Não foi, porém, a lança atirada, não foi a dor da crucifixão,
que produziu a morte de Jesus. Aquele grito soltado "com grande voz"
(Luc. 23:46) no momento da morte, a corrente de sangue e água que
Lhe fluiu do lado, demonstravam que Ele morreu pela ruptura do
coração. Partiu-se-Lhe o coração pela angústia mental. Foi morto
pelo pecado do mundo. (DTN, Pág. 772)
Deus e Seus santos anjos estavam ao pé da cruz. O
Pai estava com o Filho. Sua presença, no entanto, não foi revelada.
Houvesse Sua glória irrompido da nuvem, e todo espectador humano
teria sido morto. E naquela tremenda hora não devia Cristo ser
confortado com a presença do Pai. Pisou sozinho o lagar, e dos povos
nenhum havia com Ele. (DTN, Pág. 754)
Cristo não entregou Sua vida antes que realizasse a obra
que viera fazer, e ao exalar o espírito, exclamou: "Está consumado."
João 19:30. Ganhara a batalha. Sua destra e Seu santo braço Lhe
alcançaram a vitória. Como Vencedor, firmou Sua bandeira nas alturas
eternas. Que alegria entre os anjos! Todo o Céu triunfou na vitória
do Salvador. Satanás foi derrotado, e sabia que seu reino estava
perdido.
Para os anjos e os mundos não caídos, o brado: "Está consumado" teve
profunda significação. Fora em seu benefício, bem como no nosso, que
se operara a grande obra da redenção. Juntamente conosco,
compartilham eles os frutos da vitória de Cristo.
Até à morte de Jesus, o caráter de Satanás não fora ainda claramente
revelado aos anjos e mundos não caídos. O arqui-apóstata se
revestira por tal forma de engano, que mesmo os santos seres não lhe
compreenderam os princípios. Não viram claramente a natureza de sua
rebelião. (DTN, Pág. 758)
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