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1 de Março |
Topo |
Desembaraçar-se de
Todo Empecilho!
“Devemos desembaraçar-nos de todo empecilho,
todo pecado ao qual nos apegamos."
Heb. 12:1. NEB
Para
muitos cristãos, o conceito de pecado
centraliza-se em um Deus irado. "Jesus nos
ama, mas Deus o Pai? Não teve Jesus de
morrer para levar Deus a aceitar-nos?
Pecados são aquelas coisas que fazemos e que
tornam Deus zangado - tão zangado que, mesmo
que cessemos de praticá-las, alguém deve
pagar o preço."
Apesar de
não estar pintada com tinta de baga
silvestre ou adornada com dentes de
carnívoros, estas idéias pertencem aos
pagãos que servem aos seus deuses movidos
pelo temor. A obediência a Deus porque
imaginamos que Ele removerá de nós o Seu
cuidado protetor se agirmos diferentemente,
está apenas a um passo da oferta de incenso
a um ídolo de madeira. Afirmar que
obedecemos a Deus porque O amamos e ainda
"saber" que nossa desobediência ocorrerá em
Sua incontestável ira, é fazer um penoso
jogo de charada teológica.
Realisticamente, se um ramo é cortado da
árvore ele morre, mas não porque a árvore
esteja zangada com o ramo. Quando nossos
primeiros pais permitiram que suas dúvidas
acerca de Deus cortasse seu relacionamento
com Ele, Deus sabia que eles não tinham
nenhum outro meio de sobrevivência. A fim de
dar-lhes (e a nós) a oportunidade de
compreender esta realidade, Deus escolheu
permitir que a realidade fosse cumprida na
cruz. Mas, nem por um momento era isto
vingança.
Por que
então tem Deus usado tais palavras como
"ira" e "vingança" nas Santas Escrituras?
Penso que Deus vem a o nosso encontro onde
estamos. Fazemos o mesmo com nossos filhos,
explicando-lhes as coisas de um modo que
eles possam entender, esperando inteiramente
que eles cresçam dentro de muito mais
adequadas explanações. Dizer ao seu filho em
idade colegial que ele precisa pôr gasolina
em seu carro para mantê-lo "feliz" seria um
insulto à sua inteligência. (Seu carro não
correria, então, porque está "zangado"?).
O
problema do pecado não é que ele deixa Deus
zangado, mas que ele NOS embaraça!
Impede-nos de reconhecer que Deus é a nossa
Fonte de vida. Mais do que isto, é a nossa
qualidade de vida! Mais do que a
eletricidade do nosso cérebro, Ele é nosso
encorajamento à razão; mais do que a força
dos nossos membros, é a nossa Inspiração
para galgar as alturas.
Deus está
interessado em mais do que nossa
sobrevivência. Tem interesse pela qualidade
de nossa vida e, em relação direta com isto,
a qualidade de nossa união com Ele - nossa
Fonte de vida e nosso Amigo. |
2 de Março |
Topo |
Verdade nos Anúncios
“E,
voltando para os discípulos, achou-os
dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma
hora pudeste vós vigiar comigo?"
S. Mat. 26:40.
Os
exuberantes sons de vozes alegres cantando
em perfeita harmonia eram emitidos
suavemente de uma estação de rádio cristã.
Eu ouvia os alegres e ritmados líricos,
combinando perfeitamente com a feliz
melodia, tentando imaginar o que poderia
sentir e compreender um não cristão se
ouvisse o cântico: "Enxugue as lágrimas, e
esqueça seus néscios temores, e você jamais
estará outra vez solitário."
Parecia
tão convidativo, tão promissor: tornar-se
cristão e jamais sentir outra vez tristeza
ou solidão. Se o Cristianismo pudesse sempre
distribuir o que os seus "anunciantes"
prometem, quem não gostaria de "comprá-lo"?
Mas minha
memória volveu-se a uma recente conversação
com uma mãe cristã que fora abandonada pelo
esposo. Embora sua fé em Jesus permanecesse
forte, ela chorava lágrimas que não podiam
ser facilmente enxugadas. Depois de anos de
intimidade, ela experimentava um anseio
esmagador pelo companheirismo humano. E sua
aflição estava sendo composta pela culpa.
"Como cristã", disse ela, "sei que não devo
sentir-me tão triste. Sei que Jesus ainda me
ama. Também O estou desapontando."
E assim
falamos dos sentimentos que Jesus
experimentou naquela noite solitária
enquanto agonizava no jardim. Falamos de
como ansiou ter Seus discípulos unidos a Ele
em oração. Não porque Ele tivesse quaisquer
dúvidas sobre a eficácia de Suas próprias
orações, mas porque anelava o calor de uma
amizade solícita e sustentadora, e porque
desejava que Seus amigos estivessem
fortalecidos para o furioso conflito
vindouro.
Aquele
que Se angustiou no jardim naquela noite não
era outro senão Aquele que nos criou à Sua
própria imagem e que disse: "Não é bom que o
homem esteja só. "Gên. 2:18. Colocou dentro
de cada um de Seus amigos criados um
profundo e saudável anseio um pelo outro. A
agonia e gemidos de toda a criação
origina-se em nossa separação de Deus e uns
dos outros. Não pode haver tranqüilidade
íntima em qualquer um de nos que anseia pela
união com amigos separados enquanto esses
amigos ainda estão fora da comunhão conosco.
Nosso Pai
não nos humilha por estarmos solitários e
assustados. Não precisamos estar embaraçados
por enfrentar as próprias necessidades que
Ele colocou em nosso coração. Não planeja
erradicar nossa natureza humana mas antes
sustentá-la com Sua proximidade enquanto
caminhamos por este planeta escuro de
relações rompidas. |
3 de Março |
Topo |
Nosso Parente Mais Próximo
“Agora,
estende a capa sobre a tua serva, porque és
meu parente mais próximo.”
Rute 3:9. NEB
Uma mui
bela história de lealdade, obediência e amor
redentor está relatada no livro de Rute. É
também uma descrição de como nosso amoroso
Deus lida conosco.
Rute não
era israelita por nascimento, mas antes por
matrimônio. Enviuvando-se enquanto ainda era
mulher jovem, vivia em Moabe com sua sogra
Noemi que também era viúva. Quando Noemi
resolveu voltar para sua terra natal em
Judá, Rute jornadeou com ela, penhorando sua
vida ao povo e ao Deus de sua sogra. No
devido tempo ela casou com Boaz, um dos
parentes de seu sogro, assegurando desse
modo para si e sua família um lugar na
linhagem e herança de Israel.
Nesta
história há um comovente retrato de Deus no
Seu trato conosco, os que somos nascidos
"sem Cristo, separados da comunidade de
Israel, e estranhos às alianças da
promessa". Estávamos sem "esperança, e sem
Deus no mundo. Mas agora em Cristo Jesus,
[nós], que antes [estávamos] longe, [fomos]
aproximados pelo sangue de Cristo". Efésios
2:12 e 13.
Boaz é um
exemplo da terna consideração de Deus por
nós. Vemos quão deliberadamente delicada é
Sua maneira de lidar conosco. Ouvimos suas
confortadoras palavras a nós dirigidas de
que não necessitamos olhar em outro lugar
para termos nossas necessidades supridas,
que não seremos reprovados por buscar
satisfação, preenchimento. Somos até mesmo
convidados a cear com Ele e, fazendo isto,
descobrir que há mais do que o suficiente
para satisfazer-nos. Sob todos os aspectos
Ele é gentil.
A cena
mais comovente da narrativa bíblica é a
aproximação de Rute de Boaz na noite em que
ele joeirava cevada em sua eira. Suas ações
foram premeditadas, a resposta dele cheia de
certeza e aceitação. Como seu parente mais
próximo - "aquele que tem o direito de
redimir" (Rute 3:9, KJV, margem) - ele
penhorou suas intenções para com ela,
cobrindo-a simbolicamente com sua capa.
Deus
anseia que compreendamos que Ele é NOSSO
parente mais próximo, que Ele deseja exercer
Seu direito de redimir-nos e nos cobrirá
alegremente com Sua capa - Sua justiça. Sua
ansiedade é retratada no verso 18: "Aquele
homem não descansará, enquanto não se
resolver este caso ainda hoje."
Não
precisamos temer! Tudo o que precisamos
fazer é PEDIR. |
4 de Março |
Topo |
Comandado ou Habilitado?
“O amor não pratica o mal contra o próximo;
de sorte que o cumprimento da lei é o
amor”.
Romanos 13:10
A polícia militar é um bom exemplo para a
obediência. Se um sargento instrutor pode
gritar: "Atenção, em forma!" para o seu
pelotão e eles imediatamente se posicionam,
por que então não pode um pai gritar para os
filhos: "Mastigue com a boca fechada!" e
jamais ter que ouvi-los outra vez espalhando
verduras mastigadas por todos os lados? Se
um coronel pode bradar: "Sobre aquele
morro!" e ver suas tropas investirem, porque
não pode Mamãe dizer: "lave aquela louça!" e
ver espuma voar?
A polícia militar contém todos os
ingredientes que se presumem necessários
para tornar a obediência uma realidade: uma
pessoa encarregada, um claro comando e
pessoas submissas prontas a cumprir ordens.
O que mais alguém precisaria? Se os filhos
não estão prontos a cumprir ordens, os pais
somente tem de aumentar a ameaça de punição.
Se a polícia militar é tão popular, porque
então não pode um pregador conseguir
maravilhosos resultados quando está no
púlpito e essencialmente ordenar a sua
congregação que deixe de pecar! Podemos
questionar se o pregador e o comandante
militar tem muito em comum, visto que o
soldado insubordinado pode ir parar no
supremo tribunal - recurso negado aos
pregadores (ao menos nesta era moderna). Mas
se você olhar atentamente verá que o
pregador pode "fazer valer a própria
autoridade" mesmo sobre um general de cinco
estrelas, porque pode citar as Escrituras. E
todos nós sabemos que a Autoridade Suprema
está por trás das Escrituras!
Mas Deus mesmo Se utiliza da polícia militar
na solução do problema do pecado? É a ordem:
"Não dirás falso testemunho contra o teu
próximo" precisamente o mesmo que a ordem:
"atenção em forma!"? Não representa a
obediência instantânea e inquestionável o
ideal para um soldado cristão?
A polícia militar não obtém êxito quando nos
deparamos com o texto de hoje. Sabemos que é
possível ordenar um certo comportamento
exterior. Mas Deus promete a nós mais do
mera aquiescência externa; tenciona que
sejamos mudados profunda e internamente. Não
quer que Seu povo esteja nervosamente
sobressaltado às ordens de um divino
sargento instrutor. Quer que atuemos - com o
mais elevado senso de liberdade - as alegres
sugestões do nosso próprio coração amável.
E um coração que ama não é comandado; é
habilitado. Não é ordenado para a ação; é
amado para a integridade. Não posso ouvir
nosso Pai gritando: "Deixe de mentir!"
vejo-O, com coração sensível e terno
sorriso, amando inteiramente o meu coração
ferido, tornando-me tão seguro em Seu amor
que eu não mais necessito da mentira. |
5 de Março |
Topo |
Arruinado Além da
Reparação
“Agora finalmente restaura o que foi
arruinado além do reparo.”
Sal. 74:3. NEB
Todos nós já tivemos a experiência de ter
algo que realmente valorizamos arruinado
além de reparação. Nosso desalento pode ser
agonizante. Um senso de perda pode
atormentar os nossos dias,
incapacitando-nos. O pior disto é que não
temos nenhuma esperança de recuperação.
Forças inimigas tinham destruído a coisa
mais preciosa conhecida em Israel: o
Santuário. Mais do que o tabernáculo, porém,
jazia em ruínas. Seu relacionamento com Deus
tinha sido virtualmente obliterado por causa
de sua busca dos costumes das nações
gentílicas ao redor deles. Até onde vão os
recursos humanos, era uma situação
desesperadora em ambas as avaliações.
Contudo, com indica o nosso texto de hoje, o
salmista percebeu outro fator: Deus! Ele
sabia que Deus estava intimamente
identificado com o Seu povo, que Seu amor
por eles ia além de suas más e insensatas
escolhas. E por causa deste conhecimento ele
encontrou esperança, não nas circunstâncias,
mas em DEUS!
Esta é uma importante percepção. Muitos
cristãos esperam pela melhora das
circunstâncias antes de “condescender” com a
esperança; Quando acontece o pior, e tudo
aquilo pelo qual vinham orando está
“arruinado além do reparo”, eles são
devastados. Sua fé se enfraquece tanto que
perdem a coragem. Alguns podem até mesmo
renunciar a toda a senda cristã; outros
apenas deixam de funcionar vitalmente,
tornando-se artefatos denominacionais em vez
de “pescadores de homens”. Quem é capaz de
“pescar” não tendo nenhuma isca? Quem pode
esperar sem fé?
Escreveu o sábio: “Onde não há nenhuma
visão, o povo perece.” Prov. 29:18, KJV. No
mais verdadeiro sentido, onde não há nenhuma
visão de quem é Deus, o povo perde a
esperança. Minha fé deve repousar em uma
Pessoa – independente das circunstâncias. As
circunstâncias podem revelar as operações de
Deus, mas elas também podem obscurecer minha
visão dEle. Somente quando chego ao
conhecimento de Deus – de que Ele é justo e
lógico, fidedigno e amorável, e intimamente
identificado comigo – é que minha fé e
esperança estarão nEle. (I S.Pedro 1:21).
Podemos pedir a Deus que restaure o que está
arruinado além de reparo em nossa vida,
sabendo que Ele é muito capaz de fazê-lo.
Mas que nossa esperança seja lançada mais
alto do que as coisas que procuramos.
Fixemos na mente a verdade de que Deus
pretende o melhor para nós. Estejamos cheios
de certeza de que Ele Se deleita e NOSSA
restauração, sabendo que as circunstâncias
de nossa vida de modo algum podem frustrar
os Seus propósitos. Assim não esperaremos em
vão! |
6 de Março |
Topo |
O que Agrada a Deus?
“Sem fé é impossível agradar a Deus,
porquanto é necessário que aquele que se
aproxima de Deus creia que Ele existe e que
Se torna galardoador dos que O buscam.”
Heb. 11:6.
Uma jovem trabalha diligentemente para
limpar o seu quarto antes que sua mãe chegue
para inspecionar os resultados. A mãe
examina o trabalho a mão e manifesta o seu
contentamento. “Isto realmente me agrada”,
diz ela. A filha posteriormente descobre que
a mãe também satisfeita pelas flores em seu
aniversário natalício e pela suave
disposição de obedecer.
Quão fácil é, portanto, para ela tirar
conclusões acerca de como agradar a Deus.
Está certa de que Deus requer bom
comportamento, ou mesmo favores especiais a
fim de estar satisfeito com ela. A palavra
“satisfeito” implica que ela finalmente está
à altura de algum padrão de desempenho que
Ele aceita como adequado.
Mas um coração de mãe sabe que este não é o
caso. A mãe não está satisfeita com seu
quarto limpo mas com a própria filha. As
flores de aniversário são especiais não
somente por causa da sua cor e aroma, mas
por causa do afetuoso relacionamento entre
mãe e filha que elas expressam. Não é o
desempenho de sua filha, mas sua amável
presença na vida que traz à mãe tanto
deleite.
O Pai, o Filho e o Espírito Santo estavam
gozando o mais perfeito relacionamento de
amor entre Eles. Há apenas um meio em que
uma perfeita relação de amor pode ser
realçada e este é pelo crescente número de
pessoas que a desfrutam! E por esta razão
Deus criou a araçá humana. Queriam partilhar
os deleites da comunhão com mais pessoas que
são capazes de interessar-se por aquela
alegria.
Esta informada, amorosa e mutuamente
usufruída comunhão é a essência do
relacionamento da fé. É isto o que Satanás
destruiu na Queda. E isto é o que Deus quer
restaurar. Nada menos do que isto Lhe trará
deleite, porque nada menos do que isto
satisfaz o propósito de nossa criação.
Conquanto não seja o nosso desempenho mas a
nossa comunhão o que traz satisfação a Deus,
certamente nada é mais poderoso para
produzir o desempenho adequado em Seu povo
do que a realidade vital desta mesma
comunhão!
Mas Paulo tem ainda outra surpresa para nós
neste texto. Diz ele que Deus galardoará
àqueles que sinceramente O buscam. Mas com
que Ele os recompensará? Se eles buscam um
peixe, recompensá-los-á com uma pedra? Se
procuram o próprio Deus, retribuir-lhes-á
com algo menos do que a própria coisa que
buscam – comunhão pessoal e vivificante com
Ele mesmo? |
7 de Março |
Topo |
Poeira e Água Formam a
Chuva
“Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao
Senhor: como a alva a Sua vinda é certa; e
Ele descerá sobre nós como a chuva, como
chuva serôdia que rega a terra."
Osé. 6:3.
Amo as
chuvas da primavera! Geralmente suaves,
alegram a terra com frescor, trazendo
umidade e vida para as sementes adormecidas
ocultas na terra. No texto de hoje, nosso
bom Deus compara-Se com as chuvas da
primavera. Todavia há mais nesta passagem do
que à primeira vista. Há um convite para
prosseguir em Conhecê-Lo, para compreender
como Ele tem preferido operar.
Que é
chuva? É simplesmente água na atmosfera?
Sim, e mais. É água que formou uma gotícula
em volta de uma partícula de poeira. Este é
o nosso primeiro indício, água e poeira,
combinados de tal modo que trazem umidade à
terra - uma parábola da Natureza para
ensinar-nos os caminhos do Onipotente.
Os
próprios elementos são simples, e igualmente
simples suas metáforas: Deus declarou a
verdade de que Ele é como a água viva (S.
João 4:10); nós somos o pó (Sal. 103:14). E
o Seu propósito é claro. "Porque é tempo de
buscar ao Senhor, para que Ele possa vir e
chova salvação sobre vós" Osé. 10:12, RSV.
A coisa
intrigante acerca da chuva é que ela não
pode ser formada sem a presença do pó. A
sugestão, portanto, é que Deus não traz a
verdade sobre Si mesmo (que é a nossa
salvação) a este mundo separada do
envolvimento humano. O exemplo perfeito
disto é, sem dúvida, a encarnação de Cristo.
Nele, divindade e humanidade estavam
harmonizadas em uma revelação perfeita do
caráter de Deus.
Em nosso
mundo moderno o argumento mais convincente
em favor de Deus é a nossa vida
transformada. Cativados pela genuinidade do
Seu amor, nós mesmos nos tornamos amáveis.
Avaliando Sua sabedoria, tornamo-nos mais
judiciosos, discretos. Satisfeitos por Sua
racionalidade, somos atraídos para o que é
racional. Inspirados por Sua renovação,
buscamos revelação e crescimento.
Deveras,
completamente persuadidos de que tudo o que
concerne a Deus faz o melhor sentido para
nossa vida, anelamos que todas as qualidades
do Seu caráter tornem-se nossas. Ademais,
ansiamos estar unidos para sempre com Aquele
que descobrimos ser totalmente desejável. É
por intermédio desta união que Deus traz a
verdade sobre Si mesmo ao nosso mundo. Esta
é a Sua doce chuva da primavera. |
8 de Março |
Topo |
Sereias e a Árvore do
Conhecimento
“Então a
serpente disse à mulher: É certo que não
morrereis."
Gên. 3:4.
Muitos de
nós já ouvimos o antigo mito das sereias. A
lenda afirma que essas graciosas criaturas,
com o torso inferior de um peixe e o torso
superior de uma bela mulher, vinham à
superfície à vista dos navios que passavam.
Usando seus encantos femininos, seduziam
marinheiros nostálgicos a fim de se juntarem
a elas no oceano para uma brincadeira
descomedida.
De acordo
com a velha fábula, mais de um marinheiro
achava o apelo irresistível, mergulhava no
mar e imediatamente encontrava os trágicos
resultados, não necessariamente porque este
tipo de brincadeira era rotulada como
"pecaminosa", mas simplesmente porque os
marinheiros não foram feitos para viver
debaixo d'água. Acreditar nas sereias era
mais do que um erro infeliz; era fatal.
O
problema com Adão e Eva ao comerem o fruto
da árvore proibida não é que eles haviam
ofendido as resoluções de um Deus arbitrário
ou ciumento. Seu erro não foi que eles
tinham comido um fruto classificado por Deus
como "pecaminoso". Distraídos pelas
prometidas seduções do inimigo, eles (como
faziam os marinheiros com as sereias)
ignoraram o fato de que simplesmente não
poderiam viver separados da união com o
Doador da vida.
Seu erro
foi mais do que uma asneira tática. Foi um
engano mortal. Assim como os marinheiros não
podiam respirar debaixo d'água, as criaturas
de Deus não podem viver separadas de sua
suprema Fonte de Vida.
Durante
séculos, teólogos têm insinuado que Deus
simplesmente selecionou duas árvores no
Jardim e arbitrariamente disse que uma delas
era boa e a outra má. Então disse ao Seu
povo que eles podiam provar sua obediência
comendo somente da árvore certa. O problema
em comer da árvore errada, é claro, era que
isto ofendia a Deus, permitindo a Satanás
apenas reclinar-se e sorrir arreganhando os
dentes enquanto um Deus zangado desencadeava
Sua ira sobre os pecadores. Mais ou menos
diziam os antigos teólogos.
A lenda
das sereias é apenas um velho mito inócuo.
Não há, porém, nenhuma pergunta mais
fundamental no Universo do que se as
criaturas de Deus podem viver separadas de
um relacionamento com seu Deus. É realmente
pecado (ou seja, separação de Deus) tudo o
que é mau? Realmente produzirá a segunda
morte? Satanás disse que não. Deus disse que
sim. Quem estava dizendo a verdade?
A
resposta foi demonstrada em termos muito
dramáticos em uma rude cruz quando Jesus
mostrou ao Universo quão mau o pecado
realmente é. |
9 de Março |
Topo |
Amigos de Deus!
“Já não
vos chamo servos, porque o servo não sabe o
que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado
amigos, porque tudo quanto ouvi de Meu Pai
vos tenho dado a conhecer." S. João 15:15
Amigos!
Chamar alguém de amigo é estar disposto a
identificar-se pessoalmente com tal pessoa.
É diferente do que apenas ser amigo de
alguém - o que pode denotar uma certa soma
de condescendência e uma separação definida
de sua pessoa. Dizer que alguém é seu amigo
é dizer que você não somente gosta dele,
você confia nele.
Eu sou
amigo de Jesus! Se Ele ainda estivesse na
Terra, Ele me procuraria para que pudéssemos
passar tempo juntos. Sei que, em breve,
nossa conversação centralizar-se-ia no Pai,
pois é sobre isto que Jesus mais gosta de
falar. E ao conversarmos, Ele partilharia
comigo as coisas que o Pai quer que eu ouça
(S. João 17:8). Lembrar-me-ia de que o
próprio Pai me ama (S. João 16:27). Ao
continuar Ele a falar, eu começaria a
compreender: o Pai também me considera Seu
amigo!
Ser amigo
de Jesus é algo maravilhoso. Porque, sabemos
que mesmo criancinhas estão seguras com Ele.
Sabemos que quando Jesus aqui esteve,
colocou-Se à disposição da raça humana. Era
palpável, acessível - mas, quanto a Deus o
Pai...?
Quando a
princípio comecei a evocar um quadro mental
de Deus, Ele estava sempre assentado em uma
pesada cadeira de carvalho ao lado de uma
escrivaninha também imponente, com uma
estante cheia de grossos livros negros que
chegavam ao teto como a cortina de fundo de
cenário. Ao aproximar-me, Ele voltou Sua
cabeça majestosa em minha direção. Embora
jamais pudesse preencher mentalmente os
detalhes do Seu rosto, Ele não estava
sorrindo. Eu sabia que Ele me aceitava,
mesmo Se preocupando profundamente comigo,
mas sentia como se isto fosse estritamente
por causa de Cristo. Eu jamais teria uma
oportunidade se não fosse por Sua
intercessão. Nada me preocupava quanto a
Deus GOSTAR de mim.
Minha
imagem de Deus tem mudado. A aflição e as
trevas se foram. Em minha mente Ele está ao
ar livre, o vento soprando suavemente em
Suas vestes. Ao aproximar-me, Ele move-Se
rápida e ansiosamente em minha direção.
Embora ainda não possa preencher os detalhes
do Seu rosto, Ele está sorrindo. Ainda
mais, quase posso ouvi-Lo, dizendo: "Tenho
estado esperando por você! Tenho muito a
partilhar com você!"
Sou amigo
de Deus! |
10 de Março |
Topo |
Folhas de Figueira ou Peles de Cordeiro
“Abriram-se, então, os olhos de ambos; e,
percebendo que estavam nus, coseram folhas
de figueira, e fizeram cintas para si."
Gên. 3:7.
Folhas de
figueira e nudez - parecem conceitos tão
estranhos, o tipo de coisa que os artistas
medievais gostariam de pintar em tonalidades
escuras. Mas o que poderiam significar para
nós hoje? O pecado de Adão e Eva tornou
repentinamente o seu corpo impróprio para
ser contemplado? Há um significado mais
profundo nesses símbolos?
Você sabe
o que é sentir-se nu na presença de outro?
Já desejou poder esconder todos os temores e
desapontamentos, todos os fracassos e
loucuras do passado, que certamente o
embaraçariam, se outros os descobrissem?
Nenhum de nós gosta de ter a alma exposta e
vulnerável aos olhos e apreciação dos
outros.
E assim
cosemos juntas folhas de figueira. Também
chegam em todos os tamanhos e formatos. Há
uma jovem que se tornou namoradeira perita.
Anela a atenção do sexo oposto porque
intimamente está temerosa de que não seja
notada, não amada, não reclamada. O namoro
torna-se sua tentativa para esconder a dor,
para cobrir a solidão.
Há o
jovem que acentua sua linguagem com gíria e
imprecações, esperando deste modo tornar
suas palavras mais poderosas, mais
atordoante o seu impacto sobre outros.
Contudo ele não vê que está cobrindo
miseravelmente o seu despido temor de ser
considerado como de nenhum valor.
O diabo
tem mil folhas de figueira, cada uma
prometendo cobrir alguma nudez, algum aberto
temor que está arraigado em nossa separação
do Amante de nossa alma. Todas elas prometem
segurança imediata do olhar dos outros. Mas
todas são inadequadas e deselegantes. E
gastamos todas as nossas energias tentando
impedi-las de escorregar.
Nosso
Deus, que não está escandalizado com a
nudez, conhece os anseios íntimos de nossa
alma. Sabe que nosso medo de nos expormos
procede da mentira de Satanás de que Deus
estará desgostoso com nossas fraquezas - e
que seremos rejeitados pelos outros se nos
virem como somos. E assim o Pai vem a nós
trazendo um sorriso e uma veste
confeccionada a mão, preparada com grande
despesa.
"Fez o
Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e
sua mulher, e os vestiu." Verso 21. Há
apenas um meio pelo qual você pode obter uma
pele de cordeiro, e isto é pelo sacrifício
do cordeiro. A cruz primeira cobre, e depois
cura, nossa nudez! |
11 de Março |
Topo |
Por que Deus nos Deu
um Mediador?
“Porquanto há um só Deus e um só Mediador
entre Deus e os Homens, Cristo Jesus,
homem.”
I Tim. 2:5.
Todos nos
sabemos isto de cor: Jesus permanece diante
da barra do tribunal de Deus, pleiteando Seu
sangue por nosso perdão. Ele é o nosso
Mediador. Há uma implicada reticência da
parte de Deus em aceitar a nossa pessoa? Se
Jesus repentinamente Se pusesse de lado, a
face de Deus se tornaria em um cenho
ameaçador, Seus lábios se partindo com
palavras sobre nossa iminente destruição?
Jesus
disse que o próprio Pai nos ama (S. João
16:27), e porque Ele nos ama tanto, enviou
Seu Filho ao mundo, não para garantir que
saibamos quão zangado está conosco, mas para
ajudar-nos a compreender que Ele fez
provisão para que sejamos reunidos outra vez
com Ele (S. João 3:16 e 17). Esta provisão é
Jesus.
O
problema sempre tem sido que temos medo de
Deus. Isto começou no Éden quando nossos
primeiros pais se esconderam dEle. Tendo
procedido mal, deviam ter pensado que viera
“caçá-los com espingarda”. Seus temores
jamais foram confirmados. Exatamente o
contrário! Deus informou-os do plano que Ele
tinha para restaurar sua amizade. Isto
envolvia um Mediador.
Mas por
que um Mediador? Considere: Estamos com medo
de Deus, com medo de que quando procedemos
mal Ele venha caça-nos. Isto leva-nos a nos
escondermos dEle – escondermo-nos em nossos
empreendimentos da vida, nossa pretensa
indiferença, nossas pretensões religiosas.
Temos tantas maneiras de nos escondermos. E
tudo porque não compreendemos que a atitude
de Deus em relação a nós nunca mudou! Nossos
temores jamais serão confirmados. Enquanto
isto, em Sua maneira amorosa e prática, Deus
tem dirigido o problema criado por nosso
temor. Tem mantido Sua distância de nós a
fim de acalmar nossos temores, enviando
Alguém para explicar-nos a verdadeira
situação. (Esse Alguém até mesmo nasceu como
um infante totalmente indefeso, como se
quisesse ressaltar a “segurança” de Sua
pessoa!).
Deus é
seguro! O sangue de Cristo pleiteando no
juízo é a mensagem de Deus a nós de que Ele
está cuidando dos resultados de nossa
separação dEle. Ao começarmos a compreender
que não necessitamos de nos escondermos de
Deus, Cristo pode finalmente retirar-Se. Não
mais sentimos a necessidade de ter alguém
entre nós e o Pai. Será dada então a Cristo
outra tarefa. Ele será enviado para
levar-nos de volta à própria presença do
Pai.
Amém. Vem
Senhor Jesus! |
12 de Março |
Topo |
Os Anseios do Coração
de Jesus
“Voltarei
e vos receberei para Mim mesmo, para que
onde Eu estou estejais vós também.” S. João
14:3.
Nossa
compreensão do Céu tira suas primeiras
formas das histórias e quadros da infância.
Posso lembrar-me do tempo em que o Céu
parecia atraente para mim por três motivos.
Eu seria capaz de voar sem esforço, seria
capaz de brincar com um leão sem temor e não
teria de capinar.
Ao ficar
mais velho e enfrentar mais algumas das
realidades deste mundo danificado pelo
pecado, comecei a ser atraído para o Céu por
causa do seu prometido alívio da dor e da
morte. Descobri que o Céu pode ser ansiado
como o fim da pobreza, da guerra, dos
preconceitos e mesmo dos impostos!
Infelizmente, nossos desejos do Céu com
freqüência se concentram nestes níveis um
tanto materialistas, e deixamos de permitir
a Deus que desperte em nós maiores anseios.
Raramente estamos a par do que seriam
aqueles desejos.
Assim
ouçamos com o coração os próprios anseios de
Jesus quanto ao Céu. Que havia com o Céu que
O incitou a olhar adiante para ele com tanta
ansiedade? Em Sua bem-conhecida conversa de
despedida com os discípulos, Jesus
disse-lhes que estava voltando para o Céu a
fim de fazer preparativos para os Seus
amigos. Mas então Ele fez uma promessa muito
pessoal. Disse que voltaria para nós “e vos
receberei
PARA MIM MESMO,
para que onde Eu estou estejais vós também”.
Na mente
de Jesus, as mais satisfatórias alegrias do
Céu não estão centralizadas em sua
encantadora arquitetura, sua economia, ou
mesmo sua ecologia. Para Jesus, o Céu é um
ótimo lugar para estar com Seus amigos –
conosco! Jesus sabe que a maior necessidade
do nosso coração não é de um leão manso,
rápido transporte, ou mesmo um jardim isento
de ervas daninhas. Nossa maior necessidade é
de um amoroso e confiante relacionamento com
um amigo íntimo. Somos, afinal, criados à
Sua imagem. Estas necessidades são um
reflexo do Seu próprio coração.
É claro
que o Céu será um lugar maravilhosamente
belo, não tendo nada para manchar sua
perfeita alegria e beleza. Mas porque é
deste modo que Ele faz as coisas para os
Seus amigos. Não pretendia que a glória sem
lágrimas do Céu fosse uma gratificação ao
nosso egoísmo. Em vez disso tencionava que
nada estivesse no Céu que tirasse parte do
gozo de sua mais verdadeira essência: ternas
e florescentes amizades.
Não
gostaria você de passar a eternidade com tal
Salvador? |
13 de Março |
Topo |
Deus Fala Palavras de
Consolo
“Porque
para conservação da vida, Deus me enviou
adiante de vós.”
Gênesis 45:5
Uma das
mais conhecidas histórias do Antigo
Testamento é a de José. Apesar de ser
vendido para a escravidão egípcia por seus
irmãos mais velhos, sua integridade domina a
narrativa. Demonstrou inamovível fidelidade
ao Deus vivo e sintetizou o triunfo do bem
sobre o mal em face de intransponíveis
disparidades. Em sua vida tumultuosa é
retratada a essência do caráter de Deus e
como Ele Se relaciona com a humanidade
caída.
Como
expressa o nosso texto de hoje, José, como
um tipo de Cristo, foi enviado por Deus ao
Egito a fim de desempenhar a parte de
salvador do Seu povo. É importante notar,
porém, que o alívio físico, bem recebido
como possa ter sido, era apenas a mais óbvia
evidência do maravilhoso trato de Deus com
Israel. Porque na pessoa de José foi
expressa algumas das mais sublimes
características do nosso grande Deus.
Com todo
o poder da monarquia egípcia por trás de si,
foi extraordinária a atitude de José para
com seus irmãos, aqueles odiosos traidores
de sua juventude. Certamente ele teria tido
toda razão, todo “direito” de extrair deles
no mínimo alguma retribuição por esse ato
traiçoeiro de vendê-lo para os mercadores
ismaelitas. No mínimo, poderia com justiça
tê-los repreendido severamente por sua
insensível impiedade. Em vez disto, José os
CONSOLA!
Convida-os a aproximar-se dele, para
assegurá-los de que não queria que temessem
por causa do que tinham feito. “Cuidarei de
vós”, disse-lhes com lágrimas de alegria.
José
considerava um privilégio alimentar aqueles
que ele inegavelmente poderia ter contado
como seus inimigos! Por quê?! E ao mesmo
tempo bem poderíamos perguntar por que Deus
consideraria um privilégio alimentar-nos,
rebeldes e miseráveis que somos! Por que
escolheu Deus a humanidade em vez do uso
potencial de sua Força? A resposta é
simples:
AMOR.
O amor
tem sua própria razão. Por que uma mãe
estima qualquer oportunidade de atender as
necessidades de seu inconstante adolescente?
Não esqueceria ela rapidamente todos os
agravos do passado em favor de um renovado
relacionamento? De modo idêntico, Deus
prazerosamente considera nossa restaurada
amizade com Ele de supremo valor. À
semelhança de José, Ele nos fala
confortantemente:
“Porque
Eu conheço os planos que tenho para vós, diz
o Senhor, planos de prosperidade e não de
mal, para vos dar um futuro e uma
esperança.” Jer. 29:11, RSV. |
14 de Março |
Topo |
Que É Bondade?
“E
quem quiser ser o primeiro entre vós, será
servo de todos. Pois o próprio Filho do
homem não veio para ser servido, mas para
servir a dar a Sua vida em resgate por
muitos.” S. Mar. 10:44 e 45.
O célebre
filósofo alemão Frederico Nietzche definiu
“bondade” como aquilo que realça o senso do
poder humano. Algo é bom se dá a alguém
força para dominar a outrem. Isto é o que
habilita alguém a sobreviver no contexto
evolucionista. Os fracos que são dominados e
destruídos pelos fortes, não têm nenhum
direito à sobrevivência, de acordo com o
esquema evolucionista. Conseqüentemente, sua
destruição é boa, diz Netzche.
Jesus
Cristo mantinha a opinião de que a bondade é
encontrada em SERVIR os fracos, em ministrar
aos que enfrentam dificuldades e em
alimentar os aflitos. Jesus considerava as
pessoas como de grande valor – produtos do
Seu próprio ato criador, não de processos
evolucionistas irracionais. Negligenciar ou
depreciar os inferiores não somente fere a
essas pessoas como também desumaniza àqueles
que assim as tratam, porque isto desfibra
nossa sensibilidade comum.
A
filosofia de Nietzche lançou os fundamentos
de Dachau, Auschwitz e Ravensbrook. A
filosofia de Jesus Cristo lançou os
fundamentos de hospitais, orfanatos e
escolas. Pessoas como Hitler e Goebles
consideravam-se discípulos de Nietzche.
Pessoas como William Carey e Albert
Schweitzer consideravam-se discípulos de
Jesus Cristo.
Lemos
nossos livros de História e achamos fácil
detestar o espírito de dominação quando
vemos seus excessos e extremos. Ninguém
defenderia o extermínio de milhões de
judeus. Contudo, a violência na televisão
está baseada na mesma filosofia e tem
milhões de devotos durante o horário nobre
cada noite da semana.
Ainda
mais, o espírito de competição é um daqueles
que premiam a dominação dos fracos pelos
fortes. A rivalidade leva alguém a
preocupar-se muito mais com a emoção de
ganhar do que com a dor de coração do
perdedor. Como tal, é estranha ao espírito
de serviço.
Jesus não
estava contente apenas em fazer soar uma
advertência contra o espírito de conquista e
dominação sempre que o visse atuando. Passou
a vida representando o espírito de serviço.
Sabendo muito bem que era o Rei dos reis,
também conhecia o espírito do Seu reino.
Sabia que Sua vontade era que os que lutam
com dificuldades fossem ajudados, os feridos
fossem curados e os retraídos se tornassem
corajosos. E assim Ele veio como o servo de
todos.
Não está
contente pelo que Ele fez? |
15 de Março |
Topo |
Vestes Novas por
Velhos Ferimentos
“A cada
um de todos eles deu vestes festivas.”
Gen. 45:22.
É próprio
da nossa natureza humana procurar desforra
quando sentimos que fomos maltratados. Mesmo
como cristãos, podemos achar nosso coração
lutando contra emoções “proibidas” tais como
ira e defesa. Afastar-se do ofensor provê,
no melhor dos casos, apenas alívio
temporário. E isto nos permite lidar com a
culpa que experimentamos por ter sentido
emoções tão negativas no início.
Acaso
Deus compreende? Ou Ele meramente “marca os
pontos” – notando severamente quando caímos
ou aprovando estoicamente nossos “triunfos”
corajosos? Afinal, Ele é DEUS! Que pode Ele
conhecer de nossas misérias? Muito!
Representado na vida de Seu Filho,
contemplamos nosso maltratado, mal
compreendido e difamado Deus não somente nos
ensinando como devemos comportar-nos, mas
nos mostrando A SI MESMO.
Outra
representação foi através do filho de Jacó,
José. José tinha uma bela túnica de várias
cores. Aquela túnica foi tomada dele por
seus irmãos que desumanamente o venderam
como escravo. Depois mergulharam a túnica em
sangue e a apresentaram ao pai como prova de
seu falecimento. Longe de estar morto,
porém, José cresceu até chegar a ser o
segundo depois de Faraó na terra do Egito.
Anos mais tarde, a fome obrigou seus irmãos
a procurar inadvertidamente sustento do
mesmo a quem haviam tão cruelmente
maltratado. José não guardava nenhum rancor
contra eles. Não somente lhes deu o alimento
de que necessitavam, mas fez provisão para
que todas as suas necessidades fossem
supridas nos anos vindouros. “A cada um de
todos eles deu vestes festivais.”
Pela
linda túnica que fora tomada de José e
molhada no sangue, aqueles irmãos receberam
túnicas, por assim dizer, para si mesmos.
José poderia tê-los suprido com fundos para
comprar suas vestes. Em vez disto, em um
gesto de sublime perdão, ele mesmo os
vestiu. Era mais do que haviam procurado,
mais do que esperavam ou mereciam. Mas
fazendo isto, José demonstrou sua aceitação
incondicional deles. Não tiveram que tratar
com seus sentimentos ofendidos. E assim seu
relacionamento foi restaurado.
Que
maravilhoso amor! Que inspiradora
sensibilidade demonstrada a serviço da
amizade restaurada! Quando percebo que esta
é exatamente a maneira como Deus Se
relaciona comigo, meu coração é abrandado
para com aqueles que me fazem injustiça.
Neles vejo-me a mim mesmo; e em mim somente
posso desejar que eles possam ver a Deus. |
16 de Março |
Topo |
A Disciplina de Deus
“Pois
eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo
melhor lhes parecia; Deus, porém, nos
disciplina para aproveitamento, a fim de
sermos participantes da Sua santidade.”
Heb. 12;10.
Imagine
um pai prestes a espancar seu filho mal
comportado. O menino perturbado suplica ao
pai que explique por que isto é necessário
(provavelmente mais como uma tática evasiva
do que como uma busca de compreensão). Mas o
pai o toma a sério e tenta explicar-lhe.
Que
pensaria você se o pai dissesse: “O
regulamento da casa requer... e você
merece”? Ou pior ainda: “Você realmente me
ofendeu e estou desabafando”?
Embora
suspeitemos que muitos pais realmente
espanquem seus filhos por estes motivos,
intuitivamente sabemos que não são
adequados. Nenhum deles faz referência às
necessidades da criança. A verdadeira
disciplina é exercida tendo em vista o
compartilhar da justiça com nossos filhos –
a fim de ajudá-los a andar nos caminhos da
salubridade e bênção. Isto não é feito por
causa de retaliação, nem meramente
defendendo algum abstrato código de justiça.
E visto
que Deus é muito mais sábio do que qualquer
um de nós, não esperaríamos também que Deus
fosse educativo e redentivo em tudo o que
Ele faz? Em todo o Seu trato conosco como
Seus “filhos mal comportados”, não há
nenhuma sugestão de ser Ele meramente
punitivo ou retaliador. Suas ações não são
estimuladas por Sua irritação conosco ou com
nossas atitudes. Nem está Ele indignadamente
sustentando a “justiça”.
Cada ato
de Deus é designado especificamente para o
nosso benefício. A justiça (ou fazer o que
é reto), acariciada dentro do nosso coração,
é o seu objetivo para nós, e Ele sabiamente
Se dispõe a ensinar-nos como viver em
harmonia com Seu mundo muito real. Não está
contente em apenas proclamar-nos como
justos; quer que pensemos e escolhamos e
ajamos em harmonia com os princípios da
justiça.
O âmago
central do problema do pecado é que
expulsamos a Deus do centro de nossa vida.
Qualquer remédio que não restaure isto é
apenas um pouco menos do que o problema.
Nosso sábio Pai celestial não está
interessado em “acertar as contas” ou
“defender Sua dignidade”. Está interessado
em restaurar o relacionamento com cada um
dos Seus filhos. Em Suas mãos a disciplina
ergue-se à sua mais elevada forma:
“disciplinando”, conquistando nossa livre e
refletiva fidelidade para Si mesmo.
Contentar-nos-íamos com algo menos? |
17 de Março |
Topo |
Quando Deus Sorri
“Então
a nossa boca se encheu de riso, e a nossa
língua de júbilo; então entre as nações se
dizia: Grandes coisas o Senhor tem feito por
eles". Sal. 126:2
Em algum lugar, alguém espalhou o boato de
que Deus não ri. Uma vez ouvi alguns astutos
estudantes da Bíblia discutindo
acaloradamente este assunto. Com toda
sinceridade, um jovem declarou solenemente:
“A única ocasião em que Deus ri é quando
zomba dos ímpios!"
Eu poderia facilmente ter descartado sua
afirmação somente pelo obsedante
conhecimento de que há provavelmente muitos
outros que partilham da sua opinião. E não
estou justamente convencido de que se você
trocar a imagem de Deus como “Juiz severo”
pela de um Redentor sério, que não ri, você
ganha muito terreno. Qualquer um dos dois
conceitos leva alguém a se sentir nervoso no
tocante à realidade de encontrá-Lo um dia
face a face.
Nada reprime mais o sorriso do que estar na
presença de uma figura poderosa que é
sisuda, que não sorri. Com muita freqüência
essas figuras se utilizam de sua solenidade
para controlar situações. Há o professor da
escola secundária que está convencido de que
se ele mistura alegria com instrução sua
classe ficará indisciplinada. E existe o
presidente de mesa que tem a impressão de
que qualquer leviandade impediria o
progresso em completar a agenda.
Em outras palavras, para controlar ou
dominar, não ri. Deste modo, sendo que Deus
deve controlar-nos, Ele não ousa sorrir.
Errado! O método de “controlar” preferido
por Deus inclui que venhamos a sentir-nos
outra vez completamente à vontade em sua
presença. Não necessita de manipular-nos com
Sua solenidade. Ele transforma-nos por Seu
amor. E (pergunte a qualquer criança) o
sorriso é aquele dossel aquecido que permite
a dois corações aproximar mais e mais o
relacionamento porque estão muito seguros.
Quando o povo de Deus refletir esta
segurança, as nações o conhecerão! As
“grandes coisas” que Deus tem feito por nós
destinam-se a restaurar em nós aquela segura
e alegre amizade com Ele que nossos
primeiros pais conheceram no Éden. E não
seremos os únicos que estarão cheios de
risos e de brados de júbilo! Ouça: “O Senhor
teu Deus está no meio de ti... Ele Se
deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no
Seu amor, regozijar-Se-á em ti com júbilo.”
Sof .3:17.
Renovados em Seu amor! Regozijando-se e
cantando! Bocas cheias de riso ante o
absoluto prazer de conhecer a Deus não
somente como nosso redentor, mas como nosso
Amigo! E isto é mútuo! Restaurados à sua
imagem, mais uma vez refletiremos Seu
regozijo. |
18 de Março |
Topo |
Ordenando o
relacionamento
“Qual é o
principal de todos os mandamentos? Respondeu
Jesus: O principal é:... Amarás, pois, o
Senhor teu Deus de todo o teu coração, de
toda a tua alma, de todo o teu entendimento
e de toda a tua força ".
Mar. 12; 28-30.
Existe
tão incrível contraste de idéias neste
versículo que muitos não o compreendem na
primeira leitura! Assim tente imaginar o
cenário para este dramático encontro.
Jesus
estava falando com um grupo de pessoas
devotamente religiosas. Estavam
impressionantemente tencionando fazer tudo o
que era exigido deles para que não perdessem
a salvação. E visto que a lista de ações
requeridas estava se tornando muito longa,
permitindo a possibilidade de que algo
pudesse passar pelas fendas, queriam
certificar-se de que no mínimo dominavam a
exigência mais importante. Assim perguntaram
a Jesus qual era.
A
resposta de Jesus era completamente
inesperada. Disse Ele, em essência: Vosso
mais importante foco não é sobre uma coisa a
ser feita, mas sobre um intenso, total,
todo-absorvente relacionamento com uma
Pessoa, a quem alguém pudesse realmente
amar.
Comportamento versus relacionamento. Estamos
ainda com muita freqüência desligados de tal
distinção. Por exemplo, podemos entrar em
uma viva discussão sobre a pergunta: “É
pecado passear de bicicleta no sábado?”
Alguns poderiam querer considerar até onde
deveríamos ir, o que poderíamos usar, aonde
o passeio deveria levar-nos – desejando
cuidadosamente evitar a prática de um ato
errado.
Mas
suspeito que Jesus gostaria que
perguntássemos: “Contribuiria isto, ou
aviltaria, meu relacionamento com o meu
Amigo?” E estou certo de que Jesus desejaria
que estivéssemos tão atraídos por nosso
Amigo celestial que não considerássemos a
proteção desta amizade como uma imposição
aos nossos desejos.
Da parte
de Jesus, um “mandamento” não é uma ameaça,
mas antes uma expressão de Seu mui forte
anseio por Seu povo. E este desejo não é
apenas por ações que podemos “colar” na
parte externa de nossa vida. Mais
propriamente é por um relacionamento com Ele
mesmo que produza uma transformação interior
– que por sua vez produzirá as corretas
ações externas.
Quando
Deus formou Adão no Jardim, insuflou em sua
alma um intenso anelo por seu Criador – um
anelo rico de confiança, amor e dependência.
Depois Deus despertou a Adão e entrou em sua
vida como a satisfação daquele mesmo desejo.
Jesus agora exorta cada um de nós a retornar
àquele original e legítimo estado para toda
a raça humana. |
19 de Março |
Topo |
Poder para ensinar
“Jesus, aproximando-Se, falou-lhes, dizendo:
Todo o poder Me foi dado no Céu e na Terra.
Portanto ide e ensinai a todas as nações".
S. Mat. 28:28 e 19.
O Jornal da manhã declara que um grande
criminoso foi posto em liberdade por causa
de alguma técnica legal. E os impostos
aumentaram novamente para sustentar os
gastos do governo. Você não aprova. Num
sussurro você murmura: “Se eu estivesse no
comando, as coisas certamente seriam
diferentes”.
Cada um de nós tem experimentado, até certo
grau, tais sentimentos. Nos dias de Cristo
este era o consenso dominante da nação
judaica. O controle romano era torturante.
Mas Deus havia prometido um Libertador! Ele
os libertaria de seus dominadores pagãos!
Ele viria com PODER! Sim, as coisas então
seriam diferentes! Assim eles aguardavam, e
esperavam. E Alguém caminhava entre eles no
traje comum do dia. Seus pés eram tão
poeirentos como os deles. Pagava impostos.
Suas mãos eram as mãos de um humilde
operário. Contudo...
Em Seus olhos brilhavam os fogos da nobreza.
Sua voz era forte, certa. Não vacilava
diante das penetrantes reprovações dos
sacerdotes do templo nem recuava do contato
diário com os guardas romanos que sempre se
intrometiam nos negócios judaicos. Sua não
declarada autoridade era usada tão natural e
despretensiosamente como Seu simples manto.
A agitação avolumava-se entre o povo.
Quando se declararia Ele? Quando assumiria o
poder? Mesmo enquanto cavalgava
triunfantemente sobre Jerusalém, tais
perguntas explodiam no coração daqueles que
bradavam e louvavam a Deus ao longo do
caminho. Os discípulos sentiram tudo isto.
Perplexos, sussurravam entre si. Pelo que
estava Ele esperando? E então veio o
Getsêmani. A seguir o Calvário. “Use Seu
PODER!” foi ele escarnecido.
Amado Mestre, você estava usando Seu poder!
Da maneira mais prudente Você revelava o
mais seleto uso do poder por Deus - a fim de
iluminar a mente obscurecida e curar a alma
da raça humana abatida pelo pecado. Em vez
de simplesmente controlar o problema do
pecado com a divina potência de fogo, Você
revelou que Deus deseja RESOLVÊ-LO dando-nos
a VERDADE. A verdade acerca de Si mesmo.
Posteriormente, antes de deixar este mundo a
fim de assumir o Seu contínuo ministério nas
cortes acima, Você tornou isto absolutamente
claro. Como se fosse para dissipar quaisquer
dúvidas que restassem no que tange à
qualidade ou quantidade de poder à sua
disposição – e, sucessivamente, à nossa –
Você assegurou aos seus discípulos que TODO
O PODER lhe fora dado. Você, então, disse:
“Portanto ide e ENSINAI... |
20 de Março |
Topo |
Julgados pela rejeição
da verdade
“Quem Me rejeita e não recebe as Minhas
palavras tem quem o julgue; a própria
palavra que tenho proferido, essa o julgará
no último dia”. S. João 12:48
Quão freqüentemente somos inclinados a
pensar no juízo final em termos do exame por
Deus dos nossos atos pecaminosos. Pensamos
nos livros de registros do Céu como tendo
anotado todas as más ações de nossa vida,
com o intento de que nenhuma delas escape à
justa avaliação de Deus naquele dia fatal.
Mas alguns estão confusos com a promessa de
que Deus perdoou nossos pecados, lançando-os
nas profundezas do mar. Isto parece estar em
contradição com a sua opinião do juízo
final. Porque os trazer à tona novamente se
já foram perdoados? O dilema é tão
constrangedor que alguns rejeitam
completamente a idéia do juízo final. Outros
duvidam que Deus tenha realmente perdoado os
pecados, sentindo que é somente justo que
Ele condene as verdadeiras injustiças.
O problema, porém, deriva de supor que o
juízo (realmente, todo o plano da redenção)
focaliza-se nas obras praticadas, o ato de
pecar. Na passagem de hoje Jesus está
procurando desviar nossa atenção dos atos
para sua causa. Jesus vê o ato pecaminoso
como sendo causado pela rejeição de Si mesmo
e, portanto do Pai. Sabe que as pessoas O
rejeitam porque estavam cobertas de trevas –
as trevas dos enganos de Satanás no que
concerne a Deus.
E assim Jesus diz: “Eu vim como luz para o
mundo, a fim de que todo aquele que crê em
Mim não permaneça nas trevas”. Verso 46.
Jesus queria acender as luzes, porque “quem
crê em Mim, crê não em Mim, mas nAquele que
Me enviou”. Verso 44. Obviamente, o
interesse de Jesus não estava em acompanhar
o desenvolvimento ou o curso das obras, mas
em curar a CAUSA dessas obras.
Jesus oferecia perdão, não somente para atos
pecaminosos, mas mesmo para a ruptura do
relacionamento que conduzia aos atos
pecaminosos. Mas quando as pessoas rejeitam
Sua revelação da verdade, a verdade
concernente ao Pai, o que unicamente pode
curar o relacionamento rompido, são agora
culpadas de uma nova ofensa. São defrontadas
no juízo com a pergunta sobre o que fizeram
da verdade.
E visto que Jesus é a luz que ilumina a todo
homem (S. João 1:9), cada pessoa será
identificada pela atitude com que reagiu às
graciosas e reconciliadoras revelações de
Seu Pai. Se o juízo revelar que eu rejeitei
a cativante verdade, Jesus não precisará
dizer mais nada. |
21 de Março |
Topo |
O Obsequioso Amor de
Deus
“Disse-lhe: Quanto a isso estou de acordo,
para não subverter a cidade de que acabas de
falar”. Gên. 19:21.
Uma jovem
cristã disse-me uma vez que secretamente
estava aterrorizada de que Deus pudesse
permitir que algo terrível lhe acontecesse a
fim de provar sua fé nEle! Deus não nos
condena por tais temores. Apenas nos
conforta ternamente, e procura ganhar melhor
a nossa confiança.
Encontramos um exemplo disto no relato de
Ló, sobrinho de Abraão. Deus considera Ló um
homem justo apesar do fato de que
evidentemente ele não estava repousando
inteiramente na providência divina. Mesmo
que Ló basicamente se preocupasse com Deus e
com os outros – doutro modo não se teria
colocado em tão horríveis circunstâncias
para proteger dois estranhos da degradação
às mãos dos habitantes da cidade – sentia
necessidade de ter cuidado de si mesmo.
Não
obstante, quando chegou o momento da
destruição de Sodoma, a cidade em que Ló
habitava, Deus enviou dois anjos para
conduzir Ló e sua família à segurança. Foi
orientado a fugir rapidamente para os
montes. Ló respondeu: “Eis que o teu servo
achou mercê diante de Ti, e engrandeceste a
Tua misericórdia que me mostraste,
salvando-me a vida”. Tristemente, porém,
concluiu: “Não posso escapar no monte, pois
receio que o mal me apanhe, e eu morra”.
Gen.19:19. Rogou que lhe fosse permitido
escapar para uma cidade próxima (“porventura
não é pequena?”) a fim de salvar a vida!
Que visão
acanhada! Como se dissesse que ele não
pudesse correr muito rápido, Deus poderia
permitir afinal que perecesse!
Deus
sabia que condenando Ló não estaria
resolvendo o seu problema. Isto jamais
resolve os problemas de alguém. Assim o
obsequioso amor de Deus foi ao encontro de
Ló onde estavam suas necessidades.
“Concedo-te a tua petição”, disse o anjo.
Então, tentando arrancar Ló de sua
compreensão errônea concernente às intenções
de Deus para com ele, o anjo outra vez disse
que se apressasse “pois nada posso fazer
enquanto não tiveres chegado lá” (verso22).
Em outras palavras, “Deus não está te
iludindo! Ele não me mandaria fazer algo,
afinal, sem que estivesses completamente sob
Seus cuidados”.
Deus não
estava condescendendo com Ló. Estava
claramente procurando ganhar a confiança de
Ló e, fazendo isto, encorajá-lo a permitir
que se aprofundasse o seu relacionamento com
Deus. Deus sabe que somente quando chegamos
a perceber que seus amorosos caminhos para
nós são totalmente adequados, nossos temores
finalmente serão desfeitos (I S.João 4:18). |
22 de Março |
Topo |
Mobilidade Ascendente
“Ao
vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no Meu
trono, assim como também Eu venci, e Me
sentei com Meu Pai no seu trono”. Apoc. 3:21
Muitos
anos atrás uma série de comédias da
televisão retratou uma família de caipiras
do interior que havia encontrado fortuna
inesperada e se mudado para uma grande
cidade. Ao alimentarem seus porcos nas
fontes de mármore e usarem macacões na sala
de jantar de veludo e rendas, o humor se
expandia. Era humor baseado no absurdo de
pessoas mudando-se para um palácio, contudo
trazendo a mentalidade e estilo do sertão.
Embora o
enredo não fosse todo humorismo, ele sugere
uma idéia importante para muitos da
sociedade ocidental que são móveis na
direção ascendente, que estão procurando
melhorar sua condição social na vida. A
verdadeira nobreza não se baseia na
prodigalidade, na abundância da mansão de
alguém, mas no espírito e valores da mente.
Muitos
escritores têm zombado da mobilidade
ascendente, a busca de fortuna e posição,
porque ela geralmente leva à cobiça e
exploração. Contudo, em seu mais verdadeiro
espírito, creio que a mobilidade ascendente
era o plano de Deus para nós desde o
inicio. Ele nos criou para a comunhão com
o Rei do Universo! Mesmo depois da Queda,
Ele ainda planeja que sejamos totalmente
restaurados para nos assentarmos com Ele em
seu trono. Ora, ISTO É mobilidade
ascendente!
Mas esta
incrível “ascensão” na condição social não é
simplesmente uma mudança para um magnífico
palácio. As pessoas não habitarão o palácio
acima se não tiverem aprendido aqui na Terra
a linguagem e o espírito do palácio. E isto
não será encontrado comprando-se nos
construtores de palácios da Terra, mas de
preferência dando-se atenção aos assuntos do
coração.
O
escritor inglês John Ruskin disse com muito
acerto: “Só está avançado na vida aquele
cujo coração está se tornando mais brando,
cujo sangue mais aquecido, cujo cérebro mais
ativo, cujo espírito está entrando em uma
paz viva. E os homens que possuem neles esta
vida são os verdadeiros senhores e reis da
Terra – eles, e somente eles”.
Talvez
devamos perguntar por que nós com tanta
freqüência temos uma tão fraca visão de nós
mesmos sendo que Deus tem tão firmada
opinião do nosso destino e de nosso valor.
Nem uma avaliação adequada do nosso destino
nos leva ao orgulho ou arrogância, porque o
orgulho, quando visto pelo que é, não passa
de uma ordinária compensação, uma tênue
cobertura, para uma débil auto-estima. Mas
nós somos filhos do Rei! |
23 de Março |
Topo |
Salvação a toda prova
“Porque
com o coração se crê para justiça, e com a
boca se confessa a respeito da salvação”.
Rom. 10:10.
Muitos de
nós suspeitamos um pouco quando ouvimos ou
lemos das pretensões “a toda prova”, tais
como o retorno do dinheiro como garantia de
que você pode perder de duas a seis
polegadas de cintura em apenas uma hora se
usar um invólucro especial. Ou aquele plano
a toda prova por meio do qual você pode
ganhar mais de duzentos mil cruzados por ano
sem mesmo sair de casa. Sabemos que há um
logro em algum lugar.
De modo
semelhante, o “crê somente” quase se tornou
um clichê entre os cristãos. Contudo, muitos
estão tristemente iludidos por esta injunção
muito simplista. Eles CRÊEM, mas estão se
apoiando em sua própria disciplina emocional
a fim de suster a certeza da salvação
prometida. E visto que todos têm dias de
“depressão”, a certeza surge e desaparece
como a névoa da manhã. Este é o logro, o
embuste.
É
semelhante a uma brincadeira cruel.
Desconfiança quanto à parte de Deus em tudo
isto pode facilmente dar lugar a completo
ceticismo e a eventual desilusão. Se não for
desilusão, será desespero. O que resta se o
próprio plano infalível de Deus falhou?
O
problema não está com o plano de Deus, mas
em nossa compreensão dele. Quando
enfatizamos a nós mesmos, nossa crença,
falhamos. Isto forma uma luta de nossas
emoções. Concluir que a luta está com nosso
intelecto torna o problema ainda mais
complicado, porque o intelecto pode
facilmente servir a um coração egoísta.
As
paixões do coração são duvidosas se não
estiverem guiadas pela integridade do nosso
pensamento racional. Muitas crianças têm
sido arruinadas pela desmedida
condescendência de seus pais. Nosso grande
Deus quer que nosso coração e mente sejam,
equilibrados para que possam trazer
integridade a todas as nossas ações e
interações.
Portanto,
Ele ordenou que O compreendamos com a mente,
e tenhamos fome dEle com o coração. Fazendo
isto, somos levados a um relacionamento
correto com Ele. E esta é a nossa infalível
salvação. |
24 de Março |
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Estamos Nós Seguros
Presença de Jesus?
“Quando
Maria chegou ao lugar onde estava Jesus, ao
vê-Lo lançou-se-Lhe aos seus pés, dizendo:
Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não
teria morrido”. João 11:32
Uma jovem
esposa e mãe estava soluçando sua angustiada
oração.”Pai! Por que permitiste que meu
esposo morresse? Onde estavas? Não Te pedi
que estivesses com ele no próprio dia do
acidente? Certamente não terias permitido
que isto acontecesse se estiveras lá!”
Há um
sentimento na oração daquele coração
angustiado que não está longe de muitos de
nós. Não iniciamos a maior parte dos dias
com uma oração para que Deus esteja conosco?
É o que desejamos experimentar com Sua
presença? Não é admitido que, se Ele está
presente, não enfrentaremos tragédia ou
sofrimento?
Certamente isto era o que Maria supunha
quando se encontrou com Jesus em seguida à
morte de Lázaro. Ela estava certa de que, se
Ele estivesse ali, nada de mal teria
acontecido. Podemos nos identificar com
esses sentimentos?
Mas que
acontece quando a tragédia realmente se
abate sobre o povo de Deus? Rapidamente
concluímos que, ou Deus não estava ali ou
Ele foi incapaz ou indiferente conquanto
estivesse ali. Raramente questionamos nossa
suposição básica sobre os efeitos de sua
Presença.
Você vê,
a presença física de Deus não é questão. A
segurança não é assegurada por estar em Sua
presença, mas por estar em Sua vontade. O
centro de nossas orações não precisa ser que
Ele “vá conosco", mas que possamos andar em
Seus caminhos, em harmonia com a Sua sábia
vontade.
Além
disso, a segurança pela qual devíamos estar
mais preocupados não é a proteção da
enfermidade ou mesmo da primeira morte.
Lázaro estava andando de acordo com a
vontade de Jesus, contudo ele morreu. Mas no
mais elevado sentido da palavra ele estava
seguro. Estava protegido da segunda morte.
No tocante a esta primeira morte, Jesus a
chamou simplesmente de um “sono” e o
despertou!
Ansiar
estar na presença de Jesus deve significar
muito mais do que desejar que Ele esteja
dentro da distância de um grito ou mesmo ser
capaz de olhá-Lo no olho. Deve significar
estar unido com Ele em espírito, sentir o
gozo da harmonia com Ele nos valores básicos
de alguém. Porque somente aqueles que estão
perto dEle em sua alma se regozijarão quando
Ele voltar. |
25 de Março |
Topo |
Da Restrição Para a
Comunhão
“Mas,
antes que viesse a fé, estávamos sob a
tutela da lei, e nela encerrados, para essa
fé que de futuro haveria de revelar-se”.
Gal.
3:23.
A procura
de liberdade começa no berço. Parece inato
em nós resistir àquilo que inibiria nossos
desejos. No íntimo do coração de cada um de
nós vive esta paixão pela independência.
Tenciona o evangelho destruir esta paixão?
Não responda com muita pressa, porque o
próprio Deus saúda um certo tipo de
independência!
Certamente não estamos falando acerca da
independência que procura viver em desacordo
com o governo de Deus. Esta espécie de
liberdade é sempre destruidora da
individualidade e dos outros e necessita de
restrição. Note, porém, que o nosso texto de
hoje diz: “guardados sob restrição ATÉ...”.
O "até” implica em um fim da restrição, mas
implica em um fim da independência?
Prossigamos na leitura usando a tradução de
Phillips do verso 24: “Ou, mudando-se a
metáfora, a Lei era semelhante a uma
governanta estrita encarregada de nós até
que fossemos à escola de Cristo e
aprendêssemos a ser justificados pela fé
nEle”.
Ah! Aqui
está a primeira explicação! Restringidos até
que tivéssemos aprendido a ser justificados
pela fé nEle. E, como diz o texto,
aprenderíamos isso indo à “escola de
Cristo”. Que é ensinado na escola de Cristo?
O próprio Jesus testificou que Ele veio para
revelar-nos o Pai ( S. João 17:4; S. Lucas
10:22).
Portanto,
viremos a conhecer o Pai estudando a vida de
Cristo. E, vindo ao conhecimento dEle, nosso
relacionamento com Ele será restaurado ou
“consertado” como implica a palavra
justificar. Tendo aprendido quão bons, quão
razoáveis e adequados são os Seus caminhos,
prazerosamente aderiremos ao Seu conselho.
Será nossa “comida e bebida” fazer a vontade
de Deus, como era a de Cristo. Não porque
TEMOS de fazê-lo (restrição), mas porque
DESEJAMOS por nós mesmos.
Desejamo-lo por nós mesmos! Esta é a segunda
explicação. Que restrições precisam ser
aplicadas ao motorista que QUER dirigir com
segurança? As restrições estão em si mesmo.
Apesar disto, as escolhas ainda são suas
quanto, ao local até onde ele irá viajar.
Sua independência não está em desacordo com
a lei; ela é servida pela lei! Porque a lei
existe não para abortar a independência, mas
para guiar-nos seguramente em nossas
escolhas.
Deus nos
criou para sermos mais do que filhos
restringidos. Criou-nos para termos comunhão
com Ele (I S. João 1:1-3). Por nossa própria
escolha independente podemos fazer
exatamente isto. |
26 de Março |
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O Iníquo Vem Primeiro
"Então
será de fato revelado o iníquo, a quem o
Senhor Jesus matará com o sopro da Sua boca,
e o destruirá, pela manifestação da Sua
vinda. Ora, o aparecimento do iníquo é
segundo a eficácia de Satanás."
II Tess. 2:8 e 9
Ao redor
deste mundo milhões de cristãos sinceros e
crentes na Bíblia estão aguardando o breve
regresso de Jesus Cristo. Estão antecipando
uma configuração dramática de acontecimentos
que envolvem a Sua vinda: um tempo de
terrível provação, a ressurreição dos justos
mortos e a destruição dos ímpios. O que é
mais importante, porém, é que estes cristãos
estão permitindo que esta bem-aventurada
esperança molde sua vida diária. E espero
que cada leitor destas páginas esteja
incluído neste grupo!
Às vezes,
entretanto, os cristãos parecem quase a
competir uns com os outros em asseverar quão
rapidamente crêem que Cristo pode voltar. É
como se aqueles que crêem que Ele poderia
vir em um ano fossem mais piedosos do que
aqueles que suspeitam que dez anos seja mais
provável.
Há um
grande risco envolvido com aqueles cuja
preocupação primária acerca da vinda de
Cristo é a sua "brevidade", e este é que o
falso Cristo virá aqui primeiro. Paulo
descreve o fato de que Satanás operará uma
dramática e enganadora aparição, afirmando
ser o Cristo, pouco antes da verdadeira
segunda vinda de Cristo. Empregará todo o
seu poder demoníaco e operador de milagres
para dominar as emoções ávidas dos crentes.
Satanás
não é tolo; procurará aproximar-se o máximo
possível daquelas qualidades que muitos
esperariam encontrar em Cristo. Curará os
enfermos e mesmo parecerá ressuscitar os
mortos. E se alinhará com os poderes
políticos buscando reforçar a paz e a
unidade em um mundo fragmentado. Aqueles
cristãos que tem crido o tempo todo que esta
é a maneira como Deus deveria resolver os
problemas do pecado no mundo, alegremente se
submeterão a ele.
Toda
ênfase sobre a proximidade da vinda de
Cristo deve estar combinada com uma forte
ênfase sobre justamente quem é Aquele que
virá. A maneira e os métodos de Jesus devem
estar tão claros em nossa mente, em
assinalado contraste com a maneira e os
métodos de Satanás, para que sejamos capazes
de identificar o impostor apesar do seu
drama e poder. Toda mensagem ao mundo sobre
a breve volta de Jesus deve incluir tão
claro e atraente retrato de Seu caráter que
as pessoas possam estar realmente felizes
por vê-Lo quando Ele vier! |
27 de Março |
Topo |
A Mais Valiosa
Liberdade
“Antes,
nos recomendamos à consciência de todo
homem, na presença de Deus, pela
manifestação da verdade”
II Cor.
4:2.
Aqueles
que por várias gerações têm sido cidadãos
dos Estados Unidos com muita freqüência
tomam como certa a maravilhosa liberdade a
eles garantida pela Constituição. Seu berço
foi embalado pelas bisnetas da Revolução
Americana – cujo berço foi firmado por
estabelecidos precedentes de liberdade civil
e religiosa.
Têm
esquecido (ou talvez jamais o tenham
realmente compreendido) o preço de sua
liberdade nacionalmente celebrada.
Inegavelmente, houve derramamento de sangue
e perda de vidas. Todavia, houve algo
igualmente custoso, algo inerente na
estrutura de sua Constituição. É isto o que
fez a nação americana singular entre todas
as outras nações. Em poucas palavras, é o
conceito de que a liberdade de consciência
deve ser garantida a todos, mesmo
reconhecendo que alguns usam mal esta mesma
liberdade.
Pense
nisto! Concederia você a liberdade a uma
pessoa ou a um povo mesmo sabendo que eles
possivelmente a empregariam mal? Não é uma
pergunta fácil de responder, especialmente
quando isto significa o ferimento potencial
de outras pessoas inocentes. Contudo, a fim
de preservar a dignidade e o valor
individuais, é conveniente que tal liberdade
seja permitida. De fato, é por este mesmo
motivo que o próprio Deus escolheu a
liberdade em vez da força como o fundamento
do governo do céu.
Como
indica o texto de hoje, Deus deseja nossa
resposta inteligente à verdade, e nosso
genuíno compromisso de fidelidade ao Seu
Reino. Está interessado na qualidade do
nosso relacionamento com Ele, não meramente
no comportamento adequado. A fim de
preservar nossa capacidade de ser francos e
sinceros em nossa amizade com Ele, deu-nos a
verdadeira opção de não concordar com Ele. O
fato de que Ele é a nossa única Fonte de
vida é revelado ao nosso entendimento não
apenas porque é esta a realidade. Ela não é
uma ameaça; podemos escolher não acreditar
nisto.
Que
testemunho da confiança de Deus em nosso
destino supremo! Fomos criados para entrar
em genuína e espontânea amizade com Ele e
com todos os outros seres criados do
Universo. A Cruz do Calvário é um eterno
testemunho do ponto ao qual Deus tem estado
disposto a ir a fim de preservar esta
qualidade de amizade. Somente ao começarmos
a apreciar o quanto custa a Deus continuar a
garantir-nos tal liberdade, acariciaremos
toda a oportunidade a nós conferida para
aperfeiçoar nosso relacionamento com Ele. |
28 de Março |
Topo |
Deus Faz um Bom
Trabalho
“Não seja
o adorno das esposas o que é exterior, como
frisado de cabelos, adereços de ouro,
aparato de vestuário; seja, porém, o homem
interior do coração, unido ao incorruptível
de um espírito manso e tranqüilo, que é de
grande valor diante de Deus.” I Ped. 3:3 e
4.
Um amigo
certa vez me apresentou a uma jovem com o
seguinte pedido: “Gostaria que você se
encontrasse com Júlia; por favor,
explique-lhe por que sua igreja desaconselha
o uso de jóias.” Este não seria exatamente o
assunto que eu escolheria para
familiarizar-me, nem para apresentar-lhe
minha igreja! Mas a solicitação fora feita e
ela estava ansiosa por saber.
Assim
falamos do texto de hoje e dos resultados
mais profundos que Pedro tinha em mente ao
escrevê-lo. Parece verdade que Satanás está
sempre procurando destruir a nossa
auto-estima. Cada vez que seguimos o seu
caminho, acabamos nos sentindo menos
valiosos, menos atraentes, menos convictos
do nosso valor interno e verdadeira estima
aos olhos dos outros. Sentindo-nos tão
vazios interiormente, tentamos compensar
pendurando decorações na parte externa.
Sugeri,
porém, que o trato de Cristo conosco visa
restaurar e construir nosso verdadeiro senso
de valor e dignidade. Repousar em Seu amor
acolhedor, andar em Seus sábios caminhos,
usufruir a qualidade de suas relações e
conhecer o grandioso destino que Ele tem
para todos nós – tudo isto conduz a um
verdadeiro renascimento da dignidade
interna.
“E
assim”, concluí, “estar um cristão ainda
pendurando pequenas decorações brilhantes no
exterior seria apregoar que Cristo não fez
um bom trabalho interiormente. Cristo merece
melhor crédito do que isto. Ele faz um bom
trabalho restaurando nossa auto-estima.”
Ela
inclinou a cabeça, concordando. “Você sabe
qual é o meu trabalho? Sou representante de
uma importante empresa de bijuterias. Minha
tarefa inclui ensinar a equipe de vendas a
vender jóias. E este é exatamente o nosso
“papo” de vendedor: As jóias ajudam uma
mulher insegura a sentir-se melhor quanto a
si mesma.”
Diz o
Senhor: “Vós sois as minhas testemunhas.”
Isa. 43:10. É o nosso privilégio retratar na
luz mais atraente a qualidade de trabalho
que nosso Pai desempenha como hábil artífice
da alma. Não mais sentimos necessidade de
recorrer a bugigangas, pulseiras e contas de
rosário para afastar a atenção das pessoas
das escancaradas lacunas internas e das
desgastadas orlas da alma. |
29 de Março |
Topo |
Vestindo Armadura
Apropriada
“Revesti-vos de toda a armadura de Deus,
para poderdes ficar firmes contra as ciladas
do diabo.”Efés. 6:11.
Todos a
têm visto. Seu cabelo está sempre um pouco
despenteado, seu batom apenas uma tonalidade
muito brilhante, e suas vestes demasiado
jovens para os seus anos maduros. Seus olhos
vagueiam pelo quarto enquanto ela entra,
como se estivesse olhando para alguém. Ela
é...
Todos nós
sabemos que ela não é “nada boa”. Ela não
tem seguido os regulamentos e agora está
pagando o preço. Talvez, se pudéssemos
examinar suas circunstâncias passadas,
veríamos que ela vem tentando durante todos
os anos compensar os profundos sentimentos
de insuficiência, de imperfeição. Certo, não
é esta a maneira adequada de lidar com seu
problema, mas é evidentemente a única que
ela conhece.
Nosso
texto de hoje fala a respeito de ficar firme
contra as ciladas do diabo. A tradução de
Phillips assim expressa: “Para que possais
resistir com sucesso a todos os métodos de
ataque do diabo.” Grande parte do nosso mau
procedimento é realmente calafetagem nas
rachaduras do coração. Satanás tem acesso a
nós por causa do relacionamento rompido com
nosso Pai celestial. Tem desvirtuado
totalmente a atitude de Deus em relação a
nós, deixando-nos suscetíveis às suas
sugestões quanto à melhor maneira de
enfrentar a vida.
Há uma
resposta! Não precisamos cair como presa do
embuste do diabo. Podemos vestir “toda a
armadura de Deus” – VERDADE, a verdade
concernente a Deus e Sua atitude em relação
a nós, cingindo os lombos (figurativamente,
nossa vulnerabilidade); JUSTIÇA, o
relacionamento correto restaurado entre nós
e Deus, como uma couraça (para cobrir nossas
emoções); O EVANGELHO DA PAZ, as boas novas
que mostram como Deus trata o homem caído,
calçar os pés (guiar nossa maneira de tratar
uns aos outros); FÉ, aquela inabalável
confiança que temos em quem é Deus, como
nosso escudo contra os dardos do maligno
(guardar nossos conceitos corretos acerca de
Deus); O CAPACETE DA SALVAÇÃO, aquela
realidade protetora de que estamos seguros
em Deus (aquela segurança necessária a fim
de sermos capazes de tomar decisões
racionais); A ESPADA DO ESPÍRITO, a palavra
de Deus (aquele testemunho divino, fora de
nós, para todas estas coisas).
Somente
quando permitirmos que Deus nos cubra com
Sua armadura protetora – com a verdade sobre
Si mesmo, e por nosso relacionamento
restaurado com Ele – não teremos necessidade
de compensar o infindável vazio da vida
separada dEle. |
30 de Março |
Topo |
Como Combater o Pecado
“Tornai-vos à sobriedade, como é justo, e
não pequeis; porque alguns ainda não têm
conhecimento de Deus; isto digo para
vergonha vossa.” I Cor. 15:34
Com a mão
no queixo e o rosto carrancudo, uma jovem
expressava sua perplexidade acerca do
namorado. “Por que ele gasta tanto tempo em
oração e ainda faz coisas tão estúpidas? Ele
é tão imaturo, no entanto está convencido de
que devemos casar! Não gasto tanto tempo em
oração como ele, contudo posso ver todos os
motivos por que não devemos casar. Faz a
oração uma pessoa pensar corretamente?”
Esta não
é uma pergunta imbecil. Embora todos os
cristãos sejam cabalmente a favor da oração,
ainda sabemos de muitas vezes quando em
oração tomamos uma decisão que
posteriormente soubemos que era a decisão
errada. E é fácil pensar que naquelas
ocasiões Deus nos desapontou – que Ele não
nos disse o que fazer. A oração em si mesma
leva à correção e maturidade de ação?
A
maturidade espiritual não é algo que Deus
empurra em nossa mente. Ele não agita a mão
sobre nosso cérebro e nos impregna com algum
tipo de magia espiritual pela qual
subitamente pensamos apenas pensamentos
justos da mais elevada qualidade. Ele fez a
mente para ser educada. Criou-nos com a
capacidade de submeter a verdade a um
processo e manejá-la com clareza e
integridade. E além disso deu-nos o auxílio
do Espírito Santo para habilitar-nos a
aprender os significados mais profundos e
espirituais da verdade.
O convite
de Paulo para que nos tornemos à sobriedade
está muito especificamente vinculado à sua
próxima sentença: “Porque alguns ainda não
têm conhecimento de Deus.” Este é o âmago
central do problema do pecado. Conhecer o
grande amor de Deus por nós é confiar em Seu
perdão, Seu cuidado e Seus planos para o
nosso futuro. Conhecer a sabedoria do Pai é
confiar na total suficiência de Sua vontade,
Sua lei e Sua orientação.
Essencialmente, pecado é a condição de estar
separado do Pai. É alienação de Deus, a qual
procede da crença de que Ele é hostil,
indiferente, ou irrelevante. Crer em tais
coisas acerca de Deus (e em conseqüência
permanecer distante dEle), especialmente em
vista de tudo o que Jesus mostrou-nos sobre
Ele – é o cúmulo da estupidez. Tornemo-nos à
sobriedade! |
31 de Março |
Topo |
A História Que Começa
Pelo Final
“Desfaço
as tuas transgressões como a névoa, e os
teus pecados como a nuvem; torna-te para
Mim, porque Eu te remi.” Isa. 44:22.
Algumas
vezes voltamos ao final de um livro para
descobrir como a história termina antes que
tenhamos lido toda a narrativa. Há algo em
nós que nos inibe de esperar! Temos de
conhecer! Vem isto a ser aceitável? Talvez o
mais profundo anseio do nosso coração esteja
refletido em tais atos de “espreitar” – o
anelo de saber que a vida está se tornando
satisfatória para NÓS!
Fomos
abandonados sem amparo à deriva em um
Universo caótico? Há alguma resposta, alguma
esperança para o dilema no qual nascemos –
isto é, nossa alienação de Deus? O próprio
Deus volveu ao final do livro, por assim
dizer, para que pudéssemos ser consolados
com o conhecimento de que a vida VIRÁ a ser
satisfatória. Temos somente de voltar para
Ele.
Simples
como possa parecer, voltar para Deus não é
tão fácil se você sente-se muito culpado no
que concerne às escolhas que tem feito na
vida, ou se você não está totalmente seguro
do que Deus fará com (ou para) você quando
retornar para Ele. Creio que muitos dos
chamados ateus não estão realmente
rejeitando a existência de Deus; estão
rejeitando o conceito de um deus com o qual
eles jamais poderiam sentir-se seguros. Como
pode tudo vir a ser melhor se sua concepção
de Deus o deixa indagando se você DESEJARIA
mesmo passar a eternidade com Ele?
É o Céu
apenas um lugar onde não haverá mais dor,
tristeza ou choro? Um lugar onde nunca irá
faltar o bom alimento e infindáveis amanhãs
estão assegurados? É a vida eterna meramente
a ausência da morte? Desejamos secretamente
nunca ter que encontrar a Deus para que de
algum modo possamos apenas estar “perdido na
multidão” sobre o Mar de Vidro? Ou é o Céu
uma incessante aproximação na mais doce
comunhão com Aquele por quem nosso coração
anela?
Se
pudéssemos apanhar apenas um vislumbre do
nosso generoso Pai removendo nossas
concepções errôneas quanto a Ele (a
verdadeira fonte do nosso mau procedimento)
enquanto proclama que fez todas as provisões
para contrabalançar nossos anos de separação
dEle, não permitiríamos avidamente que nossa
vida fosse reunida à dEle?
Com
efeito, Deus anunciou Suas intenções em
relação a nós mesmos antes de sabermos que
Ele Se preocupava! E Ele nos assegura:
“Tenho feito tudo correto. Você pode vir
para o LAR!” |
Título
Original em Inglês:
HIS HEALING LOVE
Título
em Português:
O AMOR QUE RESTAURA
Autor:
DICK WINN
Primeira Edição Publicada em 1987:
CASA PUBLICADORA BRASILEIRA |
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