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Mais do que Sangue Derramado
“Com
efeito, quase todas as coisas, segundo a
lei, se purificam com sangue; e sem
derramamento de sangue não há remissão.”
Heb. 9:22.
Quão
puro e bom está a jorrar
Da cruz o manancial!
E
quem ali seu ser lavar,
Terá perdão do mal.
--William Cowper.
Existem dezenas, talvez centenas de
hinos cristão que exaltam o sangue
derramado de Jesus Cristo como a chave
para a salvação. É um tema constante na
literatura cristã, a metáfora central de
muitos sermões.
O
sangue de Cristo, fluindo de suas mãos
e pés, de Suas costas rasgadas e fronte
traspassada, ao ser suspenso na cruz, é
um símbolo de uma realidade mais ampla.
O sangue derramado de Jesus é uma
metáfora poética, um modo gráfico de
dizer que Ele morreu por mim, porque o
derramamento de sangue conduz à morte.
Entretanto é digno de lembrança que
quando o soldado romano enfiou a lança
no lado de Jesus (conforme está
registrado em S. João 19:34), saiu um
fluxo de sangue e água, indicando que
Ele já tinha morrido de outras causas. O
sangue já se havia separado em soro e
plaquetas. Conquanto o sangue seja um
símbolo da morte de Jesus, é importante
saber que Sua morte não foi a espécie
causada pela perda de sangue. O sangue
no corpo de Jesus revelava a crueldade
dos pecadores contra seu Salvador, mas
não revelava que foi esta a causa da Sua
morte.
Como
você vê, a morte que Jesus sofreu em meu
lugar foi a segunda morte – aquela morte
causada pela separação do Doador da
vida. Esta é a conseqüência do pecado
que Ele carregou em meu lugar. A cruz de
Cristo salva-me da segunda morte, não
necessariamente da primeira.
Estritamente falando, o sangue de Cristo
– em si mesmo – não é de maior
conseqüência para a salvação do que
aquele que fluiu do corpo de milhares de
mártires cristãos. A cruz não os salvou
da primeira morte, porque Jesus não
sofreu esta morte em nosso lugar.
Jesus
não morreu por causa da lança do soldado
romano. Não morreu por causa dos cravos
pregados em Suas mãos e pés. Não morreu
por causa da extrema agonia da cruz, que
era planejada para ser uma tortura lenta
que levava à morte depois de vários
dias. Não morreu por causa de uma perda
de sangue. Jesus morreu quando o Pai
retirou dEle Sua presença doadora de
vida, demonstrando assim a todo o
Universo quão mortal é separar-se de
Deus. |
2 de Abril |
Topo |
A Grande Confiança de Deus
“Vinha
ele ainda longe, quando seu pai o avistou e,
compadecido dele, correndo, o abraçou e
beijou.”
Lucas
15:20
Enquanto
permanecia na escuridão, os olhos da mãe de
Rute estavam amplamente abertos. A cada novo
som ela prendia a respiração e escutava.
Passava da meia-noite, a temperatura estava
fria e chuvosa. Finalmente ela se levantou,
cingiu-se com o roupão de banho e tomou
posição junto à janela do quarto da frente.
Forçando os olhos rumo à escuridão,
assentou-se esperando por sua atrasada filha
adolescente.
Há muito
tempo um pai esperou por seu filho
inconstante, um filho que havia deixado a
cidade por mais do que uma noite. De fato,
ele tinha pedido sua herança e, depois de
recebê-la, deixou o país. Duvida-se que seu
pai tenha ouvido algo dele desde então.
Embora nosso texto de hoje realmente não
afirme que o pai estava aguardando, sabemos
que ele estava pela descrição do que
aconteceu. “Vinha ele ainda longe, quando
seu pai o avistou.” No contexto da história
há somente uma razão para que seu pai
estivesse olhando “para longe”.
Por que o
pai continuou aguardando? A esperança e o
amor, é claro, levavam-no a perscrutar o
horizonte dia após dia. Contudo, creio que
havia algo mais: uma convicção, uma
confiança nascida do conhecimento de que ele
havia tratado bem a seu filho, e a fé de que
o filho um dia se lembraria da bondade de
seu pai e voltaria para o lar. Lembre-se de
que ele o fez! Apenas a subestimou! Talvez
se ele tivesse compreendido inteiramente as
virtudes de seu pai, para começar, não teria
partido.
Querido
leitor, nesta comovente parábola temos um
retrato do nosso Pai celestial que deve
consolar e deleitar o nosso coração! Podemos
seguramente inferir que Deus sabe que Sua
bondade tem poder para atrair-nos de volta
para Ele; não necessita de puxar-nos pelo
pescoço. Em Seu próprio ato de
“aguardar-nos” revela Sua fé em nós de que,
dada uma oportunidade de “voltarmos à razão
– e na parábola isto aconteceu quando o
filho começou a pensar corretamente acerca
de seu pai! – regressaremos alegremente para
Ele.
À
semelhança do filho pródigo, voltando para
Deus descobrimos que Ele corre ao nosso
encontro com aceitação. E com uma coroa. |
3 de Abril |
Topo |
O Melhor Dom
“Aquele
que não poupou a Seu próprio Filho, antes,
por todos nós O entregou, porventura não nos
dará graciosamente com Ele todas as coisas?”
Rom. 8:32
Vem um
Natal na vida de cada pessoa quando, apesar
de sua incipiente experiência, alguém deve
dar aquele passo corajoso de comprar
presentes para os outros membros da família.
Penso que eu tinha a idade de sete anos
quando mamãe cautelosamente pôs vários
dólares em minha mão e sussurrou que eu
devia tentar encontrar um presente para o
papai.
Enquanto
ela estava ocupada em uma loja de vestidos,
desci o quarteirão até onde papai parecia
gostar de comprar. Era uma loja de
ferramentas e eu estava muito envergonhado
para pedir ajuda ao balconista, de sorte que
encontrei algo colorido que eu supunha poder
ofertar, ignorando o olhar indagador do
caixa quando paguei por isto e levei-o para
casa a fim de embrulhar.
Papai foi
cortês quando o abriu na manhã de Natal,
mesmo quando me perguntou o que era. Eu não
sabia. Minha família posteriormente
descobriu que era uma tira de pano para pôr
em volta de volantes frios a fim de dirigir
mais confortavelmente cedo de manhã. Eu
estava muito embaraçado para indagar a papai
por que ele nunca usava isto.
O que
nosso infinitamente sábio Pai celestial
escolheria dar-nos na manhã de Natal?
Imagine: o presente supremo dAquele para
quem o dinheiro não tem importância e que
conhece perfeitamente nossas necessidades!
Ele poderia ter-nos dado tesouros de valor
apurado – obras de arte, palácios, bens
materiais infindáveis.
Mas em
vez disto Ele desceu as escadarias do Céu
com um bebê nos braços. Deu-nos uma Pessoa!
O dom perfeito, destinado a satisfazer a
mais profunda necessidade do coração, a
necessidade de um Amigo íntimo, leal e
amoroso. Superficialmente pareceria muito
mais fácil para o nosso Pai ter-nos dado do
Seu tesouro de coisas. Mas todos os pais
sabem que as maiores alegrias da manhã de
Natal vêm de ter dado um presente da mais
fina qualidade, que combina exatamente com
as necessidades de seus filhos.
E o nosso
Deus, que nos criou para a comunhão consigo,
sabe que não estaríamos satisfeitos com nada
menos do que o objeto desta comunhão.
Revelou um exemplo em Belém: Seus melhores
dons vêm na forma de pessoas. Jesus não
estava isolado nos suntuosos envoltórios de
algum palácio da elite. Viveu entre nós, em
forma humilde e acreditável, uma vida
autêntica. E mostrou-nos Aquele a quem
conhecer significa vida eterna. |
O Poder de Deus
“Com
amor eterno Eu te amei, por isso com
benignidade te atraí.”
Jer.
31:3
Poder! Você pode vê-lo nos mais recentes
comerciais da televisão: carro com
tração nas quatro rodas pairam no ar com
o sol chamejante como uma tela de fundo.
Poderosas nações reúnem-se em
conferências de cúpula para vigiarem
umas às outras e considerarem o alcance
negociável da produção armamentista.
Rogério com cinco anos de idade se
encolhe quando o pai começa a tirar a
cinta da cintura.
Os
cristão oram: “Teu é o reino, o poder e
a glória.” Às vezes nos regozijamos com
o pensamento do poder de Deus. (Ele pode
fechar a boca dos leões e tornar o mar
como terra seca!) Outras vezes desejamos
ser capazes de esconder-nos dEle. (Ele
pode destruir os ímpios com fogo e
enxofre!) Dependendo de nossa
necessidade e de como nos sentimos
quanto a nós mesmos, clamamos a Deus por
Seu poder ou corremos dele.
Embora não querendo diminuir a qualidade
do poder de Deus (deveras, um dos
próprios nomes de Deus para Si mesmo é
El Shaddai, (Deus todo-poderoso) posso
sugerir que nossa obsessão humana com a
força muscular tem distorcido nossa
opinião de Deus? Lembra-se dos seis
cegos da Índia, cada um dos quais havia
apalpado um elefante? Solicitado a
descrever o animal, aquele que havia
pegado no tronco disse que ele era como
uma enorme serpente. Outro afirmou que
ele era como o tronco de uma árvore, ao
passo que ainda outro o imaginava como
uma corda, e assim por diante. A questão
é que embora todos fossem parcialmente
exatos, nenhum deles podia ter uma
concepção da verdadeira natureza do
animal.
Disse
Jesus: “Pai, é chegada a hora; glorifica
a Teu Filho para que o Filho possa
glorificar-Te, assim como Lhe deste
poder sobre toda a carne.” S. João 17: 1
e 2, RSV. PODER sobre toda a carne! Mas
Ele prossegue: “Para dar a vida eterna a
todos quantos Lhe deste.” Poder para
DAR! A fim de que não houvesse nenhuma
dúvida quanto ao que Ele queria dizer,
finalizou: “E a vida eterna é esta: que
TE CONHEÇAM A TI o único Deus
verdadeiro, e a Jesus Cristo a quem
enviaste.” Verso 3.
Conhecer a Deus é ser atraído para Ele.
Jesus, ao mostrar-nos o Pai, atraiu a
todos os homens para Si mesmo e,
conseqüentemente, para o Pai. No texto
de hoje Deus declara através do profeta
Jeremias que Ele nos atrai com Sua
benignidade. Esta é a maior definição do
poder de Deus: amor que atrai!
E por
isso Ele NOS deu o poder – de sermos
feitos filhos de Deus (S. João 1:12) |
5 de Abril |
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Fazendo Inimigos Para Deus
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!
Porque rodeais o mar e a terra para fazer um
prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho
do inferno duas vezes mais do que vós.”
Mateus 23:15
Evangelismo é para muitos cristãos o que a
torta de maçã, a maternidade e a bandeira
são para a maioria dos americanos. O valor
do evangelismo parece quase incontestado.
Oh, é verdade que algum evangelismo é
aparentemente mais bem-sucedido do que
outros – talvez por causa das personalidades
ou planejamento. Mas ninguém deseja ser
encontrado opondo-se a ele! Porque falar com
as pessoas acerca de Cristo e convidá-las
para entregar a vida a Ele deveria ser o
objetivo de cada cristão.
Contudo este era o objetivo aparente desses
escribas e fariseus a quem Jesus tão
profundamente reprova no texto de hoje.
Estavam intensamente ansiosos para ganhar
conversos, percorrendo oceanos e continentes
a fim de encontrar nomes para adicionar à
sua lista. Em linhas gerais, suas doutrinas
também pareciam corretas. Falavam
abertamente contra a idolatria, más
companhias e indiferença religiosa. E
advogavam a observância do sábado, a
restituição do dízimo e um regime alimentar
saudável.
Conquanto o próprio Jesus fosse um
evangelista, Ele considerou sua obra pior do
que ineficiente. Era inequivocamente
destrutiva. Seus conversos, em vez de serem
provavelmente salvos, tornavam-se duas vezes
perdidos – embora tivessem aderido à
“religião do verdadeiro Deus”. Como poderia
ser isto? Como poderiam aqueles que se
dispunham a tornar as pessoas seguidoras do
verdadeiro Deus realmente acabar fazendo
inimigos para Deus?
A resposta pode ter muito em si também para
nós. O apóstolo Paulo classifica seu zelo
como “zelo sem entendimento” (Rom. 10:2).
Por exemplo, eram impelidos por zelo para
fazer com que ninguém quebrasse o sábado. No
serviço deste objetivo compuseram milhares
de mandamentos detalhados, exigências e
proibições sobre a guarda do sábado. Mas em
algum lugar em todo o registro de dados eles
perderam o Senhor do sábado.
Seus conversos acabavam recebendo uma porção
de informações sobre o sábado, mas
convertiam-se a uma opinião arbitrária
quanto à observância do sábado. Portanto
viam a Deus como um Deus arbitrário. E
aqueles que adoravam a um Deus arbitrário
tornavam-se arbitrários – que é a atividade
de Satanás.
A salvação não é assegurada pela quantidade
de informação que alguém possui acerca de
Deus mas pela exatidão daquela informação.
Porque a informação falsa concernente a Deus
faz exatamente o que Satanás deseja que
faça: tornar as pessoas inimigas de Deus. |
6 de Abril |
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Vivendo o Amor Ilimitado
“Não haja limite à vossa bondade, assim como
a bondade do vosso Pai celestial não conhece
fronteiras.”
S. Mateus 5:48
Nosso mundo é um mundo de limites. Limites
de velocidade, limites sociais, limites
impostos pela tensão ou desvantagens, e
assim a lista pode tornar-se incômoda, se
não dolorosamente longa. “TENHO de estar em
casa à meia-noite?” implora sua filha
adolescente. “Por que não posso eu apenas
ganhar uma loteria, ou alguma coisa?!”
deseja o executivo morto de cansaço que
enfrenta a pilha mensal de contas que
superam sua renda. “Se tão somente eu fosse
bonita, como Marilyn Monroe...” “Se eu
estivesse melhor das mãos poderia eu mesmo
consertar isto.”
Todos nós continuamente nos deparamos com
nossas próprias limitações e com aquelas a
nós impostas pela sociedade e as
circunstâncias. “Oh, ser livre!” suspiramos
às vezes. Adolescentes anseiam tornar-se
adultos. Adultos anelam pela aposentadoria.
Os idosos anseiam pela juventude. Os
cristãos anseiam pela Segunda Vinda. Mas é
isto o melhor pelo qual podemos esperar?
Estão nossas limitações imunes à promessa do
evangelho de liberdade e vida abundante?
É claro que muitas limitações são aquelas
proteções que poderíamos não escolher para
nós mesmos. Muitas não são. Contudo, a
ironia de nossa vida é que muitos de nós não
usamos mais do que 2% do nosso potencial! E
isso é o que pode realmente reter a chave de
nossas frustrações. Talvez nossa mais
indubitável felicidade e nossa maior
produtividade estejam naquelas áreas que
passamos por cima em busca dos nossos
objetivos desejados. Isto não quer dizer que
nossos alvos escolhidos são necessariamente
errados. É possível, não obstante, que
tenhamos permitido que os ideais por nós
defendidos nos privem das mui reais e
perceptíveis realizações?
Gosto do texto de hoje porque implica em uma
janela aberta em nosso mundo de muitas
portas fechadas. Em vez de um mandamento
impossível, vejo promessa e potencial. O
tema central não é obediência mas filiação,
conforme se nota no verso 45 do mesmo
capítulo. Filhos e filhas têm o privilégio
de defender e propagar a reputação de seu
pai. E esta é a coroação do nosso Pai
celestial: amor ilimitado!
Façamos um esforço consciente a fim de
permitir a Deus que desenvolva em nós o
glorioso potencial de viver o amor
ilimitado! |
7 de Abril |
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Pecadores Diante de um Deus Santo
“E clamavam uns para os outros, dizendo:
Santo, santo, santo é o Senhor dos
Exércitos; toda a Terra está cheia da Sua
glória.” Isaias 6:3
Eu estava na nona série quando meu pai
arranjou para mim um encontro com Billy
Graham. Sabendo que eu estava pensando em
tornar-me um pastor, meu pai supôs que o
contato com um evangelista de tal
envergadura poderia inspirar-me. Enquanto
permanecia na apinhada multidão perto do Dr.
Graham seguindo sua cruzada, aguardando uma
oportunidade de apertar-lhe a mão, posso
lembrar-me de ter sentido grande apreensão.
Como deve alguém agir na presença de uma
pessoa importante? Eu tinha certeza de que
minha voz falharia. Que alívio senti quando
finalmente ele me apertou a mão, por
descobrir quão genuinamente interessado
estava ele em fazer-me estar à vontade e
estimado em sua presença.
Se sentimos apreensão quanto a estarmos na
presença de seres humanos importantes, como
deveríamos nos sentir quanto a estarmos na
presença do nosso magnífico, santo, glorioso
e soberano Deus? Se os santos anjos
continuamente celebram Sua santidade e
mostram-Lhe grande respeito, como deveríamos
nós, reconhecidos pecadores, sentir-nos
acerca de estarmos em Sua presença? Não há
um bom motivo para um grande abismo entre
nós?
Alguns têm sugerido que Sua infinita
santidade tenciona manter a nós pecadores
“acuados”, intimidados por tão grandiosa
justiça, para que não presumamos de dar um
passo levianamente em Sua presença. Tal
santidade certamente aterrorizaria os
pecadores. Mas atrairia pecadores?
Far-nos-ia contentes o fato de que Ele está
cruzando o abismo para estar perto de nós?
Seria “Emanuel – Deus conosco” ouvido como
boas novas ou como um sinal para alarme?
Jesus veio para revelar-nos cada aspecto da
glória do Pai que nos era importante
conhecer. Contudo isto não nos intimidou,
aterrorizou, nem nos repeliu. Porque a
glória de Deus não se centraliza em Seu
poder consumidor; centraliza-se nas
qualidades do Seu caráter. E o Seu caráter é
impelentemente atrativo.
Jesus veio para mostrar-nos que o abismo
existente entre nós e o nosso Pai não é de
Sua escolha, nem deseja Ele que o mesmo
permaneça. É verdade que Deus colocou um
anjo com uma espada inflamada à porta do
Jardim, a fim de barrar para Adão e Eva o
caminho de regresso. Mas isto era para
impedi-los de pensar que um mero retorno
físico à presença de Deus – falto de um
completo e informado retorno de sua lealdade
– resolveria o problema do pecado. |
8 de Abril |
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Submissão ao Absurdo
“Não falei em segredo, nem em lugar de
trevas da Terra; não disse à descendência de
Jacó: Buscai-Me em vão.”
Isaias 45:19
“A disciplina que o homem mais necessitava
era aprender sua submissão ao absurdo. E
isto para o bem do próprio homem tanto
quanto Meu, assim ele não acharia difícil
receber ordens de seus inferiores em
inteligência na paz e na guerra,
especialmente guerra.” Do livro A Masque
of Reason, de Robert Frost.
Na longa narrativa da qual foi extraída a
citação acima, ocorre um diálogo entre Deus
e Jó. Este, um pouco desgostoso com o
caráter aparentemente caprichoso de Deus,
está tentando pôr a Deus em apuros para que
lhe dê uma resposta por enviar provações
aparentemente irrazoáveis. Toda a narrativa
de Frost foi certamente escrita com
finalidade humorística, e ela é – exceto que
muitos crentes sustentam semelhantes
conceitos com a máxima sinceridade.
“Submissão ao absurdo” – é este o desejo de
Deus para nós? Há muitos exemplos nas
Escrituras em que Deus ordenou às pessoas
que fizessem coisas aparentemente
irrazoáveis, tais como marchar em fila
durante sete dias rodeando uma cidade
hostil, ou lavar-se em um rio lamacento a
fim de ser purificado. Exemplos que
certamente parecem confirmar tais
sentimentos.
Entretanto, um exame mais cuidadoso desses
tipos de eventos revela que Deus sempre
estava operando com um determinado
propósito, isto é, livramento. Ele às vezes
Se utilizou de métodos incomuns para chamar
a atenção das pessoas ou para remover de sua
mente qualquer dúvida quanto a quem estava
lidando com elas. Jamais fez alguma coisa
deliberadamente irrazoável apenas para levar
as pessoas a obedecer-Lhe cegamente. Nunca
foi Sua intenção “falar em segredo, nem em
lugar algum de trevas da Terra”.
Minha asserção é que Deus é SEMPRE razoável,
porque seria contrário à Sua própria
natureza ser diferente. Ele pode usar
“maneiras estranhas e misteriosas” (verso
15, TLB), mas Seu desejo é que possamos
louvá-Lo “com discernimento” (Sal. 47:7,
KJV). Ou, como diz a tradução The Living
Bible: “Sim, cantai vossos mais
exaltados louvores ao nosso Rei, o Rei de
toda a Terra. Cantai louvores refletidos!”
É possível louvar a Deus com entendimento
somente quando somos encorajados a PENSAR.
Em vez de aprender submissão ao absurdo,
aprendamos a exercer fé inteligente – aquela
confiança inabalável de que Deus é
totalmente fidedigno e razoável. E que Ele
deseja que sejamos o mesmo! |
9 de Abril |
Topo |
A Fé que Sobrevive
“Foram apedrejados, provados, serrados pelo
meio, mortos ao fio da espada; andaram
peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e
de cabras, necessitados, afligidos,
maltratados.”
Hebreus 11:37
Eu acabara de voltar do lar de amigos
íntimos cujo filho de três anos de idade
estava morrendo de leucemia. Um lindo menino
loiro, com uma terna personalidade como a de
sua mãe, brincava alegremente no assoalho
entre nós enquanto discutíamos sua morte.
Alguém teria de procurar muito para
encontrar um casal mais generoso e
cristocêntrico do que seus pais. Ao falarmos
do indescritível, com muitas lágrimas,
nenhum sinal de amargura ou dúvida de nosso
Pai se insinuava em suas palavras. Sua
principal perplexidade era se deveriam
submeter seu frágil corpo a dolorosos
tratamentos para impedir a morte, ou
permitir que a enfermidade seguisse seu
curso inevitável.
Ajoelhamo-nos em um círculo, e eu segurei
sua pequenina mão inquieta enquanto orávamos
pela operante misericórdia de Deus. Logo
depois seu pai caminhou comigo até ao meu
carro. “Tenho estudado novamente a vida de
grandes personagens da Bíblia”, disse ele “e
cheguei à conclusão de que não há nenhuma
conexão entre a qualidade de fé de uma
pessoa e sua proteção da morte trágica.”
Que fé magnífica! Lembro-me de outro que se
queixava: “Se tão-somente eu tivesse tido
mais fé, minha filha teria sido curada.” Os
cristãos falam muito de cura pela fé –
talvez demasiado. Com freqüência a suposição
é que quanto mais fé tiver alguém, mais
provavelmente a cura ocorrerá. Eu desejaria
enfatizar a “fé que sobrevive” – aprender
como a fé de uma pessoa em Deus pode
sobreviver mesmo se alguém NÃO é curado.
Numa vista geral, a incredulidade é uma
tragédia muito mais séria do que a morte!
Satanás nos leva a crer que a nossa fé é uma
sagrada apólice de seguro de vida; se
investirmos adequada “fé prêmios” Deus é
obrigado a proteger-nos da morte. Aqueles
que mantêm esta opinião acham que cada
acontecimento que ameaça a vida é um evento
que ameaça a fé, porque a perda da fé
significa a perda da vida eterna. Ela conduz
à segunda morte. Jesus, porém, insistiu em
chamar a primeira morte de apenas um sono.
Um dia que não está longe Ele dirá aos Seus
fiéis: “Despertai!” E um pequenino de
coração sensível – em perfeita saúde – será
colocado nos braços de seus jubilosos pais.
Juntos ascenderão, para contemplar o rosto
do Doador da vida e derramar sua gratidão. |
“Residente, Planeta Terra”
“Pai, glorifica o Teu nome.” S. João
12:28
Em minha caixa de correio encontrei um
pequeno pacote marrom rotulado
“Residente, Rota 1”. Dentro havia uma
amostra de xampu e um folheto
descrevendo suas virtudes. O nome do
produto era desconhecido; em alguns
minutos eu tinha esquecido quase tudo
sobre a amostra. Foi somente quando
descobri não ter xampu que me lembrei e
decidi fazer uso dele. Retirando-o da
gaveta de “bugigangas”, entrei no
chuveiro.
Eu tinha feito o que faz milhares de
consumidores. Não somente havia provado
um novo produto, realmente achava-me
examinando o seu potencial. Isto era
exatamente o que os promotores queriam.
E na realidade, qual o melhor método de
apresentar ao público um produto
desconhecido? Quer eles soubesse disto
ou não, sua metodologia não era apenas
uma boa idéia, era primeiramente a idéia
de Deus! Envolto em rústica faixa de uma
camponesa, Jesus foi enviado a este
mundo como uma Amostra de Deus.
Freqüentemente esquecido e posto de lado
na gaveta de “bugigangas” de nossa
mente, um dia encontramos nosso
suprimento da estabilidade da vida se
esgotando. E nos lembramos...
Contudo, há algo incrível acerca DESTA
Amostra: ela se ajusta a TODAS as
necessidades! Vindo para mostrar-nos o
Pai, Jesus desejava que o nome de Deus
fosse “glorificado”, honrado e exaltado
(S. João 12:28, Amplified). Clamando:
“Necessito de alguém mais forte do que
eu!” aprendo que tenho como minha força
“El Shaddai” (Deus Todo-poderoso).
“Ninguém me vê ou me compreende!” e
descubro “El Roi” (o Deus que vê).
Girando em um mundo de nenhum modo
absoluto, encontro terreno sólido em
“Adonai” (Senhor, Autoridade Absoluta).
Tudo isto foi “demonstrado em casa” na
pessoa do próprio Filho de Deus.
“O que era desde o princípio, o que
temos ouvido, o que temos visto com os
nossos próprios olhos, o que
contemplamos e as nossas mãos apalparam,
com respeito ao Verbo da vida (e a vida
se manifestou, e nós a temos visto, e
dela damos testemunho, e vo-la
anunciamos, a vida eterna, a qual estava
com o Pai e nos foi manifestada)... Ora,
a mensagem que da parte dEle temos
ouvido e vos anunciamos, é esta: que
Deus é luz, e não há nEle treva
nenhuma.” I S. João 1:1, 2 e 5.
Deus, o EU SOU – o Caminho, a Verdade, a
Vida, Pão, Água, Repouso, Justiça, Paz.
Tudo o que necessitamos Deus Se nomeou a
Si mesmo! Portanto, “nada me faltará”. |
11 de Abril |
Topo |
Mudança
Versus
Algemas
“Enviou-Me a curar os quebrantados de
coração, a proclamar libertação aos cativos,
e a pôr em liberdade os algemados.”
Isaias 61:1
É possível domar um animal selvagem?
Certamente alguns têm feito isto. Outros têm
tentado e falhado. Mas de uma coisa estou
certo: Se o animal tiver sua perna presa em
uma armadilha esmagadora, o domesticar está
fora de questão, no mínimo até que o animal
seja liberto e conduzido a algum grau de
conforto.
Que dizer do perverso pastor-alemão amarrado
na extremidade de uma corrente com mais de
quinze metros no quintal do vizinho? “Boa
coisa!” pode você expressar. “Ele é
simplesmente mau!” Então um dia você nota
que ele se foi. “Vendi-o”, diz-lhe seu
vizinho, “a um acampamento de meninos.” A
sabedoria de tal decisão deixa-o vacilante!
“Como pôde você?!” exclama você
involuntariamente. “Está com medo de que ele
morda alguém?” Então você fica sabendo que o
cão está solto no acampamento, dorme na cama
dos meninos à noite, sendo tão manso como um
animal de um ano de idade. Você vai embora
balançando a cabeça. Mas não era natural que
tal cão vivesse na extremidade de uma
corrente. Ele foi destinado a ser livre.
Toda a energia que não podia liberar de
maneira saudável exibia-a em ferocidade.
Somos de algum modo diferentes? Presos pela
culpa que sentimos pelos erros que
cometemos, nosso comportamento pode ser
apenas pouco mais aceitável do que o do
pastor-alemão. Deus sabe que não podemos
corresponder a Ele até que sejamos soltos.
Assim Ele nos liberta do peso esmagador de
nossa culpa, liga o nosso coração
quebrantado e nos diz que não mais
precisamos estar acorrentados aos nossos
pecados. Então nos atrai a Si mesmo. Bem
poderíamos exclamar com Davi: “Tira a minha
alma do cárcere, para que eu dê graças ao
Teu nome”. Sal. 142:7.
Isto não é uma transação ou suborno, é
realidade. Não somos mais capazes de louvar
a Deus enquanto estamos esmagados por um
senso de culpa do que o animal selvagem é
capaz de ser domesticado enquanto está preso
na armadilha! Acorrentados aos nossos
pecados, rosnamos e damos estocada na vida.
Deus vem para levar sobre Si a nossa culpa,
e diz: “Nem Eu tão pouco te condeno; vai, e
não peques mais”. S. João 8:11. E visto que
Ele não exige “mansidão” antes de curar,
sabemos que podemos confiar nEle. Ainda
mais, estamos livres para amá-Lo! |
Como Ficar Maduro
“Mas, seguindo a verdade em amor,
cresçamos em tudo nAquele que é a
cabeça, Cristo”
Efés. 4:15
“Maduro, será você?” Já ouviu esta
palavra? Já a proferiu? Ela leva consigo
um ferrão e destina-se geralmente a
envergonhar a pessoa a quem é dirigida,
porque a mensagem que ela traz é clara:
“Você não está agindo segundo a sua
idade!”
Paulo, em sua carta aos crentes de
Éfeso, fala a respeito da maturidade
cristã. Mas suas palavras suplicam e
exortam, não reprovam nem humilham. Ele
trata estritamente com a realidade,
contudo suas expressões são cheias de
graça. Mesmo quando insta com as pessoas
para que andem “de modo digno da
convocação” a que foram chamadas
(Efés.4:1), ele as admoesta a seguir “a
verdade em amor” (verso 15).
Infelizmente, as pessoas tendem a cair
de um lado ou do outro: ou retêm a
verdade a fim de guardar-se de ferir a
alguém, ou indiscretamente “contam-na
tal qual é”, apesar das conseqüências.
Muito do que passa por franqueza é
grosseria. Contudo nossa deferência
freqüentemente impede a resolução e o
crescimento em nossa vida e na vida de
outros. Como podemos aprender a ser
minuciosos, sensíveis, e ainda
absolutamente comprometidos com a
realidade?
Ouça: “Não mais andeis como também andam
os gentios, na vaidade dos seus próprios
pensamentos, obscurecidos de
entendimento, ALHEIOS À VIDA DE DEUS....
e nEle fostes instruídos, segundo é A
VERDADE em Jesus.... E vos renoveis no
espírito do vosso entendimento, e vos
revistais do novo homem, criado segundo
Deus, em justiça e retidão procedentes
da verdade.” Versos 17-24.
“A verdade” aqui referida é “a vida que
está EM DEUS” conforme retratada em
Jesus. E somente quando permitirmos que
esta verdade (concernente a Deus) mude o
nosso pensamento e a nossa maneira de
relacionar-se com outros, cresceremos
“em tudo nAquele que é a cabeça, Cristo”
(verso 15). Em tudo o que dizemos
podemos falar “a verdade” como fez
Cristo – podemos representar
corretamente a Deus. Não precisamos
sentir a necessidade de evitar duras
realidades porque chegamos a compreender
como Deus mesmo lida conosco. Ele sempre
nos fala fracamente, porém com
compaixão. Honestamente indica nossa
condição, contudo sabe o que podemos vir
a ser.
Temos muito a fazer neste mundo antes
que Cristo possa vir e levar-nos para o
lar. “Em uma palavra”, “tentemos ser
semelhantes a Ele, e vivamos em amor
como Cristo nos amou.” Capítulo 5:1. |
Quem Cavou o Abismo?
“Mas as vossas iniqüidades fazem
separação entre vós e o vosso Deus; e os
vossos pecados encobrem o Seu rosto de
vós, para que vos não ouça.”
Isa. 59:2
A
posição de Jonathan Edwards sobre o
assunto do inferno e da salvação é útil
como uma lição objetiva na qual não
devemos crer. Por exemplo, ele acredita:
“O
Deus que retém você sobre o abismo do
Inferno, tanto quanto uma pessoa retém
uma aranha, ou algum inseto asqueroso,
sobre o fogo, aborrece você, e está
horrivelmente provocado; Sua ira com
respeito a você arde como fogo; olha
para você como digno de nada mais além
de ser lançado no fogo; Seus olhos são
puros demais para ter de suportá-lo à
Sua vista; você é dez mil vezes mais
abominável aos Seus olhos do que a mais
detestável serpente venenosa é aos
nossos olhos.”
Embora oculta por trás de linguagem mais
gentil, estas mesmas emoções de aversão
aos pecadores são atribuídas a Deus por
muitos cristãos de hoje. Com freqüência
citam o texto de hoje para se apoiarem.
Explicam Isaías como significando que
Deus “cava o abismo” para guardar-Se de
ser contaminado pelos pecadores, os
quais devem deixar de pecar antes que
Deus condescenda em ouvi-los. Não
percebem que Isaías estava censurando um
grupo de pessoas por sua arrogante
hipocrisia. Estavam fazendo ousadas
reivindicações de serem religiosas
(58:1-3), contudo estavam engajadas em
todo tipo de opressão e contenda. Isaías
afirma que Deus sabe melhor do que levar
a sério sua algaravia incoerente.
Edwards e outras “mentalidades mais
gentis” da mesma crença estão se
esquecendo de que o abismo existente
entre Deus e o homem foi escolha do ser
humano, não de Deus. Seus filhos se
afastaram dEle e como resultado caíram
na prática de atos pecaminosos. Deus não
os apanhou perpetrando más ações e
então, desgostoso, afastou-Se deles.
Quem desejaria retornar à presença de
tal Deus como Edwards viu?
Embora Edwards pudesse argumentar que
Deus Se abrandaria consideravelmente uma
vez que Seu povo começasse a mudar de
procedimento, estar na presença de
Alguém que é mesmo capaz de tão
explosiva ira não traz nenhum conforto.
Tragicamente, Edwards omitiu o detalhe
da vida de Jesus. Aquele que tocava em
leprosos, que tomava ceia com
prostitutas, que anunciou o perdão aos
homens que estavam pregando cravos em
Seus pulsos, e que disse: “Vim para
mostrar-vos o Pai” – Ele tinha um método
melhor de lidar com os pecadores.
Decidiu amá-los totalmente. E – graças a
Deus – isto funciona! |
Seguro e Perplexo
“Ora, Àquele que é poderoso para fazer
infinitamente mais do que tudo quanto
pedimos, ou pensamos, conforme o Seu
poder que opera em nós, a Ele seja a
glória, na igreja e em Cristo Jesus, por
todas as gerações, para todo o sempre.
Amém.”
Efés. 3:20 e 21
Quando a princípio comecei a usar um
computador doméstico, fiquei
surpreendido com o que podia fazer com
ele. Agora estou ainda mais surpreso,
porque percebo que ele pode resolver
muito mais do que eu provavelmente
saberia como iniciar. Sua capacidade
faz-me sentir seguro e perplexo. O texto
de hoje faz-me sentir do mesmo modo
acerca de Deus.
Há provavelmente duas questões básicas
sobre as quais muitos cristãos se
preocupam quando pensam no Céu: Estarão
lá, e o que farão uma vez estando lá?
Muito se fala sobre a certeza da
salvação. Talvez seja ocasião de
mencionar a promessa do paraíso,
lembrando que o Céu começa aqui.
As coisas mais importantes em primeiro
lugar: Deus começou a assegurar-nos de
que “nos predestinou para Ele, para a
adoção de filhos, por meio de Jesus
Cristo, segundo o beneplácito de Sua
vontade”. Efés. 1:5. De fato, todo o
relato do evangelho é de nosso Pai
perdoador e acolhedor. O que talvez
tenhamos omitido em nossa pressa por
experimentar a segurança é que, para
Deus, isto é apenas o início! Conquanto
seja emocionante aprender que estamos
seguros em Sua maravilhosa salvação, é
ainda mais emocionante ficar cientes de
que Seus planos para nós excedem tudo o
que já fomos capazes de imaginar! Agora
e eternamente!
É imperativo que deixemos de nos apegar
à nossa certeza da salvação para
elevar-nos com os pensamentos da
fantástica declaração de Deus quanto ao
Seu plano para o nosso desenvolvimento.
A maneira como leio Efés. 3:20,
“infinitamente mais” significa que
devemos ousadamente antecipar um
relacionamento incrivelmente íntimo com
Deus, assim como aspirar confiantemente
ainda maiores alturas de realizações no
progresso e crescimento pessoais. Tendo
lançado os fundamentos, Deus declara as
boas novas de que não há limite!
Sinto-me maravilhosamente seguro na
capacidade de Deus em cumprir Suas
intenções concernentes a mim, e estou
deleitavelmente perplexo quanto ao
infindável potencial envolvido! Sei que
Seu desejo é que eu atinja “a plenitude
do ser, a plenitude do próprio Deus”
(verso 19, NEB). E desse modo acho-me
estimulantemente “avançando para as
coisas que diante de mim estão”. Filip.
3:13.
Talvez Deus nos esteja encorajando a
levar vida expectantemente positiva
sobre a Terra a fim de preparar-nos para
viver na inimaginável excelência da Sua
presença. |
Confiando Seus Desejos
“Agrada-te do Senhor, e Ele
satisfará aos desejos do teu
coração.”
Sal. 37:4.
Era um jovem consciencioso, ávido
por deixar para trás todos os
hábitos e atitudes de sua vida
pré-cristã. Tendo sido muito
comodista antes de sua conversão,
sabia que cedendo aos desejos
poderia mergulhar outra vez no
hedonismo que estava tentando
abandonar.
O resultado, porém, era que tomar
decisões como cristão tornara-se uma
tarefa angustiante. Qualquer ocasião
em que ele tinha alguns sentimentos
pessoais envolvidos com uma escolha,
tinha certeza de que aqueles
sentimentos deviam ser negados,
visto que eram indubitavelmente
desejos egoístas. Todavia na maior
parte do tempo a conduta que ele
desejava parecia ser boa. E assim
esmorecia-se em indecisão.
Que liberdade e alegria, porém,
começou a experimentar quando
descobriu a essência do verso de
hoje! Começou a confiar na promessa
de que alguém realmente se
transforma contemplando a Cristo, e
que a transformação inclui os
desejos básicos do coração. E
acariciou a idéia preciosa de que
Deus não é Alguém que está sempre
nos dizendo que não podemos ter o
que o nosso coração deseja. Em vez
disto, Ele muda o que desejamos!
Um cristão recém-convertido com
freqüência está legitimamente
desconfiado de seus desejos, porque
os hábitos da velha vida morrem
muito, muito lentamente. Aquilo que
por muitos anos lhe tem trazido
prazer não é facilmente esquecido.
Mas o salmista introduz um novo
ingrediente na vida do cristão – uma
nova fonte de entusiasmo.
“Deleita-te no Senhor”, diz Davi.
Emociona-te com o teu Deus. Sê
cativado pelas qualidades de Sua
pessoa. Sê atraído para esse
magnífico Amigo. Sê fascinado pela
maneira com que Ele faz as coisas
para os membros de Sua família.
O “poder transformador de uma nova
afeição” mudará fundamentalmente as
espécies de coisas que trazem
deleite ao coração de alguém. Deus é
demasiado sábio para conceder-nos os
desejos do nosso coração confuso,
obscurecido e egocêntrico. Mas Ele é
também demasiado sábio – e demasiado
amoroso – para NÃO dar-nos os
desejos do nosso coração
transformado e iluminado.
Porque o que deseja uma pessoa que
está enlevada por Deus senão mais
profunda comunhão com Ele, mais
profundo envolvimento com Seu estilo
de vida, mais profunda interação com
Seu povo? Não é de admirar,
portanto, que aqueles a quem Deus
irá levar com Ele para o lar a fim
de gozar a comunhão eterna, farão –
por toda a eternidade – exatamente
tudo o que o seu coração haverá de
desejar. Caminharão em perfeita
liberdade, porque não haverá nada em
seu coração que precise ser negado! |
Façamos Mutuamente!
“A esperança que se adia faz adoecer o
coração, mas o desejo cumprido é árvore
de vida.”
Prov. 13:12.
Mutualidade: é a chave de todas as
relações produtivas e bem-sucedidas.
Estimula-o a dizer: “Sinto do mesmo
modo!” ou “Estive lá!” e lhe permite
alegrar-se “com os que se alegram”, e
chorar “com os que choram” (Rom. 12:15).
É tremendamente confortante quando
alguém partilha de sua tristeza, e
imensamente satisfatório quando
compreendem e aplaudem seus objetivos.
Aliás, a vida não é muito divertida, e
dificilmente suportável, sem algum grau
de reciprocidade.
Há um componente interessante no
problema da mutualidade. Não se originou
no coração humano. Lemos em Gênesis
1:26: “Também disse Deus [“Elohim”,
plural]: Façamos o homem à Nossa
imagem.” A própria criação do homem foi
um empreendimento cooperativo da
Divindade. A necessidade de
interdependência foi “incorporada” à
espécie humana em que fomos feitos como
Deus.
Inversamente, uma das maiores peças
decorativas do evangelho é que Jesus foi
feito semelhante a nós em todas as
coisas (Heb. 2:17), e portanto simpatiza
conosco em nossa condição caída (Heb.
4:15). Deus está virtualmente dizendo:
“Compreendo os seus sentimentos! Eu
estive lá!” Diz isto de mil maneiras
diferentes através das Escrituras. E se
lermos muito cuidadosamente, também
compreenderemos a Deus.
Ouvimo-lo em Prov. 13:12 quando diz: “ A
esperança que se adia faz adoecer o
coração, mas o desejo cumprido é a
árvore de vida.” Sei quão doente do
coração se sente você quando suas
esperanças são frustradas. Ao criar a
raça humana pretendia que você revelasse
ao Universo expectante o que Eu sou!
Esta esperança tem sido adiada, mas o
Meu desejo ainda será cumprido. E quando
isto ocorrer, regozijar-nos-emos todos
juntos.”
E em II Coríntios 1:4: “É Ele que nos
conforta em toda a nossa tribulação,
para podermos consolar aos que estiverem
em qualquer angústia, com a consolação
com que nós mesmos somos contemplados
por Deus.” – desse modo revelando Sua
perceptiva compreensão de nossa
necessidade não somente de ser
confortado, mas de consolar e partilhar
experiências.
Talvez um dos textos mais comoventes
seja Isaías 1:18 “Vinde, pois, e
arrazoemos, diz o Senhor.” Eu vos
ouvirei, e vós Me ouvireis. Para Mim é
importante que solucionemos juntos
nossos problemas!”
Temos importância para Deus! Ele
compreende como nos sentimos!
Façamos isto mutuamente! |
Estando Seguros da Vida Eterna
“Estas coisas vos escrevi a fim de
saberdes que tendes a vida eterna, a vós
outros que credes em o nome do Filho de
Deus.”
I João 5:13.
Um jovem, recém-chegado de sua primeira
experiência como “pregador de rua”, com
expressão risonha, relatou que alguém
lhe havia perguntado se ele estava
salvo. Disse como ele tinha repelido o
homem com um comentário conciso,
esperando em seguida minha aprovação.
“Bem”, indaguei-lhe, “Você ESTÁ salvo?”
Ele olhou aturdido, certo de que eu
estava gracejando.
De
sorte que passamos a hora seguinte
daquela noite muito fria examinando se
alguém poderia realmente saber que tinha
entrado na vida. Estas passagens da
epístola de S. João tornaram-se muito
preciosas para nós naquela noite, porque
o jovem verdadeiramente não queria saber
de sua salvação. João diz que a vida
eterna pertence àqueles que se
submeteram a Jesus Cristo.
Há aqueles que vêem este verso com olhos
diferentes. Vêem que o problema do
pecado é fundamentalmente de situação
legal, de alguém sofrendo sob a
condenação legal da lei, culpado
conforme acusado. Aos seus olhos, a
solução a ser procurada é um
pronunciamento de inocência. Ser
justificado, portanto, é ser salvo.
Suspeito que é isto o que o pregador de
rua naquela noite tinha em mente.
Mas as palavras joaninas claramente
atraem a nossa atenção em outra direção.
Como J.B. Phillips traduz o verso 12:
“Infere-se naturalmente que qualquer
homem que tenha genuíno contato com
Cristo tem esta vida; e se ele não tem,
então não possui absolutamente esta
vida.”
O problema é relacionamento, não
situação legal. A chave para a vida
eterna não está em ouvir um
pronunciamento de inocência, mas em
conhecer Àquele que está por trás de tal
declaração.
“Genuíno contato com Cristo” é uma
experiência de pessoa para pessoa, não
apenas um inclinar de cabeça em direção
a Deus. Significa alguém encontrar sua
mais elevada satisfação em pensar em seu
bem conhecido Amigo, conversar com Ele e
falar sobre Ele. Significa que “podemos
aproximar-nos de Deus com confiança”
(verso 15 NEB), porque isto denota que o
Doador da vida tomou o Seu lugar no
legítimo centro de nossa vida. |
Justiça Ilícita
“Não lestes o que fez Davi quando ele e
seus companheiros tiveram fome? Como
entrou na casa de Deus, e comeram os
pães da proposição, os quais não se era
lícito comer, nem a ele nem aos que com
ele estavam, mas exclusivamente aos
sacerdotes?”
S. Mat. 12:3 e 4.
Caminhar pelas searas no dia de sábado
poderia não ter sido considerado
impróprio no tempo de Jesus, mas colher
e comer o grão enquanto prosseguia o seu
caminho certamente era. Apontando para
os discípulos transgressores, alguns
fariseus que haviam notado o que eles
estavam fazendo, perguntaram ao mestre
por que esta atividade proibida estava
ocorrendo. A resposta de Jesus deve
tê-los chocado. Ela poderia chocar-nos,
mesmo iluminados como estamos no século
vinte.
Lembrou-lhes a ocasião em que Davi e
seus homens comeram o pão sagrado do
templo. Em essência, deu-lhes um exemplo
de um ato “ilícito” como um precedente
para a inocência de Seus discípulos.
Acrescentou: “Mas, se vós soubésseis o
que significa: Misericórdia quero, e não
holocaustos, não teríeis condenado a
inocentes.” S. Mat. 12;7. A tradução
The New English Biblie deste texto do
Antigo Testamento, encontrado em Oséias
6:6, diz: “Lealdade é Meu desejo, não
sacrifício.”
Poderia ser fácil explicar a lógica de
Cristo fazendo pouco caso das regras do
templo, exceto que, tanto quanto dizia
respeito ao pão sagrado, Deus fizera as
regras! E Jesus veio para cumprir a lei,
não para aboli-la (S. Mat. 5:17). Posso
sugerir que o que o Mestre estava
tentando fazer era levar os fariseus a
olhar além das regras para o Doador das
regras. O intento da lei é atrair-nos de
volta para o Pai. Era nosso “aio para
nos conduzir a Cristo” (Gal. 3:24), em
cujo tempo o Pai seria completamente
revelado. Os sacrifícios era oferecidos
porque os homens continuavam a ser mal
informados acerca de Deus e
conseqüentemente procediam mal. “Quanto
melhor”, Cristo estava dizendo,
“conhecer muito bem o Pai para ser leal
em primeiro lugar!”
Quando Davi e seus homens comeram os
pães da proposição, Davi revelou que
compreendia que o propósito fundamental
de Deus ao instituir os serviços do
templo era nutrir a Israel em saudável
relacionamento com seu Deus. Tão seguro
estava Davi em seu conhecimento de Deus
que não hesitou em apropriar-se do “pão
de Deus” para mitigar a necessidade
imediata de seus homens no que tange à
nutrição física.
Davi foi justo (em relacionamento
correto com Deus) embora tecnicamente
cometesse um ato ilícito. Pense nisto.
Tanto Deus quanto Suas regras são para o
bem do Seu povo. |
A Verdadeira Prova de Religião
“O Rei, respondendo, lhes dirá: Em
verdade vos afirmo que sempre que
fizeste a um destes Meus pequeninos
irmãos, a Mim o fizestes.”
S. Mat. 25:40.
Meus alunos têm aprendido através dos
anos que eu não confiro crédito
acadêmico para clichês religiosos. Mesmo
os estudantes mais conscienciosos podem
facilmente cair no tipo de pensamento de
que o sucesso espiritual é encontrado em
formar a fileira correta de frases
religiosas.
Assim quando os ouço conversando sobre
ser “purificados pelo sangue”, ou
“despedaçados ao pé da cruz”, ou mesmo
“justificados pela propiciação feita
como uma expiação para nossas
transgressões”, faço uma pergunta:
“Podem vocês descrever esta mesma
experiência sem usar quaisquer palavras
religiosas?”
Há
muitos que se tornaram religionistas
especializados, peritos em
“conversa-de-Deus” e frases piedosas.
Para muitos deles, religião é um assunto
sobre o qual se deve falar em um campo à
parte daquele que é vivido e
experimentado. Vêem o mundo dividido em
duas partes distintas: o real e o
religioso. Visto que nem Deus nem o Céu
têm sido observados, a conversação sobre
eles raramente precisa ser verificada no
mundo comum e real.
Mas Jesus sabe que o Céu é um mundo
muito real, como toda a Sua criação, e
que os seus futuros habitantes serão
pessoas reais que aprenderam a adotar os
princípios do Céu em suas relações
diárias. Desse modo, quando Ele
descreveu a prova da religião genuína, a
ser aplicada àqueles que antecipam
entrada no Céu, não mediu quantas boas
coisas disseram acerca de Deus, nem as
suas insinuantes afirmações
doutrinárias. Em vez disto falou da
maneira como se relacionam com as
pessoas comuns, sem aparato, não muito
impressivas que estão ao nosso redor.
Tornaram-se os princípios do reino uma
parte tão real de nós que os
expressaremos para aqueles que não nos
derem nenhuma honra de assim proceder?
Serão os membros de nossa própria
família (a quem há muito deixamos de
tentar impressionar) tratados com o
mesmo respeito e deferência que os ricos
empresários que poderiam fazer-nos um
favor? Podemos nós reconhecer um
estranho em um mercado apinhado e
conscientemente considerá-lo como uma
pessoa valiosa, apesar da sua evidente
condição de vida?
As reações descuidadas, momentâneas,
disseminadas ao longo de um dia
atarefado de pressões ordinárias,
comuns, são realmente a medida mais
válida do formato de nossa alma. São o
reflexo inconsciente do Objeto de nossa
afeição. |
Mais do que Consolo
“Assim diz o Senhor, o Deus de Davi, teu
pai: Ouvi a tua oração, e vi as tuas
lágrimas; eis que Eu te curarei.”
II Reis 20:5.
Imagine esta cena na sala de emergência
de um hospital: Um médico está em pé
diante de uma vítima acidentada,
confortando-a. “Pronto, pronto!” ele
acalma. “Vejo suas lágrimas; compreendo
como você está tão gravemente ferida!”
Enquanto a mulher esvaindo-se em sangue,
acalmada pelas tranqüilizadoras palavras
do médico, pára de chorar, ele sai
lentamente da sala, satisfeito por ter
trazido conforto à mulher ferida.
Encontrando-se no corredor com o marido
perturbado, sorri entusiasticamente.
“Sua esposa está ótima! Ela parou de
chorar!” Dez minutos mais tarde ela
estava a caminho do necrotério.
“Ridículo!” diz você. E contudo, às
vezes atribuímos a Deus tão mau
procedimento. Acreditamos que Ele esteja
mais interessado em que paremos de
“chorar” do que em que paremos de
“sangrar”. Suspeitamos que a nossa
profissão de fé seja de mais valor à Sua
vista do que a restauração da nossa
amizade com Ele.
Temos tanto a desaprender acerca do
nosso maravilhoso Deus. Mesmo aqueles
dentre nós que sustentam “opiniões
esclarecidas” concernentes a Ele, têm-se
apegado a idéias sobre Ele que nos
mantêm amarrados ao temor e/ou a uma
auto-imagem medíocre. É tempo de
re-avaliarmos cada conceito que temos e
que lança uma sombra sobre o livre fluxo
da comunhão com Ele.
Em nosso texto de hoje vemos a Deus
ouvindo, vendo, compreendendo. Cremos
nisto; contamos com isto. Até mesmo
contamos que Ele deseja curar-nos. Mas
às vezes deixamos de compreender QUANTO
Ele deseja fazer exatamente isto!
Argumentamos sobre quão curados podemos
esperar ser. Sim Ele pode afastar o
hábito do cigarro. Ele pode reformar-nos
e realinhar nossas prioridades. Mas pode
Ele tornar-nos perfeitos?
“Pára!” diz você. “Ninguém é perfeito!”
(Veja o que eu quero dizer?!) Mas então,
que queremos dizer por “perfeito”? No
sentido usual significa que você nunca
faz errado outra vez, e temos de
reexaminar toda a idéia de crescimento
através da eternidade. Todavia, se você
compreende “perfeito” como significando
inteiramente reconquistado para a
lealdade de Deus...
Pode Deus reconquistar inteiramente a
nossa lealdade? Pode a nossa má
compreensão quanto a Ele ser totalmente
curada? Podemos ousar esperar que nossos
receios serão completamente aliviados
quando Ele afinal derribar por completo
nossa informação incorreta? De fato, que
mais poderia estabelecer nossa
imorredoura lealdade e amor a Ele?
Amigos, estou contando exatamente com
isto! |
Ele Curou Todos os Dez
“ Então Jesus lhe perguntou: Não eram
dez os que foram curados? Onde estão os
nove?”
Luc. 17:17.
Para
nós é muito difícil compreender
totalmente o que significa ser um
leproso no tempo de Cristo. Hoje, a
lepra é uma enfermidade que pode
geralmente ser evitada; se for
contraída, pode até certo ponto ser
tratada com sucesso. Mas naquele tempo
era mais do que uma doença pavorosamente
fatal, mais do que uma horrível
enfermidade que quebrava todo acariciado
contato humano. De um modo muito
terrível, a lepra era firmemente
considerada como um juízo de Deus, Sua
punição pública ao pecado, a marca de
Sua indubitável rejeição.
E
assim o leproso suportava sua triste
existência, destituído de toda esperança
nesta vida e sentenciado à destruição
eterna depois da soltura da morte. Aos
olhos do povo, a condição incurável de
um leproso era prova de que Deus jamais
reverteria Seu juízo.
Então veio Jesus, cheio de verdade
acerca do Seu Pai. Ansiava mostrar ao
povo que Seu Pai não inflige doença como
punição pelo pecado. Queria que eles
soubessem que todos os pecadores
encontram o perdão quando se voltam para
o Pai. Passasse Ele por um leproso sem
curá-lo, estaria confirmando o temor do
povo de que Deus não perdoaria graves
pecadores. Não é de admirar que as
Escrituras indiquem que Jesus curava a
todo leproso que encontrava!
Até mesmo curou dez deles de uma vez,
ali nos confins da Galiléia. Dez homens
asquerosos, isolados, pedintes - Ele os
tornou sãos e purificados, aceitáveis
diante de suas famílias, publicamente
inocentes. Mas somente um sentiu que sua
cura, embora incrível, não era tão
importante quanto o Restaurador. E
voltou para adorar aos pés de Jesus.
A última coisa que vemos dos outros nove
é suas costas, porque os olhos estão
fixos em sua pele feito louçã enquanto
fogem precipitadamente para gozar os
benefícios. O dom tornou-se o fim em si
mesmo, e eles não tiveram nenhum tempo
para o Doador! Mas Jesus não os
“amaldiçoou” fazendo a lepra voltar.
Mesmo nesse resultado desapontador,
Jesus estava permanecendo fiel ao Seu
Pai. Conquanto o perdão seja oferecido
livremente a todos, somente aqueles que
voltam e caem aos pés do Perdoador têm
entrada na Vida. Os outros não têm seu
perdão cancelado. Mas isto não importa.
Estão do mesmo modo perdidos, não porque
estejam privados do perdão, mas porque
condescendem com o dom, ignorando o
Perdoador! |
22 de Abril |
Topo |
Fé Semelhante a Bolo Mal Cozido
“Olhando firmemente para o Autor e
Consumador da fé, Jesus...”
Heb. 12:2.
Poucas
coisas são mais intragáveis do que bolo que
não está completamente cozido. Embora
convidativo em seu aspecto exterior, o mal
cozimento interno pode causar-lhe náuseas.
Nenhuma quantidade de glacê será suficiente;
uma mordida e o resto é para o cachorro (se
mesmo ele quiser comê-lo!).
Em certo
momento da história de Israel, Deus Se
referiu a Efraim como “um bolo meio cozido”
(Osé. 7:8, NEB). Nos versos 13 e 14, Ele
diz: “Anseio livrá-los, mas eles falam
mentiras contra Mim. Não há sinceridade em
seu clamor a Mim; por todos os seus uivos...
Estão se afastando de Mim.”
Insinceridade. Pode isto ser curado?
Depende, é claro, da causa fundamental.
Alguma insinceridade provém de ter sido
apoiado em um ângulo com uma decisão que
alguém não está pronto a tomar. Neste caso,
o único remédio é permitir refazer a
decisão enquanto está sendo dada informação
suficiente para assim fazer. É claro que se
uma pessoa imagina que já sabe o suficiente,
o problema torna-se imensamente complicado.
Tal era o caso com Israel.
Deus viu que a causa fundamental do problema
era a falta de fé de Israel nEle. Esta era a
fonte de suas “mentiras” contra Ele. No
capítulo 14:4, Ele esboça o Seu plano para a
restauração deles: “Curarei a sua
infidelidade, Eu de Mim mesmo os amarei.”
Estavam apenas meio convictos da bondade de
Deus. Ele os amaria inteiramente. Mas
primeiro teria de persuadi-los de que embora
clamassem por socorro: “Nós Te conhecemos, ó
Deus de Israel” eram na verdade “totalmente
asquerosos.” ( Osé. 8:2 e 3, NEB).
Semelhante a bolo mal cozido.
A metodologia de Deus não mudou. Ele deseja
amar também a nós inteiramente. Assim Ele
nos deu Jesus. Em Jesus vemos o amor do Pai
em ação; vemos perdão, aceitação, salvação.
A fé brota em nosso coração. Cremos! Mas
isto é apenas o começo. Se pararmos aqui,
não importa quão maravilhosa seja a
experiência, acabaremos vivendo uma meia
verdade. E somente a metade da verdade
acerca de Deus pode ser tão prejudicial como
uma mentira completa.
A resposta para este dilema potencial
encontra-se em Heb. 12:2 - precisamos
conservar os olhos fixos em Jesus! Porque
nossa compreensão do que é Deus não somente
começou em Jesus, ela também será completada
ou consumada ao comtemplarmos nEle TODA a
verdade. |
23 de Abril |
Topo |
Usa Deus o Desapontamento?
“Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o
bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga...
e sereis filhos do Altíssimo. Pois Ele é
benigno até para com os ingratos e maus.”
Luc. 6:35
Os pais estão sempre à procura de um arsenal
disponível de métodos a serem usados para
levar seus filhos à obediência. Se você é
pai provavelmente reconhece a maioria dos
métodos: persuasão, controle severo, suave
atração, longos sermões. Às vezes em
absoluto desespero recorremos ao
amofinamento e à depreciação. Posso
lembrar-me do momento em que olhei friamente
para minha filha (seguindo o que eu
considerava ser uma grande infração) e
disse: “Júlia, depois de tudo o que tenho
feito por você, estou tão desapontado com
você!”
Fiquei
ainda mais desapontado quando isto não a
levou a imediato arrependimento e
transformação. Mas posteriormente, quando
nossos sentimentos se aclamaram, ela me
disse como se sentiu quando eu disse aquilo.
Descreveu os sentimentos de desespero
esmagador, rejeição, perda de auto-estima, e
de endividamento além das possibilidades. E
- como sempre acontece - tive que revisar
meus métodos de paternidade, bem como minha
compreensão de Deus.
Faz Deus uso da bondade a fim de
manipular-nos? Diz Ele: “Depois de TUDO o
que tenho feito por você, o que vai fazer
por Mim?” Que significa “sem esperar nenhuma
paga”? Esperar algo em retorno para nós
significa fazer o bem a outro esperando um
favor de volta, e então ficamos desapontados
se o favor não é devolvido. Depois este
desapontamento é usado com freqüência
(através de observações sutis, olhar de
soslaio, ou modos soturnos) para garantir
que, na próxima vez, o favor será retornado.
Se alguém não demonstra gratidão por todo o
bem que fazemos, então, em termos humanos, a
bondade cessa, porque foi feita para
produzir gratidão. Mas se Jesus nos chamou
para subir mais alto do que isto, não
deveríamos esperar que Seu Pai não
condescenda com tais métodos?
Nosso Pai faz o bem porque É bom, não como
um meio de influência sobre nós. Continua
sendo amável, mesmo para com os ingratos,
porque em primeiro lugar Sua bondade não era
uma bondade condicional. Mesmo Seus atos de
disciplina são expressões de amabilidade,
porque deseja que Seus amigos vivam dentro
dos limites da realidade.
A grande bondade de Deus para conosco
destina-se a inspirar-nos, em vez de
controlar-nos, a curar-nos em vez de
esmagar-nos com endividamento além das
possibilidades. O amor incondicional nos
atrai inteiramente; o amor condicional
leva-nos ao desespero. |
24 de Abril |
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O Suicídio da Separação
“Então Jesus clamou em alta voz: Deus Meu,
Deus Meu, por que Me Abandonaste?”
Mat. 27:46, Philips.
Milhares de pessoas morrem anualmente em
acidentes de trânsito. Embora os fabricantes
de automóveis instalem cintos de segurança
em cada novo carro, há pessoas que morrerão
do mesmo modo, simplesmente porque não usam
cintos. Não sentem nenhuma necessidade de
“afivelar-se” porque nunca se identificaram
com a possibilidade de estarem eles mesmos
envolvidos em um acidente. Lamentavelmente,
não viveram para beneficiar-se do
aprendizado desta devastadora possibilidade.
Desde o
Éden as pessoas têm acreditado que possuem
vida independente de Deus. A teoria da
evolução é simplesmente uma explicação
elaborada neste sentido. E a existência
diária de ateus e freqüentadores de igrejas
semelhantemente parece consubstanciar tal
pensamento. Descobrir que Deus é a nossa
única fonte de vida pode ser como descobrir
demasiado tarde que não estamos imunes aos
acidentes de trânsito.
O homem deveria ter perecido no Éden. Mas
Deus não estava olhando para estatísticas a
fim de provar-Se correto. Desejava que
pudéssemos viver! Assim idealizou um plano
pelo qual pudéssemos ver o que nos acontece
quando estamos separados de Deus contanto
que vivêssemos para que nos beneficiássemos
da lição. Incrivelmente, Deus Se tornaria um
de nós! (II Cor. 5:21). Contemplando a
Jesus, nosso Substituto, descobriríamos que
o pecado - separação de Deus - mata!
Os homens não mataram o Filho de Deus. Foi
suspenso em uma rude cruz, mas morreu porque
experimentou por nós as conseqüências do
pecado. Clamou “Deus Meu, Deus Meu, por que
Me abandonaste[deixaste]?” Mat. 27:46,
Philips. Contudo, morreu sabendo que havia
realizado o que era necessário. Porque
clamou novamente com grande voz: “Está
consumado!” João 19:30.
Posso sugerir que Deus tampouco matou a
Jesus?! Ele simplesmente permitiu que Jesus
carregasse os resultados da escolha do ser
humano quando se afastou de Deus. Quando
isto aconteceu, Jesus clamou e momentos
depois, estava morto. Nos serviços
sacrificiais, o pecador que trazia uma
oferta de cordeiro, matava-o ele mesmo. O
sacerdote somente apanhava o sangue. A
tremenda verdade é que o homem, em última
análise, mata-se a si mesmo!
Deus pleiteia conosco para que voltemos à
razão. “Tão certo como Eu vivo, diz o Senhor
Deus, não tenho prazer na morte do perverso,
mas em que o perverso se converta do seu
caminho, e viva. Convertei-vos,
convertei-vos dos vossos maus caminhos;
pois, por que haveis de morrer...?” Ezeq.
33:11. |
25 de Abril |
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Por que Deus Requer Fé
“Como está escrito: O justo viverá por fé.”
Rom. 1:17.
- Você sabia que a moderna ciência está
destruindo a fé?
A pergunta do homem era absolutamente séria,
de sorte que quando ele viu o olhar perplexo
em meu rosto, tentou explicar:
- Deus nos revelou muitos princípios de
saúde na Bíblia – disse ele – e temos de
aceita-los pela fé. Mas agora os cientistas
estão provando que todos eles são
verdadeiros, e muito em breve não teremos
mais nenhuma necessidade de fé.
- Isto significa – perguntei – que quanto
menos sabemos sobre um assunto, mais fé
podemos ter?
- Sim – respondeu hesitantemente.
- Então aqueles que menos conhecem acerca de
Jesus são os que mais fé podem ter nEle?
Ele parecia perplexo.
- Isto não parece muito certo, não é? –
respondeu ele.
O que compreendemos ser fé certamente molda
nossa imagem mental do motivo por que Deus a
requer. Se a fé é um “salto nas trevas”,
então Deus requer que sejamos
supersticiosos. Ele nos recompensa por nossa
credulidade.
Ou se a fé é meramente assentimento ao valor
meritório da vida e morte de Cristo fora de
si mesmo, então a fé se torna nossa
habilitação legal ao perdão. Torna-se o meio
pelo qual Deus está habilitado a mudar em
relação a nós.
Mas que tal se divisássemos a fé como uma
informada e confiante amizade com o Amante
de nossa alma? Que tal se ela significa a
reunião das criaturas de Deus em um vínculo
de amor ao seu Criador, a restauração da
espécie de comunhão íntima que Adão e Eva
desfrutavam com seu Pai no Éden? Portanto
Deus reclama fé porque nada mais pode curar
o problema essencial do pecado – a alienação
entre Deus e o homem.
Fé é a resposta do nosso coração aos
graciosos apelos de Deus para que tenhamos
comunhão com Ele. É o relacionamento
saudável com Aquele que é a fonte de toda a
vida, saúde e felicidade. A fé nos restaura
ao nosso legítimo estado, à condição na qual
fomos criados para viver: união com o
Criador.
A fé não muda Deus em relação a nós;
muda-nos em relação a Ele. Não O persuade a
nos perdoar; é nossa reação à descoberta de
que Ele é perdoador. A fé não aplaca a ira
de Deus em relação aos pecadores; cura a
hostilidade dos pecadores em relação a Deus.
Não é de admirar, portanto, que Paulo
pudesse repetir este grande tema
escriturístico: “O justo viverá por fé!”
Porque fé é conexão com o Doador da vida. |
26 de Abril |
Topo |
Mais que Vencedores
“Fomos considerados como ovelhas para o
matadouro. Em todas estas coisas, porém,
somos mais que vencedores, por meio dAquele
que nos amou.”
Rom. 8:26 e 37.
Lembro-me de ter ouvido o rádio no dia em
que reféns americanos voltaram do Irã em
janeiro de 1981. A multidão que aguardava
prorrompeu em aplausos quando os homens e
mulheres passaram pela porta de seu avião.
Uma imensa efervescência de camaradagem
irrompeu dentro do meu peito e eu
encontrei-me aplaudindo com eles, celebrando
a vitória daqueles cativos que retornavam
sob circunstâncias de derrota.
Quão bom
é testemunhar a vitória humana em um mundo
terrivelmente deformado por guerras injustas
e fome! Há tanto sofrimento e perda sem
sentido, tantas injustiças. Às vezes alguém
é compelido a indagar: Vale a pena tudo
isto? Acaso o final triunfo sobre o mal fará
valer a pena tudo aquilo por que temos
passado aqui na Terra? A menos que
compreendamos a verdadeira natureza da
vitória que Deus planeja para nós, podemos
desanimar.
A vitória em si não é suficiente. Um
prisioneiro que retorna e que tem de ser
institucionalizado por causa de permanente
desorientação mental pode trazer mais agonia
à sua família do que quando se imaginava que
ele estivesse desaparecido. Ao menos então
eles tinham esperança. De modo idêntico,
Deus sabe que para nós não é suficiente
sermos ”salvos”. Não basta que ali não haja
mais sofrimento ou choro, maravilhoso como
isto possa ser. Para nós não é suficiente
caminharmos por ruas de ouro e morarmos em
mansões. Nem mesmo basta que vivamos
eternamente.
E assim Deus nos assegura ”esmagadora
vitória” (Rom. 8:37). Isto infere algo além
da vitória. Deus não somente deseja
livrar-nos dos perigos e destruição desta
vida, quer que vivamos eternamente com Ele
como Seus filhos e filhas. Quer que O
conheçamos tão bem a ponto de chamá-Lo
“Abba, Pai”, o equivalente afetuoso de
“Papai” ou “Papaizinho” (veja os versos 14 e
16). Ele [nos] predestinou para [sermos]
conformes à imagem de Seu Filho, a fim de
que ELE [Jesus] seja o primogênito entre
muitos irmãos”. Versos 29.
Jesus conhecia o Pai e era um com Ele. Em
João 17 orou para que pudéssemos partilhar
deste conhecimento e unidade. Disse Ele: “Eu
lhes fiz conhecer o Teu nome... a fim de que
o amor com que Me amaste esteja neles e Eu
neles esteja.” João 17:26. Esta é a nossa
esmagadora vitória: conhecer a Deus e ser um
com Ele por toda a eternidade! |
27 de Abril |
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É Deus Punitivo?
“No amor não existe medo, antes, o perfeito
amor lança fora o medo. Ora, o medo produz
tormento; logo, aquele que teme não é
aperfeiçoado no amor.”
I João 4:18.
Lemos mais de sessenta vezes na Bíblia
acerca de Deus punindo pessoas por causa de
suas iniqüidades, e então em um versículo
João diz que as pessoas que temem a punição
são imperfeitas? O que devemos crer? Qual é
a verdade a respeito da punição? É Deus
punitivo?
Aqui
estamos tratando de duas diferentes
interpretações de “punição”. Em um sentido
de palavra, punição significa a inflição de
dor sobre alguém por causa do seu mau
procedimento. Imaginamos alguém numa posição
de poder e autoridade, tal como um pai, um
policial ou um professor, cuja tarefa é
controlar o comportamento dos outros. Quando
alguém que está sob sua autoridade procede
mal, devem tratar com aquela infração. E
assim eles espancam, impõem multas, ou põem
o ofensor contra a parede.
Este costume às vezes também carrega sabor
de retaliação, vingança emocional, ou
desforra. Revele a suposição de que o mau
não terá conseqüências inerentes que são
muito más e assim alguma espécie de dor deve
ser inventada e artificialmente suprida.
Isto visa garantir que a pessoa que está
sendo punida tema o legislador e deste modo
seja mais obediente. Há aqueles que
simplesmente não pensam em um meio melhor de
levar as pessoas a obedecer do que
submetê-las pelo temor.
Mas isto não acontece com nosso Deus! Ele
tem melhores razões para a nossa obediência
do que o temor da Sua ira. Sua lei apresenta
tão essenciais realidades de vida que Ele
não precisa ”realçar Seu ego ferido” em
defesa da mesma. E confia tanto em Sua
capacidade de instruir-nos que deseja que
façamos referência à veracidade dos Seus
caminhos em vez de ao temor de Suas emoções
negativas.
A punição, entretanto, tem uma função
apropriada. Nem sempre estamos prontos para
compreender quão prejudicial é aparta-se dos
Seus caminhos; e para que não venhamos a
viver em uma fantasia, Ele
misericordiosamente leva-nos a enfrentar a
tragédia de nossa insensatez. Também os
efeitos destrutivos de um exemplo pecaminoso
não são muitas vezes imediatamente
evidentes. Em vez de permitir que fiquemos
encerrados em exemplos esmagadores, Ele nos
adverte com uma amostra da dor prestes a
vir. Certamente isto é o que aqueles autores
do Antigo Testamento queriam dizer quando se
referiam à punição de Deus. |
28 de Abril |
Topo |
A Verdade Acerca da Abnegação
“O qual a Si mesmo Se deu por nós, a fim de
remir-nos de toda iniqüidade, e purificar
para Si mesmo um povo exclusivamente Seu,
zeloso de boas obras.”
Tito 2:14.
Ela era bonita, inteligente equilibrada; o
jovem que a acompanhava era arrogante e
desleixado. Ao contemplá-los enquanto a fila
andava pelo refeitório, perguntei-me a mim
mesmo o que ela via nele. Posteriormente,
comecei a indagar se havia algo acerca de si
mesma que ela não via.
Uma
auto-imagem negativa tende a perpetuar
circunstâncias infelizes que parecem
confirmar aquela avaliação que o indivíduo
faz de si mesmo. Tragicamente, nós os
cristãos com freqüência sucumbimos à mesma
coisa! Alguém se pergunta a si mesmo o que é
que não vemos em Deus que nos permite ter
tão baixa opinião do nosso potencial.
Muitas vezes afirmamos: “Ninguém é
perfeito!” O que queremos dizer é que
deixamos de atingir um certo padrão de
comportamento. Além disso, muitos estão
convencidos de que ninguém pode. “Somente
Cristo podia”, dizem eles. “Ele era, afinal,
nosso Substituto. Mesmo Deus sabia que não
podíamos!” Tal pensamento obstrui o sucesso.
O que devemos entender é a diferença entre
salvação e restauração. É absolutamente
verdade que nunca podemos merecer a
salvação. Mas, em áreas de crescimento
cristão, não estamos falando de salvação!
Estamos falando acerca da competência de
Deus em satisfazer as nossas necessidades.
Tomemos por exemplo a abnegação.
Cristo era uma pessoa totalmente abnegada.
Ora, concluímos que pelo fato de não
podermos ser suficientemente abnegados para
expiar os nossos pecados, a abnegação está
fora do nosso alcance? O texto de hoje nos
diz que pelo Seu sacrifício Cristo nos
redime ”de toda iniqüidade”. O egoísmo é a
nossa tentativa de alcançar a perfeição
independente de Deus. Em Cristo, estamos
mais uma vez em harmonia com Deus [em
inglês at one, daí a palavra
atonement, at-one-ment, expiação,
porque a expiação nos põe em harmonia com
Deus.- Nota do Tradutor.] Conseqüentemente,
não há mais necessidade de servir-se a si
mesmo. Todas as nossas necessidades estão
satisfeitas.
Já é tempo de pararmos de confundir
desenvolvimento do caráter com mérito! Deus
sabia que enquanto nos sentíssemos indignos
de Sua companhia, continuaríamos a viver a
vida que nos privaria de Sua amizade.
Portanto nos redimiu, e agindo assim nos
habilitou a começar a lançar mão das
“riquezas da Sua glória, em vasos de
misericórdia, [nós] que para glória preparou
de antemão.” Rom. 9:23.
Sejamos “zeloso de boas obras”- não para
conquistá-Lo, mas para revelá-Lo a outros a
fim de que também eles possam aprender de
sua perfeição nEle! |
29 de Abril |
Topo |
Perdendo-se Para Ser Salvo
“Quem quiser,pois, salvar a sua vida,
perdê-la-a; e quem perder a vida por causa
de mim e do evangelho,salvá-la-á.”S.
Mar. 8:35.
Desde o
Éden temos imaginado que possuímos as
melhores idéias sobre como cuidar de nós
mesmos, como satisfazer as nossas
necessidades, como alcançar os nossos
objetivos. Em tantos casos estamos
convencidos de que podemos cuidar melhor de
nós mesmos do que o próprio deus. Por
exemplo, o adolescente solitário que anseia
ser amado procura satisfazer esta anseio em
relações sexuais ilícitas em vez de esperar
pelos mais demorados, mais lentos, porém
mais satisfatórios métodos de Deus para
atingir o objetivo.
Um jovem
executivo procura sucesso e segurança
profissionais, objetivos certamente dignos
em si mesmos. Mas se, em sua pressa para
atingi-los ele compromete a saúde,
integridade e relacionamentos, os objetivos
não mais são dignos dele. Quando Jesus
estava sendo tentado no deserto, não havia
nada de errado em Ele desejar ser
alimentado, ser sustido por Seu Pai, ou ser
vitorioso em Sua missão de recuperar a
Terra, de Satanás. O que estava errado em
cada uma das tentações era que elas
envolviam “atalhos” para o objetivo, métodos
desajudados, separados da sábia percepção do
Pai quanto ao que era necessário.
Virtualmente cada ato pecaminoso que
praticamos tem um motivo compreensível por
trás dele. Estamos agindo para satisfazer
uma necessidade legítima. Precisamos de
amor, prazer, sucesso, segurança, liberação
sexual, alimento e abrigo, e libertação da
dor.O que torna o nosso ato pecaminoso tão
mau não é a necessidade em si, mas o fato de
que procuramos satisfazê-la pelos nossos
métodos em vez de usar os métodos de Deus.
Uma moça de vinte e seis anos, temendo ficar
“solteirona” estava namorando seriamente um
não-cristão. Estava ansiosa para contrair
matrimônio porém suficientemente apreensiva
a ponto de procurar aconselhamento. Ficou
atemorizada com minha sugestão para que
rompesse o relacionamento porque lhe parecia
que sua necessidade de companheirismo nunca
seria satisfeita. Depois de muita angústia
pôs toda a sua confiança em Deus e rompeu
com o pretendente. Pouco tempo depois
encontrou um ótimo homem de sua própria fé,
casando-se alegremente com ele.
A verdadeira vitória sobre o pecado,
portanto, significa chegar a tal confiança
prática na capacidade de Deus para
satisfazer as nossas necessidades que não
estejamos dispostos a satisfazê-las em
nossos termos. “ Perdidos” nEle, estamos
salvos. |
30 de Abril |
Topo |
É a Ausência de Força Igual a Passividade?
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que
deu Seu Filho unigênito, para que todo
aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a
vida eterna.”
João 3:16
Os americanos não mais chamam as prisões do
Estado de penitenciárias; elas são
“instituições correcionais”. Isto reflete
uma tentativa de substituir a idéia de
estrito castigo pelo conceito de
reabilitação. No passado, os criminosos
deviam ser punidos. Isto estava a cargo da
sociedade: uma temível advertência para
dissuadir a outros infratores potenciais
quanto aos riscos de semelhante modo de
ação. Raramente surtia efeito. Uma vez
soltos, os ex-condenados eram muitas vezes
uma ameaça maior a sociedade do que quando
foram a princípio encarcerados.
Algo deveria ser feito. E assim o conceito
de reabilitação veio a existir. O objetivo é
trazer restauração aos infratores para que
sejam aceitavelmente integrados outra vez em
suas respectivas comunidades. Porque este
ideal nem sempre é alcançado, há aqueles que
reclamam contra o que chamam de passividade
dos oficiais encarregados do cumprimento da
lei.
De modo semelhante, há cristãos que
protestam contra o conceito de um Deus que
prefere não tratar violentamente contra a
injustiça – um Deus que antes educa e
restaura o pecador em vez de infligir dor
sobre ele por causa do seu mau
comportamento. Temem que algo menos do que
justa retribuição leve ao caos e anarquia. A
compreensão de que a justiça divina se
adapta não somente ao crime mas também ao
criminoso está perdida sob uma barragem de
citação de textos e a solene advertência:
“Você está fazendo Deus parecer muito
passivo!”
Ao contrário, Deus é muito menos passivo! No
Éden, Ele deteve a destruição da raça humana
pondo em ação um plano pelo qual o homem
caído não somente pudesse ser salvo, mas
reabilitado e restaurado. Não adota uma
postura de fraqueza, mas de confiança em
melhores métodos. Esta é, de fato, uma
postura de força inexpugnável! Somente um
dominador inseguro precisa recorrer à força.
Dando Seu Filho, Deus demonstrou que não
apenas é capaz de controlar a crise do
pecado, Ele a resolverá.
Se obedecermos a Deus porque cremos que Ele
nos matará se não o fizermos, nossa lealdade
estará manchada com reprimida rebelião. Se,
porém, compreendermos que Deus nos está
oferecendo uma opção para que sejamos
novamente integrados à realidade a fim de
evitar desastre certo, nosso coração se
encherá de admiração e amor por ter Ele
feito tanto para prover-nos este dispendioso
remédio. |
Título
Original em Inglês:
HIS HEALING LOVE
Título em
Português:
O AMOR QUE RESTAURA
Autor:
DICK WINN
Primeira
Edição Publicada em 1987:
CASA PUBLICADORA BRASILEIRA |
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