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O Poder do Privilégio Positivo
“Portanto,
deveis ser perfeitos, como vosso pai
celestial o é.”
Mat 5:48, Goodspeed.
Estávamos empenhados em ativa conversação
depois da apresentação da manhã em uma
reunião campal. O sermão tinha versado sobre
nossos privilégios em Jesus – libertação da
culpa e da manipulação. Obviamente
preocupada, uma mulher perguntou:
- Mas ainda temos de revelar o caráter de
Cristo, não é?
- Não – interrompi - já COMEÇAMOS a revelar
o caráter de Cristo. Há uma importante
diferença.
Ela parou por um momento, ponderando as
sutilezas: “temos de” versus “já
começamos”. Dever versus privilégio.
Peso pesado de fardo e responsabilidade
versus alegre senso de deleitosa
permissão e promessa. “Penso que esta é uma
solução que desvendará muitos enigmas para
mim”, concluiu.
Posteriormente ela me deteve em um corredor.
- Aquelas duas palavras contrastantes
viraram ao contrário as motivações de toda a
minha vida cristã. Estou vendo que a
semelhança de caráter com Cristo não é uma
obrigação que eu devo cumprir a fim de obter
a aceitação de Deus. Em vez disto, é uma
experiência que eu almejo, para torná-Lo
conhecido a outros, porque Ele já me aceitou
e me amou.
Falando a uma ansiosa multidão ao pé do
monte, Jesus lhes tinha dito que o Pai ama
os Seus inimigos; Ele procura apaziguar suas
hostilidades, a fim de que lhe permitam
aproximar-Se suficientemente para curá-los
com Seu amor (Mat. 5:38-47). Jesus então
concluiu: “Deveis ser como vosso Pai - tão
perfeitamente misericordioso como Ele é.”
(Compare com S. Luc. 6:36.)
Mas, estava Ele dizendo: “Seria melhor que
vos tornásseis como vosso Pai”? Ou estava
dizendo: “Deveis tornar-vos como vosso Pai”?
lembrando-se de que todas as ordens de Deus
são habilitações, de que não há nada a ser
feito sob Seu mando que não possa ser
efetuado em Sua força, realmente não importa
o que Ele quis dizer.
A versão de Goodspeed expressa Mat 5:48 de
um modo agradavelmente ambíguo. Dependendo
da ênfase, pode ser ordem ou promessa, dever
ou privilégio. Jesus pôs diante de nós o
mais atraente retrato do Pai. Através de
Suas palavras e vida, Jesus nos mostrou
Aquele a quem podemos adorar e em quem
podemos confiar. Então inspirou Paulo a
prometer: “Contemplando... a glória do
Senhor, somos transformados de glória em
glória, na Sua própria imagem.” II Cor.
3:18.
Pode você imaginar isto? Nós seres humanos
embotados pelo pecado temos diante de nós o
incrível privilégio de tornar-nos
semelhantes a Ele. Sendo que Ele é infinito,
o alvo deste crescimento é uma direção de
viagem, não um simples destino. E
percorremos juntos – eternamente!
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2 de Agosto |
Topo |
Um Encontro com o Amor
“Então lhe disse Jesus: Nem Eu tão pouco te
condeno; vai, e não peques mais.”
João 8:11.
Ela estava humilhada. Arrastada pela rua
poeirenta à presença de um Homem que ela
sabia ser da máxima qualidade, fazia-a
sentir-se horrivelmente exposta e derrotada.
Uma existência de inquietação surgia diante
dela ao perceber que havia sido
deliberadamente enlaçada e usada pelos
próprios homens que agora descobriam seu
pecado tão explicitamente. Aguardando os
primeiros golpes esmagadores das pedras que
ela sabia que haviam de pôr fim à sua vida
miserável, estava sobressaltada quando o
mestre Se inclinou e começou a escrever com
o dedo no chão.
Enquanto a multidão vagarosamente se
dispersava, um por um, deixando essa mulher
obviamente culpada à sós com o Homem por
excelência, “erguendo-Se Jesus... perguntou:
Mulher onde estão aqueles teus acusadores?
Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém,
Senhor. Então lhe disse Jesus: Nem Eu tão
pouco te condeno; vai, e não peques mais”.
João 8:10 e 11.
Surpreendente! A culpada não condenada! Por
quê? Antes de tratarmos do jargão teológico
e começarmos a analisar as implicações
escriturísticas legais, façamos uma pausa e
testemunhemos um milagre – o milagre do Seu
amor restaurador! Jesus não era alguém que
Se dispunha a penetrar em intricadas
profundidades. Focalizava as pessoas. E
naquele momento Sua concentração estava
nessa pobre mulher que fora despojada de sua
dignidade. Ela necessitava experimentar a
genuinidade do amor incondicional.
Precisava saber que ninguém na Terra tinha o
direito de condená-la, e que ninguém no Céu
queria fazê-lo, que Deus não usa a
condenação para forçá-la à contrição, porque
a rejeição jamais restaura. Também precisava
compreender que a aceitação não justifica o
mau procedimento, embora dê um valor não
qualificado ao indivíduo envolvido. Jesus
expressou estas duas realidades vitais em
Seu breve diálogo com ela.
Pela atitude não condenatória de Jesus, Ele
permitiu que essa pessoa emocionalmente
marcada readquirisse uma medida de
dignidade. E em Sua gentil ordem a ela para
que deixasse sua vida de pecado, expressou
fé em sua capacidade de viver dentro do
poder nutridor de Sua aceitação dela. Pecado
– a palavra usada para descrever a qualidade
de vida vivida separada da realidade de Deus
– jamais precisava aprisioná-la novamente.
Tinha visto a Deus face a face, na pessoa de
Seu Filho, e Ele lhe dissera claramente o
que sentia quanto a ela! |
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3 de Agosto |
Topo |
Que Havia de Errado com o Fruto?
“E lhe deu esta ordem... da árvore do
conhecimento do bem e do mal não comerás;
porque no dia em que dela comeres,
certamente morrerás.”
Gên. 2:16 e 17.
Este versículo tem sofrido terrivelmente nas
mãos de leitores casuais através dos
séculos. Para muitos, parece pouco mais do
que um conto de fadas de Hans Chistian
Andersen, completado com maçãs mágicas que
lançam encantamento. Só que neste caso uma
serpente ruim mascateia o fruto e um Deus
irado lança o encantamento.
Outras opiniões populares terminam com
percepções de Deus que são quase tão
desagradáveis. É comumente admitido que Deus
simplesmente escolheu a esmo uma árvore do
Jardim, ordenando então a Adão e Eva que não
a tocassem. Era meramente um teste de sua
obediência a ordens arbitrárias. Uma ordem
arbitrária, visto que não tem conseqüências
inerentes por desobediência, deve ser
apoiada pela ira ameaçadora do Legislador.
Deste modo, Deus é Aquele que trata de uma
maneira arbitrária com Seus amigos
inteligentes, e então ameaça matá-los se não
se submeterem.
Isaías conta-nos que Lúcifer desejava
tornar-se semelhante a Deus (Isa. 14:12-14)
- como aquele que podia por si mesmo suster
o vida. Quão absolutamente vital é que todo
o Universo seja capaz de conhecer a verdade
acerca de quem o Doador da vida realmente é!
E assim Deus identificou duas árvores para
Adão e Eva. Comer da Árvore da Vida
expressava sua contínua escolha de receber
vida do Doador da vida. Não havia nenhuma
magia no fruto; o próprio Deus era a fonte
de vida eterna. Dirigir-se à árvore de
Satanás seria um erro fatal, não porque Deus
estivesse irado com eles, mas porque teriam
permutado o Doador da vida por uma fraude.
Satanás não estava simplesmente oferecendo
fruto; estava apelando para uma mudança de
lealdades. Insinuava que Deus não estava
lhes dizendo a verdade. Alegava que ele
poderia cuidar melhor deles do que o Pai,
ajudando-os a experimentar crescimento
imediato. “Confiai em MIM como vosso doador
a vida”, disse ele. Desgraçadamente, eles o
fizeram. Tendo rompido seu relacionamento
com Deus, legalmente deveriam ter morrido –
e a segunda morte ainda por cima!
Mas Deus tinha em mente outro plano para
preservar a realidade. Em uma rude colina
perto de Jerusalém, o próprio Jesus revelou
ao Universo o que acontece quando as pessoas
se separam do Doador da vida. |
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4 de Agosto |
Topo |
Por que Eles se Esconderam?
“Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que
andava no jardim pela viração do dia,
esconderam-se da presença do Senhor Deus, o
homem e sua mulher, por entre as árvores do
jardim.”
Gên. 3:8.
Qual das
seguintes afirmações escolheria você como a
mais exata?
A. "O
pecado nos leva a temer a Deus e a nos
separar dEle.
B.
“Separação de Deus é pecado, e às vezes é
causada por temor desnecessário dEle."
A
pergunta está longe de minúcias religiosas,
porque nossa compreensão básica de Deus, do
pecado e da salvação é focalizada aqui. Mas
às vezes os assuntos tornam-se tão confusos
que, à semelhança da galinha e do ovo, é
difícil descobrir qual deles veio primeiro -
temor ou separação. Um dos exemplos mais
elucidativos do ciclo temor-separação pode
ser encontrado no que ocorreu no Jardim do
Éden, porque Adão e Eva não conheciam nem um
nem outro em sua condição original.
Nossos
primeiros pais conheciam somente a alegria
da união ordenada com seu Pai celestial, até
ao dia em que Satanás os persuadiu a aceitar
sua interpretação do caráter e das intenções
de Deus para com eles. Mudaram de opinião em
relação a Deus e deixaram de confiar nEle.
Transferindo sua lealdade para a serpente,
aceitaram sua promessa de sustento e
cuidado. E que, no mais claro sentido, foi
seu pecado.
Adão e
Eva tinham voltado as costas para Deus.
Mental e espiritualmente estavam separados
dEle. Crendo como fizeram no que Satanás
lhes havia dito acerca de Deus, suspeitaram
que Deus estivesse irado com eles por causa
da sua separação dEle, porque o inimigo
havia sugerido que Deus é um tirano contra
aqueles que Lhe desobedecem.
Portanto,
quando Deus veio passear no jardim pela
viração do dia, fizeram o que parecia ser a
coisa apropriada: esconderam-se por entre as
árvores. Seguiram os impulsos do temor,
esquecendo não somente a capacidade de Deus
de encontrá-los mesmo entre as árvores, mas,
o que é ainda pior, esquecendo que Deus os
estava procurando como amigos, não os
caçando como inimigos.
Quando
Deus os encontrou, Sua reação para com eles
era tão ansiosamente redentora como se
quisesse estabelecer de uma vez por todas
que não precisamos temê-Lo. Para sua nudez,
trouxe vestes valiosas. Para sua temerosa
apreensão, trouxe a promessa de que Outro
suportaria suas trágicas conseqüências. Para
sua confusão, trouxe a restauradora
instrução do trabalho pesado. Ora, é este um
Deus que deve ser temido? |
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5 de Agosto |
Topo |
Que é a Bem-aventurada Esperança?
“Aguardando a bendita esperança e a
manifestação da glória do nosso grande Deus
e Salvador Jesus Cristo."
Tito 2:13.
"Maranata! Vem, Senhor Jesus!" Cantamos
sobre isto, oramos por isto, a isto
aguardamos ansiosamente. É a "bem-aventurada
esperança" do cristão. Mas, qual é o assunto
mais importante no que tange à segunda vinda
de Cristo? Nosso livramento deste mundo
repleto de pecado?
Nossa
reunião com os queridos que foram levados ao
descanso? Nossa imortalidade?
Pare um
momento e reflita: "Por que quero que Jesus
volte?" Não tente imaginar as "respostas
corretas". Seja honesto com você mesmo. E
lembre-se, nenhuma resposta é uma resposta
errada. Deus compreende as razões mais
profundas do nosso modo de pensar. Tome um
pedaço de papel e faça duas colunas. Em um
lado registre porque você deseja que Jesus
venha logo. No outro lado, anote por que
você desejaria que Ele não Se apressasse.
Depois de
ter feito este exercício, pare novamente e
reflita: "o que eu amo mais acerca de Deus?
O que a respeito dEle me faz sentir mais
desconfortável, constrangido?" Tome nota
também desta coisas. E ao examinar as duas
listas, mui provavelmente você descobrirá
uma correlação definida entre elas. Deixe-me
explicar.
Se uma
das coisas acerca de Deus que o faz
sentir-se apreensivo é a Sua função de Juiz,
com muita probabilidade um dos motivos por
que você desejaria que Jesus não viesse
muito em breve é que você não se sente
"preparado". Ou talvez você anotou algo a
respeito de querer ter uma oportunidade para
casar, ou terminar sua educação, ou ter a
oportunidade de gozar o fruto do seu
trabalho. Possivelmente, se você fosse
bastante franco poderia ter escrito que se
sentiria desconcertado com a atitude de Deus
para com as coisas materiais.
Já
considerou que Deus usa Sua posição de juiz
para afastar as acusações do diabo? E que
Seu desejo de que não nos apeguemos às
coisas deste mundo é porque não quer que
sejamos desviados de nos tornarmos Seus
amigos?
Posso
sugerir que uma vez que tenhamos nossa
opinião mudada a tal ponto que venhamos a
apreciar positivamente tudo que conhecemos
sobre Ele, nossa página de duas colunas se
fundirá rapidamente em uma, sob o gozoso
tema. "MARANATA! Vem, Senhor Jesus!" Como
você vê, a melhor coisa no que concerne à
segunda vinda de Cristo não é o "quando" ,
nem o "que acontecerá" quando Ele vier. É o
QUEM É ELE! Ele é a nossa bendita esperança!
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|
6 de Agosto |
Topo |
Deus Escreve o Último Capítulo
“Sabemos que todas as coisas cooperam para o
bem daqueles que amam a Deus, daqueles que
são chamados segundo o Seu propósito."
Rom. 8:28.
Nós os
cristãos deveríamos nos unir e apresentar
uma denúncia formal contra as companhias de
seguros do país [Estados Unidos]. Quando
lemos seus contratos e descobrimos que as
tragédias registradas sob "Atos de Deus"
incluem árvores caindo sobre carros,
ciclones arrasando lares e tempestades de
granizo arruinando colheitas, deveríamos
protestar. Quem disse que o nosso Deus deve
ser responsabilizado por estes acidentes
destruidores?
Para ser
bastante honesto, nós os cristãos temos
afirmado isto. Em nossos esforços para
retratar a Deus como soberano e
todo-poderoso, temos freqüentemente posto
toda a culpa por tudo o que acontece neste
mundo à conta de Deus. Os cristãos medievais
defendiam o ponto de vista de que Deus
ativamente causava a maior parte das
tragédias como uma forma de punição sobre
aqueles que haviam atraído Seu desagrado.
Outros têm sugerido que, tendo Deus o poder
para impedir catástrofes, se Ele não o faz,
é o mesmo que as estivesse causando.
Ainda
outro famoso orador cristão defende que se
eu nasci com um braço deformado deveria
aceitar que Deus ordenou que assim fosse, e
portanto regozijar-me. Mas independente do
que alguém possa aceitar destas
interpretações, todas elas têm isto em
comum: Deus adquire a má reputação e Satanás
fica livre.
A Bíblia
põe isto diante de nós em uma luz muito
diferente. Satanás é aquele que causa
infindável sofrimento e trauma neste mundo;
mas o nosso Deus é tão criativo, tão hábil e
cheio de recursos que - com a nossa
cooperação - pode transformar qualquer
tragédia em triunfo.
Uma das
minhas descrições favoritas de Deus é a de
que Ele é o Grande Restaurador. Não é o Seu
desejo que nasçamos com um braço deformado.
Mas se eu devesse sofrer tal revés, tal
infortúnio, Ele é maravilhosamente capaz de
transformá-lo em uma ocasião para
crescimento: para uma mais profunda
dependência dEle e uma fixação mais clara
dos verdadeiros valores. Não foi a mão de
Deus quem quebrou o pescoço de Joni
Eareckson, mas certamente foi Sua mão quem
guiou o seu espírito em louvor e ministério
em favor dos outros.
Ao ser
desdobrada a história da minha vida, com
tantas de suas passagens vitais tendo sido
produzidas independentemente, regozijo-me em
saber que o nosso Deus sempre é capaz de
escrever o último capítulo. Conquanto eu não
possa reescrever a História passada, posso
pôr o futuro nas mãos de um Autor melhor. |
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7 de Agosto |
Topo |
Estragado em Suas Mãos
“Como o vaso, que o oleiro fazia de barro,
se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele
outro vaso, segundo bem lhe pareceu".
Jer. 18:4.
A sala de
aula estava repleta de mentes ativas e pés
incansáveis. O professor parecia
despreocupado quanto a tornar a lição
interessante para seus jovens alunos.
Simplesmente lia ininterruptamente, de um
modo monótono, do seu livro didático,
inteiramente despercebido de que havia
perdido não somente sua atenção, mas também
o seu respeito. Estava fazendo o seu
trabalho, pensava ele, pondo-lhes à
disposição a informação necessária. O que
faziam com ela era problema deles.
No mesmo
edifício, outro professor estava assentado
diante de sua escrivaninha, em conversação
ativa com uma dúzia ou mais de estudantes
enquanto o resto da classe ouvia. Informal
em sua abordagem, solvia dúvida após outra,
com respostas que eram ajustadas para
permitir que a mente dos jovens se
concentrasse nelas, explorando e testando o
seu conteúdo. Era emocionante e compensador
para todos, inclusive para o professor.
A fim de
que o segundo professor pudesse prover esta
vital oportunidade de aprendizado para sua
classe, sabia que teria de criar uma
atmosfera de confiança e aceitação. Os
alunos perderam suas inibições quando viram
que ele estava disposto a adaptar a matéria
da lição à sua capacidade de compreensão.
Sentiam-se bem com o que estava ocorrendo e
como conseqüência aprendiam rapidamente. Por
volta do fim do ano, não somente a maior
parte dos estudantes dominavam o assunto,
muitos sentiam que haviam ganho um amigo
constante em seu professor.
Nosso
Deus é semelhante ao segundo professor. Em
uma metáfora dirigida ao antigo Israel, Ele
retratou-Se como um oleiro moldando barro em
uma roda. Quando o vaso que ele estava
fazendo se estragou, não o pôs do lado, mas
simplesmente modificou os seus planos e
continuou a trabalhar com ele. Ao contrário
de uma máquina impessoal, o oleiro está
sintonizado à condição do barro que está
moldando. De maneira idêntica, Deus está
ciente do que acontece em nossa vida e
ajusta adequadamente Seu trato conosco.
Mesmo que tenha de ajustar Sua abordagem a
nós, podemos descansar na certeza de que
ainda estamos EM SUAS MÃOS, e que Ele
continuará a trabalhar conosco.
Disto
podemos estar certos; por causa da
maravilhosa habilidade do grande Artífice, o
barro que Ele está moldando apresentar-se-á
maravilhosamente! E nesses "vasos de barro"
coloca o tesouro do conhecimento de quem é
Ele. |
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8 de Agosto |
Topo |
Quanto Mais Necessito Dele!
“Se eu tivera acariciado maus pensamentos, o
Senhor não me teria ouvido."
Sal. 66:18, NEB.
Embora
ele estivesse fazendo uma afirmação, eu
poderia dizer que ele estava fazendo uma
pergunta. E a ansiosa frustração em seu
rosto permitia-me saber que o moço não
estava fazendo nenhuma pergunta ociosa. "Não
gosto da idéia", disse ele, "de que Deus não
me ouça enquanto acaricio algum mau
pensamento. Parece-me que a única maneira
possível em que eu poderia vencer os meus
maus pensamentos, especialmente aqueles que
acaricio, seria se eu pedisse o auxílio de
Deus e Ele me ouvisse! Que esperança há para
qualquer um de nós se o Senhor nos ouve
somente depois que tenhamos deixado de
pensar todos os maus pensamentos?"
Era um
daqueles momentos vitais em que a fé de
alguém é alimentada ou oprimida pela sua
compreensão do modo como Deus lida conosco
os pecadores. E não é uma percepção incomum
de que devamos fazer uma completa limpeza
interna antes que Deus condescenda em espiar
através de nossas entradas mal arrumadas. Ma
é isto o que Davi tinha em mente quando
escreveu o verso de hoje?
Ou está
Davi desafiando aqueles dentre nós que
estariam meramente inclinados a "usar" a
oração? Ou, mais exatamente, a "usar" a Deus
através da oração? Você sabe, como a pessoa
que fuma vários maços por dia e então ora
pedindo boa saúde. Ou aquele que passa três
horas diante do aparelho de televisão para
cada dez minutos que gasta com a Palavra, e
então ora com profundo fervor pelas ricas
bênçãos espirituais. Se Deus desse um passo
para fora dos limites da realidade e
atendesse aquelas solicitações "derramando"
generosas bênçãos sobre pessoas que estão
andando fora do caminho da benção,
confundiria totalmente as pessoas quanto a
este mesmo caminho.
Temos de
admitir uma coisa acerca do nosso Deus: Ele
está totalmente comprometido com a
realidade. Tanto quanto Ele quer que nos
dirijamos a Ele em oração, é demasiado sábio
para permitir que venhamos com nossa "lista
de necessidades" nos lábios mas com nossa
lista de "autodestruição" ardentemente
encravada no coração. Ele não é (como alguns
parecem imaginar) um generoso Papai Noel que
é facilmente enganado com o pensamento de
que não somos traquinas, desobedientes, mas
antes muito bons.
Muito
mais importante do que os dons que desejamos
que Ele nos dê, é a sabedoria que Ele nos
quer dar. Mais do que ser meramente
abençoados, Ele quer que sejamos ensinados
nos caminhos da justiça - o que realmente é
a melhor bênção. E todos os que desejam ser
ensinados por Ele têm Sua atenção! |
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9 de Agosto |
Topo |
"Orando no Espírito"
“E aquele que sonda os corações sabe qual é
a mente do Espírito, porque segundo a
vontade de Deus é que Ele intercede pelos
santos."
Rom. 8:27
Você já
sentiu alguma coisa que simplesmente não
pôde expressar em palavras? Então veio
alguém e verbalizou exatamente os seus
sentimentos. Foi emocionante e um tanto
confortador. Emocionante porque deu
tangibilidade à sua experiência; confortador
porque você não mais estava "sozinho" nela.
Quantas
vezes nos dirigimos à Deus em oração e não
podemos encontrar as palavras para abranger
nossos anseios e temores! Talvez
necessitemos desesperadamente de fazermos a
nós mesmos compreendidos, mas não temos nem
mesmo certeza de que totalmente
compreendemos. E assim lutamos em oração,
ansiosos pela certeza de que Deus não
somente está nos ouvindo, mas que o Seu
coração e o nosso estão vibrando em
uníssono.
O grande
coração de Deus está vibrando em uníssono
como nosso! Ele apanha nossas sentenças e as
termina. Dá aos nossos gemidos íntimos um
veículo de expressão que é inigualável em
sua precisão. Em cada maneira possível Ele
ecoa nossos pensamentos e sentimentos,
afirmando nossa fé experimental em Seu
compromisso total com a nossa personalidade.
Ele faz isto por nós na pessoa do Seu
Espírito.
Em nosso
texto de hoje lemos que "o Espírito
intercede pelos santos segundo a vontade de
Deus". Rom. 8:27. NIV. Se vemos a Deus como
estando tão completamente exaltado acima de
nós que requer um intermediário a fim de
tornar nossas orações ajustadas aos Seus
ouvidos, não podemos prontamente entrar na
aglutinante experiência a nós propiciada
através da comunhão com Ele. Isto não pode
ajudar senão a realçar nossos sentimentos de
inadequabilidade se imaginamos que nossas
orações precisam ser "lavadas" ou
reformuladas pelo Espírito Santo antes que
possam tornar-se viáveis.
Entretanto, quando compreendemos que é
atitude de Deus "curvar-Se" de certo modo,
para apanhar cada nuança de significado ao
falarmos com Ele, percebemos que a provisão
do Espírito é por NOSSA CAUSA, não Sua. É a
Sua maneira de "ajudar-nos em nossas
presentes limitações" (Rom. 8:26, Phillips)
para reconhecermos que Ele sabe o que
estamos tentando dizer - porque Ele pode até
mesmo prover as palavras! Podemos saber que
"Aquele que sonda os corações" o faz, não
para encontrar defeito em nós, mas para
assegurar-nos da intensidade do Seu desejo
de entrar em união total conosco.
"Que
diremos, pois, à vista destas coisas? Se
Deus é por nós, quem será contra nós?" Verso
31. |
|
10 de Agosto |
Topo |
"O que Leva as Pessoas a Agirem Deste Modo?"
“Quando ia chegando, vendo a cidade,
chorou."
Luc. 19:41
Eu estava
decididamente dirigindo-me ao longo da
auto-estrada concentrado apenas no destino
que eu tinha em mente. De súbito, outro
motorista desviou-se para minha pista, no
próprio lugar que eu pensava que estivesse
ocupado por meu pára-lama dianteiro. Eu
estava mais do que irado; eu estava furioso.
Por meus sentimentos, devo ter presumido que
ele estava maldosamente olhando pelo seu
espelho retrovisor, com um brilho diabólico
nos olhos, pensando: “Esperarei até que ele
se aproxime de mim; então, penetrarei
subitamente em seu caminho.” Calculista.
Perverso. Deliberadamente pecaminoso.
Foi
somente no dia seguinte, no mesmo trecho da
auto-estrada, que eu deixei de ver um carro
no ponto morto entre meus espelhos, e me
desviei repentinamente para o seu caminho.
Seus estridentes pneus e a longa buzinada
diziam-me exatamente o que ele estava
pensando de mim. Mas eu era inocente!
Descuidado, talvez. Mas não de modo algum, o
malvado, deliberadamente perverso animal de
estrada que seus punhos agitados estavam me
acusando de ser. Eu queria defender-me.
Explicar-lhe. Mas ele tinha passado por mim,
provavelmente murmurando algo acerca de sair
fora da mira de indivíduo tão perigoso.
Tem
importância a maneira como vemos nossos
companheiros de luta neste planeta arruinado
pelo pecado? Vejo uma caixa de supermercado
sendo agressiva com um cliente. Devo
presumir que ela despertou naquela manhã,
olhou-se no espelho e disse deliberadamente:
“Hoje vou ´explodir´ com todo mundo”? Ou
devo admitir que ela estava sob pressões
extremas sobre as quais nada sei, e estava
lutando como melhor podia com uma tarefa
difícil e ingrata?
Falando
da vasta maioria dos pecadores, toda a
variedade comum de seres humanos ao nosso
redor: são eles perversos, pessoas
deliberadamente más que saem a cada manhã
com o único intento de serem grosseiramente
egoístas? Ou são pessoas vacilantes,
confusas, feridas, que gostariam de defender
suas ações... ou ao menos desculpar-se por
elas? Nossa resposta determinará se as
veremos com repugnância ou possuídos de
compaixão. Prescreverá se desejamos
reprová-las ou educá-las e restaurá-las.
Como
imagina você que Jesus via todos aqueles
pecadores de Jerusalém quando, apenas horas
antes de se voltarem contra Ele, cavalgava
um jumentinho contemplando sua cidade,
chorando até que Seu corpo oscilava como uma
árvore em um forte vento? |
|
11 de Agosto |
Topo |
O Privilégio do Sofrimento
“Porque vos foi concedida a graça de
padecerdes por Cristo, e não somente de
crerdes nEle."
Filip. 1:29.
Embora
ela tivesse dinheiro para comprar vestidos
de boa qualidade, usava vestes esfarrapadas,
de lojas de artigos usados. Sua casa era
parcamente mobiliada, e sua mesa era posta
com as mais ordinárias provisões, todas
insípidas e escassas. Sorria apenas
debilmente, e falava nos silenciosos tons de
alguém que se encontrava na ala terminal de
um hospital. Muitas vezes, se a chamasse,
você a encontraria sentada à mesa lendo sua
Bíblia.
A maioria
de nós ficamos pouco surpresos diante de
pessoas que impõem sofrimento sobre si
mesmas como um meio de alcançar piedade.
Recuamos ante o pensamento de tomar isto por
"piedoso". Quase a única coisa pior é crer
que o próprio Deus às vezes impõe às pessoas
esta espécie de sofrimento a fim de
"edificar o seu caráter".
Sobre o
que estava Paulo falando na passagem de hoje
quando disse que é nosso privilégio sofrer
por Cristo? Está falando apenas de aflição
corporal? Declara ele em sua segunda carta
aos Coríntios: "Porque, assim como os
sofrimentos de Cristo se manifestam em
grande medida a nosso favor, assim, também a
nossa consolação transborda por meio de
Cristo." Cap. 1, verso 5. Talvez a resposta
possa ser conhecida apenas se pararmos para
considerar o que fez Cristo sofrer. Muito
naturalmente pensamos no Calvário como o
lugar de Sua agonia, mas Sua provação física
no Gólgota sintetiza realmente o sofrimento
que Ele suportou como "Homem de dores"?
Vemos
Suas lágrimas junto ao túmulo de Lázaro
enquanto Marta expressa sua tristeza porque
Ele "poderia ter" salvo seu irmão da morte.
Percebemos a dor em Sua voz ao dirigir-Se a
Pedro, todo molhado ao ser tirado do mar
sobre o qual Ele acabara de andar: "Por que
duvidaste (de Mim)?" Horrorizai-vos ante a
intensidade de Sua dor ao chorar sobre
Jerusalém, onde Sua rejeição como o Filho de
Deus seria totalmente revelada. E
lembrem-se: em cada um desses incidentes,
Sua dor não era por Si mesmo mas por Seus
filhos terrestres que experimentavam
infortúnio desnecessário porque não
compreendiam quem era Ele, ou o Pai que o
enviara.
É nosso
privilégio não somente crer em Cristo, mas
sermos tão restaurados pela nossa amizade
com Ele que partilhemos de grande paixão do
Seu coração: revelar o Pai à humanidade
ferida. |
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12 de Agosto |
Topo |
Cirurgia Divina
“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e
mais cortante do que qualquer espada de dois
gumes, e penetra até ao ponto de dividir
alma e espírito, juntas e medulas, é apta
para discernir os pensamentos e propósitos
do coração."
Heb. 4:12.
Esqueci
tudo sobre o sanduíche que estava comendo ao
ouvir com crescente interesse a descrição do
meu amigo, da cirurgia que estivera
realizando. Trabalhando na área de sua
especialidade, tinha operado um homem com um
tumor canceroso no rosto. Durante horas,
trabalhando através de um microscópio,
tentou remover cada célula cancerosa,
contudo sem prejudicar os nervos que
controlam os olhos, a boca e os ouvidos do
homem. Quase partilhei do seu próprio alívio
quando me disse que a operação fora
bem-sucedida.
Que
admiração senti pela habilidade de um perito
cirurgião! Admiro sua coragem ao dirigir-se
para tão perto das próprias fontes da vida a
fim de procurar e remover aquilo que
destruiria a vida. E conquanto nenhum
paciente jamais tenha o prazer nesta espécie
de cirurgia, deve admitir que ela é, afinal,
melhor do que a alternativa. Com freqüência
o cirurgião deve persuadir o paciente a
submeter-se a este procedimento salvador da
vida.
Nosso
Deus traz-nos a habilidade, a coragem e a
compaixão de um Mestre Cirurgião. Usa um
bisturi bastante afiado para dividir aquela
parte de nós que é a mais intricadamente
entretecida: nossos motivos. Estando o
egoísmo entrelaçado com os motivos do amor,
e protegido pelas camadas da defensiva, da
rejeição e da auto-ilusão, o
desemaranhamento requer a perícia do melhor
Cirurgião.
Quando
nos expomos à penetrante e perscrutadora
mente de Deus conforme revelada em Sua
palavra, tem início a cirurgia. A severa
repreensão, a resposta áspera que
desencadeamos sobre os filhos em nome da
"firme disciplina", revelam-se como meras
defesas do prestígio paterno. Os
questionáveis programas de televisão vistos
porque "preciso descontrair-me" aparecem
como voyeurismo debilmente velado. O pó
sobre a capa da Bíblia, acumulado porque
"estou tão ocupado", é gentilmente exposto
como evidência de preguiça espiritual.
Quão bom
é saber que nosso Pai não está parado diante
de nós nesses momentos de sensíveis e
desconcertantes auto-revelação, dizendo
alegremente: "Eu o apanhei em outra!" Aquele
que instruiu Paulo a nos ensinar que não nos
alegremos com a injustiça (I Cor. 13:6) está
pronto a esquecer o passado e a caminhar
conosco para a luz de maior honestidade,
mais forte integridade e mais elevada união
com Sua sábia vontade. |
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13 de Agosto |
Topo |
A Alegria Inefável de Deus
“Ora Aquele que é poderoso para vos guardar
de tropeços e para vos apresentar com
exultação, imaculados diante da Sua glória."
Judas, verso 24.
Se você
quiser dividir um grupo de crentes, basta
fazer a pergunta: "Pode você deixar de
pecar?" Mesmo os "sins" e os "nãos" estarão
divididos por causa de todas as numerosas
idéias soltas sobre o assunto. Para alguns,
depende de se você está falando acerca de
"pecados conhecidos". Para outros, o
problema é a qualidade forense da
justificação pela fé. Para aqueles que
lutam, diariamente contra males interiores e
exteriores, a pergunta parece entretecida
com horrível desespero. Para Paulo, era
assunto de regozijo.
Que
significa deixar de pecar? Se focalizamos o
comportamento, podemos discutir
infindavelmente. Se o consideramos como um
jogo de retórica, poderemos neutralizar a
estrutura da espiritualidade vital,
tornando-a inoperante. Contudo, se estamos
olhando para o relacionamento com Deus, a
atitude de Paulo é muito encorajadora.
Sendo que
pecado é uma palavra usada para descrever o
relacionamento rompido entre Deus e a
humanidade, então reformulemos a pergunta
adequadamente: "Pode o seu relacionamento
rompido com Deus ser totalmente restaurado?"
A Resposta é emocionante - "Absolutamente!"
E, no caso de haver qualquer dúvida quanto a
como deve isto ser efetuado, o texto de hoje
declara que DEUS é "poderoso para vos
guardar de tropeços e para vos apresentar
com exultação, imaculados diante da Sua
glória". Judas 24. Deus é capaz de restaurar
o relacionamento rompido - e mantê-lo
restaurado! Nossa amizade com Ele
apresenta-nos "irrepreensíveis" (N.E.B), aos
Seus próprios olhos e aos olhos de todo o
Universo. E tudo isto Lhe traz "alegria
inefável"! (Phillips.)
Traz isto
resultados tangíveis para nossa vida deste
lado do reino? "Nisto é em nós aperfeiçoado
o amor, para que no dia do juízo mantenhamos
confiança; pois, segundo Ele é, também nós
somos neste mundo." I João 4:17. Conhecê-Lo
é amá-Lo, e amá-Lo é tornar-se semelhante a
Ele. Ao crescer nossa confiança em quem Ele
é, e porque Ele nos chamou de amigos, somos
progressivamente libertos do egoísmo, esta
qualidade manifestada em indivíduos
inseguros e não amados.
Amigos,
esqueçamos as "coisas que para trás ficam" e
avancemos "para as que estão diante",
prossigamos "para o alvo, para o prêmio da
soberana vocação de Deus em Cristo Jesus".
Filip. 3:14. |
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14 de Agosto |
Topo |
Sua Palavra Final
“Havendo
Deus, outrora, falado muitas vezes e de
muitas maneiras, aos pais, nos profetas,
nestes últimos dias nos falou, em um que é
Seu Filho.”
Hebreus 1:1 e 2.
Que faz você quando lê um texto como este:
“Ele, porém, respondeu: Ah! Senhor! Envia
aquele que hás de enviar, menos a mim. Então
se acendeu a ira do Senhor contra Moisés.”
Êxodo 4:13 e 14. Então voltando a Mateus
5:22, lemos: “Eu, porém, vos digo que todo
aquele que se irar contra seu irmão estará
sujeito a julgamento.”
Uma pessoa franca terá de admitir que isto
suscita várias perguntas. Por que Deus Se
irou contra Moisés sendo que tudo o que ele
fez foi protestar seus sentimentos de
inadequabilidade? Por que Jesus
posteriormente nos adverte contra irar-se
com outras pessoas? Estão Jesus e Deus
operando sob uma série de regras diferentes?
Acaso Deus “passa por alto” certos
procedimentos que para nós são contra as
normas, mas permitidos para Ele visto ter
Ele autoridade? E sendo que a ira em
qualquer caso é tão improdutiva do bem, por
que Deus teve de expressá-la contra seu
amigo Moisés, especialmente quando Ele já
havia mandado Arão para falar em seu lugar?
Deve haver uma solução melhor do que um
Jesus benévolo, meigo, gentil, suave no Novo
Testamento e um déspota irascível no Antigo
Testamento.
É um sinal do favor de Deus que Ele sempre
fale ao Seu povo em palavras e por meio de
pensamentos e experiências que tenham
sentido para eles. Você não poderia chamar a
isto de “comunicação” se Ele não o fizesse.
Há certo modo peculiar de expressão de
pensamento e de interpretação que faz bom
sentido para uma cultura mas parece estranho
e enigmático para outra. Cada segmento da
Bíblia foi escrito no contexto de um povo e
de suas expressões familiares.
Moisés sentiu que sua coragem não estava
ainda em condições de fazer tudo o que Deus
ansiava que ele fizesse. Sentiu a humilhação
de saber que Deus tivera de recorrer a um
plano retrógrado a fim de levar a mensagem a
Faraó, por causa de sua fraqueza. Não era
incomum para a mentalidade hebraica falar
dos sentimentos de Deus em termos muito
intensos, falando assim do Seu
desapontamento como ira ardente. Mas
procuramos em vão qualquer evidência de ação
ou sentimentos de ira nos parágrafos
seguintes.
Contudo, Deus falou Sua palavra final acerca
de Si mesmo quando enviou Seu Filho para ser
“a expressão exata do Seu Ser” (verso 3). |
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15 de Agosto |
Topo |
A Insuficiência do Bom Procedimento
“Mas
Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma
coisa falta: Vai, vende tudo o que tens,
dá-o aos pobres, e terás um tesouro no Céu;
então vem, e segue-Me.”
Mar. 10:21.
Ele fora
criado na igreja. Antes de mal aprender a
falar, haviam-lhe sido ensinados versos
áureos da Bíblia. Ansioso para agradar, foi
sempre estudante modelo. Após a faculdade,
entrou no mundo dos negócios e, por causa do
seu estrito senso de honestidade e boa
conduta, logo acumulou fortuna. Servia na
comissão da igreja e, ocasionalmente,
dirigia a reunião de oração de quarta-feira
à noite. Em resumo, tinha tudo: riqueza, uma
boa reputação e religião.
Um dia
ele viu Jesus de Nazaré com algumas
crianças. Ficou impressionado com a maneira
como Ele as tratava, quão ternamente as
recebia. Despertou em seu coração um
tremendo desejo de tornar-se Seu discípulo.
Ao começar Jesus a partir, correu atrás
dEle e caiu aos Seus pés. “Bom Mestre”,
implorou, “que farei para herdar a vida
eterna?” Respondeu-lhe Jesus: “Por que Me
chamas bom? Ninguém é bom se não um só que
é Deus.”
A
resposta de Jesus não visava confundir a
esse jovem pesquisador. Das poucas palavras
seguintes trocadas, podemos compreender que
Jesus estava operando para redefinir os
valores internos do individuo. “Bom” sempre
tinha sido associado com comportamento;
obviamente Jesus tinha um bom comportamento!
Assim tinha o jovem; contudo ele sentia que
estava faltando algo. Chamado unicamente a
Deus de “bom”, Jesus procurou diferenciar
entre religião behaviorista (de
comportamento) e uma avivada compreensão de
Deus. Seguir a Cristo significa mais do que
o desempenho do bom comportamento; é a
amizade da mais alta qualidade.
Qual era
a intenção de Jesus ao dizer ao jovem que
vendesse tudo que possuía e desse aos
pobres? Não estaria isto o encorajamento a
“fazer” ainda mais uma religião de obras?
Posso sugerir que, muito ao contrário,
desfazendo-se de suas riquezas ele
restringiria severamente sua capacidade de
desempenho. Evidentemente sua condição de
homem rico e respeitado na comunidade lhe
propiciava infindáveis oportunidades para
praticar sua religião de bondade.
Simplesmente era demasiado fácil para ele
“dar” bom procedimento em vez de dar de si
mesmo. Por conseguinte, seu ponto de
convergência estava no dom da vida eterna em
vez de estar no Doador.
A
comunhão com Cristo daria novo foco à sua
vida. Permitamos que esta comunhão reenfoque
a nossa! |
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16 de Agosto |
Topo |
Prescritivo ou Descritivo
“Se Me
amais, guardareis os Meus mandamentos.”
João 14:15.
Tente
relembrar o que acontecia quando, como
criança, seus pais lhe pediam para fazer
algo que você realmente não gostava de
fazer. Tentavam encontrar várias maneiras de
persuadi-lo a fazer isto, desde prometendo
uma recompensa até ameaçando gentilmente que
poderia haver umas palmadas se você não
concordasse! Talvez eles até mesmo usassem a
conhecida abordagem de lembrar-lhe todas as
boas coisas que haviam feito por você, desde
o presente de Natal ao berço aquecido e
abundância de alimento. Então perguntavam:
“Você me ama?” Em uma voz mansa e cautelosa
você respondia: “Sim.” Então ouvia a lógica
armadilha de molas encerrada com uma nota de
triunfo: “Se você me ama, fará o que eu
digo.”
Isto é
chamado de manipulação pelo amor e não soa
muito bem. Mas que pode você dizer sem
parecer um grosseirão e ingrato? Muitos
cristãos lêem João 14:15 com as mesmas
lentes. Vêem a Deus como se estivesse
desfilando diante de nós as evidências
infinitas do Seu generoso amor – vida,
saúde, salvação em Jesus Cristo e todos os
dons e bênçãos do Seu reino. Então ao
olhamos boquiabertos para a imensidão de
tudo isto, Ele nos leva exatamente onde quer
e aperta o nó. “Por tudo isto”, pergunta,
“você Me ama?” Afirmamos respeitosamente.
“Se você me ama”, conclui, guarda os Meus
mandamentos.”
Não há
nenhuma sombra de dúvida: Deus realmente
ama. Mas Seu amor intenta restaurar-nos, não
manipular-nos. Seu grande cuidado por nós
tem a finalidade de tornar-nos interiormente
adequados, não para fazer-nos sentir
enlaçados. Isto nos obriga. Quando Jesus
disse: “Se Me amais, guardareis os Meus
mandamentos”, estava DESCREVENDO o que
FAREMOS, em vez de estar PRESCREVENDO o que
DEVEMOS fazer. Era uma declaração de fato:
Isto é o que as pessoas fazem quando amam
seu Salvador.
Tão
sumamente nosso Pai preza nossa liberdade de
escolha que não usa nem mesmo Seu grande
amor para nos “forçar” à obediência. Embora
percebamos rapidamente que Ele não Se
utiliza da força física para nos levar a
obedecer, é importante notar que Ele evita
usar também a força emocional. Porque
somente o coração restaurado pelo amor pode
verdadeiramente obedecer! |
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17 de Agosto |
Topo |
O Grande Entre Nós
“Quem
quiser tornar-se grande entre vós, será esse
o que vos sirva.”
Mat.
20:26.
Os
missionários viajavam para as terras
desertas, encontrando muitos interessantes
membros de tribos. Apesar de incivilizados,
esses nativos tinham uma cultura rica de
ritual e vestuário. Garras, penas e dentes
de animais selvagens adornavam-lhes o corpo
enquanto dançavam ao toque dos tambores
feitos de toras ocas. Ao se aproximarem mais
os missionários das regiões colonizadas
pelos brancos europeus, notavam a sutil
intromissão de modernos adornos no vestuário
tribal. Tampas refugadas de lata e outros
artigos obsoletos estavam incluídos nas
decorações usadas pelos dançarinos.
Sorrimos
ante a inocente ignorância de tais
indivíduos pagãos. Não sabendo o que fazer
com os artigos que descobriam enquanto
vasculhavam perto das comunidades
civilizadas, simplesmente os vestiam.
Pergunto a mim mesmo se nós os cristãos às
vezes não temos feito o mesmo ao
“descobrirmos” os ensinamentos do Mestre.
Tome por exemplo a declaração a respeito da
grandeza: “Quem quiser tornar-se grande
entre vós, será esse o que o sirva.” Mat.
20:26.
Alguns
têm a idéia de que a mais baixa posição da
vida deve ser usada como uma espécie de
distintivo de humildade – que qualquer tipo
de realização pessoal deve ser evitado
porque a autodepreciação equivale à piedade.
Tais idéias são recolhidas e penduradas
sobre a vida do cristão. O mais triste,
porém, é que não trazem nenhum benefício
àquele que as usa, e outros são também
desencaminhados.
Em
primeiro lugar, a humildade é uma qualidade
de espírito, não um adorno exterior. Aquele
que tem um coração para servir, o fará em
qualquer posição. Se surge a necessidade de
grande empreendimento em um determinado
campo a fim de realizar o mais elevado
serviço, o cristão que tem o espírito de
humildade não deferirá por causa de alguma
coerção para anunciar piedade íntima.
Aos olhos
de Deus, o verdadeiro serviço contribui para
a grandeza, quer o indivíduo esteja em uma
posição de prestígio quer esteja em uma
humilde – o que nos diz algo acerca do nosso
“grande Deus”! Na passagem em que é
encontrado o verso de hoje, Jesus tocou o
nervo da nação israelita ao aludir ao
domínio romano. Disse Ele: “Sabeis que os
governadores dos gentios dominam sobre eles
[e sobre vós], e os seus altos oficiais
exercem autoridade sobre eles. Não seja
assim entre vós. Verso 25, NIV. “Não
lidereis como eles o fazem!” era o que Ele
estava dizendo. Não, “não procureis ser
líderes”.
Em vez de
procurar evitar o empreendimento, a
realização, procuremos utilizar todos os
nossos dons intelectuais para atingir a
excelência no serviço. |
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18 de Agosto |
Topo |
Uma Busca Infrutífera
“Naquele
dia pedireis em Meu nome; e não vos digo que
rogarei ao Pai por vós. Porque o próprio Pai
vos ama.”
João
16:26 e 27.
Ouvi isto
tantas vezes que finalmente resolvi procurar
sua base bíblica. Tenho ouvido que a justiça
de Cristo é algo como um manto que é posto
sobre nós para tornar-nos aceitáveis diante
do Pai. Tenho ouvido que Jesus apresenta ao
Pai o mérito de Sua própria vida perfeita, e
que então o Pai concorda em olhar
diferentemente para o pecador por causa do
mérito substituinte do Filho. Em resumo,
ouvi que Jesus muda a mente e o coração do
Pai em relação a nós, o que é necessário
para que sejamos salvos.
Admitindo
que nenhuma personalidade bíblica sabia mais
acerca do plano da salvação do que Jesus,
resolvi dirigir-me aos evangelhos,
particularmente às palavras proferidas por
Jesus, a fim de encontrar evidência de tal
ponto de vista. Procurei algum trecho em que
Jesus expressasse ou inferisse que a atitude
de Seu Pai no tocante a nós era mudada ou
modificada pelo mérito, apelo, vida
substituinte ou cobertura legal do Filho.
Nada encontrei. Encorajo-o a verificar por
você mesmo; isto simplesmente não se
encontra ali.
Em vez
disto, enchi meia dúzia de páginas de um
caderno de apontamentos de versículos em que
Jesus nos diz quanto o Pai já nos ama, e
pleiteia conosco para que mudemos NOSSA
opinião do Pai! E no contexto desta busca
particular, quão grato fiquei ao deparar-me
com o conhecido texto supracitado. Que
poderia ser mais explícito? Jesus NÃO está
prometendo rogar ao Pai para que mude em
qualquer sentido em relação a nós! O Pai,
nos assegura Ele, já é resolutamente amoroso
no que concerne a nós.
Ainda
mais, Jesus finaliza dizendo: “Vem a hora
quando não vos falarei por meio de
comparações, mas vos falarei claramente a
respeito do Pai.” Verso 25. Faltando apenas
horas para separar-Se dos Seus amigos
terrestres, Jesus precisava avançar para
além de idéias limitadas, em condições de
adaptar-se à embotada compreensão das
massas. Queria falar as verdades mais
exatas, completas e vitais acerca de Seu Pai
para que sua mente em crescimento pudesse
compreender. Não mais queria vê-los
encolhendo-se de temor diante de Deus,
prestando a tremente obediência de um
escravo açoitado. Em vez disto, queria que
eles fossem curados pela amorosa aceitação
de Seu Pai.
Minha
busca, então estava longe de ser
infrutífera! |
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19 de Agosto |
Topo |
Você O Conhece!
“Se vós
Me tivésseis conhecido, conheceríeis também
a Meu Pai. Desde agora O conheceis e O
tendes visto.”
João
14:7.
Jesus
estava Se afastando. Os onze discípulos
restantes na última ceia queriam ir com Ele.
Suas ansiosas perguntas levaram o Mestre a
pronunciar alguns dos mais explícitos
discursos concernentes ao Pai já registrados
nas Escrituras. Não estava indo para outra
aldeia; estava indo para Seu Pai no Céu.
Os
discípulos simplesmente não podiam
compreender o que Ele lhes estava dizendo,
mesmo quando lhes falou mais acerca do lugar
para onde estava indo – quanto lugar havia
na casa de Seu Pai. “Voltarei e vos
receberei para Mim mesmo”, disse-lhes de
maneira tranqüilizadora. “E vós sabeis o
caminho para onde Eu vou.” João 14:3 e 4.
Sua
resposta foi surpreendente. “Senhor, não
sabemos para onde vais; como saber o
caminho?” Verso 5. Dizer que eles não sabiam
para onde Ele estava indo afirmava em
essência que não conheciam o Pai.
“Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a
verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão
por Mim. “João 14:6 e 7. “Conhecer-Me é
conhecer a Meu Pai!”
Prezado
leitor: Seu coração já implorou para
conhecer realmente a Deus, embora Ele pareça
tão remoto, tão distante? Concentre-se em
Seu Filho, a “expressa imagem” do Pai (Heb.
1:3, KJV) e assegure-se de que,
conhecendo-O, você conhece a Deus! Você não
precisa permitir que seus sentimentos de
alienação dEle persistam como aconteceu aos
discípulos. Pode confiar no pronunciamento
do Salvador.
Leia o
restante do capítulo 14 de João; prossiga
nos capítulos 15 e 16 até que Jesus suspire
com amoroso alívio: “Você finalmente crê!”
João 16:31, NIV. “Porque o próprio Pai vos
ama, visto que Me tendes amado e tendes
crido que Eu vim da parte de Deus.” “Sabeis
que Seu intenso desejo de ter-vos com Ele
não é menor do que o Meu.”
Que o
nosso coração seja consolado como era o
desejo de Jesus. Saibamos que o coração do
Pai anseia por nós. Tanto que enviou a Jesus
para dar-nos esta mesma mensagem. E que este
conhecimento nos liberte para nos empenhamos
ativamente em amizade com Ele. |
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20 de Agosto |
Topo |
O Caminho Mais Excelente
“Ainda
que eu... conheça todos os mistérios e toda
ciência... se não tiver amor, nada serei.”
I Cor. 13:2.
Estou
quase embaraçado em admiti-lo, mas quando o
vi vindo em minha direção através do campus,
rapidamente “achei” um compromisso urgente
que justificavelmente conduziu-me em outra
direção. Não é que eu estivesse com medo
dele; ele era realmente bastante inofensivo.
Era simplesmente um detestável sabe-tudo.
Tendo uma mente aguçada, uma memória
fotográfica e um apetite voraz por livros e
revistas técnicas, parecia saber no mínimo
alguma coisa a respeito de quase tudo. E
cada encontro dava-lhe uma oportunidade para
contar-lhe mais do que você realmente se
interessa por saber acerca de tudo quanto
estava em sua mente.
Para a
maioria de nós comuns mortais, que ainda
tratamos de resolver ou decifrar as
instruções para o uso de nossa nova
calculadora de bolso, os sabe-tudos ou
sabichões são freqüentemente muito
intimidadores. E se nos sentimos deste modo
acerca de pessoas que têm vasta informação a
respeito de assuntos históricos ou técnicos,
somos ainda mais confundidos por pessoas que
têm todas as respostas religiosas. Talvez
seja assim porque isto expõe nossas próprias
confusões nesta área vital que está tão
perto de nós, que nos toca tão intimamente –
o que deveria servir como advertência a
todos os cristãos que estão comprometidos a
partilhar sua fé – seu vasto conhecimento da
verdade – com qualquer ouvinte.
Quão
fácil é ter a impressão de que as pessoas
que “têm todo conhecimento” o acumularam
mais para que pudessem impressionar a outros
do que pudessem ajudar a outros. As pessoas
feridas precisam mais de ser amadas do que
esmagadas. Mas do que ter sua ignorância
exposta, necessitam de que sua tenra
auto-estima seja abrigada, protegida por
braços sensíveis e atenciosos.
Paulo
compreendia quão fácil é, mesmo para os
cristãos, ser apanhados nas
autocongratulações do conhecimento que
adquiriram... embora fosse o verdadeiro
conhecimento. Advertia os cristãos para que
não se tornassem conhecidos no mundo como um
grupo de piedosos sabe-tudos, porque os
cristãos devem sair para revelar Aquele que
Realmente sabe tudo! Pecadores feridos, que
poderiam ser esmagados tão facilmente pelo
Onisciente necessitam primeiro ser
convencidos de que Ele é amoroso.
Tiago nos
assegura que as pessoas podem aproximar-se
dAquele que realmente sabe tudo e pedir-Lhe
todas as idéias de que necessitamos, porque
Ele “nada lhes impropera”. Tiago 1:5. Seu
primeiro compromisso com as pessoas é
acalmar-lhe os temores, porque somente então
pode ensiná-las. Com certeza, este é o
caminho mais excelente. |
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21 de Agosto |
Topo |
Verdade ou Conseqüências
“A ira de
Deus se revela do Céu contra toda impiedade
e perversão dos homens que detêm a verdade
pela injustiça..”
Rom. 1:18.
Por longo
tempo, pregadores têm estado “invocando” a
ira de Deus contra os pecadores. A mensagem
é clara: “Se você não tomar ‘jeito’, Deus
vai acertá-lo. E bem!” Embora nunca digam
realmente assim, pode também afirmar: “Ame a
Deus – senão...”
Que
incentivo para amar! Mas o amor jamais
ocorre quando exigido “a ferro e fogo”, por
assim dizer. E mesmo se Ele recolhe a arma
de fogo, já que você sabe que Ele a está
usando em Seu coldre e que está carregada e
pronta para disparar, é difícil tomar
interesse por Suas propostas.
Afinal,
que me diz da ira de Deus? É tempo de darmos
uma boa olhada nela e vê-la pelo que é. O
que descobriremos se ajusta ao nosso
conhecimento progressivo do que é Deus? Ou
teremos de viver com nossas velhas idéias da
ira de Deus, gostemos disto ou não. Afinal,
Ele é Deus! E a Bíblia usa palavras tais
como “ira” e “indignação” quando descreve a
punição dos ímpios.
A mais
clara explicação da ira de Deus é encontrada
nos capítulos 1 e 2 de Romanos. No verso 18
do capítulo 1 lemos: “A ira de Deus se
revela do Céu contra toda impiedade e
perversão dos homens que detêm a verdade
pela injustiça...” A primeira indicação do
que significa esta ira é encontrada no verso
24: “Por isso Deus entregou tais homens à
imundícia, pelas concupiscências de seus
próprios corações.” O verso 26 ecoa este
mesmo pensamento, e o verso 27 torna-se
explícito: “Homens... e recebendo em si
mesmos a merecida punição do seu erro.”
É
evidente que a ira de Deus é a Sua atitude
de permitir que as conseqüências dos atos e
comportamento pecaminosos caiam sobre o
homem. No Éden Ele pôs em funcionamento um
plano de salvação por meio do qual seríamos
poupados, em grande medida, dos efeitos da
separação dEle. Devíamos experimentar os
resultados reais desta separação, não
devíamos viver para aprender a horrível
verdade sobre isto. Contudo, a fim de
experimentarmos a realidade, Ele nos permite
agora mesmo deparar com uma medida das
conseqüências.
Rom.
2:5-8 descreve os resultados finais de
nossas escolhas. Aqueles que buscaram o
Doador da Vida viverão. Aqueles que O
rejeitaram terão a vida rejeitada. |
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22 de Agosto |
Topo |
Religião Terrena
“E quem
der a beber ainda que seja um copo de água
fria, a um destes pequeninos, por ser este
Meu discípulo, em verdade vos digo que de
modo algum perderá o seu galardão.”
Mat.10:42.
Muitas
das religiões deste mundo dividem toda vida
em duas categorias: a sacra e a secular, a
religiosa e a comum. A experiência religiosa
inclui nunca permitir que as duas se
misturem. As coisas religiosas têm seu
próprio vocabulário, sua própria estrutura
conceitual.
Mas o
Cristianismo não segue este exemplo. Não
existem duas maneiras distintas de falar e
de pensar, porque para o cristão toda a vida
é sagrada. Seu relacionamento com Cristo
tempera cada dimensão da vida, mesmo a mais
terrena.
Tenho
conhecido mais de um cristão perplexo que
tem desejado um envolvimento mais profundo
com as coisas de Deus. Essas pessoas devotas
têm almejado maior preocupação com temas
espirituais, interesse mais absorvente no
Céu e no mundo vindouro. Algumas delas
parecem não ter compreendido a surpreendente
revelação de Jesus de que a prontidão de
alguém para o reino vindouro é medida por
algumas ações terrenas. No verso de hoje
ouvimos Jesus descrevendo o discipulado em
termos da disposição de alguém de dar um
copo de água fria a uma criança.
Às vezes
é mais fácil pensar em termos religiosos
quando estamos na igreja ou desfrutando um
estudo bíblico em grupo. É mais fácil
confirmar o interesse de alguém pelo Céu
quando outros peregrinos que caminham para o
Céu estão perto para dizer “Amém!” Podemos
reconhecer prontamente certos procedimentos
como corretamente religiosos – tais como dar
ofertas na igreja, cantar certos cânticos e
freqüentar as reuniões religiosas.
Mas Jesus
(que insistiu conosco para que sejamos o sal
da terra, não da igreja) continua nos
desafiando a desconsiderar esta linha
artificial entre a vida na igreja e a vida
do mundo que está ao nosso redor. Aquele que
tem a mente de Cristo – o Cristo que permite
que Sua chuva caia sobre justos e injustos –
dá um copo de água fria a uma criança porque
este é o tipo de pessoa que ele é. Ele faz
isto não porque possa relatá-lo durante o
período de trabalho missionário na igreja,
ou porque a criança seja membro de sua
igreja. É a expressão que flui livremente do
seu próprio caráter, e eis por que isto pode
ser uma medida tão confiável do seu preparo
para o reino. |
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23 de Agosto |
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Confiança no Mestre do Plano
“Mas Ele
sabe meu caminho; se Ele me provasse, sairia
eu como o ouro.”
Jó 23:10.
Tudo que
era possível tinha acontecido a Jó. Tinha
perdido seus rebanhos, seus servos, seus
filhos e sua saúde. Sua esposa não o
compreendia; seus melhores amigos
suspeitavam que ele tivesse algum mau
procedimento secreto. Ainda sua confiança em
Deus permanecia inabalável. “Ainda que Ele
me mate, nEle esperarei.” Jó 3:15, Almeida
antiga.
Embora
tenhamos a tendência de admirar a Jó por
causa de sua coragem e firmeza, não foi sua
própria força interior que fê-lo suportar os
seus problemas. Foi sua compreensão de Deus
e o seu relacionamento com Ele que o
sustiveram. Nos dez primeiros versículos do
capítulo 23 nos é dada uma idéia sobre a
espécie de relacionamento que existia entre
Deus e o Seu amigo Jó.
Jó começa
reconhecendo que sentia como se Deus tivesse
posto uma pesada mão sobre ele. Mas não
permite que estes sentimentos o esmaguem ou
o levem a duvidar dos propósitos de Deus. E,
longe de levá-lo a procurar distanciar-se de
Deus, deseja estar em Sua própria presença!
“Exporia ante Ele a minha causa, encheria a
minha boca de argumentos. Saberia as
palavras que Ele me respondesse, e
entenderia o que me dissesse. Acaso segundo
a grandeza de Seu poder contenderia comigo?
Não; antes me atenderia.” Jó 23:4-6.
Jó sabia
que Deus tinha um “plano-mestre” para sua
vida. E apesar de que no momento estivesse
completamente confuso quanto ao que estava
acontecendo em sua vida, ele tinha confiança
no Mestre do plano! Conhecia a Deus como
franco e justo. Também sabia que não era
próprio de Deus utilizar-Se do Seu poder
para manipular as pessoas. Que Deus era
razoável (verso7). Apesar de sua luta contra
os sentimentos de separação de Deus, jamais
considera que Deus Se tenha distanciado dele
por causa de algum erro que haja cometido.
“Mas Ele sabe o meu caminho; se Ele me
provasse, sairia eu como o ouro.” Verso 10.
No final,
após a restauração de Jó, Deus disse aos
seus três amigos: “Não dissestes de Mim o
que era reto, como o Meu servo Jó.” Jô 42:7.
Deus sabia que podia confiar em Jó porque
eram amigos. |
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24 de Agosto |
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Jesus Acaricia as Crianças
“Vede, não desprezeis a qualquer destes
pequeninos; porque Eu vos afirmo que os seus
anjos nos Céus vêem incessantemente a face
de Meu Pai Celeste”
Mateus 18:10.
Imagine que um executivo local e sua esposa
viessem jantar em sua casa. Tocam a
campainha e, sem levantar os olhos do fogão,
você grita: “Limpem os pés ao entrar, não
quero nenhuma lama no meu tapete. E fechem a
porta! Você não nasceram num estábulo.”
Posteriormente, estando eles comendo ao
redor da mesa, você fala-lhes com rispidez:
“Mastiguem com a boca fechada. E lembrem-se,
se não comerem toda a verdura, não terão
nenhuma sobremesa.” O cenário é ridículo, à
primeira vista, porque sentimos que
simplesmente não seria apropriado tratar um
honrado adulto desta maneira. Mas uma onda
igualmente pesada de embaraço deveria nos
atingir para que não achássemos tão fácil
falar às nossas crianças deste modo.
Sentindo que está errado ferir os
sentimentos de adulto falando de maneira
depreciativa, indagamos por que tão
prontamente tentamos controlar o
comportamento das nossas crianças por meio
deste tipo de arenga desprezível.
Evidentemente, as crianças também sofriam
estas espécies de indignidades no tempo de
Cristo. Mesmo os discípulos de Jesus haviam
descuidadamente contraído o hábito de tratar
as crianças como intermediários entre os
seres humanos e os animais. Estavam
convencidos de que as crianças não eram
dignas da atenção do Mestre, e que Lhe
estavam fazendo um favor mantendo a essas
pessoas ainda não formadas à margem dos
admiradores de Jesus.
Mas Jesus sabia o que estava acontecendo
naquelas mentes juvenis que estavam formando
os retratos mais fundamentais de si mesmas.
Queria proteger aquela preciosa auto-imagem
dentro delas, sabendo que necessitariam
disto ao longo de sua vida.
Contudo, havia outra vital na mente de
Jesus. Sabia que naqueles tenros anos as
criança estavam edificando sua compreensão
básica do seu Pai celestial - uma
compreensão que seria escrita no íntimo da
mente, e não seria facilmente mudada por
instrução verbais posteriores. As crianças
formam sua compreensão de Deus muito mais
através dos relacionamentos que experimentam
com seus pais do que por meio dos conceitos
a elas expressos por esses mesmos pais.
Se os pais desprezam ou subestimam as
crianças, especialmente no processo
disciplinar, essas crianças crescerão crendo
que Deus as trata do mesmo modo. Quem amaria
e confiaria em tal Deus? |
25 de Agosto |
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Tendo o Seu Nome na Fronte
“Contemplarei a Sua face, e nas suas frontes
está o nome dEle.”
Apoc. 22:4.
A
esperança do cristão é a segunda vinda de
Cristo. Será uma ocasião de regozijo, porque
todas as tristezas desta vida chegarão ao
fim. Jamais estaremos outra vez enfermos,
nem morreremos, nem estaremos separados dos
nossos queridos. Não teremos cansaço, nem
estaremos confusos, nem alguém se apossará
de nossa casa. E a nossa alma não mais
estará em risco - isto é, não teremos mais
nenhuma preocupação quanto a estarmos ou não
salvos.
Amigos,
se pensarmos no assunto da salvação como um
negócio arriscado, temos um problema que a
Segunda Vinda não resolverá. Se, em nosso
pensamento, ser livre do pecado está na
mesma categoria que ser livre da enfermidade
e livre da hipoteca, nossa compreensão do
problema do pecado precisa ser posta em dia.
A libertação do pecado não é assegurada pelo
fato de que nada foi deixado ao nosso redor
para tentar-nos; é a condição do coração que
não mais retém qualquer dúvida quanto ao
caráter de Deus.
Nosso
texto hoje descreve os redimidos:
“Contemplarão a Sua face, e nas suas frontes
está o nome dEle.” Apoc. 22:4. Que significa
estar o nome dEle na sua fronte? Posso
sugerir que Deus será o centro dos nossos
pensamentos? E isto começa agora, deste lado
do reino. Nossa focalização será deslocada
dos pensamentos de “estar salvo”, para ser
centralizada no próprio Deus. E sendo que
Deus é a vida, nada podemos fazer senão
viver quando aceitamos o Doador da Vida.
Nossa mortalidade presente não é nenhuma
indicação de que a vida eterna não começou
para nós. Esta conexão vital que nos torna
imunes da segunda morte (a primeira morte é
apenas um sono) já foi estabelecida.
A segunda
vinda de Cristo é um acontecimento que torna
visível a união já concreta de Deus com seu
povo. No Céu não mais estaremos enfermos
porque teremos sido removidos deste planeta
ecologicamente desequilibrado. Estaremos
livres da hipoteca porque as hipotecas terão
deixados de existir. Mas estaremos livres do
pecado porque o grande conflito sobre a
verdade do que é Deus já terá findado em
nosso coração.
Será
maravilhoso ver a Deus face a face. Mas
podemos “vê-Lo” agora mesmo através de Sua
Palavra escrita. Podemos agora ter certeza
total do que é Ele, e a nossa vida estará
deste modo para sempre segura nEle. |
26 de Agosto |
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Ocultando o que Realmente Somos.
“Ai de
vós, escribas e fariseus, hipócritas!
porque limpais o exterior do copo e do
prato, mas estes por dentro estão cheios de
rapina e intemperança. Fariseu cego! limpa
primeiro o interior do corpo, para que
também o seu exterior fique limpo.”
Mat. 23:25 e 26
Uma vez
comprei um grande macaco hidráulico em uma
feira de quintal e fiquei emocionado. Por
apenas 15 dólares trouxe para casa um peça
de equipamento brilhante e de aspecto
pesado, que a agradável senhora atrás da
mesa tinha me assegurado de que era quase
nova. Elogiei a brilhante aquisição diante
de minha esposa ao tentar experimentá-la sob
nosso carro. Meu rosto ficou vermelho de
indignação (e de embaraço) quando o macaco
verteu fluido hidráulico por todo o chão e o
carro afundou gradualmente.
Jesus
está absolutamente comprometido com a
realidade. Quer que tudo em seu reino que
pretende estar no exterior realmente ESTEJA
no interior. Nada menos do que isto nos
permitiria a confiança mútua através da
eternidade. Não é de admirar que Ele falasse
tão severamente contra aqueles líderes
religiosos que estavam praticando velhas
simulações. Alegando falar em defesa de
Deus, os fariseus estavam dando ao povo
motivo para crer que o próprio Deus Se
contentaria com uma demonstração exterior de
justiça, negligenciando a realidade da
condição interior. Mas Jesus estava dizendo
a todos os que O ouviam que Seu Pai também
estava comprometido com a realidade.
Isto
suscita uma pergunta interessante. Se Jesus
deprecia a idéia de uma pessoa estar limpa
apenas na aparência exterior enquanto em
realidade está ainda ligada ao pecado, então
qual é a diferença entre um copo
exteriormente limpo e as “vestes da justiça
de Cristo”, como freqüentemente se tem
compreendido? Em vez de esconder nossa
verdadeira condição dos olhos dos homens
(como na metáfora do copo limpo), presume-se
que as vestes da justiça de Cristo ocultam
nossa real condição dos olhos de Deus. Esta
idéia sugere que podemos nos “esconder” sob
os méritos substituintes da perfeita justiça
de Cristo e que o Pai nos aceitará como
sendo o que em realidade não somos.
Mas as
vestes da justiça de Cristo jamais
tencionavam ser uma falsificação da
realidade. Cristo não provê quer seja para
lograr, quer seja para mudar o Pai. A veste
é a poderosa declaração de Cristo quanto ao
amor do Pai e a sua aceitação do pecador,
que - quando reclamada e usada com dignidade
-produzirá a verdadeira limpeza dentro do
pecador. E Deus não precisa fazer provisão
para ocultar pecados que Ele está confiante
de que pode curar. |
27 de Agosto |
Topo |
Salvação Pelo Relacionamento
“Porque
assim como o pai tem vida em si mesmo,
também concedeu ao Filho ter vida em si
mesmo.”
João 5:26.
Pode uma
lâmpada fornecer luz sem um relacionamento
com o gerador ou usina hidrelétrica? Pode um
bezerrinho viver sem um relacionamento com
sua mãe? Pode uma planta crescer sem ter um
relacionamento com o solo? Pode um ser
humano criado à imagem de Deus viver sem
estar relacionado com aquele que tem a
energia doadora de vida dentro de Si mesmo?
A
resposta às três primeiras perguntas acima
parece muito óbvia para qualquer ser
pensante.
Em cada
caso, se o relacionamento é rompido, os
resultados negativos aparecem muito
rapidamente. Mas que complicados desafios
Deus enfrenta ao tentar ensinar-nos que o
exemplo permanece verdadeiro também para a
quarta pergunta! Afinal, Ele nos deu o poder
de escolher romper este relacionamento.
Contudo, se quando cortássemos relações com
Ele experimentássemos as conseqüências
imediatas da escolha, nunca estaríamos em
condição de mudar de idéia. Por outro lado,
quando Deus - em um ato de misericórdia -
protela estas conseqüências, nos deixamos
seduzir pelos enganos de Satanás e
imaginamos que realmente podemos viver
separados de Deus.
Não há
nada que Satanás procura fazer com maior
diligência do que levar-nos a ignorar este
relacionamento vivificante com Deus. Tentará
distrair-nos com as atrações dos sentidos ou
com nossas manufaturadas tentativas de
construir nosso próprio muro de segurança
contra a angústia vindoura. Ou nos
persuadirá a crer que um intenso
envolvimento com atividades religiosas é um
bom substituto para o envolvimento com a
Pessoa de Deus.
Mas aqui
está um expediente muito sutil com que
Satanás pode levar-nos a negligenciar o
relacionamento vital com Deus a que chamamos
de fé. Pode induzir-nos a pensar que “fé” é
simplesmente nosso reconhecimento de uma
transação legal fora de nós mesmos, na qual
Jesus faz alguns arranjos úteis com o Pai
para que possamos ser perdoados, e não é
necessário nenhuma conexão pessoal com Deus.
Esta opinião às vezes se introduz
sorrateiramente sob o titulo de “justiça
pela fé”, mas rouba todo o significado
essencial da palavra “fé”.
O próprio
Jesus, enquanto era homem sobre a Terra,
vivia somente pela dependência de Seu Pai
para a vida. Esta era SUA conexão pela fé,
Seu relacionamento salvífico. E os
remanescente são descritos como tendo a
espécie de fé de Jesus - este mesmo
relacionamento vital com Deus. |
28 de Agosto |
Topo |
A Voz Mansa e Delicada
“E eis
que veio a ele uma voz, que dizia: Que
fazeis aqui Elias?”
I Reis 19:13
Significativa é a verdade implícita no trato
de Deus com Elias. Deus não está nas
ruidosas manifestações. O mais poderoso
recurso de Deus é Sua gentil e branda
pressão. A verdade é essencialmente
contrária ao que é ruidoso, tonitroante,
sensacionalista.
Nada
senão a “voz mansa e delicada” é capaz de
alcançar o coração. É bom que tenhamos menos
fé nas ruidosas demonstrações e mais no que
é de caráter quieto e piedoso; que nossa
vida seja mais poderosa do que nossas
palavras; que sejamos cheios de Espírito e
não de barulho. Devemos ter em mente que o
poder da voz “mansa e delicada” é maior do
que a indulgência com intoxicações
religiosas. “E pela tua brandura me vieste a
engrandecer.” II Sam. 22:36. A expressão de
nossa fé a outros se faz com maior
influência que é o amor.
O calmo,
persistente, animador poder da bondade, o
amor de Deus, enfim, deve possuir nosso
coração, nossa mente. Não devemos manter o
fácil otimismo, a fantasia embora
passageira, de que tudo está bem. A voz
“mansa e delicada” é sóbria e profunda
convicção do Espírito Santo a nos conduzir
numa vida de paz e segurança, de modéstia e
mansidão, de firme paciência e confiança nos
caminhos do Senhor.
Por trás
de toda verdadeira realização para Deus há
forças espirituais tomando posse de nossa
vida. Isto é especialmente verdade em
relação ao caráter cristão. Nossas grandes
habilidades não são o que há de mais sábio
em nós. Os homens de Deus são os que mais
claramente têm compreendido a direta ação do
Espírito Santo em seus corações. A voz de
Deus os chamou dos falsos caminhos para os
caminhos eternos.
A
constância heróica do glorioso exército de
mártires, dos miríades de humildes almas que
triunfaram sob circunstâncias adversas,
brilha como estrelas. O Espírito do Senhor
nos muda de glória em glória.
Pela voz
mansa e delicada do Espírito Santo, Deus nos
atrai a Si, e Ele mesmo se aproxima de nós.
O Espírito Santo harmoniza todas as nossas
discordâncias íntimas, enchendo o nosso
coração com o senso da permanente presença
de Deus. – Edward Heppenstall |
29 de Agosto |
Topo |
A Tarefa Invisível
“Quando
vier, porém o Espírito da verdade, Ele vos
guiará a toda a verdade... Ele Me
glorificará”.
João 16:13 e 14.
Durante
meus anos como estudante na escola
secundária, minha ocupação era operar o
serviço de alto-falantes do campus. Meu
chefe de trabalho era uma pessoa muito
sábia. Freqüentemente me dizia que eu fazia
melhor trabalho quando ninguém sabia que eu
estava ali no controle. “Se o volume
torna-se tão baixo que os ouvintes precisam
fazer esforço para ouvir, eles dirão: ‘Por
que este sujeito não aumenta isto?!’ Se está
muito alto e começando a haver retorno de
comunicação, eles dirão: ‘Que há com este
menino?’ Mas se está em ordem , eles estarão
tão absorvidos com o orador que nem mesmo
reconhecerão que você está ali. E isto é o
que desejamos.”
O mais
profundo desejo do Espírito Santo é que
vejamos a Jesus. Não deseja que a atenção
pare perto do Objetivo e focalize o Meio.
Sabe que Sua obra é neutralizar a de
Satanás, que está ocupado em dizer mentiras
acerca de Jesus. Em contraste, anseia que os
filhos confusos deste planeta conheçam a
verdade sobre Aquele a quem conhecer
significa vida eterna.
Alguém
perguntou: “Por que sabemos tanto acerca de
Jesus e tão pouco a respeito do Espírito
Santo?” Suponho que o Espírito Santo diria:
“É precisamente assim que Eu quero.” Por que
não é o conhecimento intricado acerca da
natureza da Trindade que nos traz salvação;
é o caráter de Deus conforme revelado por
todos os membros da Divindade o que nos leva
a confiar.
Os
cristãos anseiam estar cheios do Espírito
Santo, como Jesus prometeu que poderíamos
(Atos1:5-8). Os cristãos cheios do Espírito,
como acontece com o próprio Espírito,
cumprirão com mais eficiência sua tarefa
quando atraírem no mínimo a atenção para si
mesmos e no máximo para Jesus Cristo. O dom
de ser cheio do Espírito não é para
entretenimento de religião particular. Não é
uma forma de êxtase santificado. Não é
motivo de jactância sobre novos níveis de
conquista religiosa.
João
Batista revelou o ponto culminante da vida
cheia do Espírito quando disse: “Convém que
Ele cresça e que eu diminua.” João 3:30.
Isto não nos deve surpreender, visto que é
uma expressão perfeita da atitude do próprio
Espírito. O encher do Espírito é o encher da
vida de Cristo para que Ele possa ser
revelado a outros. |
30 de Agosto |
Topo |
Um convite de Nosso Pai
“Vinde,
pois, e arrazoemos, diz o Senhor.”
Isa. 1:18.
Todos nós
temos o velho adágio: “Faça o que eu digo,
mas não faça o que eu faço!” Você sabe como
isto funciona. A mãe grita para os meninos:
“Arrumem o quarto! Não quero que transformem
minha casa em um chiqueiro!” Dê uma olhada
no quarto dela, porém, e você verá uma
confusão quase incrível. “Não se atrasem
para o jantar!” adverte o pai, que aparece
com uma hora de atraso. A maioria de nós
estamos condicionados desde a adolescência a
esperar uma certa porção de duplicidade dos
nossos pais. Sabemos que eles têm boa
vontade, mas a realidade está noutro lugar.
O problema é que temos a tendência de
transferir tal pensamento para nossa relação
com o Pai celestial. Somos ensinados: Estai
“sempre preparados para responder a todo
aquele que vos pedir razão da esperança que
há em vós”. I Ped. 3:15. Mas suspeitamos que
Deus não precisa ter uma razão para o que
faz. Afinal, Ele é Deus!
Estão
aqui boas novas: Deus vive pelas mesmas
“regras” que nos pede que vivamos. A lei que
Ele deseja escrever em nosso coração também
descreve o Seu caráter! Ele nos pede que
vivamos responsável e razoavelmente mesmo
como Ele o faz. Somente este planeta
desobediente está “fora de compasso” com o
resto do Universo. Somente o coração
obscurecido pelo pecado percebe a Deus como
arbitrário e prepotente.
E assim,
acompanhando Sua natureza, o Deus Soberano
nos convida: “Vinde, pois e arrazoemos.”
Nosso Pai celeste não grita para nós: Ponha
em ordem a sua vida! Ele diz: “Deixe-Me
mostrar-lhe a melhor maneira de viver!” E
Suas admoestações estão sempre ligadas à
promessa de habilitar. “FAÇA como Eu FAÇO!”
encoraja-nos. “Eu o ajudarei!” No processo
começamos a conhecê-Lo. Gradualmente,
podemos ficar mesmo mais emocionados com a
Sua amizade do que com todas as maravilhosas
coisas que estamos aprendendo. Não mais
precisamos divisar Seu conselho como
exigências arbitrárias. Podemos recebê-lo
alegremente como a melhor informação
disponível – e como uma oportunidade de nos
tornarmos mais familiarizados com o nosso
magnífico Deus!
Estou
contente porque Deus nos circundou com Sua
amorosa aceitação de sorte que podemos
avançar sem sermos impedidos pelo temor do
fracasso. Fracasso não é uma palavra do
vocabulário entre amigos. Quando as coisas
vão mal, os amigos procuram respostas
enquanto resolvem as coisas arrazoando –
juntos. |
31 de Agosto |
Topo |
Contemplando as Maravilhas da Lei de Deus
“Então
falou Deus todas estas palavras: Eu sou o
Senhor teu Deus, que te tirei da Terra do
Egito, da casa da servidão. Não terás outros
deuses diante de Mim.”
Êxo. 20:1-3.
Quatro
mil anos atrás no Monte Sinai Deus deu à
raça humana uma edição verbalizada de Sua
lei eterna, os Dez Mandamentos. Não somente
era expressão de Sua vontade imutável, era
uma revelação do Seu caráter divino. E ela
encerra para todos os que a recebem como
tal, Sua promessa de restauração e redenção.
Contudo
durante milênios os homens têm tremido ante
o pensamento de Deus e têm visto os Dez
Mandamentos como advertências negativas de
uma Divindade irada, irritada.
Conseqüentemente, a Lei tem sido encarada
como um grave dever imposto à humanidade em
vez de ser compreendida como mensagem
positiva de livramento e restauração de um
amoroso Criador. Todavia, é nosso privilégio
ver com Davi: “Nunca me esquecerei dos Teus
preceitos, visto que por eles me tens dado
vida.” Sal.119:93.
Demos uma
nova olhada nestes preceitos bem conhecidos,
com a consciência de que neles está revelado
o coração do Deus infinito e Sua promessa de
satisfação para o Seu povo. Podemos orar
como Davi: “Desvenda os meus olhos, para que
eu contemple as maravilhas da Tua lei. Sou
peregrino na Terra: não escondas de mim os
Teus mandamentos.” Sal.119:18 e19.
O melhor
lugar para começar é pouco antes das
declarações do Sinai, quando Deus expressou
o desejo de relacionamento com o Seu povo.
Disse Ele: “Eu vos levei [para fora do
Egito] sobre asas de águia e vos trouxe para
Mim.” Êxo.19:4, NIV. É neste contexto que
podemos compreender melhor a Deus quando
falou “todas estas palavras: Eu sou o Senhor
teu Deus, que Te tirei do Egito, da casa da
servidão. Não terás outros deuses diante de
Mim.” Êxo. 20:1-3.
Deus
estava Se reintroduzindo ao Seu povo, não
simplesmente bradando-lhes do Céu. Declarou
que estava tão profundamente interessado na
vida deles que Se tornara ativamente
envolvido em seu libertamento da escravidão.
Tinha absoluta certeza de que, se Lhe
permitissem guiá-los, os conduziria tão bem
que não mais sentiriam necessidade de buscar
orientação de alguma outra fonte, isto é,
dos “deuses”.
Não é de
admirar que Davi asseverasse: “Grande paz
têm os que amam a Tua lei; para eles não há
tropeço.” Sal. 119:165. |
Título
Original em Inglês:
HIS HEALING LOVE
Título em
Português:
O AMOR QUE RESTAURA
Autor:
DICK WINN
Primeira
Edição Publicada em 1987:
CASA PUBLICADORA BRASILEIRA |
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