Julho

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"O Amor e a Aceitação de Deus não são o resultado de uma vida transformada. São o que causa a transformação."
Dick Winn, O Amor Que Restaura, 1987.

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1 de Julho

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Desempenho Versus Relacionamento

“Dirigiram-se, pois, a Ele, perguntando: Que faremos para realizar as obras de Deus? Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta, que creiais nAquele que por Ele foi enviado.” S. João 6:28 e 29

Constitui a mensagem acerca do que é Deus apenas um outro assunto teológico que os adultos podem discutir em grupos? Ou é ela um conceito perceptível e relevante que mesmo os jovens podem aceitar? Permita que meu filho adolescente, Jeff, dê-lhe a idéia de seus próprios sentimentos:

“Muitos garotos são educados em ambientes nos quais devem atuar a fim de serem aceitos e  amados. Espera-se deles que tirem boas notas na escola para que a mãe e o pai fiquem contentes. Sentem que devem ser engraçados ou de boa aparência a fim de que sejam populares. Sabem que seus professores os apreciarão se tiverem bom comportamento na sala de aula. Embora isso vise prover o incentivo ao bom procedimento, pode tornar-se muito desanimador quando eles não conseguirem estar à altura.

 “O problema é que quando essas mesmas idéias são transportadas para o relacionamento com Deus, você jamais poderá estar à altura, e isto o fará ter a impressão de que está sucumbindo. ‘É impossível!’ pensa você. ‘Seria melhor nem mesmo tentar!’ É claro que tudo isto está encoberto por uma atitude de despreocupação.

 “Jesus compreendia o problema. Quando Ele esteve aqui na Terra, foi interrogado: ‘Como devemos fazer o bem?’ Em outras palavras, como podemos agradar a Deus? Os judeus estavam apoiados em todas as exigências e expectativas dos fariseus. Com todas as incontáveis regras e deveres, estavam totalmente desencorajados e imaginavam que era-lhes impossível ser aceitos por Deus. Jesus pôs as coisas em ordem ou corrigiu-lhes o pensamento. Disse-lhes que o que acima de tudo agradava a Deus era que desenvolvessem uma amizade pessoal com Ele.

 “De alguns meses para cá tenho chegado à compreensão de que em vez de tentar fazer o bem,  que é inútil, quando contemplamos a Jesus naturalmente desejamos tornar-nos semelhantes a Ele. Quando adquiri este novo senso de compreensão, minha concepção de Deus mudou. Sinto-me muito mais livre em Sua presença. Agora quero crescer a fim de melhorar o relacionamento em vez de tentar cumprir exigências.

“Penso que haveria muito menos cristãos desanimados se eles tivessem esta compreensão. Deus nos aceita, não por causa de qualquer coisa que fazemos, mas porque nos criou para ser Seus amigos. E isto que torna a vida de valor.”

2 de Julho

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Um Dom Formidável

“Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade.” I Cor. 15:53

Você é o gerente da maior joalheria de uma grande cidade, tendo sob sua responsabilidade o mais profuso estoque de jóias e pedras preciosas do país. E está entrevistando pessoas para o cargo de contador.

Um candidato parece ter extenso conhecimento de jóias de valor e evidente confiança no seu manuseio. Naturalmente, você pergunta se ele tem algum registro criminal. Com acanhamento, ele faz o sinal afirmativo. “Estive quinze anos cumprindo pena na prisão”, admite. “Por furto de jóias.” Você o empregaria, entregando-lhe as chaves da loja? Ou subitamente se preocuparia com o inestimável estoque?

Paulo nos afirma que somente Deus possui a imortalidade (I Tim. 6:16). E, contudo, no texto de hoje ele diz que Deus está pondo os retoques finais em um plano para começar a distribuir aos seres humanos esta qualidade ou atributo divino! E que dom formidável!

Formidável, não apenas por causa das surpreendentes implicações de viver para sempre, mas também por causa daqueles a quem Deus conferirá o dom: PECADORES! Alguns veriam isto como semelhante a entregar as chaves de uma grande joalheria a um ladrão de jóias convicto, porque as pessoas a quem Deus confiará a vida eterna não serão colocadas em confinamento solitário. Estarão livres para viajar pelo Universo, partilhando abertamente seus valores e convicções, representando os anseios de seu coração.

Por que, então dará Deus a vida eterna a pecadores? Alguns vêem isto como sendo primariamente uma expressão de amor – que Deus é demasiado generoso para recusar tal tesouro àqueles a quem Ele ama. Mas o amor pode ser condescendente se concede tesouros àqueles que são incapazes de manuseá-los. Quanto a isso, Deus ama os ímpios que não receberão a vida eterna tanto quanto ama aqueles que hão de recebê-la.

O dom da vida eterna é profundamente uma expressão de confiança. É a proclamação de Deus de que Ele confia em Sua própria capacidade de restaurar Seu povo à lealdade completa. Tem confiança de que Seus métodos certamente operarão. Portanto, quando nos confere o dom da vida eterna, está anunciando que confia na restauração completa do Seu povo. Ex-ladrões de jóias, assassinos, mentirosos, e o mais – Ele nos confiará tudo!

Se o nosso Deus tem motivo amplo para confiar a “pecadores” a vida eterna, não deveríamos nós pecadores, agora mesmo, ter motivo amplo para confiar inteiramente em nosso Deus? Porque isto significa vida eterna.

3 de Julho

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Esperança no Desespero

“Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça.” Rom. 5:20

Dois casais partilhavam um apartamento dúplex nos subúrbios. De um lado morava Maria e seu esposo Estevão, que era marinheiro. Seu relacionamento florescia apesar dos prolongados tempos de separação quando Estevão estava no mar. Alice e José eram muito diferentes. Embora raramente se separassem por mais de um dia de uma vez, a distância entre eles parecia mais ampla do que os Oceanos Atlântico e Pacífico combinados.

A maior parte da tensão na experiência cristã é o resultado de um horrível senso de distância entre o Céu e a Terra. Deus está muito distante! Se apenas pudéssemos realmente OUVI-LO. Ou percebê-Lo de relance como Moisés. Ou se não podemos ter um vislumbre do próprio Deus, ao menos de um anjo!

Tal anseio pode causar dano em nosso senso de paz se permitirmos que o fato de nossa separação física de Deus anule a realidade equilibradora de nossa união com Ele. A amizade que Deus mantém conosco é muito maior do que nossa separação física dEle! Lemos em Rom. 5:20: “Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça.” Paremos e pensemos acerca do que este texto está dizendo.

Nascemos neste mundo separados de Deus em corpo e espírito. A fim de reconhecermos quão grave é esta condição, Deus nos deu Sua lei. Ela continuamente nos mostra o vasto alcance e nossa alienação dEle – mental, emocional e espiritualmente. Todavia, há ESPERANÇA para a nossa condição de outro modo desesperada! O amor de Deus, o qual não procuramos e não merecemos, é tão amplo e profundo que ultrapassa em muito QUALQUER distância entre nós! Estar unido com Ele fisicamente, enquanto ainda alienado espiritualmente não é a solução para a vida eterna. A distância física é uma expressão do amor de Deus por nós. Somente quando o relacionamento for restaurado nos sentiremos totalmente à vontade em Sua presença!

O abismo da separação entre Deus e eu mesmo é realmente tão amplo quanto o meu coração incrédulo. Quão alegre estou porque Ele transpôs esta distância com o Seu incomparável amor!

4 de Julho

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Os Legalistas São Rebeldes

 

“Porque Eu, o Senhor, não mudo; por isso vós... não sois consumidos.” Mal. 3:6

 

Nossa descrição costumeira do legalista religioso é de alguém que traz as marcas permanentes da preocupação na fronte, colecionando listas intermináveis de boas ações a serem praticadas e de más ações a serem evitadas. Seu vocabulário religioso está fortemente temperado com palavras tais como “dever”, “obediência” e “perfeição”. Nada mais teme do que fazer algo que incorra no desagrado de um Deus hipersensível. Expô-lo como um rebelde contra Deus seria, aos seus olhos, base para um processo por difamação.

Mas considere novamente a motivação fundamental do legalista. Seu mais intenso desejo é que seus diligentes esforços em prol da bondade possam persuadir a Deus a mudar em relação a ele, concedendo-lhe favores de graça ou de benevolência que Ele de outro modo poderia não oferecer. O legalista presume que sabe exatamente o que mais necessita e deseja. Deveras, ele sabe melhor do que Deus, e se não pedisse com lisonjas aqueles dons a Deus, Ele provavelmente não lhos concederia.

Como tal, o legalista afirma que ele está em melhor situação em suas próprias mãos do que nas mãos de Deus. Está convencido de que poderia cuidar melhor de si mesmo do que Deus, se lhe fosse dada a decisão controladora. Sua vida é um protesto porque os dons do perdão e aceitação retidos nas mãos de um Deus avarento que não está disposto a partilhá-los com eles exceto quando persuadido ou obrigado. O legalista, portanto, crê que é mais nobre, mais sábio e mais amoroso do que Deus. E certamente isto constitui a máxima rebelião!

Toda vez que eu me aproximo de Deus com o desejo de mudar Suas atitudes ou ações em relação a mim, estou retornando à postura de um legalista. Quando Deus diz: “Porque Eu, o Senhor, não mudo”, Ele não está fazendo uma observação petulante nem anunciando uma mente fechada. Nosso Pai não muda com respeito a nós porque não há nada em Sua perfeitamente amorosa e sábia atitude para conosco que necessite de mudança.

Diz Deus: “Porque Eu, o Senhor, não mudo; por isso vós... não sois consumidos.” Permanecemos na graça, cada um de nós. Embora cada um de nós tenha pecado, nos foi concedida a existência – e uma oportunidade salvadora da vida a fim de transformar a NOSSA mente. Não temos morrido, não porque tenhamos implorado por nossa vida, mas porque nosso imutável Deus é benigno por natureza.

5 de Julho

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Que Torna o Nosso Gozo Completo?

 

“Tenho-vos dito estas coisas para que o Meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo” João 15:11.

 

Jesus estava no cenáculo com Seus onze discípulos restantes. Sabia que dentro de apenas algumas horas a vida deles seria virada ao avesso. E assim procurou confortá-los antecipadamente e ensinar-lhes preciosas verdades que eles conseqüentemente levariam ao mundo inteiro.

Começou a dizer-lhes que Ele seria tomado dentre eles, mas que Sua partida assinalava o preparo para que posteriormente pudessem estar com Ele eternamente. Nesse ínterim, Ele enviaria o Consolador para ajudá-los a lembrar-se de tudo o que lhes tinha dito. Disse-lhes que estava indo para o Pai; que era para o seu próprio benefício que Ele fosse. Compreendeu que ao falar-lhes estas coisas a tristeza havia lhes enchido o coração; quanto mais Ele lhes explicasse, mais eles não poderiam então suportá-lo. “Assim também agora vós tendes tristeza”, disse-lhes ternamente, “mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar.” João 16:22.

Então fez-lhes uma das mais maravilhosas promessas já registradas nas Escrituras: “Em verdade, em verdade vos digo, se pedirdes alguma coisa ao Pai, Ele vo-la concederá em Meu nome... pedi, e recebereis, para que a vossa alegria seja completa.” Versos 23 e 24.

Como sempre, Jesus chamava a atenção de Seus amigos para o Pai. “Quem Me vê a Mim, vê o Pai.” João 14:9. “Tudo quanto ouvi de Meu Pai vos tenho dado a conhecer.” Cap. 15:15. O lugar que Ele prepararia está na casa do Pai. Mesmo o Consolador prometido “procede do Pai”, lembrou-lhes (verso 26). E a alegria que era Sua – aquela total unidade com o Pai (expressa em Sua oração por eles) – deveria ser deles se pedissem! “O próprio Pai vos ama”, enfatizou.

Jesus sabe que há somente um meio de termos gozo ou a alegria que é total. Ela não consiste em viver onde não há nenhuma dor ou sofrimento. Não consiste em ter uma mansão ou caminhar em ruas de ouro. Não consiste nem mesmo em viver eternamente. Consiste em estar inteiramente restaurado à comunhão com o nosso Pai do Céu, porque em Sua “presença há plenitude de alegria”. Sal. 16:11.

6 de Julho

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É Assim que Você Observa as Regras

 

“Igualmente o atleta não é coroado, se não lutar segundo as normas” II Tim. 2:5.

 

Se eu tivesse escrito o verso de hoje, teria escrito o que parece tão óbvio: “O atleta não é coroado a menos que VENÇA. Aquele que atinge a linha de chegada na frente dos outros ganha o prêmio. Não importa quem está ferido ou parado ao longo do caminho. Vencer é em si mesmo o objetivo.”

Na mente de Paulo, jogar observando as regras é mais importante do que simplesmente vencer a partida. Porque é o dia-a-dia, os assuntos práticos da vida que devem ser conduzidos para dentro dos limites da vontade de Deus. É ISTO que finalmente prepara alguém para usar a coroa.

Como acontece com o atleta, o cristão jamais se esquece da linha de chegada. Mas um atleta que considera a sua vitória pessoal mais importante do que o sentimento de seus companheiros de corrida, é rude e grosseiro. Se ele empurrasse ou passasse rasteira em outros corredores a fim de obter uma vantagem sobre eles, estaria desclassificado.

“Vencer” em nosso contexto usual de rivalidade e competição, implica que alguém deve perder. É uma atividade orientada pelo ego em que a autodignidade de muitos é esmagada para que alguns possam supostamente pensar melhor acerca de si mesmos. Como tal, isto prejudica a própria estrutura do respeito humano que é tão vital para a restauração das pessoas.

Nosso Pai não usa as seduções de recompensas egoístas para levar-nos a viver a vida cristã, porque viver “segundo as normas” é em si mesmo a recompensa. Não adotamos aquelas qualidades íntimas de ternura, compaixão e sensibilidade a fim de ganhar uma coroa. Elas são em si mesmas a coroa, com a vida de Cristo dentro. E o Céu não é senão a maravilhosa oportunidade de usufruir esta vida plena para sempre.

Diz um velho refrão: “O importante não é ganhar ou perder, mas como se observa as regras.” Nos momentos espontâneos da vida revelamos o que realmente somos. “Observamos as regras” da vida pelas regras do jogo – os valores e atitudes da alma – que temos internalizado através da comunhão com nosso Senhor. Se é natural para nós, na caminhada de nossa corrida diária, ter o nosso coração sintonizado com as dores não expressas daqueles que correm conosco (e especialmente daqueles que ficam para trás de nós), então na linha de chegada há coroas com o nosso nome escrito sobre elas.

 
7 de Julho

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Mais do que Reintegração Legal

 

“Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador, pelo destruidor e pelo cortador...” Joel 2:25.

 

- Compensarei isto para você! – Mamãe consolava sua filhinha depois de dizer-lhe que havia cancelado a excursão à praia. – Iremos noutra ocasião.

Ainda aflita, a criança enxugava as lágrimas, soluçando levemente enquanto falava.

- Todas as belas conchas ainda estarão lá? – Animada mais uma vez pela mãe, ela caminhou com passo incerto e vacilante para sua caixa de areia, murmurando a meia voz: - Eu e mamãe construiremos castelos. E alimentaremos as gaivotas...

A vida neste mundo pode ser despedaçada. Podemos experimentar perdas que são muito piores do que adiar excursões à praia como as perdas que para sempre se foram como o dia de ontem. Quem pode subsistir a perda de um filho ou de uma filha que morreram “separados do Senhor”? Tendo crescido em um lar cheio de contenda e embriaguez, podemos voltar atrás e experimentar uma feliz infância?

Creio que as perversas condescendências tão prevalecentes hoje são perfeita evidência de que as pessoas estão tentando “compensar-se” a si mesmas por todas as perdas, grandes e pequenas, experimentadas em sua vida. O chamado a um viver casto e aos retos conceitos da doutrina bíblica atrai relativamente poucos dentre as multidões. Por que? Porque a mensagem inerente de abnegação ameaça aumentar ainda mais o seu senso de perda. Freqüentemente aqueles que chegam a abraçar o Cristianismo aceitam o perdão dos seus pecados passados em troca da esperança da vida eterna. Certamente ISTO lhes “compensaria”!

Mas a reintegração legal é suficiente na comunidade celestial? Consideremos novamente a situação da meninazinha acima mencionada. Estaria ela contente na praia sem que sua mãe estivesse lá para usufruir e participar de suas atividades? – mesmo que muitas outras crianças estivessem presentes? Não era a companhia de sua mãe que ela ansiava mais do que mera permissão para ir à praia?

Amigos, Deus tem mais para oferecer-nos do que reintegração legal no Céu. Seu plano é “restituir-[nos] os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador” (Joel 2:25) – e Ele sabe que nossa ida para o Céu não é suficiente em si para efetuar isto. Necessitamos dEle! Somente Sua companhia pode curar nossa quebradura e aliviar nosso senso de perda.

A mensagem de Deus para o mundo é que Ele Se deu a Si mesmo! E tendo-O, não desejaremos nada mais na Terra. (Sal. 73:25, NEB.)

 
8 de Julho

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Traje Para o Sucesso

“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.” Col 3:12.

Tudo o que escolhemos para vestir é uma declaração de como vemos a nós mesmos. Se trajamos as mais recentes invenções da moda, estamos afirmando que vemos a nós mesmos como atualizados, informados, artísticos e não menos opulentos. Se preferirmos vestir cáqui usado ou brim, e sapatos muito vulgares, estamos projetando uma imagem de negligência e descuidada desconsideração pelas expectativas intelectuais da sociedade e pela inclinação ao conforto pessoal.

Empregadores aprenderam a avaliar seus empregados em perspectiva observando como se vestem. Quando consideram os subordinados para promoções, os executivos notam como eles se vestem. Não é de se admirar que o livro DRESS FOR SUCESS [Traje para o Sucesso] seja vendido aos milhões de exemplares.

Um jovem de ascendência real – destinado a assentar-se sobre o trono de um  monarca – terá uma dignidade , uma postura de autoconfiança e importância que será evidente aos outros. Isto será revelado em grande parte pelo vestuário que ele prefere trajar. Isto expressará se ele conhece a si mesmo!

Paulo afirma que se reconhecermos quem realmente somos – eleitos, reclamados e amados pelo Rei do Universo – nos “vestiremos” adequadamente. Esta compreensão interpretada pelo Espírito nos conferirá uma dignidade, uma auto-imagem que será naturalmente expressa por aquelas qualidades de caráter com que nos revestimos.

Cada uma das qualidades que Paulo menciona no verso de hoje é uma expressão do procedimento de alguém que está em uma posição de poder. Aquele cujas necessidades de amor foram satisfeitas é libertado para ser compassivo em relação às necessidades dos outros. Uma pessoa confiante pode livrar-se de si mesma o suficiente para permitir que a bondade flua para outros. A humildade (ou docilidade) assinalará a vida daquele que sabe que já pertence a Deus. Contemplando nosso benévolo Pai e vendo quão poderoso Ele tem sido em nossa vida através de Sua gentileza, benevolência, teremos coragem para ser benévolos com outros. E aquele que foi beneficiado pela paciência divina estará pronto para conceder a outros tempo e espaço para crescer.

“Revestir-se” destas qualidades de caráter, como cristãos, é mais do que uma auto-escolhida declaração acerca de nossos gostos e preferências. É uma declaração precisa ao mundo de quem é o nosso Pai e de como Ele maravilhosamente adorna a vida do Seu povo!

9 de Julho

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Tendo a Perspectiva Correta

“E tendo a Ti, não desejo mais nada sobre a Terra.” Sal. 73:25, NEB.

Isto não é justo! Eles violam todas as regras e obtêm todos os privilégios!” Os olhos de Rogério inflamavam-se num misto de surpresa e indignação. Aos quinze anos, ele sentia que as coisas eram sem graça: os rapazes do dormitório que ficavam à-toa não afirmavam isto tão bem. Contudo, eles eram os mesmos que pareciam ser capazes de apropriar-se de cada saída para seu proveito. “Que proveito há em tentar agir corretamente!” Os músculos da sua face estavam tensos.

Provavelmente cada pessoa na Terra, uma vez ou outra, tem tido tais sentimentos. Asafe certamente teve. Lamentou ele: “Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos. Pois eu invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos.” Sal. 73:2 e 3.

Continua ele: “Por isso o seu povo se volta contra eles, e os tem por fonte de que bebe a largos sorvos. E diz: Como sabe Deus? Acaso há conhecimento no Altíssimo? Eis que são estes os ímpios; e sempre tranqüilos, aumentam suas riquezas.” Asafe então condescende com um pouco de autocomiseração: “Com efeito, inutilmente conservei puro o coração e lavei as mãos na inocência. Pois de contínuo sou afligido, e cada manhã castigado.” (Versos 10-14)

Contudo, [Asafe] conhecia muito bem a Deus para permanecer em tal estado de agitação. Contendo-se antes de ir adiante com seus sentimentos, ele admite: “Se eu pensar em falar tais palavras, já aí teria traído a geração de Teus filhos. Em só refletir para compreender isso, achei mui pesada tarefa para mim; até que entrei no santuário de Deus e atinei com o fim deles....Todavia, estou sempre contigo, Tu me seguras pela minha mão direita. Tu me guias com o Teu conselho, e depois me recebes na glória....Os que se afastam de Ti, eis que perecem.” Versos 15-17, 23, 24 e 27.

Somente quando estamos totalmente satisfeitos em nosso relacionamento com o Pai podemos aceitar que a bênção contínua de Deus sobre os ímpios não nos roube de nada! Sua escolha de amar totalmente as pessoas em vez de “dar-lhes o que lhes cabe de direito” – mesmo quando tiram proveito desta atitude – nunca pode diminuir o fato de que Deus é a nossa “herança para sempre”. (Verso 26).

Tendo-O, não desejaremos nada mais sobre a Terra.

10 de Julho

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Pessoas Desprezíveis

“Irmão, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrifi-o, com o espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado.”  Gal. 6:1.

Você procura alcançar o copo de papel em um distribuidor e o consegue. Enche o copo e bebe dele. Quando o mesmo está vazio, parece barato e inútil. Assim, você simplesmente o joga fora. Guardá-lo para uso posterior seria bastante incômodo. Além disto, há muito mais no lugar de onde veio este.

Você tem vários empregados sob sua supervisão. Os empregos são raros, com uma dúzia de candidatos para cada vaga. Um de seus empregados, oprimido por problemas pessoais, torna-se ineficiente no trabalho. Tratar dos seus problemas exigiria muito do seu tempo e há os nomes de uma dúzia de candidatos aparentemente livres de problemas na seção pessoal. Assim você o despede.

Você descobre que um membro da igreja sucumbiu a algum pecado tenebroso que está perturbando a congregação. Você começa a considerar as exigências pessoais – em tempo e energia – envolvidas em ajudá-lo a pôr mais uma vez a vida em ordem. Sua congregação é grande e ele não é um membro particularmente notável. Ainda mais, você tem no Manual da Igreja elementos para separá-lo da comunhão. Que fará?

Quão fácil é indignar-se contra pessoas inoportunas e usar suas fraquezas como uma desculpa para preteri-las em favor de indivíduos mais “promissores”! É tão moroso, tão oneroso para nossas habilidades interpessoais enfrentar de um modo redentor as sombrias e confusas vítimas deste planeta arruinado pelo pecado!

Jesus jamais considerava alguém como uma pessoa desprezível. Mesmo os menos promissores não podiam ocultar seu verdadeiro potencial dos olhos dAquele que sabia quão poderosamente Seu amor poderia influenciá-los. Nunca os rejeitava para ir à procura de interessados mais promissores.

Jesus gostava de conduzir experiências em amor. Nada Lhe trazia mais satisfação do que encontrar alguém cuja personalidade tinha sido amarrotada, que havia sido posto de lado como uma pessoa desprezível pelo resto da sociedade. Então enfrentava o desafio de ver quanta diferença Ele poderia fazer amando aquela pessoa de maneira sábia e incondicional.

Representamos melhor o nosso Pai quando estimamos cada pessoa com quem nos encontramos como de grande valor.

 
11 de Julho

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Criação, Evolução ou Instrução?

“O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem instruído será como o seu mestre.”  Luc. 6:40.

- O senhor crê na criação ou na evolução? – Ao fazer a pergunta, vi uma expressão em seus olhos que me dizia que havia nisto uma armadilha em alguma parte. Mas sendo um cristão crente na Bíblia, é claro que decidi pelo divino ato repentino em vez de pelo longo e vagaroso processo de mudança gradual.

Com um tom de triunfo em sua voz, ele perguntou:

- Quando se refere à obtenção de um caráter cristão, é isto um processo extenso, prolongado, ou é um ato divino instantâneo? É criação ou evolução?

Isto soava bem. Não desejando ser considerado evolucionista ou ser visto como negligenciando o poder divino operador de milagres, quase me deixei seduzir por isto.

Mas outro amigo de pensamento lúcido comentou:

- A criação instantânea é boa para árvores e baleias; mas o nosso Deus não cria instantaneamente caráter maduro. Nem Jesus nem Adão tiveram este benefício. O caráter à semelhança de Cristo provém de ouvir Sua palavra e fazer escolhas adequadas.

Jesus foi muito claro quanto ao assunto de alguém tornar-se como o Mestre: “Todo aquele, porém, que for bem instruído será como o seu mestre.” Jesus nos criou com mentalidade capaz de compreender – através da iluminação do Espírito Santo – os princípios do Seu reino. Essas mesmas mentalidades podem então fazer escolhas para agir em harmonia com aqueles princípios. E são estes os blocos de construção do caráter. O caráter é revelado através de atos habituais que estão em harmonia com o sistema de valores internos de alguém.

Tenho conhecido várias pessoas que tentaram manter-se fiel à teoria de que o caráter é criado maduro instantaneamente. Acreditavam que sua posição é um testemunho ao poder miraculoso de Deus, e antecipar um processo mais vagaroso é fazer concessão ao pecado. Mas elas estão embaraçadas nesta questão de tudo-ou-nada, a qual afirma que, se descobrissem imaturidade dentro de si mesmas, deveriam duvidar de que Deus tenha realmente operado em sua vida. E estão esmagadas pelo temo obsessivo de que talvez nem mesmo estejam convertidas!

Disse Jesus: “Eu Sou o caminho, a verdade, e a vida.” Seu poder para transformar-nos está fundamentado não no entusiasmo, no ritual místico ou em atos incompreensíveis, mas na verdade. Os anseios do coração pela semelhança com Cristo encontram, portanto, sua mais elevada expressão, quando dizemos: “Jesus, ensina-me! Mostra-me a Tua vontade e eu alegremente responderei.”

 
12 de Julho

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Manifestando-O Como Ele É!

“Temei a Deus e daí-lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo: e adorai Aquele que fez o céu, a terra, e o mar, e as fontes das águas .”  Apoc. 14:7.

Você já se apavorou diante de alguém – até que chegou a conhecê-lo? Um reitor de universidade, um diretor de companhia ou empresa, talvez até mesmo sua professora de primeira série? Sua posição, seu poder potencial sobre você levaram-no a sentir-se vulnerável e nervoso até que descobriu que eles gostavam de você. A partir desse momento, para sua surpresa você constatou que vocês eram AMIGOS!

Eles mudaram, ou sua percepção deles mudou? Com muita probabilidade, você simplesmente aprendeu a conhecê-los pelo que eram. E o seu respeito por eles cresceu quando experimentou a genuína cordialidade que abrigava seu gênio, suas realizações. Se surgisse a ocasião para que você pessoalmente os defendesse, não há dúvida de que acharia ricamente compensador ser capaz de dizer: “Não, eles não são assim de modo algum. Permita-me falar-lhe sobre eles!

Nosso texto de hoje contém uma palavra que muitos que buscam honestamente a Deus têm compreendido mal. Para eles “temer” a Deus significa estar legitimamente com medo dEle: Ele é DEUS! E Ele destrói os pecadores! Que acontece então, quando aprende que Ele GOSTA de você? Que não precisa mais temer a fim que Lhe mostre o devido respeito? Permita-me dizer-lhe agora mesmo que se você está temeroso de Deus, NÃO PODE glorificá-Lo corretamente! (Veja I João 4:16-19.)

A palavra “temor” aqui SIGNIFICA respeito. “Temer a Deus e dar-lhe glória” é a experiência de aprender a conhecer tão bem a Deus que o seu coração pulse com a mais profunda espécie de ardoroso amor e reverência. É a sua mias elevada alegria e o seu mais seleto privilégio interpretá-Lo para aqueles que ainda estão ameaçados por Sua posição elevada. Você literalmente “dá-Lhe glória” atribuindo-Lhe corretamente Seu maravilhoso caráter. Ele tem sido representado mal à raça humana desde o Éden. Mas “é chegada a hora do Seu juízo”e devemos ser testemunhas do Seu caráter!

Também nos foi dado o privilégio de adorá-Lo. Isto não é nenhuma espécie de servilismo que nos leva a “rastejar na lama!” Em vez disto, como a danificada e ardente saudação que alguém poderia tributar a um rei que regressa vitorioso de uma arriscada batalha, podemos prestar homenagem ao grande Deus que é nosso Pai e nosso Amigo.

Agora são estas as melhores novas sobre as quais posso pensar!

 
13 de Julho

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Absurdos Financeiros

“Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais?” Luc. 7:42.

Esse credor vai ter um verdadeiro problema com o seu contador. Vai ter de explicar-lhe por que motivo dois devedores estão sendo tratados como se não devessem nenhum dinheiro, sendo que de fato cada um deles deve uma grande soma. Eles sabem disto. O credor sabe, bem como o contador. Que espécie de ficção contábil será necessário criar para equilibrar os livros de balanço?

Isto me faz lembrar de algumas discussões que costumávamos ter nas aulas de religião da faculdade acerca do perdão. “É legalmente correto”, perguntávamos, “tratar alguém como se nunca tivesse pecado, sendo que de fato pecou? Não é isto uma ficção legal?” Então alguém perguntava: “Como podemos confiar em um Deus que comete ficção legal como parte do plano da salvação?”

Mas a pergunta de Jesus a Simão, concluindo Sua breve parábola a respeito de dois devedores, esclarece que o Grande Credor tem mais em mente do que fazer o balanço de livros. Pergunta Jesus: “Qual deles, portanto, o AMARÁ mais?” O assunto em tela não é se os livros se equilibrarão entre o ativo e o passivo da conta, mas se os devedores serão atraídos para o amor – se o relacionamento pode ser restaurado.

Os grandes problemas do plano da salvação centralizam-se em relacionamentos, não em legalidades livrescas. É verdade que muitos aspectos da abordagem de Deus a nós podem ser ilustrados pelo uso de metáforas legais – assim como Jesus empregou uma metáfora financeira na parábola supracitada. Mas freqüentemente caímos em confusão teológica e em conflito quando tentamos impingir preocupações legais sobre o que essencialmente é um problema de relacionamento.

Nosso Pai quer devedores que O amem, não apenas estar satisfeitos com que os livros se equilibrem. Suas ações concernentes a nós – mesmo através de Jesus sobre a cruz – são revelações de Sua fidedignidade e amor, para que possamos ser recuperados para Ele. Isto é o que Jesus queria de Simão naquela noite em sua casa. Mas Simão estava absorvido nas questões legais sobre se Maria merecia ser aceita por Jesus. Não podia nem mesmo ouvir a pulsação de Jesus dizendo: “Simão, não tem motivo para ME AMAR?”

As boas novas para nós consistem em que não temos de nos preocupar com os supostos absurdos financeiros ou ficções legais de Deus. Confiamos em um Deus que tem mais assuntos vitais em Sua mente: nosso amor por Ele!

 
14 de Julho

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Amando a um Deus Temível

“O Senhor teu Deus está no meio de ti, Deus grande e terrível.”  Deut. 7:21. RSV

Lembra-se de quando “mau” significava mau? E “gay” significava alegre? Hoje, algo “mau” é realmente fantástico [na gíria americana] e nenhum indivíduo decente admitiria ser “gay”!

Divertimo-nos com nossa linguagem enrolada. Uma citação de minha preferência expressa isto perfeitamente: “Sei que você crê que compreendeu o que pensa que eu disse, mas não estou certo de que você percebe que aquilo que ouviu não é o que eu queria dizer!”

E no campo religioso? Sempre acontece que Deus quer dizer uma coisa mas presumimos que Ele quer dizer outra? Quando as mulheres são aconselhadas a se “submeterem” aos seus maridos, compreendemos que a palavra significa “ser um capacho”? Lemos em Sal. 139:14: “De um modo terrível e tão maravilhoso fui formado.” – Almeida antiga. A maioria de nós jamais atribuiria verdadeiro temor ao processo de nossa concepção, entretanto quando a mesma palavra é utilizada em conexão com nossa abordagem a Deus, parecemos inseguros quanto ao seu significado.

O texto de hoje diz que Deus é “terrível”! Como adjetivo descritivo em português moderno, a palavra é sinônimo de “temível”, “assustador”, “o que infunde terror”, e mesmo de “mau gosto”! Tenho ouvido bons santos, crentes na Bíblia, dando a esta palavra muito da espécie de reverência “fogo e enxofre” quando aplicada a Deus. Você recebe a mensagem: Tome cuidado – senão!

Se é este o significado de “terrível”, pode você AMAR a um Deus terrível? Discussões teológicas sobre tais palavras nunca resolverão completamente os problemas do coração. Portanto, volvamos à própria Palavra de Deus e deixemos que Ele nos esclareça. Sendo que começamos em Deuteronômio, vamos pegar dali o assunto.

“Pois o Senhor vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, QUE NÃO É PARCIAL NEM ACEITA SUBORNO.” Deut. 10:17, RSV. Terrível= imparcialidade e honradez.

“Oh! Senhor Deus do Céu, Deus grande e terrível QUE GUARDAS O CONCERTO E AMOR INALTERÁVEL para com aqueles que Te amam e guardam os Teus mandamentos.” Neem. 1:5, RVS. Terrível = fidelidade e constância.

“Esqueceram-se de Deus, seu SALVADOR, que fizera grande s coisas no Egito, obras maravilhosas na terra de Cão, e coisas terríveis no Mar Vermelho.” Sal. 106:21 e 22. Terrível = Libertador.

Ora, se a palavra “terrível” equivale a todas estas coisas: imparcialidade e honradez, fidelidade e constância, Libertador, como podemos deixar de amá-Lo!? E a nossa reverência para com Ele não será nascida de temor, mas do amor inteligente e responsivo.

 
15 de Julho

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Veja Como Você Ouve

 “Vede, pois, como ouvis; porque ao que tiver, se lhe dará; e ao que não tiver, até aquilo que julgar ter lhe será tirado.” S. Luc. 8:18.

“O Rico cada vez mais rico, e o pobre cada vez mais pobre.” Isso é o que acontece em um mondo injusto, e somente o rico acha que isto é uma boa idéia. Contudo o versículo que estamos contemplando hoje parece pôr a Jesus do lado desta cruel iniqüidade. Isto tem perturbado mais de um leitor, porque aprece estar dizendo que aqueles que têm obterão mais, e os que não têm serão privados do pouco que aparentemente possuem. Se Deus está apoiando tal esquema, suspeitamos de que Ele esteja agindo com parcialidade. Pior ainda, Ele está abençoando aqueles que menos necessitam e privando aqueles que têm mais necessidade.

Mas Jesus não está aqui tratando de bênçãos arbitrárias distribuídas conforme os impulsos de Deus. Em vez disto, está falando daqueles tesouros que alguém adquire pelo ouvir, pelo ouvir com fé a Palavra de Deus. O maior tesouro que Deus poderia dar ao mundo era o conhecimento o Seu caráter, do qual o mundo estava destituído. Tais tesouros estão disponíveis, não para alguns privilegiados, mas para todos os que ouvem.

O “homem que tem” obteve seus tesouros principalmente porque estivera disposto a ouvir. Enquanto continua a ouvir, certamente obterá mais, porque ele nutre aquela qualidade vital daquele que é suscetível de ensino estará á vontade no Céu, porque aprendeu a amar a verdade e ansiará prosseguir no aprendizado pelo resto da eternidade.

Mas Jesus nos adverte contra outra atitude em relação à verdade. Alguns adquiriram o hábito de dizer Não a Deus – de silenciar Sua voz suave, racionalizando Seu sensível conselho e postergando Seus apelos. Esquivam-se às mais claras afirmações da realidade; deste modo tornam-se auto-iludidos. Mas descobrirão no devido tempo que sua plataforma substituta não pode sustê-los. Na hora do aperto final não terão nada – nenhuma esperança, nenhuma compreensão, nenhum relacionamento salvífico.

“Vede, pois, como ouvis.” Diz uma autora confiável: “Devemos tornar-nos tão sensíveis às influências santas que o mais leve murmúrio de Jesus nos comova a alma.” (*)Com tantas vozes clamando por nossa atenção, tantos ruídos abafando Seu gentil apelo, quão cuidadoso devemos ser no tocante ao que ouvimos... e respondemos!

(*)Ellen G. White, Para Conhecê-Lo, pág.361

16 de Julho

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O Bem nas Más Decisões

 “Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente.” Rom. 14:5.

Ninguém gosta de estar errado. Mas há alguns que temem estar errados a tal pondo que isto os impede de tomar as necessárias decisões. Talvez em algum lugar em sua vida foram levados a sentir que tomar uma decisão errada equivalia a ter um caráter defeituoso.

Frequentemente não se diz às crianças: “Boas meninas (meninos) não fazem isto!”? Como se o problema fosse sua bondade ao invés da lógica por trás de sai escolha. Crianças tratadas deste modo não são encorajadas a pensar; são condicionadas a tentar agradar a seus pais e professores. Atingindo a idade adulta, levam consigo a idéia de que as pessoas boas tomam somente decisões acertadas.

Os cristãos são especialmente inclinados a tal pensamento. É demasiado fácil olhar um tanto de soslaio para outro crente por ter tomado uma decisão errada. Certamente, se eles fossem “dirigidos pelo Senhor” não teriam errado, certo? Você sabe, “pelos seus frutos os conhecereis”.

Nosso texto de hoje diz: “Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente.” Rom. 14:5. Como alguém se torna “bem definido em sua própria mente? É aprendendo através da experiência para discernir a verdade. Isso é ilustrado em uma pequena história contada acerca de Bernard Baruch.

- A que atribui você o seu sucesso?

- Fazendo decisões corretas ¾  respondeu ele.

- Como sabe você quais são as decisões corretas?

- Da experiência.

- Como obtém você a experiência?

- Fazendo decisões erradas.

Deus compreende que às vezes, aos darmos informação, erramos, não porque sejamos ruins, mas porque estamos aprendendo enquanto prosseguimos. Ele prefere que continuemos marchando, que continuemos tomando decisões, embora erradas, do que permitirmos ficar atolados na indecisão. Ele pode trabalhar com nossos erros; não pode corrigir o pensamento errôneo se nunca admitimos francamente. Talvez seja este o motivo por que ao dirigir-Se à igreja de Laodicéia, Ele diz: “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio, o quente!” Apoc. 3:15.

Estou impressionado com amaneira pela qual Deus lida com a humanidade dominada pelo erro. Ele nos dá espaço para crescermos, para tomarmos decisões, mesmo que sejam erradas. Ele sabe o que está fazendo. Está nos devolvendo o nosso senso de valor enquanto lutamos para conhecer por nós mesmos o significado da vida.

17 de Julho

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Espantado com o Homem

 “Que é  homem, que dele Te lembres? Ou o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste. Todas as coisas sujeitaste debaixo dos seus pés.” Heb. 2:.

A restauração de automóveis antigos tornou-se uma forma de arte altamente refinada e exótica. Alguns colecionadores investem milhares de horas trazendo de volta a sua condição virtualmente original automóveis raros e muito sofisticados. Quando o carro recondicionado é levado a leilão, os medrosos esmorecem rapidamente porquanto a reluzente preciosidade impõe um preço assombroso.

Lembro-me de minha primeira visita a uma exposição de carros antigos. Caminhei boquiaberto por entre centenas de modelos perfeitos dos quais eu nunca ouvira antes, maravilhando-me ante seu formato e curioso aspecto. Um Lozier 1913 me prendeu a atenção por vários minutos. Querendo expressar minha apreciação por tão magistral peça de restauração, disse impensadamente ao proprietário: “Deve ter estado em forma quando o senhor o encontrou!”.

Sendo paciente com a minha ingenuidade, levou-me ao outro lado do carro onde ele tinha uma fotografia do mesmo tirada no dia em que o encontrou. Abandonado em um campo, o mato crescia pelos raios de suas rodas, a ferrugem em sua carroceria, em seu chassi, e as galinhas se empoleiravam no estofamento. Fiquei espantado.

Posteriormente refleti sobre quão satisfeito eu estava por ter esse homem tomado tempo para restaurar aquele Lozier tão perfeitamente. Como poderia eu saber que ele haveria de ser transformado em um luxuosos carro se tivesse visto apenas um destroço esfarrapado com a marca Lozier sobre o grande radiador de metal? Apreciei não somente a qualidade do carro mas também a habilidade do restaurador. Tinha olhado para aquela pilha de ferrugem e sabia exatamente o que ele poderia torná-la.

Como desejaria que eu pudesse sempre olhar para as pessoas, vendo nelas não o desdouro causado pelo pecado, mas o incrível potencial formado dentro delas na criação” Quão grato sou por ter Deus posto em exposição diante de nós um perfeito Modelo da humanidade.

Paulo perguntou com assombro: “Que é o homem” para que Deus o tivesse em tão alta consideração? Porque quando olhava para o ser humano, não o via na elevada posição que Deus tinha ordenado para ele (verso 8). Não via mais do que seres humanos danificados pelo pecado. Olhava para aquele perfeito exemplar e dizia: “Vemos a Jesus” (verso 9).

18 de Julho

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Um Sacrifício Inconcebível

 “Depois dessas coisas pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão. Este Lhe respondeu: Eis-me aqui. Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que Eu te mostrarei.” Gên. 22:1 e 2.

Que cristão não se tem emocionado com a história de Abraão? Ele amava a Deus tanto quanto ansiamos amá-Lo;  confiou nEle em face de incomensurável agonia pessoal. Com cada nova idéia, obtemos uma descrição cada vez mais vívida de um maravilhoso patriarca. Mas esta incrível história NÃO é primariamente sobre Abraão!

O propósito expresso das Escrituras é revelar-nos o caráter do Pai. Que nos ensina o relato da jornada de Abraão para o monte Moriá? É possível que tenhamos permitido que nosso preconceitos acerca de Deus dêem um falso colorido à mensagem apresentada nesta mui comovente narrativa épica? Temo-Lo visto como Soberano do Universo, iludindo a “boa fé” da desafortunada espécie humana? Damos ênfase a Abraão mas, candidamente, achamos a motivação de Deus menos do que agradável?

Qual a nossa impressão acerca de Deus ao pedir a Abraão que leve a cabo o sacrifício do filho? – especialmente quando Ele havia deixado muito claro o que pensava a respeito das nações circunvizinhas que comumente praticavam tais abominações? Como poderia Deus pedir tal coisa, mesmo em se tratando de prova a fé de Abraão? Há qualquer outra maneira de compreendermos este relato sem retratar a Deus como estando em conflito consigo mesmo?

Deus deseja tocar o centro nervoso do nosso temor dEle a fim de trazer alívio e cura. Retrate-a como preferir, a obediência é frequentemente o produto do temor. A “fé” pode terminar como fachada para uma muito insalubre visão de Deus. Poderia ser que Deus resolvesse encorpar os nosso temores – na pessoa de Abraão? E se fosse o SEU filho? Sente dor de estômago ao ouvir este mesmo pedido sendo feito a um idoso homem do deserto? Certamente sua agonia era o epítome do pavor de Deus que toda a raça humana tem suportado desde o Éden.

Esta história revela que DEUS NÃO É ASSIM! Deus Se utilizou deste dramático cenário para dar a Abraão uma preciosas lição acerca de Si mesmo. Abraão não perdeu seu filho no monte Moriá. Mas, no símbolo do carneiro preso entre os arbustos, Deus voluntariamente doou o Seu!

19 de Julho

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O Amor é Recíproco

 “E recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é dar que receber.” Atos 20:35.

A verdadeira alegria é encontrada quando buscamos primeiro a Jesus, em seguida pondo sempre de lado as próprias necessidades em favor das necessidades de outro. E – geralmente falando – isto é verdade.

Mas considere, por exemplo, a experiência de um jovem que se apaixonou por uma moça e entregou-se inteiramente à satisfação de suas necessidades. Tão convencido estava ele de que a alegria podia ser encontrada apenas a mando altruisticamente que se sentia culpado mesmo avaliando quão bem ela satisfazia suas necessidades. Depois de algum tempo o relacionamento parecia tornar-se mais um dever do que um prazer, porém ele tinha lido que mais bem-aventurado é dar do que receber, e assim persistiu no relacionamento cada vez mais vazio.

Então ele começou a ver que ela também precisava dar! Ela também devia sentir que sua vida era poderosa sendo uma valiosa doadora dentro da amizade. Assim ele começou a falar-lhe abertamente a respeito das necessidades de compreensão e encorajamento que ele trazia para a amizade e afirmando o poder que ela possuía para satisfazer aquelas necessidades. E o entusiasmo voltou para os momentos que passavam juntos!

Os melhores relacionamentos são aqueles que envolvem mutualidade – em que estamos conscientemente informados de que estamos confiando em nossas aptidões dadas por Deus para trazer alegria e cura a outrem; e que estamos reconhecendo abertamente o plano de Deus para representar-Se a nós através de outros seres humanos que estão em intima comunhão conosco.

Mas este conceito – esta experiência vivida – de mutualidade assume dimensões emocionantes quando consideramos que somos criados à imagem de Deus. Porque os desejos e potencialidades no que tange à mutualidade refletem Seu próprio coração. Porque Ele não somente toma prazer em dar-nos, mas quer que sejamos deleitados com o conhecimento de que estamos dando a Ele através do nosso relacionamento com Ele!

Ainda é verdade que mais bem–aventurado é dar do que receber. Mas também é verdade que Deus nos dá a fim de restaurar em nós a capacidade de devolver a Ele – dar-Lhe os prazeres da comunhão mútua para a qual Ele nos criou.

20 de Julho

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Mutualidade e Relacionamentos

 

“Pelo que também Deus O exaltou sobremaneira e Lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho... e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.” Filip. 2:9-11.

 

A agitação encheu o auditório. Em um momento o novo diretor do corpo discente seria anunciado. Havia ocorrido muita discussão sobre quem estaria mais qualificado para a tarefa. Fora feita a votação. Altas eram as esperanças de que a pessoa escolhida não somente fosse capaz de representar com sucesso os estudantes diante da faculdade, mas também a faculdade diante dos estudantes.

Um silêncio caiu sobre a sala enquanto o diretor subia ao estrado. Ao fazer ele o anúncio, sua voz foi abafada por estudantes que aplaudiam e assobiavam. Os membros da faculdade trocavam agradáveis comentários. Não havia dúvida quanto a isto; o jovem eleito possuía o ingrediente mais essencial para um bem-sucedido período de função: mutualidade com os estudantes e com a faculdade.

Jesus foi escolhido pelo Pai, em nosso favor, para tornar-Se o nosso representante entre o Céu e a Terra. O texto de hoje diz que Ele foi exaltado e Lhe foi dado o nome que está acima de todo nome. O verso 7 nos diz o porquê: Jesus Se esvaziou a Si mesmo, “assumindo a forma de servo, tornando-Se em semelhança de homens”. Em outras palavras, Ele escolheu torna-se “um de nós”. Podemos confiantemente pô-Lo em evidência como nosso representante.

O que é maravilhoso é que podemos estar igualmente certos de que Ele adequadamente representa a Deus. Foi Lhe dada a Sua exaltada posição “para glória de Deus Pai”. Isto simplesmente quer dizer que o caráter de Deus – Suas atitudes e perspectivas – são eficazmente restituídas a nós quando aprendemos a dialogar com o Pai através de Cristo.

O pensamento é apresentado nesta passagem de que todos no Universo devem prontamente concordar que Jesus está bem qualificado para esta tarefa. Somente Ele é capaz de permanecer nesta posição. Não somente Ele é um conosco, Ele é igual ao Pai (verso 6). Não há mais ninguém que satisfaça esta descrição. E não nos esqueçamos de que Deus é Aquele que tem procurado prover-nos com um senso de mutualidade entre o Céu e a Terra: aceitando a Cristo, o Pai nos aceita – mesmo como nós mesmos aceitamos a Deus na pessoa de Cristo.

Honestamente, isto infunde em mim o desejo de assobiar e aplaudir!

E em você?

21 de Julho

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Ele nos Reclama

 

“Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam.” S. João 1:11.

 

Os pais têm conhecimento de um certo tipo de sensações intensas que se manifesta em seus filhos cada verão precisamente quando o ano letivo está prestes a começar. Juntamente com toda a vasta ansiedade para retornar às quadras de esporte da escola e ver todos os seus amigos, as crianças freqüentemente revelam traços de apreensão. Seu nervosismo apresenta um rótulo conhecido: “Será que meus velhos amigos ainda me aceitarão? Serei capaz de fazer amigos entre os novos garotos?”

Embora Jesus fosse Rei do Universo, pôs tudo isto de lado para andar entre os homens com os mesmos sentimentos e necessidades daqueles a quem criou à Sua própria imagem. Também Ele ansiava ser aceito por Seus amigos, especialmente sabendo que tinha tanto para lhes oferecer.

De todos os pontos de referência comuns da divindade, realeza e soberania, Jesus poderia ter dito com perfeita dignidade: “Se estes pecadores comuns não Me aceitam, o problema é seu. Tenho todo direito de simplesmente pô-los de lado. Chamar-lhes-ei de amigos somente se eles forem bastante decentes para Me aceitar como seu amigo.”

Mas o apóstolo João, no que pode soar como uma peça incidental de detalhe histórico, dá grande importância acerca das atitudes do nosso Salvador: “Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam.” Quando Jesus veio em busca do Seu povo, reclamou-os como Sua propriedade, sem referência à sua aceitação ou rejeição do relacionamento tão generosamente oferecido.

Como você vê, Ele sabia o que eles não sabiam. Sabia que eles eram Seus por desígnio, criação e redenção. Suas ilusões produzidas por Satanás não podiam alterar estes fatos. Sua atitude em relação a eles era incondicional, porque estava fundamentada em fatos imutáveis da realidade, não em sentimentos volúveis. Assim Ele os reclamou como Sua propriedade e veio para eles.

Contudo, visto que um relacionamento é bilateral, somente para aqueles que “O receberam, que crêem no Seu nome” podia Ele dar-lhes “o poder de serem feitos filhos de Deus”. Verso 12. O convite se estende a nós hoje. Nosso Pai vem a nós nesta manhã, anunciando com intensa alegria em Seu rosto: “Vós sois Minha propriedade; Eu vos reclamo como Meus. Não quereis vos libertar dos enganos do inimigo e reconhecer o que realmente sois?”

Deus não espera até que nos tornemos dignos de Sua reinvindicação. Em vez disto, Sua veracidade, quando compreendida, tem poder para transformar-nos!

22 de Julho

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Transbordante de Alegria!

 

“O reino dos Céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem, e compra aquele campo.” Mat. 13:44.

 

Contar histórias bíblicas para crianças pode ser divertido. Em primeiro lugar, as crianças necessitam de quadros verbais porque seu vocabulário é limitado – o que, é claro tende a tornar a lição mais vívida. E mais simples, o que é igualmente importante, porque as crianças correspondem à simplicidade. Infelizmente, quando atingimos a maturidade temos a impressão de que nos “graduamos” para uma mais complexa (e freqüentemente obscura) terminologia religiosa. Para muitos, isto tira o prazer do estudo da Bíblia e de conhecer a Deus.

Tenho boas novas: Deus também gosta de contar histórias! A maior parte da Bíblia está escrita em forma de história. Jesus, que era “Deus conosco” gostava de reunir um grupo de pessoa em volta de Si e contar-lhes parábolas. Uma dessas lições em forma de história envolvia um homem que achou um tesouro enterrado. Conquanto o relato escriturístico tenha apenas um texto, posso facilmente imaginá-Lo descrevendo o incidente com satisfação. Sabendo quão monótonas e pouco atraentes os sacerdotes tinha tornado as coisas espirituais, Jesus procurava ressaltar quão emocionante pode ser “descobrir” a verdade acerca de Deus e de Seus caminhos.

Retratando este conhecimento como tesouro escondido, Jesus gentilmente oferecia conforto aos Seus ouvintes. Ele inferia que eles não estavam errados por não ver prontamente quão emocionante e enriquecedor é conhecer a Deus – tal verdade tinha sido enterrada sob montes de rituais e falsidades. Mas havia esperança! Escondido em um campo comum, jazia o tesouro, esperando ser descoberto. Posso até mesmo ver a Jesus fazendo uma pausa neste ponto da narrativa, sorrindo levemente, esperando que eles notassem sua humilde vestimenta, Seus pés empoeirados.

Então, para não conservar Seus ouvintes em suspense, Ele prontamente lhes assegura que o tesouro de fato pode ser encontrado, mas não sem algum preço para o descobridor. O homem que achou o tesouro vendeu tudo o que possuía para compra o campo em que ele jazia – mas foi TRANSBORDANTE DE ALEGRIA que ele fez tal sacrifício! E quem duvidaria que ele NÃO PERDEU NADA agindo assim? Que contraste para os seus sentimentos de estar sendo aproveitado pelos sacerdotes – e consequentemente por Deus! – durante os ritos e sacrifícios no serviço do Templo!

Amigo, nosso excelente Deus está esperando ser achado por você. E encontrando-O você achará alegria transbordante!

23 de Julho

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Todos Serão Vivificados em Cristo

 

“Porque assim como em Adão todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.” I Cor. 15:22.

 

À primeira vista, este versículo constitui boas novas não qualificadas. É a certeza da ressurreição, a promessa de que Cristo proveu vida para todos os condenados filhos de Adão. Mas ainda, afirma que TODOS serão vivificados! Mesmo os ímpios (de acordo com Apoc. 20:5) em alguma ocasião no futuro serão trazidos de volta para a vida.

Mas visto que esses ímpios serão restituídos à vida somente nesse tempo para receber a sentença de morte eterna (Apoc. 20:9, 10, 12-15), isto poderia suscitar a questão se tal acontecimento é necessário. Por que trazer de volta à existência uma pessoa perdida, alguém que pode ter sofrido dor terrível durante sua vida e experimentado uma morte trágica, somente para permitir-lhe viver um breve e traumático espaço de tempo e então cruzar outra vez o negro abismo?

As sepulturas deste planeta estão cheias dos restos tanto dos justos quanto dos pecadores. Na maioria dos casos, os ímpios morreram das mesmas causas que os justos. As imensas bombas de guerra, o metal amassado dos carros, a devastação das doenças fatais e a marcha progressiva da velhice destrói igualmente o corpo dos bons e dos maus.

Alguns poderiam indagar se estar do lado de Cristo tem oferecido algum benefício para os cristãos em face da morte. Porque eles também morrem. Assim Jesus prometeu trazer toda a raça humana de volta à vida a fim de que o refletor possa focalizar o verdadeiro problema: o que cada um tem feito com Jesus, o Doador da vida?

Porque será por ocasião da ressurreição dos ímpios que as escolhas finais de cada pessoa serão reveladas. É quando todas as pessoas obterão o que realmente queriam. Os justos obterão comunhão eterna com Aquele a quem amaram e admiraram. Sem nenhum demorado envolvimento com o grande conflito, estarão com Ele para sempre.

Deus respeitará também a livre escolha daqueles que O evitaram e rejeitaram. Não forçará Sua presença doadora de vida sobre eles. Queriam separação; separação terão eles. Sofrerão a segunda morte. Não morrerão por causa do seu comportamento pecaminoso. A morte de Jesus sobre a cruz cobriu isto; sua própria ressurreição é prova de que “todos serão vivificados em Cristo”. Mas morrerão porque rejeitaram o Doador da vida.

24 de Julho

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Pardais Caídos e o Coração do Pai

 

“Contudo, nem um simples pardal cai em terra sem o conhecimento de vosso Pai. Portanto, não temais – sois muito mais valiosos do que os pardais.” Mat. 10:29 e 31, Phillips.

 

Ela assentou-se sozinha, dolorosamente magra e de olhar sinistro. Estava cabisbaixa, os ombros curvados. Parecia difícil acreditar que essa moça já fora vibrante e emocionada com a vida. Não muitos anos antes ela estivera repleta de cânticos e sonhos maravilhosos. Agora era semelhante a um pequeno pardal cuja voz tinha sido silenciada, a cabeça curvada em submissão aos cruéis vendavais e à pungente chuva que atingiam seu frágil corpo. Estava pouco a pouco se matando de fome. Sofria de “anorexia nervosa” – uma doença muitas vezes fatal que equivale a suicídio sofisticado.

Um número assustadoramente progressivo de moças estão caindo como vítimas da devastação desta enfermidade desconcertante. Devem ser repreendidas para que comam? Alimentadas à força? As pedras tumulares testificam da nulidade de tal tratamento. A verdade é que a cura deve começar de dentro da mente. Todos os outros métodos são transitórios e ineficazes.

Deus conhece os pardais – ambas as espécies. Vê o coração dos Seus filhos cansados e perturbados. Quer o problema seja anorexia ou alcoolismo ou alguma coisa mais, Ele nos vê lutando contra os enregelantes ventos desta vida terrena e Se apiada de nós. Sabe que não há nenhum proveito em nos repreender ou forçar. O que necessitamos é do Seu amor restaurador.

E assim Ele começa. Pouco a pouco ganha nossa confiança. A fim de não nos assustar ainda mais, Ele nos fala com uma voz mansa e delicada. Com suavidade, gentilmente nos atrai a Si. Descobrimos que Ele nos compreende, que Ele Se preocupa – que GOSTA de nós! Gradualmente somos capazes de desprender-nos das garras de nossa morte em qualquer “ramo” a que estamos apegados. Ele é capaz de livrar-nos de sermos apanhados pela tempestade. Encoraja-nos a cantar outra vez, e então alçar vôo rumo às alturas. E a alegria da Sua presença torna-se nossa razão de existir.

Bem poderíamos considerar uns aos outros como Ele nos considera, como Ele lida conosco. Talvez isto apaziguaria nossa irritação diante das falhas do outro. Certamente isto nos oferece sugestões válidas quanto ao modo como devemos reagir às circunstâncias em nossa própria vida e na vida de outras pessoas que estão além do nosso controle. (A força não traz controle!) Tendo experimentado por nós mesmos o Seus amor restaurador, sabemos que não há nenhuma melhor maneira de nos tratarmos mutuamente.

25 de Julho

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Como não Reter a Vara

 

“O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo o disciplina.”

Prov. 13:24.

 

Há uma porção de sabedoria convencional circulando quanto ao significado deste suposto texto “bíblico”: “ Poupa a vara e estraga a criança.” Este critério amplamente admitido sustenta firmemente que a vara deve ser usada pelos pais como um meio de infligir dor aos seus filhos desobedientes. Os pais ordenam a seus filhos o que fazer, e se eles não o fazem (como o pai me contou), “você bate neles, e bate duramente”.

E, é claro, sendo que isto é considerado como sabedoria ou critério bíblico, os filhos interiormente concluem que o Autor da Bíblia está por trás de tal abordagem. Temem que a vara da qual se fala não seja a vara do Pastor do Salmo 23, que visa guiar gentilmente através dos lugares difíceis e afastar do inimigo, mas uma arma temível, um meio de que se valem pessoas autoritárias iradas para externar sua cólera sobre aqueles que afrontam sua autoridade.

Espera-se realmente que os pais ensinem seus filhos a andar nos caminho da bênção. E existem aquelas ocasiões em que uma criança obstinada necessita de ser reconduzida à razão. Mas muitas vezes os pais não tem dado prioridade ao estabelecimento de afetuoso e vulnerável relacionamento com seus filhos. Não têm feito experiência com o poder do amor restaurador, e percebem que a única influência que têm sobre a criança é através do seu “dever” de infligir dor sobre ela quando não obedece com submissão.

Alguns se rebelam abertamente contra esta abordagem, e compreensivelmente, porque é tão estranha à maneira como Deus criou o Seu povo para aprender e crescer. Tal pessoa está procurando preservar alguma aparência da sua personalidade. Sua rebelião não é somente contra os pais, mas também contra a religião que os levou a agir deste modo.

Por outro lado, a criança pode submeter-se mansamente ao método de disciplina orientado pela vara utilizado por seus pais. Sendo que ela não está se rebelando, os pais presumem que seu método está dando resultado. Mas são muitas as probabilidades de que alguns anos mais tarde, em alguma aniquiladora crise da juventude, o indivíduo aparentemente obediente vá-se embora em busca de sua liberdade e identidade, deixando para trás a religião que lhe trouxe tanta ansiedade e culpa. Ironicamente, ele também rejeita o seu Pai celestial, que sabe que não se deve bater nos filhos para levá-los à submissão.

 
26 de Julho

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Aprendendo a Confiar no Senhor

 

“Muitos verão essa coisas, temerão, e confiarão no Senhor.” Sal. 40:3.

 

Você já se encontrou com alguma pessoa a quem não esperava que iria gostar muito e que com o tempo se tornou um dos seus mais estimados amigos? Mesmo nas relações em que vocês começaram se gostando, toma tempo para estabelecer confiança e amor. Requer que ambos estejam juntos em ambientes diferentes e partilhem pensamentos e sentimentos. Amizades “provadas e fiéis” não são rapidamente formadas, nem rapidamente esquecidas. Contudo, somos inclinados a pensar que a aceitação de Cristo como o nosso Salvador traz intimidade instantânea.

Creio firmemente que a aceitação de Cristo é apenas o próprio começo. Como em qualquer novo relacionamento, há muito para aprender, para experimentar juntos. Nossas reservas não são vistas por Ele como pecados, mas meramente como emoções naturais “em andamento” que carregamos conosco por toda a vida. Não Se ofende quando sentimos a necessidade de testar Suas reações. É com prazer que Ele desempenha Sua parte no processo de ligação. “Testai-me! Provai-Me!” convida Ele. “Vede se Eu não sou o melhor amigo que já tendes conhecido!”

“Mas é pecado duvidar dEle!” brada um crente preocupado. E tantos seguidores em luta curvam-se em vergonha e auto-reprovação porque sabem que ainda têm indagações íntimas e hesitantes temores. Tentando reunir a necessária confiança, acham que estão paralisados pelos seus próprios esforços. A verdade é que ninguém pode por si próprio confiar em outra pessoa - mesmo que essa pessoa seja Deus! A confiança é uma reação aprendida, não meramente um exercício intelectual. Jesus gastou três intensos anos com doze homens que ainda estavam cheios de dúvidas mesmo na noite que antecedeu a crucifixão. Um deles continuou a duvidar mesmo depois de ressurreição – até que Jesus o harmonizou permitindo que pusesse a mão em Seu lado ferido. O problema não é que esses doze homens fossem tão terrivelmente pecaminosos. Nossa atenção é atraída para a maneira como o Mestre satisfaz plenamente sua capacidade para crer. Não era repelido por eles! Trabalhava constantemente para acalmar os seus temores e dar-lhes motivos para confiar nEle.

Conhecê-Lo é amá-Lo. Conhecê-Lo em parte é amá-Lo em parte, confiando nEle como tentativa. A vida devocional do crente não visa provar sua espiritualidade, mas tem por objetivo desenvolver sua capacidade de confiar nAquele que é totalmente fidedigno. E isto exige tempo.

 
27 de Julho

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A Ascensão de um Homem Bom

“Porque sete vezes cairá o justo, e se levantará; mas os perversos são derrubados pela calamidade.” Prov. 24:16.

Ele caiu enquanto entrava na último volta da corrida. Em um momento estava novamente em pé e correndo. Embora não chegasse primeiro, conquistou o coração dos espectadores.

O que é que dá a alguns o ânimo para levantar-se o prosseguir depois dos golpes do infortúnio, enquanto outros tendem a “fraquejar e morrer”? Posso sugerir que a auto-estima tem muito a ver com isto? Sem dúvida, ser capaz de conservar as coisas em perspectiva também ajuda. Em outras palavras, um bom senso do que você é e para onde está indo Poe prover-lhe uma dignidade e força interiores com que enfrentar dificuldade e fracasso.

Cair em uma corrida, porém, é diferente de cair em sete uma após outra. Problemas repetidos ou múltiplos têm o potencial de despojá-lo de quaisquer reservas de energia. E aqueles que poderiam tê-lo aplaudido durante a primeira queda e talvez até mesmo durante a segunda e terceira, tendem a silenciar se o problema persiste. Como os amigos de Jô, começam a espantar-se de você.

Nosso verso de hoje fala de um justo – um homem que está com Deus – caindo sete vezes. Precisamos analisar suas circunstâncias a fim de apreciar a horrível tragédia de alguém que pertence a Deus enfrentando fracasso após fracasso? Que devem pensar seus companheiros membros da igreja? Que deve ELE pensar? Que o habilita a levantar-se repetidas vezes? Quando todo o seu próprio senso de auto-estima foi destroçado e o seu potencia para realização pessoal parece frustrado, o que é deixado que o leva a erguer-se mais uma vez?

Somente nossa compreensão do Pai e de Suas perspectivas podem habilitar-nos a nos levantarmos novamente depois de cair “sete” vezes. Deus não está fazendo trocadilhos quando enxerga “vitórias ininterruptas” onde só vemos derrota. Considera nossa recuperação mais valiosa do que qualquer perda de posição temporária. Somente quando recusamos ser ensinados por uma experiência somos depreciados por ela.

Sabendo que Deus está completamente empenhado em restaurar-nos inteiramente, podemos com confiança – sob quaisquer circunstâncias – confiar que Ele continuará a animar-nos embora tudo o mais tenha morrido. Ele sabe o que podemos tornar-nos, não importa quantos fracassos possamos experimentar no processo.

 
28 de Julho

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Quem Convence do Pecado ?

“ Deus me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo do Senhor, e Satanás estava à mão direita dele, para se lhe opor.”  Zac. 3:1.

Ele se assentou no canto dianteiro da sua poltrona, torcendo as mãos  até que sua articulações se tornaram brancas. Ele tinha deixado de arrostar uma certa uma certa responsabilidade que lhe fora confiada, e os outros membros da igreja sabiam disto. Embora falássemos sobre a melhor maneira da avançar. Ele sempre parecia lutar contra um bloqueio emocional muito forte. “Oh,  apenas continuo me sentindo tão culpado!”

Embora todos nós às vezes nos tenhamos sentido culpados, aqueles que são verdadeiramente conscienciosos estão particularmente inclinados à convincente percepção de que deixaram de estar à altura. Elevados padrões pessoais e altos ideais espirituais podem expor alguém a constantes sentimentos de culpa.

Mas é digno de nota que tanto Satanás como o Espírito Santo está envolvido na atividade de convencer do pecado. Precisamente como Zacarias relatou que Satanás estava diante de Josué para acusá-lo, assim Jesus também prometeu que uma das obras do Espírito Santo seria convencer do pecado (veja S. João 16:8 e 9). E porque, a nível de sentimento, os efeitos são freqüentemente um tanto semelhantes, há muitos que carregam um fardo de culpa enchido por Satanás e que imaginam ser desígnio de Deus.

Há, porém, indícios vitais que distinguem os métodos de Deus daqueles de Satanás – métodos que revelam o Seu caráter.Por exemplo é desejo de Satanás esmagar com a condenação em vez de curar. Ele anseia oprimir o pecador com a consciência dos seus pecados, asseverando que além do escopo da inclinação de Deus perdoar, porque então ele soltaria seu ponto de apoio de fé no Perdoador e – por este fato – estaria perdido.

Contrastando, Deus tenciona curar o pecador. Ele nunca, absolutamente nunca, ressalta o pecado sem ao mesmo tempo elevar o Salvador. Ele exalta a inigualável excelência de um caminho melhor, em vez de empurrar o rosto do pecador para o fracasso desesperador de seus próprios caminhos passados. O objetivo do nosso Pai é curar, não esmagar. É estabelecer uma união mostrando quão bem podemos confiar nEle, não destruindo uma união mostrando quanto devemos temê-Lo. Porque é uma união com Ele que toda a cura acontece. A convicção do Espírito é uma cutucada em direção da integridade; a convicção de Satanás é uma grande pedra atirada contra o já trêmulo pecador.

 
29 de Julho

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Onde Está sua Segurança

“Jesus Cris to é sempre o mesmo, ontem, hoje e para sempre.”Heb. 13:8; Philips.

Muitos acham segurança em viver previsivelmente. Quando tais pessoas vivem juntas em grupos, pode resultar uma espécie de rigidez socialmente aceita, um convencionalismo que desafia as mudanças. Isto é verdade entre os cristãos tanto quanto em outros níveis da sociedade.

Com toda as boas intenções, os cristãos tendem a procurar conceitos tradicionais de teologia sistemática em vez de uma vital e espontânea amizade com uma Pessoa. A segurança muitas vezes vem através de conformidade behaviorista (condutivista) em vez de provir do conhecimento de que Deus é totalmente fidedigno ( e fantasticamente inovador!) em Seu trato com a espécie humana. Deploravelmente, limitam-se a si mesmos como limitam sua disposição para ver quão infinitamente pronto está deus para interagir com Seus filhos errantes.

Lemos que “Jesus é sempre o mesmo, ontem, hoje e para sempre”. Heb. 13:8, Philips. Implica isto em que Ele sempre usa a mesmo metodologia, requer sempre as mesmas reações de Seus seguidores? Se for assim, está aqui a base para infindável chamados à reforma que incluem vestidos compridos e primitivos estilos de vida conforme exemplificados por homens e mulheres piedosos do século passado.

Se a uniformidade mencionada por Paulo se refere ao caráter de deus, é assunto totalmente diferente. Bem poderíamos encontrar segurança em saber que deus está sempre disposto a perdoar nossas maneiras obstinadas, que Ele nunca Se cansa de ouvir nossas orações. Não importa quão distante desgarrados do Sue plano para a nossa vida, não importa quanto tempo tenhamos nos ausentado da Sua presença, quando desejamos encontrá-Lo novamente, descobriremos que sua atitude em relação a nós mudou. E amigos, ISTO é segurança!

Mas que dizer das “verdades antigas”pelas quais somos admoestado por Deus a perguntar em Jeremias 6:16? Prova isto que a conformidade em estabelecer padrões religiosos trará “descanso para as [nossas] almas”? Ou é isto simplesmente um conselho para aqueles que perderam seu caminho, como o antigo Israel? Há diferença entre achar o seu caminho DE VOLTA e avançar com Deus como o Guia.

Até mesmo os cristãos “bebês”deveriam ser ensinados que sua segurança repousa em quem é Deus, não em como Ele possa ter preferido agir em qualquer exemplo particular. Ensinar de outro modo é deixá-los vulneráveis quando Deus não age da maneira em que esperávamos que Ele deveria – conforme atuou no passado. Quão melhor confiar em uma PESSOA em vez de tentar calcular o que esta Pessoa pode fazer em seguida.

 
30 de Julho

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 Junto ao Coração de Deus

“Ninguém jamais viu a Deus: o Deu unigênito, que está no seio do pai, é quem O revelou. ”S. João 1:18.

Há uma recordação que vividamente e faz voltar à infância – uma reminiscência que é avivada por certos sons. Poso me lembrar das ocasiões em que viajava no assento traseiro do grande Buick cromado de papai, escutando os sons irregulares do rádio AM do carro quando ele sintonizava aquele clássico programa radiofônico: “A Voz da Profecia”.

 Pouco antes de H. M. S. Richards começar a falar, seu quarteto masculino sempre cantava aquele hino conhecido: “Jesus, meu bom Redentor, pão que Desceu dos Céus. Segura-me bem perto do coração de Deus. ”- Melodiosa de Vitória, nº6.

Provavelmente estou entre milhares de ouvintes que, neste dia, não podem cantar aquele hino na igreja sem recordar dos sons melodiosos do antigo Quarteto Arautos do Rei, entoando a bem-aventurança de estar “junto ao coração de Deus”. Mas permita-me convidar a todos nós para ir além do nosso devaneio a fim de perscrutar o significado mais profundo daquela experiência de estar junto ao coração de Deus

Esta é, afinal, uma frase bíblica. O verso de hoje diz que Jesus tinha o privilégio de estar “no seio do Pai”. Embora João esteja usando uma metáfora muito pitoresca, podemos ver claramente que ele está falando de algo mais do que mera proximidade física do Pai. Ele afirma que Jesus está qualificado por causa daquela intimidade para revelar o Pai àqueles que jamais O tinham visto.

Estar junto ao coração do Pai, portanto, deve ter algo a ver com a compreensão do caráter do Pai, com o conhecimento dos assuntos que são importantes para Deus. O evangelho de João está repleto do tema da vinda de Jesus a este mundo a fim de revelar-nos o Pai. Começa no princípio: Jesus pode falar-nos acerca do Pai porque está muito próximo do Seu coração.

Nós, também, estamos junto ao coração de Deus quando ouvimos o que Jesus tem a dizer sobre o Pai, “o Verbo” era mais do que simplesmente falado: “Se fez carne”, uma presença pessoal, visível, tangível. Contemplando a vida de Jesus , contemplamos “a glória do Pai”. Sendo atraídos para Jesus, somos atraídos para o Pai, a fonte da vida eterna. E isto é vida eterna.

 
31 de Julho

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A Fé Liberta o Coração

“Ademais,  Deus que conhece os mais íntimos pensamentos dos homens. . . purificou pela fé o seu coração. . . . ”Atos 15:8 e 9, Philips.

 Um homem tinha um poço do qual tirava toda s sua água. Tornando-se a água salobra, ele a destilava para beber e cozinhar. Um vizinho apareceu inesperadamente um dia durante este processo e inquiriu por que o homem não cavava um novo poço. Este encolheu os ombros, dizendo: “Tenho feito isto durante anos. Está tudo bem; estou acostumado a isto. ”

‘As vezes costumamos  ter  um  certo modo de pensar. Embora saibamos que ele não é totalmente adequado, temos a tendência de considerar tal  pensamento como “correto”simplesmente porque é tão conhecido. A prática não é tão diferente no campo religioso. Há muitas idéias familiares que parecem ser “corretas” – principalmente porque elas têm estado por tão longo tempo. Contudo, acabamos tendo que “destilá-las” intelectualmente antes de podermos “sorvê-las”emocionalmente.

Tomemos por exemplo as idéias que circundam a verdade de que Deus  é o nosso Juiz. Não tem Ele há muito tempo sido  retratado como severo e/ou exigente? Isto pode ser um pensamento desagradável, especialmente quando ligado ao conceito da Sua onisciência. O ato de visualizar Jesus pleiteando Seu sangue em nosso favor nos permite aceitar a judicatura do pai, mas não nos ajuda a aceitar  o próprio pai!

Nosso texto de hoje nos diz que Deus conhece os nossos mais íntimos pensamentos. Sabe melhor do que nós quão insípidas são algumas de nossas idéias concernentes a Ele. Sabe também que a menos que nossa opinião quanto a Ele sofra uma mudança, teremos a tendência de nos concentrarmos em atos de obediência em vez de termos um relacionamento íntimo com Ele. E não importa quantas ações corretas venhamos a praticar, as apreensões acerca de Deus não serão removidas do nosso coração se não viermos a conhecê-Lo como Ele realmente é.

Disse Jesus: “Quem ouve a Minha palavra e crê nAquele que Me enviou, tem a vida eterno. ”S. João 5:24. Vindo nós a conhecermos a Deus, nossos temores e dúvidas quanto a Ele serão substituídos pela emoção de descobrir quão verdadeiro e relevante é Ele, quão razoável e fidedigno Seu plano para a nossa vida. Deste modo – dando-nos compreensão sobre Ele - Deus remove para sempre do nosso coração qualquer motivo que sentimos Ter para não desejar ser Seus amigos. E ao crescer a nossa fé nEle, somos libertados para entrar em uma comunhão cada vez mais profunda com Ele.

Título Original em Inglês:
HIS HEALING LOVE

Título em Português:
O AMOR QUE RESTAURA

Autor:
DICK WINN

Primeira Edição Publicada em 1987:
CASA PUBLICADORA BRASILEIRA

 

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