabe sobre o que está falando. Deus havia depositado Sua confiança em Jó como um exemplo digno do Seu poder restaurador, certo de que Jó permaneceria fiel a Ele. Mas Satanás assevera que se Deus realmente conhecesse o coração, descobriria quão volúvel é Jó, mudando suas agradáveis circunstâncias.

Em sua segunda acusação, Satanás está afirmando em essência que ninguém depositaria inteiramente sua fé em Deus baseado no que Deus é. Alega que nós seres humanos somos completamente egoístas, e o único meio pelo qual Deus nos poderia atrair para Si seria apelando para o nosso egoísmo. Jó, afirma ele, é um exemplo de lealdade comprada, não de fé. A fé que está arraigada, inteiramente em uma apreciação de Deus simplesmente não existe, assevera Satanás, porque Deus justamente não é digno de tal confiança.

O que aconteceria se Jó caísse sob a prova? Que pensaria o Universo do seu Deus? Sobre Sua capacidade de conhecer o coração e os motivos de Suas criaturas? Sobre se alguém adoraria a Deus somente por causa de Deus? O julgamento aqui não está primariamente focalizado em Jó, que do ponto de vista de Satanás é um ser humano débil e insignificante, mais ou menos! Ele está em busca do Juiz!

É emocionante ver como Deus lida com as acusações. Poderia ter dito; “Não tens nenhum direito de questionar Minhas opiniões. Afinal de contas, Eu sou Deus!" Mas não o fez. Sem qualquer defensiva, disse simplesmente: “Deixemos que o assunto seja decidido à base da evidência. Continua e toma todas aquelas bênçãos que afirmas tem comprado a lealdade de Jó.”

Conhecemos o resultado. Deus concluiu que Jó falara dEle o que era reto (42:7). Pode Ele dizer o mesmo de nós?

 
27 de Fevereiro

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Dando Graças em Todas as Circunstâncias

“Dai graças em todas as circunstâncias; porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. ” I Tess. 5:18, RSV.

Um bebê morre caindo de um carro em velocidade. Pode a mãe agradecer a Deus por isto? Um adolescente torna-se um quadriplégico quando seu carro é atingido por um motorista bêbado. Devem os pais dar graças a Deus por seu futuro agora interrompido? Ouço repetidamente: Os cristãos estão dizendo Sim a estas perguntas.

E este "sim” tem uma arma em si! “Se você, como cristão, NÃO responde Sim, então não crê que Deus está controlando sua vida. Você não crê no texto de hoje. Em outras palavras, você não tem muito de um cristão.”

Bem, minha resposta para as perguntas acima é NÃO! Deus não está nos adestrando para sermos insensíveis autômatos. Não devemos engolir a inteligência e simular louvor a Deus por coisas que são horrivelmente más. Deus não espera que Lhe demos graças POR todas as circunstâncias, mas que Lhe agradeçamos EM todas as circunstâncias. Graças a Ele por sustentar-nos através da crise que nos tornaria insanos se não fosse a Sua continua presença. Graças a Ele porque sabemos que este mundo não é a última afirmação do que será. Graças a Ele por tudo o que Ele é, apesar de toda a difamação que tem sido amontoada contra o Seu nome – freqüentemente em nome da religião e do direito.

Agradecer a Deus porque seu bebê caiu de um carro em velocidade é indiciar a Deus como assassino. “Mas”, opina você, “pedi a Deus que dirigisse a minha vida e a vida dos meus filhos! Ele permite que isto aconteça!” Lembre-se: estamos em território inimigo! E que o inimigo é o destruidor das almas. Podemos somente esperar que lhe será permitido demonstrar este fato até que termine o grande conflito entre o bem e o mal. Nesse ínterim, Deus prometeu estar conosco e ajudar-nos a tomar os tipos de decisões que não somente nos habilitarão a viver responsável e justificavelmente mas também confiante e produtivamente.

Caro leitor: Se existem circunstâncias dolorosas em sua vida, na qual pouco ou nenhum bem você pode divisar, olhe ALÉM delas para o poderoso Deus, seu compassivo Pai. Sua bondade é imutável, Seu amor por você é inalterável, e os Seus planos para sua vida e a vida de seus queridos são muito maiores do que podem abranger os seus mais elevados pensamentos.

Regozije-se e seja extremamente feliz. Nosso Deus é maior do que quaisquer circunstâncias de nossa vida.

 
28 de Fevereiro

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Por que Lamentar o Pecado?

“Pequei contra Ti, contra Ti somente, e fiz o que é mal perante os Teus olhos. " Sal. 51:4.

Por que você se sente mal quando peca? Teme que Deus o tenha em menor consideração? Ou teme que alguém considere menos a Deus por causa de você?

Esta pergunta é muito mais do que simples minúcias teológicas; toca nas mais profundas motivações do coração. Se o seu incentivo para evitar o pecado é tal que você não se desprestigia diante de Deus, sua motivação básica é egoísta. Se, por outro lado, sua razão para evitar o pecado origina-se de uma consideração intensamente alta pela reputação de Alguém a quem você ama, sua motivação básica é altruísta.

Quando chegamos diretamente ao ponto, a motivação faz toda a diferença. Teremos a mente de Cristo somente quando os fogos que ardem por trás dos nossos olhos são os do amor altruísta. A lei só pode ser verdadeiramente guardada por aqueles que amam, porque ela descreve como agem as pessoas amorosas. Mas, o egoísmo não pode produzir altruísmo. Quando temos um motivo egoísta para desejarmos ser altruístas, isto simplesmente não funciona.

Deus sabe porquê, e por este motivo nos deu razões totalmente altruístas para querermos ser como Ele. Tendo satisfeito inteiramente todas as nossas necessidades (curando deste modo o nosso egoísmo), nos atraiu em amor para consigo. Mais do que quaisquer preocupações com nós mesmos, tornamo-nos zelosos da boa reputação do nosso Amigo. Sabemos que outros estarão fazendo decisões eternas em relação a Ele, muitas vezes baseados no que contemplam em nós. E queremos que tenham dEle um bom conceito!

Davi também sabia disto. Quando ele pecou, sabia exatamente a quem tinha ferido no máximo. Além do pesar que o pecado traria à sua própria vida, Davi sabia que muitos em Israel indagariam se Deus era suficiente na vida de Davi – se Davi tinha tão evidentemente se afastado da vontade de Deus a fim de ter suas “necessidades” satisfeitas.

Não há nenhuma evidência de que Davi temeu aproximar-se de Deus. Sabia que seu Pai não usa a influência da rejeição emocional a fim de ordenar a vida de alguém, porque isto somente aprofundaria a cobiça egoísta que principalmente o levou ao pecado. Sabia que Deus desejava, não a automortificação servil, mas a "verdade no íntimo” (verso 6). E a amorosa aceitação de Deus tornou-lhe mais fácil enfrentar aquela dolorosa verdade acerca de suas fraquezas.

Título Original em Inglês:
HIS HEALING LOVE

Título em Português:
O AMOR QUE RESTAURA

Autor:
DICK WINN

Primeira Edição Publicada em 1987:
CASA PUBLICADORA BRASILEIRA

 

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